Tengen Toppa Gurren Lagann - Renascimento escrita por AntareElAmore


Capítulo 17
Capítulo 17: "Mais que peões"


Notas iniciais do capítulo

Acabei demorando mais do que imaginei, me desculpem. Acabou dando um problema no meu PC e acabei perdendo o arquivo com o capítulo, logo depois que havia sido terminado e então tive que começar de novo. Tentarei fazer com que esses problemas não aconteçam mais =P

Mas por enquanto, ta ae. Aproveitem o capítulo!



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Simon ainda estava lá. Ninguém conseguia acreditar como que Simon ainda estivesse vivo. Não apenas a aparência do Gurren Lagann mudou, mas também algo mais. Simon estava mais forte. Era notável como sua força havia crescido naquele breve instante. Era tanto poder que apenas a sua presença causava uma pressão e peso ainda maiores do que todo o seu exército. Estavam amedrontados. Viral estava cheio de raiva e partiu pra cima com suas 8 espadas, usando o seu mais poderoso golpe:

– Você vai morrer!!

Ele então o desferiu. Para sua surpresa, o golpe atravessou a imagem do Gurren Lagann de Simon. Não parecia ter tocado nada. Viral sentiu algo muito estranho naquilo e virou para trás. No entanto, quando olhou, Simon havia sumido de vista. Ele olhava ao redor, inquieto, querendo saber para onde ele foi. Enquanto olhava, ele sentia um golpe duro e extremamente rápido pelas costas. Ele se virava, mas nada via. E de repente recebia outro. Os golpes ficavam cadavez mais rápidos e mais fortes. Estavam vindo de todas as direções possíveis. Depois de receber tantos golpes, ele se acostumou com aquele rítimo e então previu o próximo. Virou-se com 4 dos braços armados e deu um corte para contra-atacar. Estava correto. O ataque estava vindo de trás. Viral olhou para trás confiante de que tinha acertado, mas quando viu, Simon havia se defendido das 4 espadas:

– Muito fraco!

Ele agarrava os braços e então com uma força estrondosa o arremessou ao chão. Viral havia caido como um meteoro na terra. Foi tanta força que acabou abrindo um buraco no laboratório subterrâneo. As pessoas viram aquilo e ficaram muito assustadas. Viral sentia o golpe, mas se levantava e olhava para Simon, que dizia:

– Isso é tudo que você tem, Viral?

Se irritava bastante e cuspia ao lado:

– Isso não é nem metade!

Ele então voltava a atacar. Mandava seus ataques ferozes e rápidos com as 8 espadas. Simon apenas se defendia e se esquivava. Isso apenas servia para enfurecer Viral ainda mais, que começava a atacar com toda a força possível. Em um instante, Simon parou os ataques de Viral e começava a soltar golpes ainda mais poderosos na mesma velocidade, que o acertavam em cheio. Gimmy e Darry viram que a situação estava ruim para o lado do comandante e foram ajudar. Eles decolavam, atirando todas as balas do pente de uma vez só. Simon notou aquilo e então ele jogou Viral novamente ao chão e abriu os braços em direção as balas. Elas paravam, a milímetros de tocarem o Gurren Lagann e então com um simples movimento todas eram mandadas de volta para os irmãos, dessa vez com o dobro de força. Era demais para suportarem. Acabaram tendo o mesmo fim de Viral e pararam ao chão. Olhava para cima e via Simon apenas esperando. Viral estava amedrontado. Nunca havia se sentido daquela maneira antes. Era como se Simon fosse o caçador e ele a presa.

Luno não gostava nada do que via. Ele olhava para a situação e dizia:

Gimmy! Darry! Viral! Eu vou ajudar vocês!

Ele então se preparava para tomar os controles do Gurren Lagann. Quando o fez, sentiu as dores dos ferimentos voltarem. Lily ficou preocupada e disse:

– Luno, pare! Não estamos nas mínimas condições de lutar!

Leeron abria comunicação:

– Sua irmã está certa. Se for para lá agora, vai ser um suicídio completo!

Ele não mostrava vontade de parar:

– Mas eu preciso ajudar eles!

Nesse momento, Gimmy começava a falar com Luno:

– Não se preocupe conosco! Nos podemos aguentar essa luta muito bem! Simon pode ser forte mas nos também ficamos bem mais fortes do que antes! – Ele abria um sorriso e limpava um pouco de sangue de sua boca.

Darry entrava na conversa:

– Ele está certo! Simon pode ter se fortalecido, mas ainda temos chances de vencê-lo! Estou aqui para apostar na certeza de que eu posso ajudar a todos nessa guerra! – Ela colocava uma cara séria e determinada.

Yoko também dava seus votos de confiança:

– Estamos aqui para lutar e proteger aquilo que mais amamos! Você não é o unico que fez promessas, garoto. Eu também prometi lutar até o fim e farei de tudo para cumprir!

– Heh. Você acha que nos vamos cair tão fácil? Não nos subestime! – Viral levantava e sorria, apesar de ainda manter concentração.

Todos os quatro estavam confiantes de sua vitória. Luno ficava inspirado, porém incomodado ouvindo aquilo tudo. Ele queria ajudá-los de qualquer maneira. Fechava os olhos e se irritava, quando ouviu a voz da mãe pelo comunicador:

– Filho, todos eles tem seus sonhos e sua vontade de lutar. Eles não são nem mais nem menos que você aqui. Todos estão lutando por um bem em comun. Então, confie neles com todas as suas forças.

Luno parecia ser mais tocado pelas palavras da mãe do que de qualquer um outro. Ele ainda não gostava de aceitar o fato de não iria lutar ao lado deles. Mesmo assim, foi compreensivo e disse:

– Certo. Nesse caso...mostrem para Simon quem vocês são!!

Todos concordaram e se sentiram confiantes com aquilo. Viral então preparava suas espadas e dizia:

– Pode deixar!

Todos então seguiam para o combate. Era difícil. Nada conseguia acertá-lo. Simon apenas ficava parado, mas todos os ataques pareciam atravessá-lo, como se ele fosse um holograma. Os tiros de Yoko e dos irmãos apenas seguiam reto. Não era possível com que tudo apenas o atravessasse como se ele não existisse. Viral apenas se enfurecia mais e mais com isso e começava a atacar com muito mais ferocidade. Os soldados também tentavam atacar e alguns tentavam inclusive lutar contra ele a curta distância. Esses, porém, tiveram um triste fim. Simon apenas matava todos que vinham em sua direção como mosquitos. As pessoas no laboratório ficavam desesperadas ao saber que algum de seus entes queridos tivesse morrido lá.

Leeron e Leyte estavam observando a luta. Começavam a analisar dados e mais dados coletados. A pressão neles era gigantesca. Uma hora, Leyte bateu as mãos no teclado e disse:

– Mas que droga! Como é possível que Simon conseguiu tanto poder assim em apenas um instante?! Por que ele não sumiu como todas as outras naves?!

– De acordo com esse dado que coletei, a energia de Simon aumentou drasticamente desde a ativação do Véu Espiral. É como se estivesse usando proveito da energia que ficou impregnada no ambiente.

Leyte estava tentando entender como isso aconteceu, quando de repente ela pensou e tirou uma conclusão:

– Mas é claro! Simon foi um Guerreiro Espiral como nos! Ele tem domínio sobre a Energia Espiral e sabe como usá-la melhor do que ninguém! Ele está conseguindo usar a energia do Véu Espiral para sua vantagem!

– Se esse é o caso, então quer dizer...

– Quer dizer que ele está absorvendo toda a energia liberada para dentro de si, a transformando em Energia Anti-Espiral e então usando as duas em sincronía. Inacreditável. Ele conseguiu aprender em questão de poucas décadas o que levaria séculos para construír um mecanismo que fizesse isso.

Ambos começavam a pensar, enquanto a luta continuava. Simon estava tendo poucas dificuldades para lidar com os quatro que o atacavam. Ele contra-atacava Viral e o mandava para longe com uma forte pancada. Ele parava os tiros de Yoko com a sua mão e então os jogava na direção de Gimmy e Darry. O ataque parou e Simon estava sem um arranhão sequer. Ele olhava para baixo, bastante bravo e dizia:

– Por que vocês continuam lutando? Vocês estão cegamente indo contra mim apenas para nutrir esse seu sonho infértil de querer continuar vivos e alcançar a felicidade! Vocês não abrem os olhos para a realidade e se negam se declararem como pragas desse universo!

– Você está errado! Nos lutamos pela liberdade! Lutamos por isso desde que a Brigada Gurren Foi fundada por Kamina! Nos não vamos desistir dela, nem mesmo se você for o nosso inimigo agora!

– Você não entende mesmo. Não há nenhuma “liberdade”! Nunca houve nem nunca haverá! Enquanto a liberdade de vocês começa, a dos Anti-Espirais termina! Enquanto um estiver aí fora, o outro será obrigado a viver confinado, exatamente como eramos debaixo da terra! É esse tipo de liberdade pela qual você luta, Yoko? Isso foi há 37 anos atrás! Estão apenas lutando por uma causa perdida!

Ela foi atingida pelas palavras de Simon. Nunca havia parado para pensar no lado dos Anti-Espirais. O quanto eles estão sofrendo por terem que viver escondidos. O quanto devem estar agonizando sabendo que para eles o mundo está próximo do fim. Os soldados também ouviam isso. Um deles, aproveitando a distração de Simon, avançou para cima dele e por trás. Simon apenas sumiu de sua visão e quando voltou, o soldado já havia sido perfurado no peito e o seu gammen explodia junto com ele. No mesmo instante, ele aparecia de novo para todos, dizendo:

– Este homem é uma perfeita alegoria de todos vocês. Tolos, que pensam que podem me derrotar apenas com coragem e atitude e desse jeito apenas encurtam a própria vida. Mais do que isso, encurtam a vida do Universo pensando assim.

Viral ficava louco da vida e avançava novamente em direção a Simon. Voltava a atacar no mesmo ritmo frenético que estava, mas era inútil. Ele começava a sentir muita raiva daquilo:

– POR QUE...NÃO QUER...ACERTAR?!?!?

Simon parava todas as espadas de Viral de uma vez só. E o jogava de novo para o chão com muito mais força que antes. Logo depois disso, Leeron entrou em contato com todos e disse:

– Pessoal, temos que tirar Simon do alcance do Véu Espiral! Se conseguirmos, ele irá enfraquecer e então seremos capazes de vencê-lo!

Todos captaram aquílo e começavam a pensar. Os soldados tentavam imaginar alguma estratégia, mesmo todos eles morrendo de medo de Simon. Viral apenas voou de volta ao céu e atacava Simon com tudo que tinha, com o intuito de pressioná-lo e faze-lo se afastar do Véu Espiral. Não dava nada certo. Outros soldados também tentavam atacar Simon mas eles acabavam tendo o mesmo fim dos que tentaram antes. Ele jogava Viral novamente ao chão com imensa força. Ele podia atacar com tamanha força, mas não tentava ir para cima. Ele apenas esperava mais pessoas para atacá-lo e então mostrar para todos como que a pessoa era insignificante perante ele. Os soldados ficavam amedrontados e pensavam:

– *Não é um homem...é um demônio na terra!*

Simon, vendo que a moral dos soldados estava baixa, decidiu desmoralizá-los ainda mais:

– Eu sou muito forte para vocês, Viral, Gimmy e Darry? É só isso que vocês conseguem fazer? Vocês são patéticos! Se não consegue lutar comigo de frente, então se retire do campo de batalha! O mesmo vale para todos vocês aqui. São todos ratos! Como tal, dou um conselho para vocês: Fujam! Voltem para suas tocas debaixo da terra e vivam o resto de seu tempo acovardados de tudo, como os ratos que são!

Viral, que havia se acostumado de ser arremessado ao chão tantas vezes, já estava de pé e em posição para atacar, respondendo para Simon:

– Não se atreva a nos subestimbar! Nos somos guerreiros que lutam pela honra de ser o que somos! E você? Luta pelo que? Pelo “bem do Universo”? Não venha pra cima de mim com esse papo! Nos temos uma coisa chamada “orgulho” e outra chamada “vida”, coisa que você e seus soldadinhos de chumbo não tem! E por isso, você vai pagar! Vai pagar pela vida de cada soldado que você tirou hoje nessa guerra sem necessidade!

Simon abriu um sorriso macabro e disse:

– “Vou pagar pela vida de cada soldado”? Por que você se preocupa com isso? São pessoas com o único propósito de matar e morrer em batalha! São apenas peões!

Viral rangia os dentes. Ele ficava em posição para atacar. Se concentrava muito e tentava purificar a mente. O chão nos pés de seu gammen começou a rachar. Logo, todo o chão a sua volta começou a rachar. Uma estranha aura invisível saía de Viral. Não era Energia Espiral nem nada do tipo. Era puramente a sua força de vontade e convicção se manifestando e tomando forma física. Aquilo dava uma atmosfera diferente ao lugar. Uma atmosfera muito tensa. Ele abria os olhos e dizia:

– Eles não são meros peões. Eles não são peças de um tabuleiro. Eles são soldados. Mais do que isso...

Ele então gritava e avançava como um trovão em direção a Simon:

– ...ELES SÃO MEUS HOMENS!!

Quando chegava, o intenso combate começava. Simon agora não estava mais parado. Viral havia equiparado a sua velocidade com a de Simon. Ambos estavam no mesmo nível. Eram tão rápidos que era impossível vê-los naturalmente. Apenas se viam flashes de imagens de dois vultos lutando um contra o outro. Estavam indo tão rápido, mas tão rápido que seus golpes começavam a afastar o ar ao redor, formando uma barreira de ar, com ambos dentro de uma bolha de vácuo. A luta não parava por nenhum instante. Os soldados olhavam para Viral lutando daquele jeito. Uns, que estavam chorando de medo, limparam suas lágimas e ergueram a cabeça. Pensaram que já que não eram apenas peões, eles eram capazes de algo. Eles seriam capazes de fazer a diferença. Viral e Simon paravam os golpes, fazendo a barreira de ar se dissipar e causar um vendaval. Quando isso aconteceu, soldados tentaram atacar. Simon, que não gostava nada daquilo, afastava Viral com um golpe e logo em seguida ele erguia a mão negra de seu Gurren Lagann. De lá estava se formando uma concentração de energia negra, que parecia estar sugando tudo ao seu redor e que puxou muitos soldados em sua direção. Imediatamente, com o outro braço do seu gammen, ele fazia uma esfera de energia brilhante e a soltava no ambiente, que em instantes explodia com aquela energia e com todos os que Simon havia puxado. Eram muitos soldados que morreram naquele instante. Viral ficava ainda mais revoltado vendo seus homens morrendo daquele jeito. Simon estava confiante, abiu um sorriso e virou:

– Hmph. Fracos. Não tem a menor chance de me parar!

Quando olhou para trás, os soldados continuavam avançando em sua direção. Eram muitos. Todos eles estavam indo juntos para cima de Simon. Ele tentava fazer alguma coisa, mas eram tantos que não conseguia matar a todos. Eles conseguiram segurar e imobilizá-lo. Tentava a todo instante fazer algo para sair. Fazia brocas surgirem ao redor de seu Gurren Lagann, que perfuravam e matavam os soldados. Mesmo assim, eles não desistiam de maneira alguma. Um deles parecia estar dando ordens:

– Empurrem! Empurrem! Pela Brigada Gurren, empurrem!!

Faziam exatamente como o homem, um dos soldados que estava ajudando a segurar Simon falava. Todo o exército estava empurrando Simon, que tentava resistir, com todas as suas forças. Os homens começavam a repetir a ordem que lhes foi dada ao líder. Em pouco tempo, as pessoas no laboratório subterrâneo começaram a incentivar e torcer pelos soldados. Pouco a pouco, eles começavam a chegar cada vez mais perto da atmosfera. Um tempo depois, Leeron voltou a aflar com todos e avisou:

– É isso! Ele já está fora do alcance do Véu Espiral! Vocês devem atacá-lo agora!

O soldado captou a mensagem e disse:

– Ouviu isso, Viral?! Você deve atacar agora! Use aquele seu melhor golpe com toda a força possível! Nos vamos segurar Simon!

Viral estava espantado com aquilo tudo, mas respondia:

– Você ficou louco?! Se eu usar esse golpe nele, vocês também vão ser atingidos!

– Ele está certo! Vocês vão mesmo jogar suas vidas fora por algo tão trivial?! – Simon falava, enquanto tentava fazer alguma coisa.

– Cale a sua boca! Nossa vida é devota a nosso dever! Você não tem nada para acreditar! Quem você pensa que somos? Quem diabos você pensa que somos?! Nos somos os soldados da Brigada Gurren. Mais que isso...NOS SOMOS OS HOMENS DE VIRAL!!!

Simon se incomodava com aquilo e dessa vez fazia mais força para poder escapar. Ele ia matando os soldados com seus ataques, mas eles ainda não desistiam e o imobilizavam com unhas e dentes. O soldado estava impaciente e gritou:

– ANDA VIRAL, O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO?! ATAQUE AGORA!!!

Viral estava cheio de raiva por ter que fazer aquilo, mas não reclamou. Ele foi para o solo. Lá, ele preparou sua postura da melhor maneira possível. Se concentrava mais do que nunca. Juntava todo esse ódio e confiança dos seus soldados nele junto a sua concentração. Adquiria um poder de proporções nunca antes registradas para um homem-besta. Era tanta força que dessa vez, o chão ao seu redor afundava perante ele. Ele abriu os olhos e disse:

– Ei, soldados...quando essa luta acabar...vocês vão ficar na detenção...POR SEREM IDIOTAS!!

Ele então explodia toda aquela força acumulada com ódio e concentração e decolava, mais rápido que a própria luz. Era tanta força, que uma cratera se formou no lugar onde ele estava. Atravessava o céu em questão de milésimos. Ele gritava com tudo que tinha e então, o poderosíssimo golpe foi dado. Rápido, letal e matador. Todos os átomos de onde ele cortou foram partidos em dois. O próprio céu parecia ter sido cortado em dois com o ataque. Antes do golpe surtir efeito, os soldados gritaram com toda a força de seus peitos e toda a dedicação de suas almas:

– FOI UMA HONRA SERVIR A BRIGADA GURREN COM O SENHOR, COMANDANTE VIRAL!!!

– ...Eu já disse...pra não me chamarem de “senhor”.

Logo depois, todos os gammens explodiram de uma só vez, formando uma colossal cortina de fogo em toda a superfície do planeta. O golpe foi tão poderoso que o ar afetado começou a se agitar e logo depois foi formado um furacão flamejante no meio do vácuo, atrás de Viral. Enquanto na ultima vitória todos estavam vibrando de felicidade, nessa não se ouvia uma som sequer. Ninguém estava comemorando aquela vitória com todos aqueles sacrifícios. Viral estava parado. Ele apertava os dentes com muita força e começava a falar. Ele estava furioso. Completamente furioso, mas estava diferente. Seus olhos estavam cheios de lágimas. Mesmo chorando, ele ainda expressava sua total raiva:

– QUANDO EU CHEGAR ONDE VOCÊS ESTÃO, VOCÊS VÃO SE ARREPENDER DE TER ME OBRIGADO A FAZER ISSO!! MARQUEM MINHAS PALAVRAS: EU VOU ESPANCAR VOCÊS TODOS TÃO FORTE QUE VÃO QUERER NUNCA TER NASCIDO!! EU NÃO ORDENEI QUE VOCÊS SE SACRIFICASSEM DESSE JEITO!! VOCÊS SÃO SOLDADOS DA BRIGADA GURREN E NÃO SUICÍDAS!! VÃO PAGAR POR ESSE ATO DE BURRICE QUE...que...que salvou a todos nos...!!

Ele então abaixava a cabeça e começava a falar mais baixo:

– Quem eu estou querendo enganar...eu nunca vou chegar onde eles estão. É como se eles já soubessem disso...seus desgraçados...! SEUS DESGRAÇADOS!! – Ele começava a bater nos controles.

Mal ele sabia que suas comunicações estavam ligadas e que todos estavam ouvindo tudo o que ele disse. Já achavam triste o suficiente todos os soldados terem morrido e ficaram ainda mais ouvindo o desabafo de Viral. Ficaram tocados com aquilo, principalmente Yoko. Ela nunca pensava que ele tivesse tantos ressentimentos guardados dentro de si. Luno se lembrou do que Yoko havia dito sobre Viral não ter nada para amar ou considerar família e concluiu:

– *Estava errada. Ele tinha uma família. O pessoal dele. O seu exército. Não...a Brigada Gurren inteira era sua família.”

Todos ficaram aliviados com a vitória, mas ainda estavam sendo afetados por aquela atmosfera triste. Viral notou que era hora de voltar. Quando ele virou para trás, veio a surpresa. O Gurren Lagann de Simon ainda estava de pé, extremamente danificado. Ele respirava com dificuldade. Estendia os braços para os lados e dizia, com a voz um pouco rouca:

– Vocês ultrapassaram muito as minhas expectativas, mas agora acabou. Vocês conseguiram me tirar do sério!!

Em uma de suas mãos, Energia Anti-Espiral começou a acumular e formar uma esfera negra e Energia Espiral na outra, formando uma esfera verde-claro. Viral ainda tinha forças para lutar e não queria ver o que acontecia depois. Ele partiu para cima de Simon, mas quando chegou perto dele, ele foi paralisado por alguma força estranha. Agonizava por aquela energia fluindo em seu corpo. Luno e Lily ficaram preocupadíssimos com aquilo e, um pouco mais recuperados, foram ajudar Viral. Não apenas eles, mas Yoko, Gimmy e Darry foram também. Luno gerou uma broca em seu Gurren Lagann. Simon havia juntado as mãos com as energias, formando uma outra energia incolor. Quando todos estavam perto de Simon e Luno estava a centímetros de acertá-lo com sua broca, Simon separou as duas mãos. Imediatamente, a visão de todos ficou estranha. Viam tudo em tom de cor negativo e o tempo parou. Luno e todos lá tentavam se mexer, enquanto uma escuridão aparecia e rapidamente consumia todos. Estavam se sentindo estranhos e desmaiaram, enquanto entravam em desespero por serem consumidos por aquelas trevas e não poderem se mexer.

Luno acordou, ainda achando que Simon estava na sua frente, pronto para ser golpeado. Ele olhava ao seu redor para saber onde estava. Não via mais a cidade, nem o Sol, nem o planeta. Tudo o que via eram estrelas com um brilho estranho, galáxias deformadas e tortas, além do universo ser de uma cor de vinho. Era tão estranho e bizarro que só de olhar para aquilo o fazia se sentir mal. Ele olhava novamente e via que todos estavam lá também, desmaiados em seus respectivos gammens. A dor de cabeça que ele sentia era forte e então ele falava para si mesmo:

– Onde...onde estou?

– Bem vindo, Luno. Bem vindo ao meu Universo.

Ouvia uma voz vinda de todas as direções. Quando menos percebia, era Simon quem estava falando. Luno imediatamente ficou preocupado e perguntou:

– Simon! Que lugar é esse?! Diga!

Um minuto de silêncio e então ele apenas ouvia duas palavras:

– Espiral...Zero.


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Notas finais do capítulo

O exército inteiro se sacrificou e mesmo assim Simon continua vivo? E o que é o Espiral Zero?
Avaliem ;)



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