Inspire-se escrita por Rayssa Martins


Capítulo 5
Capítulo 5 - Diz que sim


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu sei que demorei para postar, mas estava ocupada com a escola e também estava sem criatividade. Espero que vocês possam me compreender. BEIJOS



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Katherine

No primeiro momento, achei que Leandra estivesse brincando e cheguei até a sorrir, mas quando percebi que ela não me retribuiu o sorriso, pude chegar a conclusão de que era verdade. Robert morreu e eu não tive tempo de me despedir, de dizer o quando eu o amava e que sentiria muito a sua falta. A realidade das nossas vidas, é que nunca achamos que algo acontecerá conosco e sim, com um outro qualquer. Sempre acreditamos, que somos imunes a essas coisas que vemos em noticiário, porém, temos que compreender, que somos humanos, temos órgãos, precisamos de oxigênio tanto quanto um outro qualquer e que podemos morrer a qualquer instante, basta ocorrer algo que nos leve a isso.

Minhas lágrimas derramavam junto às lágrimas de Leandra. Acompanhada a ela, percebi que se para mim, uma simples namorada, eu estava a ponto de me jogar no chão e gritar que não era verdade, imagina ela. Tentei pensar no que se passava pela cabeça dela, se ela ainda tinha esperança de que não fosse ele, de que tudo foi um erro e que ele estava na casa do amigo dele e só não tinha ido para casa, porque estava bêbado demais e ficou com medo de pegar o carro e enfrentar a estrada.

–Você tem certeza que era ele? - Eu perguntei.

–Sim, amiga. Ligaram lá para casa avisando. - Ela respondeu, em meio aos soluços.

Eu respirei fundo e olhei para o nada, tentei compreender a dor que sentia no meu coração, o buraco feito pela desgraça da vida. E depois de tentar entender esse sentimento, lembrei de quando uma amiga me disse que a vida é uma caixinha de surpresas e que se a surpresa for dolorosa, só o tempo poderá sará-la. Talvez, eu devesse concordar com ela, ela havia perdido os pais em um acidente de carro, ninguém melhor do que ela poderia chegar a essa frase verdadeira.

Depois de horas e mais horas ajudando a Leandra, ela decidiu ir para casa e ficar por lá. Logo após sua retirada, subi as escadas e peguei meu diário:

A ida de um indivíduo, que seguirá a um novo mundo, deixará as lembranças com os que ele compartilhou, as lágrimas com os que ele amou e junto com os que ele amou, irá a saudade, a tristeza, pois, a morte de um homem, ocorre uma vez, não existe o último segundo de vida ao quadrado, o último segundo possui apenas um sinônimo, o fim de uma vida.

Fechei o diário e cai aos prantos, longas e tristonhas lágrimas surgiam e não cessavam.

Sophia

–Vai falar com ela, Sophia. - Matt disse, ansioso.

–Não sei se consigo. - Eu comentei, indecisa.

–Você prometeu.

–Eu sei que eu prometi, não precisa me lembrar.

–O que vocês estão fazendo? - Entrometeu-se Jonathan.

Eu revirei os olhos e olhei para o lado oposto a Jonathan.

–O que você quer? - Eu indaguei, grossa.

–Matt, eu vou indo, você está mal acompanhado. - Ele falou, ignorando-me.

–Você é um babaca. - Eu gritei e me virei em sua direção. - Se você é apaixonado por mim, não é melhor falar do que fazer esse papel de garoto idiota?

Ele não respondeu, só me deu as costas e se foi.

–Como você descobriu que ele gosta de você? - Matt perguntou, curioso.

–Isso é verdade? Eu...eu... pensei...

–Ah, deixe-o para lá, se concentra na Megan.

–Não estou no momento de ligar para Megan e confessar que tudo era uma mentira, Matt. Faço isso outra hora. - Eu o avisei e caminhei em direção a Jonathan.

–Você gosta de mim? -Eu perguntei, mas ele fingiu que eu não existia. –Jonathan, me responde, por favor. Eu te dou uma chance se quiser.

Ele parou e virou-se.

–Você está brincando, não é?! - Ele disse, meio intrigado.

–Eu estou falando sério.

Ele suspirou e mordeu o lábio inferior.

–Eu te dou uma chance. - Ele brincou.

–Você que me quer. - Eu retruquei.

–Quem disse?

–Você mostra isso.

–Mostro isso há mais de 6 anos e você nunca percebeu. O que te fez perceber agora?

Eu não respondi, apenas, olhei para o chão e corei.

–Porque... porque só parei para reparar em você hoje. - Eu consegui responder.

–Então, eu não era nada para você antes?

–Não é isso.

–Você lembra daquela vez que seu cachorro morreu e alguém no outro dia deixou uma carta no correio da sua casa, te dando força?

–Sim, eu me lembro muito bem disso.

–Fui eu quem escrevi, Sophia. Eu criei aquele poema para você. Eu sei que aqui na escola pareço ser um idiota, mas, eu sou assim, porque tento esconder, tento ignorar. Aprendi a fazer isso, praticando há 6 anos direto... E agora você vem, dando-me uma chance, mas você só faz isso, porque Matt não fará isso por você. Não preciso dessa chance, estou bem como estou.

–Não é como você está pensando, Jonathan. - Eu descordei e me aproximei dele.

–Eu não sou idiota. - Ele segurou as lágrimas.

–Eu sei que você não é.

–Você me chama de idiota várias vezes, Sophia.

Toquei na mão de Jonathan, a mão dele era quente e bonita, e o abracei, abracei o mais forte possível.

–Você quer sair comigo? - Eu sussurrei em seu ouvido esquerdo.

–Não sei.

–Por favor, Jonathan.

Ele demorou um pouco para responder, porém, logo em seguida, disse que sim.


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Notas finais do capítulo

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