Em Busca da Verdade escrita por Camy


Capítulo 17
Nomes do passado


Notas iniciais do capítulo

n me matem, pliis nos vemos lá embaixo



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ASH P.O.V

Eu e Misty corríamos o mais rápido que conseguíamos, mas tenho de certeza que, se não fosse graças aos nossos amigos Psíquicos, estaríamos mais furados que queijo suíço.

Pikachu corria mais a frente em alta velocidade. Uma bala passou raspando pela minha orelha e eu juro que acho que vou ficar surdo. Coloco minha mão no local, mas não paro de correr. Misty parece estar bem assustada e eu não a culpo. Uma chuva irritante começa a cair, deixando-nos encharcados. Continuamos correndo, olho para trás, o castelo continua perto. Isso é ruim. Corremos mais alguns minutos, mas logo temos que parar e caminhar. Fôlego não se compra em loja não.

Agora seria um bom momento para tentar falar com ela. Mas eu preciso poupar o meu fôlego, afinal, logo teremos que recomeçar a correr. Merda. Um tiro quase nos atingiu. Sem precisar falar, recomeçamos a correr.

Eu continuo segurando sua mão. O toque é tão gostoso. Olho para ela e percebo onde estamos. Estamos na borda de terra onde fica o lugar em que chegamos. É onde nós saímos. O barulho do rio se confunde com o da chuva que parece estar ainda mais forte. Pensando pelo lado positivo, não vou precisar tomar banho hoje.

Antes que eu possa pensar em procurar um abrigo, Misty escorrega na terra molhada pela chuva e começa a cair. Ela me puxa e nossos corpos começam a rolar barranco abaixo. Eu acho que bati a minha cabeça umas quinze vezes, mas não sei a Misty. Ela acaba caindo em cima de mim. Seus olhos verdes me encaram do mesmo modo que me encaravam antigamente.

O barulho de tiros está longe agora. Muito longe. Eu só consigo ouvir o barulho da chuva e o barulho da respiração da Misty. Ou será a minha? Nem sei mais. Ela está tão perto.

Então, do nada, ela cola seus lábios nos meus, deixando todo o peso de seu corpo em cima de mim. Começou com um selinho suave. Coloquei minhas mãos em seu pescoço a trazendo para mais perto. Pedi passagem com a língua para aprofundar nosso beijo, mas ela parecia mole.

Que maravilha, ela me beijou e agora não quer mais. Imbecil.

— Sai de cima de mim – ignore a parte em que eu tentei beijá-la.

Empurrei Misty com tudo para o lado e ela caiu. Imóvel. Levantei-me e limpei minhas calças que estavam sujas. Pelo menos o resto de mim está limpo, também, com essa chuva!

— Vamos logo – reclamo.

Idiota. Quem ela pensa que é pra ficar me beijando assim? Foi tão macio… foco, Ash, foco!

Começo a andar, mas ela continua deitada. Imóvel.

— Misty. – chamo.

Ela não responde. Nem ao menos se mexe. Oh, Kami-sama, por favor, que ela não tenha se machucado…

— Misty – comecei a ficar preocupado e me aproximei.

Ainda assim, ela continuou imóvel.

— MISTY! – eu sentei ao lado dela e a virei de cabeça para cima. Havia um corte em sua testa e estava sangrando muito. Comecei a me desesperar.

Ao meu lado Pikachu também começou a ficar nervoso. Peguei Misty no colo e corri até as rochas. Havia uma rocha redonda ali. Girei-a para o lado direito cinco vezes e três vezes para o lado esquerdo, depois a apertei para baixo, duas vezes.

A rocha maior começou a se mexer para o lado. Entrei assim que a passagem era grande o suficiente. Um Eevee veio até mim e começou a rodear as minhas pernas. Sorri para ele, mas logo coloquei Misty no colchão que havia em um canto da caverna.

Eu comecei a andar de um lado para o outro, desesperado, pensando no que fazer! Merda, o que eu faço agora?

Eevee apareceu com um pano molhado e um kit de primeiros socorros, Pikachu sorria irônico ao seu lado, mas eu o ignorei.

Peguei o kit e o pano e limpei o ferimento dela. Depois disso, eu coloquei uma atadura ao redor. Não ficou ruim. Não ficou ruim mesmo. Peguei umas toalhas secas e a sequei. Estendi umas toalhas no chão e coloquei Misty sobre elas. Virei o colchão, ele estava sujo. Peguei um lençol limpo e coloquei no colchão. Arrumei ali e fui até minha ruiva. Por sorte o corte foi pequeno. Retirei sua roupa e a deixei apenas com roupas íntimas, tentei não olhar muito.

Peguei Misty no colo de novo e a coloquei na cama. Cobri Misty com um cobertor e acariciei seu rosto. Só então lembrei que também estou molhado. Retirei minhas roupas e peguei uma calça limpa, de quando eu tinha 15 anos. Ficava um pouco curta, mas era melhor do que nada. Pendurei minhas roupas junto com as de Misty e deixei-as secando. Está frio, mas não trouxe nenhuma camiseta. Bosta.

Sentei do outro lado e fiz carinho em Eevee. Pelo menos uma coisa boa. Eevee ainda está bem. Pikachu veio até mim também e fiz carinho nos dois.

Olhei para Misty. Ela estava tão imóvel. Fechei os olhos e imagens de anos atrás se misturaram com imagens recentes. Isso me deu uma dor de cabeça. Abri os olhos e vi Misty se mexendo. Esperei e a vi abrir os olhos. Graças a Kami-sama, ela não morreu!

MISTY P.O.V

Abri os olhos devagar, tentando me acostumar com a luz fraca da lua. Eu conheço esse lugar. Pisco devagar e percebo onde estou. A caverna. Olho para o lado e vejo Ash me encarando.

Não foi um sonho. Minha cabeça dói… tanto! Mas dói demais. Coloco a mão e vejo-o se aproximando, mas não ligo.

— Está doendo muito? – ele pergunta. Até realmente parece estar preocupado, mas por que a minha cabeça está doendo e como vim parar aqui?

Os olhos de Ash parecem brilhantes… Ash…

— Minha cabeça – confesso que pareci uma mulher doente falando assim. Respirei fundo e tentei melhorar minha voz –, o que aconteceu?

— Você bateu a cabeça quando nós caímos. Desmaiou e eu te trouxe para cá. É o lugar mais seguro daqui – ele dá de ombros, sentando-se no chão duro ao meu lado.

Por que, diabos, o Ash tá sem camisa? Ele acha que eu sou de ferro? O analiso. Ash cresceu tanto… está tão mais… másculo. Controle, Misty, controle! Que merda que tá acontecendo comigo? Por que me sinto tão… quente?

— Foi você quem fez? – pergunto apontando para a atadura. Ele assente com a cabeça e eu deito de novo.

Não olhe para o corpo dele, Misty. Lembre-se do que Rudy disse ontem à noite. Pense em Kira. Kira… Ah… não chore!

— Dói muito? – ele pergunta.

Por que Ash precisa estar tão preocupado? Não o encare, Misty, pense no que Rudy falou ontem à noite, pense na sua filha!

Kira tem o sorriso de Ash…

NÃO! Misty, controle…

Eu nego com um movimento da cabeça. Realmente não dói tanto. Pelo menos, não desde que ele falou comigo. Merda. Pareço uma adolescente apaixonada falando assim.

— Quem veio com você? – pergunto curiosa.

— O Brock, a Lily, a Dayse – a Kira não, por favor – a Violet, a May, o Drew – a Kira não, pelo amor de Deus – a Dawn, o Paul – Kira não, Kira não – a Paula, a Pietra, o Diego, a Julia, o Yuri e – se eles vieram então… – a Yuki.

Não!

— Onde eles estão? – acho que pareço meio desesperada.

— Seguros – eu suspiro aliviada. É mais do que eu posso pedir.

A Kira não podia ter vindo. Se Rudy descobrir… ah!, se Rudy descobrir…

Precisamos sair daqui. Agora.

— Ash… acho que você já sabe da Yukira, então…

— Yukira? – ele pergunta assustado. – Mas… eu pensei que o nome dela fosse Yuki.

— É um apelido, mas nós a chamamos mais de Kira.

Ele piscou confuso por um segundo, depois aparentou estar irritado.

— Como você teve coragem – ele descobriu. Ele vai tirar a minha Kira de mim – de…

Eu nunca pensei que iria ser assim. Pensei que alguém iria contar e ele arrombaria a porta da minha casa exigindo conhecê-la, ou então com nós dois brigando e ela entra na sala, então Ash descobre.

Imaginei, quando grávida, que ele apareceria e me veria. E então ficaríamos juntos para sempre. Imaginei que ele viria falar comigo e eu estaria na escola, buscando ela. Imaginei que ele a encontrasse primeiro, descobrisse, e depois viesse tirar satisfações.

Mas nunca, na minha vida inteirinha, eu me imaginei contando isso para ele. E agora vejam só, eu acabei me denunciando sem nem ao menos querer. Pensei que ele já soubesse.

Ele vai tirar a minha razão de viver de novo. Tenho quase certeza disso.

— De colocar o nome que seria da nossa filha em uma filha sua com o Rudy?

Ele não descobriu. Acho que o meu espanto ficou evidente, pois ele revirou os olhos. Ash não descobriu.

Ash não descobriu! Obrigada, Kami-sama, ainda há esperanças! Ash não descobriu!

Misty, por favor, não comece a rir agora.

— Vai me falar que não lembra? – ele pergunta irônico, mas eu vejo mágoa em seu olhar.

Uma mágoa que me faz tão mal quanto possível. Algo que mexe comigo de um jeito que… dói em mim.

Ele não devia ser capaz de mexer com os sentimentos dessa forma. Não devia… lembre-se de ontem, Misty. Não ouse sucumbir a essas sensações.

— Claro que lembro.

Então percebo que ele parece meio perdido em pensamentos e acho que acabamos caindo nas mesmas memórias.

Um moreno sorria abobalhado enquanto acariciava os cabelos ruivos da namorada. Ela estava enrolada em um lençol, abraçando o dorso do corpo dele. Ele sorriu e inspirou o ar. O perfume dela enchia cada canto do quarto.

Aos poucos, a garota começou a abrir os olhos e ele sorriu abobalhado. Ainda se hipnotizava com os olhos esmeraldinos dela.

— Ash. – ela se espreguiça, com um sorriso. – Acordado há muito tempo? – pergunta sonolenta.

— Nem sei. – ele acaricia as costas nuas dela, fazendo a mesma se arrepiar. – Perco o tempo quando estou com você.

Ela cora um pouco, mas sorri. A ruiva levanta a cabeça e cola seus lábios com o de Ash em um demorado e suave selinho.

— Sabe no que eu estava pensando? – ele pergunta animado, acomodando a ruiva em seus braços.

— Não. No que, amor? – pergunta o encarando com os olhos curiosos. Seus braços apoiados no peito dele.

— Eu estava pensando… logo nós formaremos uma linda família, não é mesmo? – ela assente com a cabeça. O sorriso ainda não abandonara seu rosto. – Eentão, qual será o nome da nossa menininha? – ele pergunta com um sorriso.

A ruiva sente as lágrimas presas nos olhos. Ela também queria ter filhos com Ash. Era tão bom saber que ambos compartilhavam o mesmo sonho…

— Não sei, amor, mas e se for um menino?

— Ah! Daí eu quero que o nome seja Kazushi – ele responde com um sorriso.

— Por quê? – ela pergunta rindo do nome que o garoto pensou.

— Ah, porque é uma mistura dos nossos nomes – ele fala com um sorriso bobo.

Misty começa a sorrir também, mas logo avisa:

— Mas assim não vai ser um nome original.

— Tem razão… o que sugere então, amor? – ele pergunta com um ar de confusão extremamente fofo.

— Eu quero… hum… já sei! O que acha de Daichi?

— Daichi? Daichi… Daichi… gostei. – ele fala com um sorriso bobo no rosto, saboreando o nome. – O nosso menininho vai ser o Daishi, mas… e a nossa menininha? – ele repete a pergunta.

— Ah… deixa eu ver… Fumiho? – ela sugere.

O moreno ri e torce o nariz.

— Fumiho? – ele pergunta rindo – e qual vai ser o apelido dela? Fumi?

Misty ri e concorda com a cabeça.

— É, talvez não seja um bom nome. O que sugere?

— Hum… o que acha de Laila? – ele pergunta.

— Não sei… que tal Yuuko?

— Hum… Yuika?

— Que tal… Yusaka?

— Yukira.

Os olhos da ruiva brilharam.

— Yukira – ela saboreou o nome – é perfeito. Nossa menina vai se chamar Yukira.

— E seu apelido será Kira. – Ash completou.

Eles se entreolham e começam a sorrir. Já tinham o nome perfeito.

Olhei para Ash e percebi que ele também já havia se lembrado daquele dia. Meus olhos marejaram levemente, mas eu não permiti que ele percebesse minhas lágrimas.

— Por que deu o nome da nossaKira pra ela? – ele pergunta. Uma mágoa terrível estava presente em seus olhos.

Eu desviei o olhar. Porque ela é nossa Kira…

Não! Misty, não. Lembre-se do que Rudy disse ontem à noite. Não sucumba a essa vontade louca. Misty, pelo amor de Kami-sama, não conte a verdade a Ash.

—: Eu… eu não sabia que nome dar e… bem… foi o que eu queria para a minha primogênita – falo o final com força e o encaro. Ash não podia me condenar.

Não depois de ter me abandonado.

Não o encaro nos olhos. Vou me entregar se o fizer, eu sei. E a verdade não pode chegar aos seus ouvidos.

— Mas esse era o nome da nossa primogênita, Misty! – ele reclama. Não tiro o direito dele… se pelo menos ele soubesse… não, é melhor assim.

Fiquei quieta, mas não deixei de olhá-lo. Ash suspirou e desviou o olhar de mim. Ash virou de costas para mim e deitou no chão frio. Senti as lágrimas subindo de novo. Ah, bosta, por que eu to assim?!

— O que você vai fazer agora?

— Vou dormir. – ele usou o mesmo tom daquela vez em que brigamos. Foi tão frio. Ainda bem que ele estava de costas e não conseguiu ver a minha lágrima. A que escorreu por todo o meu rosto e pingou no colchão.

Ele acabou de me salvar de Rudy, de ser o meu herói… de novo.

— Vai dormir no chão? – pergunto, tentando recompor a minha voz.

Ash virou rapidamente para mim, mas não deixei que ele visse minhas lágrimas. Sim, elas se multiplicaram. Merda. Eu odeio chorar. Odeio demais.

— E onde mais eu dormiria? – perguntou irônico. Não gosto quando ele fala assim comigo.

— Aqui, oras! – me revolto. – Não quer dizer que só porque vamos dormir na mesma cama, isso signifique que temos que fazer alguma coisa – falo irritada, mas o tom avermelhado em minha face não era raiva.

Apenas não quero que ele passe frio. Apenas não quero que ele passe frio… eu não quero o corpo quente dele contra o meu. Apenas não quero que Ash passe frio…

Ele desviou o olhar e se deitou no chão novamente. Com um suspiro, eu me virei de costas para ele e fechei meus olhos. Ouvi Ash se mexer de um lado para o outro, mas eu sabia que ele jamais encontraria um lugar confortável. Minutos depois eu sinto alguém deitando ao meu lado. Sinto meu cobertor ser puxado e fico com frio. Eu puxo de volta.

MISTY P.O.V off

Eles começaram uma briga. Aparentemente, o cobertor era pequeno demais para os dois. Ash puxou depois Misty puxou de volta. Irritado, ele a puxou pelo braço até a mesma ficar mais perto.

— Nunca vamos conseguir ficar quentes se ficarmos tão longe um do outro – ele comenta irritando. Ainda não havia conseguido perdoar a ruiva.

— Tanto faz.

Ela vira de costas para ele e ele vira de costas para ela. As costas de ambos se encostavam. Ash estava frio e Misty, quente. O delicado tecido do sutiã era a única barreira entre as peles. E o sutiã de Misty não era grande. Aos poucos, as pernas começaram a se roçar também. Eles sentiam um desejo tão grande um pelo outro que sabiam que jamais conseguiriam dormir na mesa cama.

Ash se virou para Misty e a abraçou pela cintura, colocando o rosto na curva de seu pescoço e aspirando o perfume dela. Suspirou. Sentira tanta falta daquele cheiro…

Misty se sentia toda arrepiada. O corpo gelado de Ash em contato com o seu a fez soltar um suspiro prolongado. Não podia se render… não podia…

— Me solta, o que pensa que está fazendo? – ela pergunta com a voz falha.

— Nada que você não queira – ele a virou de frente e a beijou.

Dessa vez ela retribuiu e a ruiva gemeu contra sua boca. Louco, ele começou a descer seus beijos.

— Ash – ela murmurou em um gemido.

Ele sorriu para ela e a beijou novamente.

— Você não tem noção de quantas vezes eu sonhei fazer isso de novo – ele sussurra no ouvido dela.

A mesma não consegue responder, as palavras não saíam de sua boca e nem ao menos eram formuladas em seu cérebro. O controle foi para o inferno e tudo aquilo que não era relacionado a Ash simplesmente desapareceu de sua mente.

Completamente louco de desejo, Ash retirou o sutiã que cobria a parte superior do corpo da ruiva.

Continua…


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Notas finais do capítulo

NÃO HAVERÁ HENTAI!

isso é tudo, um spoiler do proóximo cap, vai começar já cedo de manhã, no caso, sem hentai, n sei escrever e prefiro manter assim ^.^


o q acharam?

desculpem-me pela demora, mas o 18 jah tah qase pronto, prometo me esforçar mais, mas, revelando um segredin pra vcs... toh tentando escrever um livro. Obviamente a formulação dos parágrafos e etc é bem diferente, mas isso está tomando bastante do meu tempo, mas nunca vou abandonar minhas fics ok?

amo vcs, obrigada por tudoo *--*

mto mto mto mto

mereço reviews????

=*
Bjs e teh + ^3^/


Obs: acrescentei detalhes importantes para a fanfic nesse capítulo. Aqueles que apenas o leram antes da mudança, por favor, releiam. A mudança aparece na parte narrada pela Misty. É relacionado ao Rudy. Na versão antiga da fanfic, ele não havia conversado com ela no dia anterior.