You Changed My Life - Katniss e Peeta escrita por Lih


Capítulo 36
Uma chance


Notas iniciais do capítulo

BUG :(



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I'M BACK! Notas bugando lá em cima!

Estão querendo me matar, eu sei, e para reverter isso eu tenho minhas justificativas abaixo, MAS ANTES... Márcia Varlery o anjo da minha vida *o* Muuuito obrigada pela maravilhosa recomendação *.* despertou minha escritora interior então dedico esse "enigmático" capítulo a você ♥
Então peoples, está acontecendo a infelicidade de eu não ter mais tempo. Não posso prejudicar minha vida social se não vocês não serão os únicos a quererem me matar, e fico triste em saber que a fic sairá prejudicada mas não tem jeito. Minhas tardes e noites estão sendo ocupadas com inglês, teatro, academia e MAIS aulas e isso é trágico. Outra infelicidade é aquilo que já foi comentado de que eu tenho um bloqueio em algumas partes mas isso eu vou resolver: vou passar por isso e se alguma parte de algum capítulo ficar ruim, I'm sorry, mas não quero ter mais esse problema.
Enfim, espero que com esse capítulo vocês me perdoem, eu ADOREI cada comentário do capítulo anterior e fico extremamente feliz que há mais fantasminhas aparecendo. Ainda não os respondi mas estou indo fazer isso já já.
Um beijo e boa leitura!

Cabelos escuros e levemente ondulados parando pouco abaixo dos ombros. No momento, presos em uma trança. Olhos azuis enigmáticos, persuasivos e encantadores iguais ao do pai. Mal posso acreditar que minha filha já passou dos quatro anos de idade.

Esperta, saudável, criativa. Cada dia mais parecida comigo em aparência e com Peeta nas atitudes. Prim gosta da arte da culinária mesmo com apenas a idade que tem. Adora ajudar-lo nas mínimas coisas desde que não seja próximo ao fogo e também fazer biscoitos. Tenho certeza de que herdou o dom de Peeta. Ela também demonstrou um encanto especial pela floresta e fiquei muito feliz com isso. A levei la algumas vezes e percebi que adora tanto quanto a campina. Gosta das flores e do cheiro que exalam junto à beleza que possuem e é apenas uma questão de tempo até eu ensiná-la a caçar.

Mas do que mais gosta é de pintar e desenhar. Fazia linhas, formas, rabiscos, mas agora chegou nos desenhos como está fazendo agora. Consigo ver deu desenho mesmo estando um pouco longe. Parece ser borboletas. Borboletas voando. E é incrível sua concentração enquanto desenha.

Delicadamente ela deixa um lápis de cor sobre a mesinha de centro da sala para apanhar outro e não tira os olhos da imagem enquanto pinta, concentrando-se para tentar pintar apenas dentro das linhas.

Ouço passos bem audíveis vindos da escada. Peeta aparece na sala apenas com seus jeans e algumas manchas de tinta espalhadas pelo corpo.

–Quem vai querer um bolo? -pergunta passando a mãos pelos cabelos e tingindo-os de tinta azul.

–Papai! -exclama Prim rindo logo em seguida.

–Acho que você vai querer tomar um banho primeiro. -sugiro me levantando para passar a mão em seu cabelo. Ele fita suas mãos parecendo surpreso. Parece tão inocente que é impossível não rir.

–Talvez seja melhor mesmo. -diz abrindo um sorriso. Subo minha mão até seu pescoço, puxando seus lábios aos meus. Só quando nos separamos que lembro-me de Prim estar presente na sala. Por sorte sua atenção está mais voltada para os desenhos, caso contrário sei que ela faria muitas perguntas. Está na fase da curiosidade. -Bom eu vou indo. -diz Peeta seguindo para as escadas.

Vejo o desaparecer degraus acima e vou para a cozinha lavar minha mão suja de tinta. Aproveito e busco algo na geladeira.

–Filha?! Está com fome? O bolo vai demorar um pouco.

Prim aparece na porta da cozinha com seu desenho em mãos e se senta em uma das cadeiras da mesa, logo sendo seguida por Thor que se aconchega próximo à ela.

–Tem danone mamãe?

–Tem sim filha, eu pego para você.

Abro a geladeira em busca do que preciso mas sem desfocar a atenção de Prim. Ela trouxe o desenho consigo para a mesa, consigo vê-la trocando o lápis de cor. Instantaneamente meus lábios forman um sorriso.

Bigada mamãe. -diz com um sorriso quando entrego-lhe o danone com a colher. É incrível ouvi-la me chamar de "mamãe". -Ei mamãe, olha! Eu acabei meu desenho!

Ela me estende o desenho com a mão direita enquanto leva a colher com danone até a boca com a mão esquerda. Essa é uma das coisas que eu e Peeta reparamos desde seus primeiros contatos com algum objeto. Prim é canhota.
Observo a folha de papel em minhas mãos, agora podendo ver claramente seu desenho. São bosboletas voando, coloridas, destinadas, livres. Prim desenha muito bem para uma criança de apenas quatro anos.


–Está lindo filha! Você está de parabéns! Aprendeu com o papai? -pergunto e ela assente com um sorriso orgulhoso.

Antes que eu consiga dizer mais alguma coisa, o telefone toca na parede da cozinha. Eu o atendo, instantaneamente ouvindo uma voz familiar.

–Bom dia!–Effie diz animadamente do outro lado da linha.

–Bom dia Effie.

–Oh minha querida, como vão as coisas?

–Bem, muito bem por aqui. E vocês?

–Ótimos, aliás, estou ligando para convidar vocês para nosso aniversário de casamento! E também para o aniversário do Haymitch.–diz a ultima parte sussurrando. –Me desculpem por avisá-los em cima da hora. Posso contar com a presença de vocês?

–Claro Effie! -respondo percebendo a presença de Peeta na cozinha.

–Então vejo vocês hoje a noite às 21h, no salão principal do D12.

–Ok. Até Effie.

Devolvo o telefone no gancho e observo Prim e Peeta me encararem expectativos.

–Bom, parece que temos uma festa para irmos hoje!

–--

–Como eu to mamãe?

–Da uma voltinha. -peço logo vendo-a girar em frente ao espelho. -Linda!
Vê-la sorrir é como um presente todos os dias. O vestido vermelho serviu muito bem nela e ela adorou. Prim adorava esse vestido. Seu cabelo preso em uma trança a faz ainda mais parecida comigo. Prim sempre pede que eu a faça em seu cabelo, desde que me viu fazendo no meu.

–Mostre para o papai. -digo logo vendo-a sumir pelo corredor enquanto chama por Peeta.

Dou minha última olhada no espelho. O vestido azul marinho foi um dos últimos presentes que Effie me deu. Pelos motivos do jantar de hoje e considerando que é um evento da Effie, vai ser uma grande comemoração.
Peeta entra no quarto segurando Prim que quase chega a bagunçar seu cabelo.

–Minhas princesas estão prontas? -pergunta beijando meus lábios e Prim faz um barulho de nojo. Apenas rimos do seu comportamento antes de saírmos de casa.

Precisamos estar bem agasalhados pois o outono logo dará lugar ao inverno. Prim aceitou fácil colocar dois casaquinhos mas precisei brigar com ela para colocar uma meia-calça. Peeta diz que ela é teimosa igual à mim e acho que não posso discordar.

Em poucos minutos estamos em frente ao mais recente e bonito salão do Distrito 12. Ainda me impressiono com o rumo que nosso Distrito tomou e o quanto isso foi muito bom para todos, tanto os moradores como os visitantes.

Quando chegamos, logo vejo Effie e Haymitch em uma roda de convidados. Effie com seus lindos cachos loiros agora tão longos que alcançam suas costas, ao contrário dos de Haymitch que parecem que foram aparados, dando um ar mais jovem ao nosso ex-mentor. Haymitch mudou muito, da água para o vinho, ou no caso do vinho para a água.

Prim logo corre para cumprimentá-los. Ela os adora tanto quanto eles a adoram quase como se fossem da mesma família, mas na verdade somos como uma.

Logo estamos todos conversando. Familiares, amigos antigos e novos, companheiros. Até Annie veio para o jantar e ficamos muito felizes em vê-la. John em seus onze anos está mais belo do que nunca. Um garoto lindo e esbelto, certeza de que será igual o pai.

Em determinado momento Prim nos chama pedindo permissão para brincar. Vejo um grupinho de crianças que não conheço correndo pelo salão mas fico mais segura quando percebo John entre eles, então permitimos porém com regras básicas: tomar cuidado e em hipótese alguma tirar o casaco nem os sapatos.

Assim que o jantar é posto chamamos as crianças. Antes da refeição, há um brinde especial ao casal.

O jantar prossegue bem tirando o fato de Prim querer comer rápido para poder voltar a brincar, o que tanto eu quanto Peeta não achamos certo. Mas fora isso, todos conversam animadamente e quando percebo já passa da meia noite. Achamos melhor não ir muito tarde mas o jantar não está longe de chegar ao fim.

Nos despedimos de todos e seguimos em direção ao nosso carro no vento noturno forte. Acabamos por comprar um quando concordamos que supriria nossas necessidades considerando o quanto o Distrito 12 cresceu.

Logo chegamos em casa e quando Peeta estaciona e eu me apresso em abrir a porta de casa para que ele possa entrar carregando Prim que adormeceu na cadeirinha do carro. Eu os sigo escada acima até chegar ao quarto e abrir a porta.

Observo ele tirar os sapatinhos dela e dispô-los ao lado da cama, soltar o elástico que prendia sua trança, puxar seu cobertor e cobri-la. Concordamos que é melhor deixa-la dormindo em vez de acordá-la para se aprontar para isso. Eu os alcanço e sento-me cuidadosamente na beirada da cama enquanto Peeta beija-a na testa, desejando-lhe boa noite.

–Ela se cansou muito hoje. -sussurro bem baixo para não acorda-la.

–Bastante. Dormirá a noite inteira.

Alcanço sua mão com a ponta dos meus dedos, logo entrelaçando-o nos dele. Posso sentir a temperatura alta de sua pele.

–E você? -pergunto a ele, logo levantando e beijando Prim levemente entre os cabelos.

–Eu? -pergunta sugestivo, logo abrindo um sorriso. -Eu dependo de você.

Mesmo com apenas a luz tênue da lua iluminando o quarto, consigo ver seu sorriso no escuro. Me levanto e beijo Prim entre os cabelos antes de sair do quarto sendo acompanhada por Peeta. Em passos largos chego em nosso quarto e ouço quando Peeta entra e logo encosta nossa porta. Estou em frente ao espelho quando nossos olhares se encontram pelo reflexo.

–Pode abrir para mim por favor? -pergunto à ele me referindo ao meu vestido.

–Claro.

Vejo-o se aproximar e estabilizar uma de suas mãos em minha cintura enquanto a outra percorre, segurando o zíper, a extensão das minhas costas e desliza pela minha pele causando-me um arrepio. Pelo seu sorriso que vejo pelo reflexo do espelho constato que isso foi totalmente intencional.

No mesmo instante que fecho os olhos apreciando seu toque, sinto seus lábios pressionados na base de meu pescoço logo percorrendo meus ombros. Suas mãos sobem pelos meus braços e tombam as alças do meu vestido fazendo a peça deslizar até o chão. Ao mesmo tempo que meu corpo implora desesperadamente pelo dele, sinto que preciso de cada toque seu pacientemente.

Quando suas mãos alcançam minha cintura novamente e a pressiona, viro-me para encontrar seus lábios. Calma e tranquilidade não parece ser uma opção para nenhum de nós e isso é mais do que confirmado quando suas mãos chegam suavemente por minhas costas até o fecho do meu sutiã. Porém, Peeta ainda está vestido de mais.

Me desvencilho dos seus braços segurando-os e o guiando à curtos passos até derrubá-lo no colchão. Com uma perna de cada lado de seu quadril impossibilito seus movimentos enquanto nossas línguas voltam a travar uma batalha. Deslizo meus dedos por cada pedaço de seu peito à medida que vou desabotoando cada um dos botões de sua camisa e encaro seu sorriso mordaz quando sua calça se junta ao seu cinto no chão.

Peeta é ágil em trocar nossas posições e me pega desprevenida quando tira minha imobilidade ao segurar meus braços sobre o colchão. Ele se aproxima vagarosamente do meu pescoço e para à poucos centímetros de distância, deixando apenas sua respiração presente em cócegas.

O que começou como leves beijos que passaram a ser vorazes já viraram chupões. Suas mãos passeiam por todo meu corpo enquanto prendo as minhas em seus cabelos aproveitando a sensação. Seus lábios começam a fazer tanta falta que não resisto e o puxo para os meus o mais rápido possível.

Sua pele quente totalmente em contato com a minha quase me faz implorar por mais quando uma de suas mãos desliza por minhas costas, arrancando uma das suas únicas peças de roupas que uso e provocante os beijos e toques tomam um rumo lento.

Sem mais nenhum controle, me desfaço de nossas últimas peças de roupas e eles nos une arrancando um suspiro de mim. Logo tomamos um rumo rápido e percebo o quanto eu senti falta de seu corpo tão próximo do meu, dos seus lábios passeando por mim, dos nossos beijos incandescentes.

Meu último gemido é calado com seus lábios que colam nos meus desesperadamente. Com os olhos fechados cada toque parece muito mais intensificado e por mais frio que esteja lá fora, meu corpo ainda parece estar em chamas. Ele cai ao meu lado na cama, estende a coberta sobre nós e me puxa para seus braços, trazendo-me lembranças de como sempre fazemos isso desde anos atrás. Aconchegada em seus braços puxo-o para meus lábios mais uma vez antes de desabar no sono.

–--

Acordo enrolada em nosso lençol de casal, porém sozinha. Peeta não está na cama e percebo que ainda está escuro pois não há nenhum sinal de sol pela janela. Visto meu hobbie, meus chinelos e caminho quarto afora em busca dele, mas ao chegar ao quarto de Prim percebo que ela também não está em sua cama. Janelas fechadas, sol não amanhecido. Há algo errado.

Decido descer e olhar na sala mas não preciso nem chegar à ponta da escada para ouvir a voz de Peeta que parece estar no telefone.

–Não... Sim, eu a levarei o mais depressa possível. Estou preocupado!... Ok, obrigado Sra. Everdeen.

Desço as escadas em passos leves e já estou no meio dos degraus quando vejo Peeta afastar alguns fios de cabelo do rosto de Prim que encontra-se deitada no sofá. Ele parece estar medindo sua temperatura com as costas das mão.

–O que aconteceu? -pergunto os alcançando. Peeta me observa calmamente mas posso perceber o desespero em seu olhar.

–Prim acordou com febre e dor de garganta. Precisamos de um médico.

Minha mente começa a trabalhar rapidamente mas as informações parecem se misturar. Doente? Prim acordou com dor de garganta e febre, está doente! Isso nunca aconteceu antes! Não dessa maneira, e se isso aconteceu é porque fizemos algo errado! Mas não podemos ter feito algo errado!

–Filha...

–Calma Katniss, está tudo bem. Falei com sua mãe, ela disse que deve ser uma simples dor de garganta e que haverá médicos de plantão caso a pediatra não esteja presente. -diz beijando-me levemente, suas mãos acariciando minha bochecha. -Precisamos ir agora, se troque.

Antes de subir, acaricio a bochecha de Prim com o polegar e meço sua temperatura com meus dedos. Está quente. Corro para cima e me visto rapidamente, assim seguimos para o hospital.

–--

–É mocinha, é uma bela dor de garganta. -a Dra. diz analisando a garganta de Prim. Por causa do horário a Dra. Emilly não está presente então fomos atendidos pela Dra. Mandy, médica de plantão.

Ela desce Prim da maca depois de medicá-la para baixar sua febre e pede que sentemos nas cadeiras à frente de sua mesa.

–Bom, eu vou receitar um xarope -não se preocupe minha lindinha, tem um gosto muito bom- e não haja consumo algum de alimentos gelados nem exposição ao vento, muito menos andar descalça. -diz nos entregando as anotações com a receita do medicamento e os horários.

Nós a agradecemos e Prim recebe um pirulito da Dra. antes de sairmos. Vejo-a abrir um sorriso quando fita a guloseima colorida. Ela agradece e com um sorriso deita a cabeça no ombro de Peeta enquanto caminhamos até o estacionamento.

Durante o caminho fico repensando a noite anterior e relembrando cada minuto em que não permitimos nossa filha ficar exposta ao vento. Zelamos muito a saúde dela mas Peeta disse que não preciso me preocupar com isso. É comum crianças ficarem doentes por conta do sistema imunológico ainda estar sendo formado. Mesmo assim, minha preocupação não se esvai.

Em poucos minutos chegamos em casa e lembro-me de que tanto eu quanto Peeta precisamos de um banho. Ele insiste para que eu vá primeiro então é o que faço. Porém já passei por todos os degraus quando lembro-me de uma coisa importante. Por conta da correria dessa manhã, acabei não tomando meu anticoncepcional.

Uma dúvida toma conta de mim. Talvez seja a hora. Talvez eu devesse tentar, devesse dar uma chance. Talvez... Peeta e eu tivemos várias conversas sobre outro filho mas minhas respostas sempre foram incompletas e sugestivas. Eu não me sentia pronta e essa dúvida ainda percorre minha mente mas ao mesmo tempo sinto que seria bom, seria novo e que Peeta ia ficar muito feliz com isso. Eu também ia ficar muito feliz com isso, um pouco insegura novamente, mas faz parte.

Com tantos pensamentos misturados acabo por seguir para o banheiro tomar meu banho.

Morrendo de sono aqui, socorro :c
Me perdoem mais uma vez :'( isso não vai se repetir. O capítulo está entregue e nele descobri que não tenho mais talento pra ousadia hahahaha, então fod*u.
Mais uma vez obrigada pela atenção >.< Espero ver todos vocês nos reviews, please.
Ahh, pessoinhas, quem vai na bienal? o/ hahaha
Aviso da fic MPP, fim de semana ta aí :3 to atrasada la também, eu sei.
Bom, um beijo no ♥ e até daqui sete dias ou menos u.u


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