Other Doppelganger escrita por Katherine


Capítulo 2
Petrova Bloodline




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(Ambrose Grace)


Branco, vazio, sem graça. Era o que eu estava pensando agora.

Não, não pode ser verdade. Mas como eu posso negar o que vi com os meus próprios olhos?

Mas novamente, não pode ser. Tudo isso, essas coisas que me disseram. Aquela menina, o que eles são. Eu não me sinto assim desde quando meus pais morreram. Tão vazio.

Mas isso já faz anos. Eu tinha mais ou menos onze anos. Nós estávamos em um acampamento de verão, e então um bicho atacou o acampamento. Ninguém do acampamento sobreviveu. Apenas eu e o monitor, que disse ter visto o bicho. Ah, entendi.

Depois de seis anos, eu desisti de saber o que aconteceu. Quando completei quinze, comecei a acreditar que eu nunca iria saber a resposta. E agora, com dezessete, com uma possível resposta, me incomoda um tanto. Eu não deveria estar pensando no que aconteceu agora. Eu deveria estar sentido medo, ou coisa assim, mas a única coisa que eu consigo pensar é que isso não pode ser real. Mas eu sei que é. Eu vi.

Doppelganger. É isso o que eles disseram que eu sou. Uma cópia.

Mas é isso ai.

Eu nunca tinha percebido o quanto é legal olhar para o teto durante horas. A cada raio de sol que entrava no quarto, mais memórias tomavam posse de minha mente. Das mais sombrias até as mais bonitas memórias.

Depois disso, me virei para encarar Elena Gilbert, que está em uma cadeira atrás de mim.

Ela é uma doppelganger também, mas me contaram que existem mais doppelgangers. A lógica é mais ou menos assim; Eu sou uma cópia de Elena Gilbert, que é uma cópia de Katherine Pierce, que é cópia de Tatia Petrova, que é cópia da duplicada original, Amara Petrova.

Confuso, não é? Mesmo com tudo isso, ainda parece surreal. Eu basicamente não consigo acreditar nisso. Conseguir, eu consigo. Mas isso é demais para uma órfã que vivia em uma cidade pequena demais para suas conspirações de descobrir o que aconteceu com seus pais.

– Você está ok? – Elena Gilbert me pergunta. Respondo que sim com a cabeça, mas obviamente ela deve ter percebido que esse foi uma das respostas automáticas sem verdade nenhuma que todas as pessoas dão quando não estão o.k. – Hey, Ambrose. Eu sei que deve estar sendo difícil com tudo isso...

– Nah, está mais para confuso. – a interrompo. - E complicado. E estranho.

– Bem, comigo foi assim também. – ela diz, dando os ombros. – Mas você acostuma.

Eu rio nervosamente, segurando a cadeira firme para evitar coisas como eu tentar evitar a realidade.

– Isso me parece muito clichê. – digo. – Como em filmes de vampiros.

Elena sorri, e morde seus próprios lábios. Eu sei que ela é uma vampira, mas ela não me parece ruim. Talvez seja por que ela seja exatamente igual a mim, mas eu não consigo pensar que ela é igual o outro vampiro que me sequestrou. Qual é seu nome mesmo? Ah sim, Damon Salvatore.

– É. – ela respira fundo. – É mais ou menos isso.

●●●

– Se você encontrar com um vampiro na rua – ouço a voz de Damon de longe. – Você não iria durar nem dois segundos.

Eu ignoro. Tento bater no saco de pancada mais forte, mas a força do impacto faz minha mão arder um pouco. Tento evitar recuar minha mão. Por que raios eu tenho que treinar luta com ele? Isso é patético.

Eu o ouço rir, então suspiro.

– Me desculpe por nunca me preocupar em fazer aulas de como se defender de vampiros. – retruco.

– E se aparecesse um criminoso na sua frente? – ele diz, levantando uma sobrancelha.

– Sei lá. Policia? – digo obviamente. Damon diz um não e eu volto a bater no saco de pancada. Mas esse negócio está pesado demais. Não é culpa minha se não consigo fazer direito.

Treino por mais alguns minutos, porque depois, conheço Katherine Pierce.

Como pensei que seria ela é exatamente como eu e Elena. Porém, Katherine aprecia o fato de ser irônica e é humana, assim como eu. Pelo que eu soube Elena a fez engolir a única cura que existia para vampiros, então assim, ela foi transformada em humana.

– Então, outra cópia? – Katherine Pierce diz. – Já não bastava a Gilbert.

– Infelizmente. – retruco. Ela ergue as sobrancelhas e sorri torto.

– Só espero que essa não seja tão chata como você, Elena. – ela comenta. Evito um pequeno riso. Katherine senta em uma das cadeiras. Nós estamos em uma das salas da casa dos Salvatore, que aparentemente é onde Elena mora. Nessa sala, estão apenas eu, Elena e Katherine. Uau, Doppelganger time. – Enfim, qual é seu nome?

Eu sento em uma das cadeiras, perto de Elena e atrás de Katherine.

– Ambrose. – respondo. – Ambrose Grace.

– Grace, huh? – Katherine diz. – Sua família era portadora de armas, entre os anos 1863 e 1864?

Elena olha para Katherine e em seguida para mim, sem parecer surpresa.

– É, sim. – digo. – Uma parte. Você vai me dizer que estava viva nessa época?

– Sweetheart, eu estou viva há muito tempo. – Katherine diz, sorrindo ironicamente. – Mas enfim, eu tive muitos problemas com sua família. Na verdade, portador de armas era apenas um disfarce. Eram caçadores de vampiros. Acho que eles ficariam decepcionados se soubessem que a descendente deles é uma Petrova. Eles me odiavam. – Katherine ri.

Reviro os olhos.

– Ambrose, a intenção dessa pequena reunião erate alertar que você corre o dobro do perigo que você corre por apenas ser uma doppelganger. – Elena diz, e na seguida, suspira. - A Linhagem Petrova é ligada aos Mikaelson. Eles são a Família Original; os primeiros vampiros. Entre eles, existe Klaus Mikaelson. Um híbrido.

Oi? Eu quase disse isso, porém felizmente a palavra parou em minha boca antes que eu dissesse alguma só sílaba. Quando Elena disse esse nome, Klaus Mikaelson, Katherine cruzou seus braços em uma mistura de sentimentos que eu suponho que seja ódio e medo.

Consigo formular apenas uma palavra. Uma pergunta.

– Híbrido? – pergunto. Elena engole em seco, e me encara profundamente. Eu tento não desviar o olhar para outro lugar.

– Bem, Klaus é um Vampiro Original. Mas também há o pequeno e simples fato de ele ser um Lobisomem também. – dessa vez é Katherine que responde. Eu a fito, assustada.

– Isso é possível? – pergunto incrédula.

Katherine solta uma risada nervosa.

– Eu também não sabia que era – diz Katherine – Até á quinhentos anos atrás.

Oi? Novamente.

– Antes, Klaus era apenas um vampiro. – continua Katherine. – Sem contar que ele é um Original. Ele sabia que antes já foi um hibrido, mas sua parte Lobisomem foi, digamos, trancada por um feitiço por sua mãe, que foi a Bruxa Original. Mas você deve estar se perguntando, o que a linhagem Petrova tem há ver com isso? Estamos quase chegando lá. Como Klaus era perigoso e uma ameaça, ele precisava ser impedido. Esther, a bruxa Original e mãe de Klaus, usou o sangue de Tatia Petrova para trancar o lado híbrido de Klaus. Tatia era doppelganger de Amara, a primeira Petrova.

– Então, por ter sido usado o sangue de uma Petrova para trancar o lado híbrido de Klaus, somente o sangue de outra Petrova poderia quebrar o feitiço realizado por Esther, que liberaria o lado lobisomem de Klaus.– Elena continuou. – Como Katherine foi á próxima doppelganger Petrova depois de Tatia, Klaus obviamente iria a usar para quebrar a maldição. Porém, Katherine se transformou em uma vampira e então, depois de um século, Klaus descobriu a existência de outra doppelganger Petrova. Eu. Klaus foi transformado em híbrido com o meu sangue. Mas aí vem o problema, o que você está envolvida.

– Para Klaus fazer híbridos, ele precisa de sangue de uma Petrova. - Katherine completou. Engulo em seco.

– Sim, é verdade. E agora, tenho duas bolsas de sangue.

– Klaus.

E essa é a última coisa que eu escuto depois de ouvir o barulho do meu pescoço se quebrando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews.
Me deixa feliz =^-^=
Obrigada por ler e obrigado também pelo primeiro review da fanfic!



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