Blackmail escrita por Dramione Shippers


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Vocês pensaram que eu estava morta, non é mesmo? Infelizmente,cá estou eu. Depois do que parecem ter sido séculos,postando (humildemente) mais um capítulo. Me desculpem pelo atraso.

O capítulo ta beeeem longuinho pra vocês ficarem beeeeem felizes ok?!

Obrigada por tudo.



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A última vez que Hermione tinha visitado aquele prédio lhe deixou lembranças traumáticas,e avistar a estrutura de longe fazia seu estômago se contorcer. Há não muito,ela havia passado dias sentada ao lado da cama de uma Mary Elizabeth enferma. Malfoy a avisou da visita ao Hospital pela manhã, um aviso breve, as únicas palavras que ele dirigiu a ela desde o beijo na noite anterior.

Ela nunca poderia esquecer, mesmo se quisesse, do olhar que ele a lançou após se separarem. Os lábios dele rúbis contrastando com o alvo de sua pele, a mão esquerda no quadril dela e a direita enroscada nos cachos castanhos.Tudo parecia tão fora de ordem, como se o universo tivesse virado de ponta a cabeça. Ela se sentiu envergonhada, como se tivesse sido ela quem iniciou o beijo, e ele entendeu. Ele encarou ela tão profundamente que parecia que ele poderia sugar toda a vida existente nela só com aquele par de olhos, e se calou. Deixou ela com o silêncio que ele viu ser suplicado.

Quando desceram do carro ao invés de irem em direção à entrada principal, Draco murmurou um “siga-me” apressado e contornou a estrutura, Hermione andando logo atrás. Pararam em frente ao que parecia ser uma porta de saída dos funcionários, Draco tirou sua varinha de seu bolso - Hermione revirou os olhos, só esse gênio pra guardar a varinha no bolso de trás mesmo,pensou- e tocou na maçaneta da porta três vezes com a ponta.

— Vamos,Granger - Draco disse,passando pela porta.

Entraram no que parecia ser um elevador,Draco pressionou um pequeno botão verde e eles começaram a descer. As portas se abriram mostrando um corredor que se abria em inúmeros outros,como um túnel.

—Onde estamos? - ela perguntou.

—Na Central de Pesquisas - ele respondeu, a olhando de rabo de olho enquanto se movia pelos corredores - Eu financio um projeto de pesquisas diversas para o Ministério.

—Pesquisas pro Ministério? - ela indagou, sua testa franzida - Pensei que você odiasse a política mágica.

— Odeio, mas isso não me impede de querer saber das coisas,Granger. E o Ministério nunca me deixaria proceder com as pesquisas feitas aqui sem meter o nariz no meio.

— E o que exatamente você pesquisa aqui?

—Tudo. Desde doenças até o universo. Dentro de cada uma dessas salas tem no mínimo dois especialistas pesquisando sobre um assunto.

—Tem muitas salas aqui,Malfoy. Quantas pesquisas estão sendo feitas?

— Mil seicentas e cinquenta e três - ele respondeu, abrindo a porta de uma das inúmeras salas.O lugar era minúsculo,duas mesas ocupavam grande parte do espaço,uma outra porta se destacava no lado oposto de onde eles se encontravam e a luz parecia estar a ponto de desligar.Um homem de aparência velha sentava atrás de uma das mesas, pilhas de livros amarelados o cercando.

—Bom dia,Calado - Draco disse, tirando o casaco e pendurando em um gancho atrás da porta - Cadê o Barnes?

O homem simplesmente deu de ombros,voltando a atenção ao livro aberto em sua frente.

A outra porta abriu-se de repente, revelando um homem pequetucho de cabelos tão oleosos que se prendiam a seu crânio quase naturalmente.

—Malfoy! -exclamou o homem- Já ia tentar te contatar...e quem é esta senhorita? -ele perguntou, abaixando-se tanto para poder cumprimentar Hermione com uma reverência que a ponta de seu nariz quase tocou o chão.

—Esta é Hermione Granger. Granger, este é David Barnes.

—É um prazer conhecê-lo.

—Oh,não minha querida, o prazer é todo meu - Barnes replicou, observando o rosto de Hermione com uma atenção quase minuciosa.

—E como vão as pesquisas?Algum progresso? - Draco perguntou.

—Oh,não,infelizmente.O caso de vocês dois parece ser insolúvel. O velho Calado está trabalhando com livros de magia trouxa desde que você me contou sobre.Não há referência sobre essa espécie de feitiço em nenhum pergaminho,runas,nada,nada.Nós até tentamos naquele negócio trouxa,qual o nome mesmo,Calado? Internet,isso mesmo - ele disse mesmo sem ter recebido resposta do outro homem.

—Você não me disse que tinha colocado gente pra pesquisar sobre nossa situação - Hermione disse, fitando Draco.

—Eu pensei em contar só quando tivesse a solução mas pelo visto vamos ficar presos assim pela eternidade - ele disse,sarcástico.

—Não para o resto de suas vidas,quero dizer,vocês podem morrer a qualquer momento.É só se separarem um pouco,vamos dizer,umas duas salas de distância,que a possibilidade de morte aumenta em 90% - Barnes disse,como se setenciar duas pessoas com uma cajadada só fosse algo cotidiano.

—De qualquer forma, ambas as possibilidades são desagradáveis.

—Na verdade,eu tenho pensado uma coisa,Malfoy.

—Eu sei.

—Você sabe? - Hermione perguntou,incrédula.

—Eu consigo ouvir seus pensamentos,Granger.

—Você consegue ouvir os pensamentos dela?Desde quando?Por que você não me contou?Eu preciso anotar isso - Barnes disse,atordoado, procurando uma pena numa pilha de pergaminhos soltos.O porquê de bruxos não adotarem canetas e folhas de papel Hermione também não sabia.

—Penas e pergaminhos são tradicionais,nós gostamos.

—Para com isso,Malfoy.Pode parar de ouvir meus pensamentos!

—Não é como se eu tivesse escolha Granger!Aliás,ontem à noite foi por esse efeito colateral que eu te tirei daquela situação.

—Foda-se!- Hermione exclamou,fazendo os dois homens se assustarem com o palavreado - Eu não quero você ouvindo o que eu penso. É invasão de privacidade.

—Privacidade?Que privacidade?Eu tive que ficar de costas enquanto você fazia xixi!Não tem privacidade!Parece que você vai ter que tomar cuidado com o que pensa,Granger- Draco completou, um pequeno sorriso fisgado do lado esquerdo de sua boca se formando.

A mão da violência chega treme,Hermione pensou.

—Eu ouvi isso,Granger.

—Que bom.

—Desculpa,mas o que você estava pensando,minha querida? - o velho oleoso perguntou.

—Em fazer uma visitinha para uma velha amiga nossa em Hogwarts.

—Bota velha nisso... - Draco murmurou,o que lhe rendeu uma cotovelada.

—Ótima ideia,se vocês estão falando de Minerva,é claro.Seria muito vergonhoso se vocês estivessem falando de outra pessoa.

—É dela mesmo.

—E quando vocês pretendem fazer essa visita?

—Queria muito que fôssemos hoje mas preciso recolher alguns relatórios.Vamos depois de amanhã.

—Não é como se eu tivesse pressa ou algum outro lugar pra ir mesmo... - disse a morena.

—Aliás, Barnes,você se importaria de ir buscar esses relatórios pra mim? Eu preciso levar a nossa pequena Granger aqui para um tour em uma de nossas salas - Draco disse para o senhor,o sorriso anterior novamente agraciando sua face,Hermione não gostou da presença dele.Barnes apenas riu,compartilhando com o sonserino qualquer que fosse a graça da situação.

—Claro que posso.Envio para sua casa assim que terminar de recolher.

—Obrigada.Vamos,Granger - ele disse,recolhendo o casaco de de trás da porta - Até logo,Barnes,Calado - o último apenas assentiu com a cabeça.

—Foi um prazer conhecer vocês.Até- Hermione disse aos homens,seguindo Draco para fora da porta.

—Ele nunca fala por isso vocês chamam ele de Calado? - ela perguntou,curiosa.Draco riu.

—Não,Granger.É o nome dele.

Hermione pôde sentir quando eles chegaram ao corredor destinado antes mesmo de ver. No final da passagem havia um homem gordo de cabelos tão louros quanto os de Draco,estava encostado na parede ao lado de uma gigantesca porta branca.

—Eros,como vai? - Draco saudou,quando se aproximaram.

—Ótimo,senhor Malfoy.Vejo que trouxe uma visita - disse o homenzarrão,sua voz melodiosa.

—Ah sim, esta é Hermione Granger.Eu gostaria de mostrar a sala para ela- e lá estava o sorrisinho de novo,pareciam que eles tinham voltado à época de escola e ele a estava levando direto pras mãos de Pirraça,o Polteirgeist.

Eros entregou à Draco alguma coisa e este colocou na boca rapidamente,depois abriu a porta devagarmente e permitiu a entrada deles,a moçoila primeiro.

A primeira sensação que Hermione teve foi nojo,a sala era completamente cor de rosa,desde o chão até o teto,os sofás,as almofadas,tudo,tudo.Mas depois seu corpo foi invadido com a maior alegria que ela havia sentido em tempos.O que ela estava pensando?Este era o quarto mais bonito do mundo,ela nunca havia visto um recinto tão maravilhoso quanto este!Queria poder deitar em um daqueles divãs e passar o resto de seus dias ali!

Ela se virou para Draco com um sorriso sonhador brincando em seus lábios,sua intenção era contar a ele o quão apaixonante era este quarto quando ela parou abruptamente.Malfoy era apaixonante.Pelo amor de Circe,ele era.

Na verdade,Malfoy era lindo.Por que ela não tinha reparado isso antes?Ela soltou uma respiração ofegante e observou com fascínio as sobrancelhas de Draco levantarem e um sorrisinho preguiçoso se espalhar pelo rosto dele,ações que foram feitas da forma mais atraente.Ela se perguntava se ele a deixaria beija-lo.

—Tudo bem aí,Granger? - ele perguntou,a voz dele rouca.

—Sim- ela respondeu - Malfoy,alguém já te disse o quão lindo você é?

Ela observou com adoração enquanto ele jogava a cabeça para trás e soltava o que deveria ser a risada mais sexy que ela já ouviu.Um sorriso se espalhou pela face dela quando ele voltou a encara-la e uma mecha do lindo cabelo dele caiu sob os lindos olhos dele.

—Não,nunca me disseram -ele a disse e o estômago de Hermione se encheu de borboletas ao som da voz dele.

Por que ela não percebeu antes quão loucamente apaixonada ela estava por esse

homem?Ela tinha que contar a ele.Ele tinha que saber o que ela sentia!

Ela abriu a boca para poder contar quando ele fisgou alguma coisa de um de seus bolsos traseiros e estendeu a ela.No centro de sua mão havia um pequeno disco cor de rosa.

—Coma um doce,Granger.

—O quê?

O quê?Um doce?Por que ele estava oferecendo um doce?Ele não entendia o que estava acontecendo?A gravidade da situação?Ela tinha acabado de perceber que estava apaixonada por ele,ele não sabia disso?Por que ele já não a tinha em seus braços declarando seu amor também?

Ela andou até ele com pernas que pareciam ser feitas de gelatina,empurrou a mão que oferecia o doce antes de coloca-la espalmada gentilmente em seu peitoral.

—Draco - ela iniciou,sentindo um arrepio percorrer o corpo onde ela o tocava.A mão dele apareceu novamente entre eles,segurando o pequeno disco entre o dedão e o indicador.

—Come o doce,Granger - ele disse.Ela o encarou,o rosto dele corado.

—Mas eu não quero o doce,eu quero você! - ela ronronou e ele bufou suavemente.

—Confia em mim,você prefere o doce.

—Mas eu te amo!

—É o que você diz,agora come o doce - ele ordenou,colocando o doce pressionado nos lábios dela.Hermione sorriu e colocou o doce na boca.

Assim que os lábios de Hermione fecharam-se sob o doce,ela cambaleou para trás como se Draco a tivesse repelido.

A realização do que ela havia dito e feito durante os últimos dez minutos finalmente se esclarecendo em sua cabeça e sua face queimando de vergonha.

—Que porra foi aquilo?- ela gritou para Malfoy.

Aquilo foi o Quarto do Amor.

—O quarto do quê? - Hermione exclamou,confusa.

—Vamos indo,eu te explico lá fora- ele disse,saindo do recinto,Hermione logo atrás.

Barnes estava encostado do lado de Eros,conversando sobre algum relatório.

—E aí,como foi? - o oleoso perguntou.

—Ótimo,vamos anunciar nosso noivado nos próximos dias - Draco replicou,Barnes começou a rir descontroladamente.

—Eu não entendo porque ele está rindo,da última vez que ele entrou aí descobriu uma forte paixonite homossexual pelo parceiro de trabalho.Quanto tempo? - perguntou Eros.

—Dois minutos - o loiro respondeu.

—Dois minutos pra quê? - Hermione indagou.

—Pro quarto fazer efeito sob você.Aquele é o Quarto do Amor,nós não temos muita certeza de como funciona - Eros replicou.

—E por que Malfoy me deu um doce?

—Aparentemente doces são a única forma de bloquear o efeito.

—E o que o quarto faz exatamente?Ele replica o amor?

—Ah,sim.Quero dizer,ele pode te forçar a acreditar que você está apaixonado,mas não pode te forçar a sentir atração física ou desejo sexual.Ele pode aumentar esses sentimentos mas só se eles já existirem.

Hermione sentiu seu sangue congelar.

—Sério? - Malfoy perguntou a Eros.

—Sim- Eros disse.

— Então o que você está me dizendo é que para que alguém sinta desejo sexual ou atração física pela outra pessoa na sala,os sentimentos tem que ser pré-existentes? - Malfoy perguntou novamente.

—Sim,Malfoy.Você já sabe disso.

—É eu sei- Draco disse,sorrindo malicioso - Vamos,Granger.Temos que chegar em casa a tempo para eu começar a revisar os relatórios.Obrigada,Eros.

Hermione não conseguia acreditar!Aquele pirralho,loiro,insignificante,aquele,aquele...Ah!Como ela pôde ser tão burra?!O nome do guarda da porta era Eros!Meu Merlin.Agora ela ia ter que aguentar Malfoy falando que ela tinha desejos por ele,vê se pode?

—Ah,e Hermione?Tenta ficar com as mãos onde eu possa ver,ok?Não quero que a sua atração pré-existente me atrapalhe enquanto trabalho.

Hermione Granger queria morrer.


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Notas finais do capítulo

TCHARAMM!!!!Bem levinho pra vocês não me matarem.

Beijos xoxo.