Licantropa escrita por fuckholmes


Capítulo 1
Capítulo O1 — Escola nova, vida nova.


Notas iniciais do capítulo

oooooi! espero que gostem do capítulo, escrevi com muito carinho.ele não revela muitas coisas ainda, mas em breve isso vai acontecer.



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O beco diagonal é aquele lugar que vive cheio. Estou aqui para comprar os livros, tirar as medidas das vestes novas e um vestido de baile, pois as demais coisas eu poderia usar as mesmas que no colégio antigo.

Entrei na Floreios e Borrões com a minha mãe e eu fui logo a procura sobre um livro de Quadribol, enquanto minha mãe comprava os outros livros. Avistei Quadribol Através dos Séculos, o mesmo que um garoto branco, com belos olhos azuis e um cabelo castanho lia enquanto chamava atenção de todas da loja. Ele era bonito, não pude deixar de notar.

Sentei-me em uma poltrona confortável à minha direta e perdi a noção do tempo. Vidrada na leitura sobre tal assunto, pensei se haveria testes para vagas no time deste ano, eu amava ser apanhadora do time Beauxbatons. Balancei a cabeça sonhadoramente, afastando tais pensamentos. Eu era uma nova aluna, e aquela era uma posição super disputada, onde com certeza haveria alunos com mais talento do que eu.

— Mel, vamos! — minha mãe gritou da porta. — Já compramos todos os livros — levantei e coloquei o livro de volta na estante, virando disfarçadamente e dando uma última olhada para o garoto, que nem havia se movido. Eu sabia que o rosto dele ficaria em minha mente por muito tempo.

— Mãe, será que podemos comprar uma vassoura nova? — perguntei enquanto passávamos em frente à loja da mesma.

— Não, a sua Nimbus 2013 está novinha! Você só a usou ano passado - o tom de voz dela foi como se o que eu estivesse pedindo fosse realmente algo absurdo. Aproveitou esse momento e me entregou algumas sacolas para carregar.

— Podemos então tomar ao menos um sorvete? — sorri esperançosa.

— Toma você. Eu tenho que terminar de comprar tudo — me entregou um galeão e saiu disparada pelo beco. Olhei em volta procurando a loja até acha-la e entrei. Pedi duas bolas de morango e me sentei em uma mesa na varandinha do local. Uns dez minutos se passaram e eu já estava começando a ficar entediada, então decidi vasculhar as sacolas que tinham ficado comigo. Elas continham os livros para as aulas, e um sobre Hogwarts que provavelmente ela devia ter comprado no intuito de que eu lesse antes de ir, então o fiz.

Hogwarts é composta por quatro casas:

Grifinória — fundada por Godric Gryffindor, que prezava a coragem e o passado marcado por nobres feitos. Suas cores são o vermelho e dourado. Seu símbolo é um leão.

Corvinal — fundada por Rowena Ravenclaw, que prezava a sagacidade acima de tudo. Suas cores são o azul e bronze. Seu símbolo é a águia.

Sonserina — fundada por Salazar Slytherin, que era astuto, qualidade que apreciava em seus educandos. Suas cores são o verde e o prata. Seu símbolo é a serpente porque Salazar era capaz de se comunicar com as cobras.

Lufa-Lufa — fundada por Helga Hufflepuff, que disse que aceitaria a todos e ensinaria o que pudesse. Sua cor é o amarelo e preto. Seu símbolo é o texugo.

De repente, me peguei imaginando como seria estudar lá desde o primeiro ano, mas eu havia insistido para mamãe me colocar em Beauxbatons, já que ela mesma estudou lá. Hogwarts parecia ser um lugar incrível pelo que aparentava o livro e meu pai sempre disse que Hogwarts sempre acolheria todos que precisassem dela e acho que é por isso que eu estou indo para lá.

— Com licença — uma voz rouca e bem masculina me puxou para fora dos meus devaneios. Era o mesmo garoto da Floreios e Borrões. — Eu poderia me sentar aqui? Todas as outras mesas estão ocupadas — olhei em volta achando que aquilo pudesse ser uma cantada, mas era verdade e a única cadeira vazia era a da minha mesa.

— Claro, sem problemas, eu já vou sair. Minha mãe deve estar chegando — minha voz saiu falhada. Eu sempre fui o tipo de menina quieta e desde o incidente fui ficando cada vez pior nisso. Sorri tentando parecer gentil.

— Não pude deixar de notar que está lendo sobre Hogwarts — apontou o livro que ainda estava em minha mão.

— Parece ser legal, eu vou para lá — mordi meu lábio inferior, uma mania que tinha desde nova e coloquei o livro dentro de uma das sacolas.

— É realmente legal. Eu estudo lá — ele sorriu, revelando como seus dentes eram incrivelmente brancos. — Desculpe perguntar, mas não está muito velha para o primeiro ano?

— É o meu primeiro ano em Hogwarts, não em um colégio — revirei os olhos e logo notei sua curiosidade transparecendo. Ele arqueou as sobrancelhas levemente.

— Seria ousado se eu perguntasse o porquê da transferência?

— Seria. Mas eu não me importo — um sorriso apareceu no canto de seus lábios. — É uma longa história que se eu te contasse também teria que te matar — sempre ouvi as pessoas falando isso nos filmes trouxas e sem saber o que dizer, decidi copia-los. Ele riu alto e logo notei minha mãe ansiosa a alguns metros. — De qualquer forma, tenho que ir.

— Espere! Posso saber o seu nome? — em segundos seu braço segurava firmemente o meu pulso, e afundei-me em seus olhos claros notando sua respiração pesada.

— Nomes não são importantes — sussurrei o que surgiu na minha mente e sai disparada, com o coração a mil por hora.

— Quem é aquele? — minha mãe perguntou, arqueando as sobrancelhas, me fazendo revirar os olhos.

— Um garoto, mamãe. Você sabe que não é nada demais — peguei mais algumas sacolas da mão dela, pois desde a transformação eu havia ficado mais forte fisicamente — Não pense besteira ok? Você sabe como eu me sinto em relação aos meninos — completei, olhando para o chão.

— Você não pode deixar de aproveitar a vida por causa do que aconteceu, Melanie. O Ministério te inocentou, é o que importa — ela acariciou meu cabelo, parecendo super protetora aos olhos dos outros. Andei em silêncio até chegar a casa, onde comecei arrumar o malão para a viagem, que seria em uma semana.



A semana passou tão rápida e hoje seria o grande dia. Acordei cedo e fiz uma pequena caminhada pelo quarteirão, como fiz em todos os dias durante as férias. Tomei um longo banho, colocando uma calça jeans, um moletom verde-água e uma sapatilha preta de tachinhas. Meus pais me acompanharam até a estação que estava tão cheia, uma mistura de pessoas normais em seu dia-a-dia e bruxos para com seus enormes malões, com gaiolas com corujas, sapos, gatos ou ratos.

Meu pai sussurrou algo como uma promessa que tudo daria certo e logo depois entrei no trem, chorosa a procura de uma cabine vazia, mas todas estavam lotadas. O jeito foi me sentar silenciosamente em uma que tinha um menino de olhos fechados. Acenei para os meus pais e após um tempo o tal menino abriu os olhos e sorriu ao me ver.

— Desculpa, é que não tinha outro lugar e isso aqui realmente pesa — apontei para minha bolsa, onde estavam as minhas vestes para trocar.

— Sem problemas — ele estendeu a mão para um aperto. — Ian Wells, prazer.

— Prazer, Melanie Harrington — sorri e apertei sua mão com certo receio, não gostava de ter contato com as pessoas.

— Então, você é nova? — senti minhas mãos tremerem e as coloquei dentro do bolso do casaco, porque sempre essas perguntas? Não era comum trocas no decorrer da carreira letiva?

— Na verdade sou, mas estou no sexto ano — tentei parecer o mais simpática possível. — E você? — perguntei desviando o assunto de mim.

— Sétimo ano. Espero que seja escolhida para minha casa — falou sedutor. Diabos, ele queria era outra coisa.

— Quem sabe? — me deitei e decidi dormir para dormir.

Sonhei que nunca havia sido mordida, que estava em Beauxbatons feliz porque nunca havia matado ninguém. Senti o trem ir parando lentamente, mas não queria abrir os olhos e encarar a realidade.

— Eu estou com receio de acordá-la — ouvi Ian dizer.

— Acorde-a antes que o trem pare e ela não possa se trocar — uma voz de feminina falou.

— Melanie... Melanie, acorde, você precisa trocar suas vestes — ele me cutucou.

— Ah... Obrigada — me levantei fingindo ainda estar sonolenta e o olhei. — Pode sair para que eu me troque? — olhei para a menina e tentei fazer algo como um aceno.

— Vamos Olivia — eles foram embora de mãos dadas.

Peguei minha mochila, abri e tirei as vestes pretas. Senti-me uma estranha, pois todos estavam com as gravatas das respectivas casas e eu ainda não havia sido selecionada. Senti vários olhares sobre mim, pois eu era velha demais para o primeiro ano.

Quando descemos do trem haviam dois professores na estação. Um deles conduzia os alunos do primeiro ano aos barquinhos no lago, era extremamente grande; o outro andava em minha direção. E é claro, como eu sabia disso? Porque ele vinha gritando “Melanie, Melanie Harrington!”. Senti meu rosto ficando cada vez mais vermelho, e queria enfiar minha cabeça no primeiro buraco que encontrasse, mas não, caminhei na direção dele.

— Sou eu .

— Muito bem, eu sou o professor Neville Longbottom, ensino Herbologia — disse, pegando minha mochila e apontando um caminho diferenciado dos outros alunos de minha idade.

— Eu sei quem você é — como um estalo, eu lembrei das aulas de história da magia e notei que ele não sabia o quão famoso era. — Você matou uma horcrux, certo? Harry Potter não é o único que ficou conhecido — ele corou fortemente.

— Ah... Sim. Venha, temos que chegar ao castelo antes de todos, você tem que ser selecionada para alguma casa. — Andou na minha frente fazendo um sinal para eu segui-lo e fomos até a beira do lago onde alguns alunos começavam a entrar em seus barcos.

— Nós iremos com eles? — sibilei.

— Não — me entregou uma vassoura. — Soube que é muito rápida e ágil no voo.

— Mas... — afinal, como sabiam disso?

— Ficaria surpresa com o quanto sabemos de você — riu da minha cara de idiota surpresa.

— Voar, sério? Nós... Nós podemos? — estava surpresa.

— Mas é claro — sorriu, e de repente estávamos no ar. Eu adorava sentir o vento em meu rosto. — Siga-me — berrou.

Voamos até a entrada do castelo, os outros demorariam cerca de meia hora para chegar, ele disse com firmeza na voz. Caminhamos até uma sala com uma gárgula na porta.

— Pó de flu — sussurrou e a gárgula se moveu, revelando uma escada. Subimos e lá estava uma senhora sentada bem velhinha atrás de uma mesa, com um chapéu surrado sobre ela.

— Senhorita Harrington, estávamos a sua espera. — sorriu e apontou uma cadeira. Puxa! Todos aqui sorriam para tudo?

— Olá, tudo bem? — me sentei meio nervosa.

— Sim. Seja bem vinda, sou a diretora de Hogwarts, Minerva McGonagall.

— Diretora, preciso me retirar. Tenho que conduzir o primeiro ano — Neville disse.

— Vá Neville, e agradeço o favor de trazê-la aqui — levantou fazendo um breve aceno e logo ficou a minha frente. – Senhorita Harrington, preciso que se sente virada para a porta, vou colocar o chapéu em sua cabeça e ele dirá qual casa você deve ir –— completou ela. Fiz o que dissera, sentindo o chapéu em minha cabeça.

— Bem, eu sei o que você é menina de coração é puro, mas sua alma está condenada — comecei a suar por baixo das vestes; como um simples pedaço de pano sabia tanto? — Você tem qualidades para todas as casas, mas em qual colocá-la? — por um momento, desejei fervorosamente, sem controle algum, uma determinada casa. A cada DELE, do tal menino da livraria — Grifinória! — disse por fim e dentro de mim pude me sentir completa por alguns segundos.

— Pronto — McGonagall tirou o chapéu e o enrolou, olhando-me curiosamente. — Aqui está sua gravata, e amanhã chegam suas vestes. Agora desça e encontre os outros alunos do seu ano — fiquei espantada por deixarem eu me virar no meio de um castelo imenso.

— E se eu me perder? — falei suspirando.

— Pergunte a um dos fantasmas — e com essa resposta sai da sala. Minhas pernas tremiam e eu sabia que iria me perder.

Andei lentamente, me perdendo algumas vezes, e tendo que perguntar aos quadros do castelo qual caminho eu devia seguir. Parei em um canto, admirando os alunos esperando para entrar no salão e vi Ian acenando para mim, mas não o retribui. Só pensava em entrar logo no salão e comer. Ei, não tenho culpa se meu estômago tem vida própria! Segui as crianças com a gravata de mesma cor que minha, eles se sentaram e começaram a conversar; por um momento me senti isolada.

— Prazer, meu nome é Laila Foster — uma menina de cabelos lisos que caiam perfeitamente sobre as vestes do colégio, disse. Possuía um par de olhos castanhos claros, que lhe proporcionavam uma beleza magnífica. Além do corpo com curvas perfeitas que as vestes largas tentavam ocultar sem muito sucesso. Com toda razão causavam inveja em muitas garotas.

— Melanie Harrington, prazer — já estava cansada de sorrir para todos, e meu estômago começou a roncar. — Desculpa a pergunta, mas quando vão servir o jantar? — perguntei meio encabulada.

— Só vai demorar um pouco. Minerva irá dar as boas vindas, Neville vai entrar com os alunos, juntamente com o chapéu seletor que decidirá a casa de cada um, e assim ela encerra a cerimônia — ela disse nada simpática.

— Ah — as pessoas iam terminando de se sentar-se à mesa. O garoto da sorveteria estava a distancia razoável de mim, graças a Merlim. Logo Minerva se levantou e começou o discurso.

— Boa noite, é com grande honra que começaremos a seleção deste ano. Professor Longbottom traga os alunos — ela aumentou o tom de voz suavemente e as grandes portas do salão se abriram e por volta de umas 30 crianças entraram no salão. O Professor Neville colocou o chapéu no banco e logo ele começou a cantar.

Venham, venham,

aprendam, ensinem

como tantos que aqui passaram

Desde os quatro grandes

que Hogwarts fundaram.

Eu escolhi um por um

Vi suas personalidades

Porque você pode esconder

O que diz ou o que faz

Mas de mim não escapa o que

Você pode desejar

Pois eu sou um chapéu

Que tem o dom de pensar

Será você um Corvinal?

Inteligente como a bela Rowena?

Com o olhar do Corvo

E a sabedoria da águia?

Quem sabe ambicioso

Como astucioso Salazar

Se sorrateiro como cobra desliza,

Sua casa será Sonserina.

Se é a paciente como a amiga Helga

Se seu bom humor a todos encanta

Saltitante como um texugo

Estarás bem na Lufa-Lufa...

E finalmente se a coragem é seu dom

Se tem caráter e valentia

Como Godric, o grande Leão

Grifinória é a casa do seu coração.

Confiem em mim...

Estou pensando há quase mil anos

Não é agora que vou me enganar.

Após a música, Neville desenrolou um pergaminho e começou a chamada:

— Dalton, Alicia — pousou o chapéu na cabeça dela como Minerva havia feito comigo.

— Lufa-Lufa — berrou o chapéu. Assim procedeu-se com todas as crianças, até que a última fosse selecionada para a Corvinal. Nessa hora meu estômago já estava retorcido, mas quem havia me mandado dormir no trem ao invés de comer algo?

— Bem, agora que todos foram selecionados para suas respectivas casas, vamos aos avisos. Como todos sabem, existe uma passagem daqui para a casa dos gritos, qualquer que seja pego nela será expulso. O corredor do terceiro andar já está liberado, o problema que tivemos ano passado já foi concertado. Todos devem manter-se longe da Floresta Proibida, para seu próprio bem. Sendo assim... Sirvam-se — ela bateu palmas e o banquete aparecereu diante de mim me deixando surpresa. Comecei a me servir. Quando todos acabaram, os monitores começaram a levantar para levar todos aos quartos.

— Cabeça de Javali — sussurrou o monitor da minha casa e o quadro ocupado por uma mulher gorda, se moveu — Bem, memorizem essa senha. A cada semana será uma nova senha, então aos sábados olhem o quadro, ela será usada a partir do domingo. – ele sorriu e percebi que lhe faltava um dente, o qual usava um postiço de prata. – Meninas, o quarto de vocês é à direita e meninos à esquerda. Não tentem entrar no dormitório respectivo ao outro ou serão denunciados no momento que colocarem o pé de vocês na entrada. Boa noite, espero que vocês todos durmam bem — e subiu em direção á ala masculina.

Passei o meu olhar rapidamente no quadro de avisos e notei três coisas: primeiro, havia escrito em dourado com letras gigantes “Cabeça de Javali”, a senha da semana. Segundo, era um reforço ao aviso para os meninos não tentarem entrar nos quartos das meninas, e não era nada sutil. Grr, tarados. Terceiro, havia duas folhas, respectivamente feminina e masculina para as inscrições dos testes de Quadribol. Parece que esse ano eles iriam fazer um esquema diferente, mas depois me informaria disso. Comecei a subir os degraus, quando vi o garoto da livraria.

— Ei, menina do nome não importante — virei e me permiti olhar para ele por um instante. — Bem vinda a Grifinória — sorriu, e piscou. Ele piscou para mim! Ele piscou para mim! Ele piscou para mim e porque eu estou tão animada com isso?

— Obrigada, garoto misterioso — subi mais alguns degraus, mas logo virei mais uma vez.

— Ted, meu nome é Ted — ele franziu o cenho. — Muito prazer senhorita Melanie – então ele sabia meu nome? Corei levemente e mordi meu lábio, subindo apressadamente.

Meu quarto era o número cinco, e só tinham três nomes na porta. O meu, uma menina chamada Genevive e a tal Laila, que havia sido um pouco grossa comigo no salão. Entrei e escolhi uma cama. Elas ainda não estavam no quarto, o que eu agradeci mentalmente. Abri o meu malão e retirei um pijama lilás de flanela, e nesse momento uma menina com cabelo loiro e ondulado que lhe caia muito bem logo adentrou no quarto. Seus olhos tinham um tom claro, mas que variava de cor que a deixava ainda mais bonita.

— Prazer, sou Genevive McField, mas pode me chamar de Gen — sorriu, afinal todos aqui sorriam, e se sentou na cama do lado direito da minha.

— Prazer, sou Melanie Harrington, mas pode me chamar de Mel — ri baixinho ao terminar de falar igual a ela, arrumei mais algumas coisas e me deitei pegando o livro sobre Hogwarts para terminar de ler.

— Você é nova não é? — ela tentou puxar assunto.

— Sou sim, mas estou no sexto ano — tentei ser simpática, como fiz com todos aqui. Ok, tentava afastá-los um pouco, mas tinha meus motivos.

— Não sabia que se podia entrar na metade assim — e pela primeira vez eu tive vontade de contar a verdade, de dizer que eu fui uma exceção, que isso nunca aconteceria de novo, provavelmente. Me contive como fiz o dia inteiro.

— É uma longa história — murmurei.

— Tudo bem, você não precisa me contar. Eu sei que um dia vamos ser amigas e você vai decidir que é o momento certo de eu saber o motivo da sua vinda, mas enquanto isso boa noite, amanhã teremos que pegar nossos horários — ela disse se cobrindo e virando para o lado. — E ei, seria legal contar-me sobre o Lupin também — ela riu e sorri involuntariamente, tentando entender de quem diabos ela estava falando. Acabei adormecendo logo em seguida.

Roupa da Melanie (usada na estação de trem).


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Notas finais do capítulo

vou tentar postar pelo menos um capítulo por semana, qualquer coisa podem entrar em contato comigo pelo twitter (@whyloker), no meu blog (bulhufasdanath.blogspot.com) ou no tumblr (11n04) (retratosdoacaso). beijos!!!!



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