Blackmail escrita por Dramione Shippers


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Alô galera de caubói,alô galera de peão.Cheguei,depois de eras,com um capítulo novo!Uhul!Esse capítulo tá bem curto,bem meloso,mas eu estou apaixonado por ele.Tá mais poesia do que fanfic porque eu estou num momento meio Machado de Assis contemporâneo.Mas espero que vocês gostem.

Boa leitura.



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É impossível prever o tempo.Não estou falando de meteorologia,mas sim,de biologia.É impossível prever o tempo porque na maioria das vezes ou ele passa num piscar de olhos ou demora uma eternidade pra terminar,e em ambas situações ele vem quando você não espera.Quando você quer que ele passe rápido ele faz de pirraça e dura pra sempre,e quando você quer que ele demore pra sempre ele voa.

Era sobre o tempo que Hermione pensava ao observar Jules Anne.O tempo também te desgasta,e puxa,Jules estava desgastada.A anciã da família O’Hare estava pra lá dos seus setenta anos e aparentava estar quase morta apesar de esbravejar como uma garota de dezessete.Hermione a conhecia tão bem e vê-la naquela situação era irritantemente doloroso.Acho que ás vezes o tempo não faz jus á nossa alma.Por exemplo,Jules tem a alma de uma aventureira e o tempo a deixou com a aparência de uma poltrona enrugada.

–Pois eu sempre quis que o Brian casasse com você,Hermione.Mas parece que o cretino não escuta uma palavra que sai da boca dessa velha aqui- Jules disse.Hermione riu,desconcertada.

Depois de quase dez horas dentro de um carro compacto,eles finalmente haviam chego na tão sonhada casa de verão O’Hare.O lugar,mesmo que afastado,era tão chique quando a Mansão O’Hare em Londres.As paredes ostentavam grandes criações artísticas,o chão brilhava de tão polido e a casa em si representava toda a família,rica e isolada.A casa também representava Draco Malfoy:rico e isolado.

–De qualquer forma,Jules,esse aqui é o meu namorado,Draco.

Jules desviou seus olhos cansados para a figura que se postava do lado de Hermione.Um sorriso amigável tomou conta de seu rosto.

–É um prazer –Draco replicou,levando a mão de Jules aos lábios.

–O prazer é todo meu,querido.Bom,vocês podem ir se acomodar,o pessoal está no deque e provavelmente só voltará na hora do jantar.

Como dito:o tempo voa.O tempo voa e agora o jantar já havia sido servido e o casal estava deitado com a luz apagada e as cortinas fechadas.

Agora veremos o jantar da perspectiva de Draco Malfoy:ridículo.Ridículo,porque sinceramente,ele não via como diabos Hermione Granger pôde ter namorado Brian O’Hare.Ele havia passado a ceia inteira observando o traíra e chegou a conclusão que Hermione Granger não sabe reparar nos defeitos eminentes das pessoas.Brian é totalmente descarado,arrogante,ignorante,cretino e um filho da puta dos grandes!Draco percebeu isso só pelo modo que ele tratava os empregados.E também porque ele mesmo era um filho da puta dos grandes.

Então Draco formulou esta hipótese:o amor é cego.Obviamente,este é um dos ditados mais clichês mas daremos crédito ao rapaz só desta vez.Ou melhor,o amor é caolho.O amor é caolho porque só vê um lado da pessoa amada.E na maior parte das vezes não se enxerga do lado da tal pessoa.Hermione Granger,nossa experiência,nunca deve ter se enxergado do lado de Brian O’Hare,porque se ela tivesse,porra,teria percebido o quão perfeita ela era em relação ao outro indivíduo.Anotação:Hermione não percebe o tamanho de sua perfeição.Esse é um dos problemas que nós temos,Draco concluiu.Sempre pensamos que somos sortudas por termos o fulano de tal mas quem deve se sentir sortudo por te amar é ele.Deveríamos sair por aí gritando “o que seria de VOCÊ sem mim?” ao invés de nos fazermos pequenos ao lado de alguém.

E a história continua e o teto ainda não se transformou em nada de especial.E na cabeça de Draco passa milhões de hipóteses por segundo e então um pensamento lhe atinge.Talvez ele devesse mostrar a ela a sua perfeição.Oras,ele é o “namorado” dela.Ele deveria fazê-la se sentir feliz e segura e linda e compreendida e talvez,por um acaso meio iludido,amada.Nem que seja por mais,o quê?Três dias?Mas é isso que ele deveria fazer.Ele deveria falar que as águas-vivas não morrem elas simplesmente param de se movimentar e que no DNA perfeito dela há tantos átomos quanto estrelas em uma galáxia e que ela é um pequeno universo.E que não há coincidências e que ninguém nunca será bom o suficiente pra ela.E que a dificuldade de aceitação da parte dele é enorme mas agora ele se sente grato por ela o ter subornado.Porque,agora,nesse exato momento,ele consegue sentir o calor irradiando do corpo dela e o vento bate frio em seu rosto e essa sensação faz com o que o coração dele bata com força.Ou talvez seja porque ela tenha enrolado o dedo mindinho no mindinho dele,e isso parece ser tão perfeitamente correto.

É possível prever o tempo.Agora estamos falando de metereologia.


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Notas finais do capítulo

E aí?Gostaram?Comentem suas opiniões,se o capítulo estiver bosta eu quero saber também!

Beijos,até a próxima.

PS:o negócio do "amor caolho" não faz muito sentido se formos pro lado teórico da coisa,mas fez sentido na minha cabeça e é o que vale.

PSS:sem querer esfregar na cara da sociedade mAS A JK ROWLING PARABENIZOU A SONSERINA PELO DIA DO ORGULHO NO TWITTER,COM LICENÇA E BEIJOS NO OMBRO PRO RECALQUE PASSAR LONGE.