Demacia's Wings escrita por Jhulliaty


Capítulo 6
Capítulo 5 – As notícias dessa manhã falam sobre meu estranho sonho


Notas iniciais do capítulo

Eu estava escrevendo em um dia ensolarado de verão, quando de repente noto que toda a história anterior estava em terceira pessoa. " Merda, e agora? " Preferi deixar quieto, vocês não ligam né? Ah sim, boa leitura



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Naquele dia e a partir dali, eu desisti de tudo.

A morte do meu irmão era anunciada na Televisão e no jornal como misteriosa, afinal, ninguém, nem mesmo eu sabia como ele tinha morrido.

Meus pais depois de descobrirem sobre tal, não me culparam, eles simplesmente fizeram como eu fiz, choraram minha mãe ao menos, meu pai se manteve firme me dando uma bronca que com certeza não iria desobedecer.

– Você irá desistir desse estranho sonho maluco – Disse ele – Não me obrigue tê-la que prender em casa!

E depois disso, meses se passaram, anos, eu não saio mais de casa, se saio, são compras, normais, básicas, ajudo minha mãe na fazenda que nos mantem, e agora, meu pai trabalha sozinho.

Eram dias normais, realmente normais, até um comunicado que chegou a nossa casa, havia o selo real nele, e isso preocupou eu, e meus pais.

Ele falava da guerra que se aproximava a guerra de Demacia contra Noxus é antiga, entretanto parecia que o local estava mais calmo nos últimos tempos, bom, pelo jeito isso é falso.

Você vai pai? Para essa guerra...

– Não, eles falaram somente para pararmos a parte da agricultura e começarmos a fazer tecido para os guerreiros, eles parecem ter conseguido muitas pessoas nos últimos tempos, graças a isso não preciso ir, tivemos sorte essa vez, ao menos isso.

Silenciosamente suspirei, perder o meu pai para uma guerra...

Não, já bastava meu irmão, ter perdido ele para aquele maldito sonho...

– Quinn amanhã você está livre, você quer ir a aquele lugar não? Pode ir.

“Aquele lugar” ele era evitado pelas falas dos meus pais, e depois de um tempo, até pela minha.

Era o local que o Caleb havia morrido, e até hoje, eu não sei por que ele se foi, porque ele me deixou, porque ele partiu... ?

– Quando voltar me ajude a trazer as ovelhas que estão na cidade, foram mandadas pelo Rei Jarvan.

– Claro Pai.

– Vamos, agora suba e descanse um pouco, está tarde.

E assim como ele mandou, subi. E como sempre, as coisas de Caleb estavam lá paradas, como sempre, exceto um jornal que foi colocado nas suas coisas depois de sua partida.

“Garoto que morava no campo morre após ataque, ninguém sabe quem o atacou e é avisado para todos os moradores manterem distancia da floresta”

Entretanto aquele jornal agora estava jogado junto com as coisas dele

– Coisa patética... Você ainda me tira o sono Caleb, como pode ser tão cruel em deixar sua irmã só? Eu não posso continuar nosso sonho irmão, não sem você.

Aquelas memórias, elas me assombravam, as felizes nem tanto, mas as ruins, principalmente a que ele morreu aquilo... Eu... Realmente estou sozinha agora?

...

– Hey Quinn, você pode me ouvir?

– Irmão?! Caleb! Onde você está?

– Quinn se acalme, por favor, você não pode mais me ver, você sabe disso, entretanto eu ouço você me chamando todo dia, Quinn você não deveria desistir, você sabe disso, mas... Então, por quê? Por que você desistiu Quinn? Trauma? Um pedido do nosso pai? Se for isso Quinn você...

– Não tem motivo! Só isso, sem você Caleb, não tem motivo de eu continuar! Eu só vou continuar minha vida calma com nosso pai e nossa mãe, sem aventuras ou emoções, e as coisas que você fez para mim, minha arma, minha armadura, a sua arma e a sua armadura, eu irei guarda-las para eternamente lembrar-se de você, apenas isso...

Deu para ouvir um suspiro de algum lugar, eu realmente não via nada, aquele lugar branco, solitário e vazio, ele de alguma forma dava medo, e doía meu coração somente por estar lá.

– Irmã, saiba que a água é límpida e pura, entretanto o sangue é mais denso, você sabe que esse sonho ainda vive em você, e ele não irá sumir nunca, se o problema sou eu, não posso deixar você sofrer por minha culpa.

E então ele me abraçou por trás, um corpo tão quente, tão caloroso, uma sensação de calma me percorreu todo o corpo, aquilo... Ele... Aquilo era a verdadeira despedida?

E eu vi aquele calor aos poucos sumir e um belo pássaro emergir da escuridão de um coração machucado, e voar, lindamente, belamente para longe, para um céu límpido e sereno, onde nem mesmo os anjos alcançariam.

...

Eu não sei quanto tempo demorou, entretanto eu adormeci, deve ter sido entre lágrimas já que meu olho está meio irritado hoje de manhã, fora a sensação de sono incomum, e sei que sonhei com algo ontem à noite, mas... O que era? Eu não lembro, somente me vem à cabeça um lindo pássaro, azul, como ele era maravilhoso.

Mas está na hora, eu preciso ir, estou meio atrasada na verdade, mas tudo bem, você me perdoará, sempre irá me perdoar.

Troquei-me, uma roupa simples, blusa branca com um pequeno detalhe nela em dourado, o símbolo de Demacia, uma calça qualquer que fosse confortável e uma bota cano baixo pela lama que iria passar, prendi meu cabelo com um rabo de cavalo. Fazia muito tempo que não o cortava, onde ele está agora? Ah sim, meu cabelo está na cintura já, deuses...

Pedi licença para os meus pais, voltaria antes do anoitecer, pelo menos assim esperava.

Caminho adentro da floresta, o mundo parecia escurecer mais, a cada lembrança dele, tudo parecia começar a girar quando eu pensava nele.
Não, eu não podia me perder tanto assim, tanto dentro de mim, quanto naquela floresta, não é difícil achar o local que ele morreu, parece que a alma dele ainda está lá, então...

Somente mais um pouco, e logo estarei lá. Mas fora isso, essa floresta nunca esteve mais assombrosa, as folhas das arvores cresceram tanto que não tem uma iluminação entrando, o mato está alto de mais para uma pessoa que viesse descalça, cortaria o pé de qualquer um, sem falar que não tem mais o canto dos pássaros, ou será que eu não os ouço mais?

Caminhei mais um pouco até chegar o local, e no caminho deu para ouvir alguns gritos e barulhos de... Espadas?

– Eu preciso me apressar, o bater de espadas, isso não é bom, não é nada bom.

O pouco caminho que faltava eu corri, entretanto quando cheguei lá, um pouco cansada, o que estava lá não era somente um pequeno túmulo.

Havia um pequeno e indefeso pássaro no lugar, tão pequeno e gordinho que deu até pena, com as penas roxas e alguns desenhos amarelos e laranjas por elas, tendo sua barriga toda roxa, fazia dele um pássaro muito belo e não parecia ter mais que alguns meses de vida.
Não muito longe dali, talvez empurrado pelo forte vento, havia um ninho e o que era para ser um ovo ao seu lado, totalmente estourado com uma figura totalmente desforme, pelada e aparentemente morta.

Aproximei-me da ave que aparentemente estava viva.

– Ei passarinho, está vivo? Acorde. – Esperei por alguns segundos, nada, estava morto? – Passarinho... Está respirando! Que alivio. – Os gritos de horror e o barulho do chocar das espadas estavam ficando mais perto, eu deveria sair dali. – Droga... Caleb me perdoe, eu não posso ficar aqui, se não serão dois mortos no mesmo túmulo, me perdoe irmão. – Peguei a faca que ele havia me dado e a olhei por um instante “Caleb” entalhado delicadamente na faca. A enterrei no chão, cobrindo-a de terra para que ninguém a visse, um presente de minha presença, e com o pássaro, cuidadosamente colocado nas minhas duas mãos, corri daquele lugar o mais rápido que pude, para casa, e para me deparar com uma guerra correndo na cidade.

– Como isso parou assim? E de onde saiu essa guerra?! – Em minhas mãos o passarinho reclamou de eu ter parado no meio do caminho – Meus deuses, perdoe-me, eu vou cuidar de você, só aguente mais um pouco, ok? Estamos já chegando.

Voltei a correr, para a área mais rural de Demacia, o local que minha família morava, iria cuidar daquele passarinho para que ele pudesse voltar para a família dele... Se é que ele tinha o ninho caído e o outro pássaro morto não eram coisas tão bonitas de se ver, e ele era tão pequeno que provavelmente não sabia voar, se não teria escapado do ninho caindo.

Cheguei em casa ofegante, e pedi ajuda à minha mãe, o passarinho iria ficar bem, ele com certeza iria se curar e voltar para a sua família.

A asa parecia estar quebrada e a perna também, ele estava meio mal tanto de aparência quanto de saúde, então, eu prometi a mim mesma, eu iria cuidar dele até se curar.

...

Antes de dormir, novamente vi jogada, a notícia que Caleb estava morto, entretanto agora, parece que havia algo escrito.

– “Irá ficar tudo bem”? Quem escreveria isso? Digamos que, não é uma coisa para se escrever em um jornal, mas que seja preciso dormir.

E com o passarinho em cima da cômoda, enrolado em algumas roupas velhas, eu sonhei novamente com aquela ave que eu não recordava em meu sonho anterior.

Valor... Seu nome era Valor.


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Notas finais do capítulo

E alguém poderia me dizer... Preferem em primeira ou em terceira pessoa? Estou com essa duvida e para continuar a escrever queria saber a opinião de vcs, e eu demorei, muito, perdoem-me, de 10 a 10 dias tem capítulo novo, não está fácil para ninguém '3' Espero que tenham gostado e até a próxima pessoal