Divergente - por Tobias Eaton escrita por Willie Mellark, Anníssima


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores Divergentes^^

Tudo bem com Vocês??? Esperamos muitíssimo que sim!!!

Sobre o nosso enorme atraso... Ann esteva sem PC e muito sobrecarregada no trabalho, e eu tenho aulas e cursos sem dizer nos estudos para o ENEM, tá puxadinho a vida aqui fora, maaas não pensem que paramos algum momento de pensar em vocês e no nosso compromisso com os leitores mais lindos do mundooooo!!!! Ann e eu lemos tooodos os coments, e cada um mais lindinho que o outro e nos motivou muito :D, mas infelizmente ainda não tivemos tempo para responder :/, porém eles não vão ser esquecidos iremos respondê-los!!!

Não vamos prometer que não tornaremos a demorar pq não sabemos se as coisas ficarão mais tranquilas, mas como escrevemos com amor no tempo de que dispomos gostaríamos que compreendessem e não nos tratassem mal seja em comentários ou MP's.

Gostaríamos agradecer a linda e maravilhosa recomendação que recebemos de uma semideusa meiga chamada Anah.
—Anah esse capítulo e dedicado a você!!!!
Bom, então... haha

Boa Leitura!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465150/chapter/28

Até este momento nunca pensei sobre o número de coisas que podem passar diante de nossos olhos em nossos últimos instantes. Nestes poucos segundos que se passaram desde que Jeanine lançara sobre nossas cabeças, sentenças de tortura e morte, só consigo lembrar dos poucos momentos em que finalmente encontrei paz junto de Tris. E este inferno é diferente do que aquele em vivi com Marcus porque daqui não há saída. Não existe solução ou forma de fuga.

Olho para Tris e vejo que seus olhos estão brilhantes de lágrimas. É o que basta para o início de uma pequena explosão em meu peito. Medo, angústia e, por fim, paixão. Tomo seu rosto entre minhas mãos e a beijo com força e profundamente para que o sabor de sua boca seja o último que meus lábios sentirão. Sei que ela está ferida e que pode ter sentido ainda mais dor quando a puxei bruscamente, mas não me arrependo.

Valeu a pena.

Sinto um arroubo de energia e coragem e – cedo demais – a solto. Com duas passadas largas eu alcanço Jeanine e uso minhas mãos como pinças envolta de seu pescoço. Se meu destino é morrer em breve prefiro que não seja como um experimento para ela e isso me motiva a apertar os dedos com toda a força que possuo.

Uma raiva inflamada borbulha em meus poros. Quero mata-la porque talvez assim, Tris possa dar um jeito de ganhar tempo e escapar. Mas antes que eu possa ter uma chance, antes que ela aparente estar irremediavelmente sem ar, ouço sons de botas contra o piso e sei que os guardas que se encontravam postados junto á porta se deram conta de que sua ‘líder’ está em perigo. Aumento a pressão em meus dedos, antes dos soldados se aproximarem, só que não é o bastante porque dois soldados me puxam com brutalidade e me jogam no chão. Um soldado grandalhão pressiona o joelho contra meu rosto. Tris grita e pelo ângulo em que me encontro consigo ver que ela tenta lutar com os soldados e mesmo diante destas circunstâncias sinto orgulho por ela ser tão corajosa.

Escuto um baque agudo acompanhado por um gemido. Percebo que Tris foi atingida e eu me contorço no chão para me libertar. Dou uma cotovelada no rosto de um guarda que está próximo, mas ele não demora a se recuperar e sou golpeado com a coronha de uma arma. Abaixo da superfície da dor na cabeça sinto uma pressão fina na lateral do meu pescoço. Meus membros ficam instantaneamente moles e fecho os olhos.

✱ ✱ ✱ ✱ ✱

Acordo e percebo que o peso que estava sobre meu corpo se afastou. Sinto por um breve momento pelos do tapete sobre o qual me encontro, fazendo cócegas em meu rosto e logo me levanto. Olho ao redor e não compreendo o porquê de ter me deitado no chão. A sala gira por alguns segundos e vejo os dois soldados do Destemor ao meu lado com suas posturas rijas, do típico treinamento. Como não estão me atacando acredito que tenham se rebelado como eu e Tris. Pisco várias vezes em busca de informações e procuro Tris pela sala.

Ela estava aqui, penso.

Pesquiso rapidamente por minhas lembranças recentes e a voz gélida de Jeanine me vem à mente. Ela disse que a mataria.

Ela a matou?

Meu corpo dói e o sentimento de perda se avoluma com rapidez em meu interior. Sinto a ira ocupar o vazio deixado por Tris. Mantê-la em segurança era minha obrigação, mas eu falhei.

Estranhamente, por mais que eu busque em mim a tristeza, somente encontro o ódio e um desejo quase palpável de vingança contra Jeanine, os líderes do Destemor e todos aqueles que mataram inocentes neste dia.

“Tobias!”

Reconheço a voz que odeio. Ela parte detrás de mim, então me viro e a vejo. Sinto as mãos dos guardas se cerrarem contra meus braços, mas os desvio com agilidade e chego até ela. Sem que possa me segurar fecho minhas mãos novamente em seu pescoço, colocando toda minha raiva nas pontas dos meus dedos. Não consigo sentir compaixão por ela, e sei que não vou me arrepender. Tudo de que preciso é terminar aquilo que não pude antes de perder Tris: Matar Jeanine.

Seus olhos cintilam em desespero enquanto o seu corpo se contorce entre minhas mãos. Sei que ela está perdendo; compreendo que a estou matando. Não sinto remorso porque é o que ela merece por ter me tirado Tris.

Minha vida sempre foi marcada por desgraças e sempre tentei ser forte diante de cada adversidade. Com Tris pude burlar a infelicidade e viver instantes de alegria. Eu acreditei que as coisas poderiam ser melhores... Agora, a minha esperança foi substituída pelo fracasso que eu já conhecia.

Despertei e me vi, mais uma vez, sozinho no mundo.

Um soldado me afastou de Jeanine e eu sei o porquê. Ela irá a julgamento pelo conselho, essas devem ser as ordens oficiais e, por mais que me doa, eu terei de esperar que a justiça seja feita da maneira que a sociedade julga mais correta; talvez a mais humana, embora eu creia que ela não mereça qualquer tratamento digno.

De toda forma, eu tenho certeza de que ela pagará pelo que fez. Ainda assim é como se isso não fosse o suficiente. Não para mim. Não para Tris. Muito menos não para todas as vidas perdidas...

Debato-me contra as mãos que me prendem firmemente ao lugar. Meus olhos se focam apenas nela e em seu sorriso debochado. Seus olhos refletem destruição.

Arrastam-me para fora da sala e, com relutância, eu acabo os acompanhando. Vejo muitos soldados acordados. De algum modo eles despertaram de sua simulação ou são divergentes como eu.

Marchamos em direção ao trem e o adentramos. Sei o que Tris faria. Ela salvaria a sua família, lutaria por sua liberdade, resistiria fortemente até eliminar o que poderia ser uma ameaça aos que ela ama. Isso a deixava mais forte e sua força a tornava cada vez mais linda aos meus olhos.

Minha visão se embaça novamente e sei que é minha dor tomando forma. O vento envolve meu rosto e tenta arrastar minhas lembranças consigo.

“Tris!”

Meu subconsciente emana em silêncio o seu nome. Fecho meus olhos; minha pulsação acelera. Cada batimento do meu coração protesta por ela. Cerro meus punhos a ponto de se tornar dolorosamente embranquecidos.

Não desistirei por ela.

Abro meus olhos e reconheço as formas arquitetônicas de nosso destino final.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, faltam exatamente dois capítulos para concluirmos esta fic que foi a nossa primeira e o motivo de encontrarmos amigas e pessoas especiais que conhecemos através deste site!

Dá uma pontinha de tristeza pq está acabando, mas é importante para que possamos dar novos inícios...

Esperamos que tenham gostado do capítulo, e a propósito, para nos ajudar com algumas idéias sobre Insurgente - por Tobias Eaton, nos façam a gentileza de dizer qual foi o capítulo de que mais gostaram?

Beijinhus pessoas queridas e não deixem de comentar!
Ah, super estamos aceitando recomendações!!! :)

Nossa outra fic:
http://fanfiction.com.br/historia/497964/Coracoes_Convergentes/