A Vida escrita por EuSemideus


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Bem, gente, ta aí! Uma semana, como eu disse!Espero q gostem!!



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Capítulo 37

Annabeth

Annabeth sentiu seu coração despedaçar enquanto vistoriava a navio pela segunda vez naquele dia, dessa vez em busca de seu filho mais velho.

Ela parou na frente da escadaria que dava para os estábulos, era o único lugar que ainda não olhara. Mas ela não queria entrar, não queria ter a confirmação de que sei filho a tinha desobedecido e entrado no covil de Aracne. Não queria encarar o fato de que ele podia ter escolhido seguir em direção a morte por conta própria.

Ela sentiu as lágrimas se formarem, mas não chorou, não iria chorar.

Annabeth desceu as escadas e encontrou o estábulo vazio, como quase sempre esteve. Ela sentiu seu estômago se revirar, o coração apertar e um nó se criar sua garganta. Ele não estava lá.

Annabeth, ainda em êxtase, caminhou até o chão de vidro do navio. Ela lembrou da primeira vez que estivera ali com Percy, ele falara sobre criar uma família. Uma família que estava destruída. Seus filhos, seus dois únicos filhos estavam, sobre o domínio de sua maior inimiga. Ela os tinha perdido, ela os tinha perdido.

Annabeth sentiu as lágrimas rolarem involuntariamente de seus olhos. Talvez aquele fosse o castigo para as filhas de Athena que desafiassem a natureza e tivessem filhos, perde-los da pior maneira possível.

O choro aumentou, Annabeth se lembrava de poucas vezes ter chorado daquela maneira. As mãos sobre os olhos, o corpo tremendo e balançando com os soluços.

Não demorou muito, a filha de Athena sentiu um par de braços a envolver e sem hesitar agarrou sua camisa e chorou sobre seu peito.

Por mais que os braços de Percy a confortassem, nem eles eram o bastante para acalma-la. Ela sentia uma das mãos de seu marido acariciar seus cabelos, enquanto a outra apertava sua cintura protetoramente. Ele estava calmo, ela percebeu, parecia já estar preparado para tudo aquilo.

Annabeth esperou que o choro diminuísse e se afastou dele o bastante para olhar em seus olhos. Ele lhe mostrou um sorriso triste.

– Você sabia que ele iria, não sabia? - perguntou Annabeth entre lágrimas.

Percy assentiu.

– Eu teria ido se fosse você, Annie - ele admitiu.

Annabeth balançou a cabeça e voltou a esconder o rosto no peito de Percy.

– Meus filhos, Percy... Meus filhos! - ela exclamou voltando a chorar.

Percy a apertou e ela sentiu seus músculos se contraírem, ele estava começando a ficar nervoso.

– Eles vão ficar bem, Annie - garantiu Percy - Nós os treinamos bem, eles vão conseguir sair dessa.

– Mas e Ally? - ela perguntou levantando o rosto - Ela não recebeu tanto treinamento quanto Tess. Eu prometi que a protegeria, Percy, eu prometi.

Flashback on

Annabeth acordou com um grito. Ela olhou para o lado e viu que Percy ainda dormia. Qualquer outro dia, ele teria acordado, porém não naquele dia.

Percy tinha saído de casa as 4hs da manhã no dia anterior e só chegado as 10hs da noite, estava exausto.

Por um momento Annabeth se esqueceu o porquê de estar de pé, então ouviu o grito novamente. Era Ally.

Annabeth pegou a espada de Percy, ainda em forma de caneta, de cima da cômoda e correu sem se importar em colocar um robi ou mesmo chinelos. Ela destampou a caneta antes de chegar ao quarto da filha. Contracorrente era pesada demais para Annabeth, mas ela não tinha tempo de ir pegar sua espada de osso de Dracon, que passara a ficar guardada em seu escritório depois que Tess aprendera a andar.

Ela entrou no quarto da filha, preparada para enfrentar qualquer coisa, mas não encontrou nada, só uma menina de cinco anos chorando desesperadamente.

Annabeth tampou a caneta com um suspiro, e a colocou atrás de sua orelha. Ela de aproximou da cama da filha e assim que colocou a mão em seu braço, a pequenina abriu os olhos. O verde intenso de seus olhos estava embaçado pelas lágrimas e contrastava com o cor vermelha que sua esclera apresentava.

– Meu amor... - disse Annabeth pegando a filha nos braços.

Ally agarrava com força seu peixinho de pelúcia, enquanto abraçava a mãe com o outro braço.

– Ela ia me pegar, mamãe! - ela exclamou - Ela ia me pegar!

Annabeth sentiu a filha tremer em seus braços. Ela acariciou os cabelos loiros da menina e a segurou mais firme.

– Quem ia te pegar, meu amor? - perguntou Annabeth calmamente.

– A mulher-cobra ....

Mulher-cobra. Uma dracaena. Uma dracaena atormentando os sonhos de sua filha.

– Não se preocupe, ela não vai te pegar, a mamãe não vai deixar.

Ally assentiu chorosa.

– Se ela vir aqui, você bate nela? - perguntou a pequena.

– Bato - garantiu Annabeth.

A mulher viu um brilho divertido aparecer nas olhos de sua filha, com certeza estava imaginado a mãe batendo na mulher-cobra.

A pequena apoiou a cabeça no ombro da mãe. Annabeth virou de costas e acabou se olhando no espelho no quarto de Ally. A camisola branca com babados da pequena contrastava com a sua azul-perolada. Era impossível dizer que não eram mãe e filha, Ally era quase uma miniatura de Annabeth, e a garota agradecia por isso, afinal, se haviam dois Percy's naquela casa, também deveriam ter duas Annabeth's.

Com isso em mente Annabeth andou até o quarto do filho. Como esperava, ela o encontrou dormindo. Tess só acordava se houvesse algum tipo de movimento em sua cama, seu sono era imune a barulhos.

– Ele baba enquanto dorme - disse uma voz em seu ouvido.

Annabeth deu uma risada.

– Eu sei - ela disse para filha - Sabia que essa a primeira coisa que disse ao seu pai?

Ally arregalou os olhos.

– Mesmo? - ela perguntou incrédula.

Annabeth ficou feliz por a filha já ter superado a pesadelo,chegou a pensar se se sairia tão bem quanto Ally, se, aos cinco anos, tivesse uma mãe que a acudisse quando tinha seus pesadelos.

– Aham - confirmou Annabeth - Ele era mesmo um cabeça de algas.

Ally deu uma risada.

Annabeth saiu do quarto e seguiu pelo corredor.

– Mamãe - chamou Ally - Posso dormir na sua cama?

Annabeth sorriu.

– É claro, meu amor.

Ally sorriu e voltou a deitar no colo da mãe.

Só depois do nascimento da menina Annabeth tinha percebido sua semelhança com Tess, não eram muitas, mas existiam. Ele era calmo e não costumava demonstrar quando estava triste. Já Ally era como Percy, agitada e não se importava nem um pouco de mostrar o que estava sentindo,chegando até, por ser menina, a ser um pouco emocional.

Annabeth colocou a filha no meio da cama e devolveu a contracorrente ao criado mudo. Ela se deitou ao lado da filha e estendeu o braço, para que essa o usasse como travesseiro. A pequena, ainda abraçando o Nemo, se aconchegou nos braços da mãe.

– Você tem razão - ela disse - O papai também baba.

Annabeth riu e acariciou os cabelos da filha. Quando esta já estava quase dormindo, abriu os olhos e perguntou:

– Se a mulher-cobra voltar, você me protege?

Annabeth olhou a menina com afeto.

– Sim, eu prometo.

E logo depois as duas já estavam em sono profundo.

Flashback off

A lembrança fez com que Annabeth se sentisse ainda pior. Ela apertou Percy com mais força e esse passou a mão por seus cachos.

– Se eu fosse você não me preocuparia com Ally - disse Percy - Logo logo ela vai estar aqui junto de Bia.

Annabeth levantou os olhos e encarou o marido.

– O que?

– James foi atrás dela - ele explicou - Ou você pensou que eu não tinha percebido?

Annabeth deu um sorriso fraco, pelo jeito Percy não era tão lento.

Percy acariciou o rosto da esposa e a beijou. Annabeth correspondeu ao beijo sem mudar de posição. Ela sentiu uma onda de calma a atingindo e algum tipo de confiança tomando conta de seu coração.

Percy se afastou calmamente e acariciou o rosto da esposa com o polegar.

– Eles vão ficar bem, você vai ver - ele garantiu.

Annabeth assentiu e voltou a apoiar a cabeça no peito de Percy.

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Bia

Bia sentiu o telquinte que a trazia joga-la para fora da caverna. Ela se virou e o encarou com raiva. Podia vence-lo desarmada, da maneira que estava, mas não conseguiria lidar com os outros que viriam depois. Isso era a única coisa que a impedia de voltar para dentro e tirar Tess de lá.

Ela viu Ally ser expulsa por duas dracaenas. A garota se virou, desafiadoramente, e gritou para os monstros.

– Minha pulseira! Me devolvam minha pulseira!

A dracaena sibilou algo que parecia um riso e jogou a pulseira aos pés de Ally, com certeza não sabia que era uma arma.

Ally a olhou com raiva e pegou a pulseira, a prendendo em seu pulso. Bia percebeu que a amiga estava prestes a ativar sua espada e correu, segurando seu braço para impedi-la. Ally a fitou incrédula, mas Bia ignorou.

– Obrigada - disse Bia as dracaenas, que entraram na caverna.

– Por que você fez isso?! - perguntou Ally se soltando dela - Eu podia muito bem dar conta delas!

– Ally, pense! - pediu Bia segurando os ombros da amiga - Tem um exército delas lá dentro! Nem se eu e você estivéssemos aramadas e em nosso perfeito estados daríamos conta de todas!

A raiva pareceu abandonar o rosto de Ally, dando lugar a tristeza. Ela deixou os ombros caírem e abaixou a cabeça.

– Eu só não posso deixa-los lá - ela explicou - Não posso deixar Tess e James lá....

Então James tinha trocado com ela, como Bia deduzira.

– São eles ,não são? - perguntou Bia - Os semideuses da profecia?

Ally assentiu e Bia viu as lágrimas brotarem dos olhos da garota. Bia também estava se segurando para não chorar, e só tinha o namorado e o amigo lá dentro. Já Ally tinha o irmão e o "namorado", ninguém podia culpa-la.

– E se eles não saírem, Bia? - ela perguntou deixando as primeiras lágrimas caírem - E se eles não saírem?

Bia abraçou a amiga sentindo seus próprios olhos marejarem.

– Agente pega eles - respondeu Bia.

Aos poucos ela se afastou da amiga. Assim como Bia , Ally tinha cortes a arranhões nas pernas e nos braços, mas o que preocupou Bia foram seus pulsos , estavam em carne viva.

– O que é isso?! - ela perguntou segurando as mãos da amiga e empurrando sua pulseira para cima.

– Foram as correntes - ela explicou - Eu não tive altura para ficar de joelhos, fiquei pendurada pelos pulsos.

Bia suspirou, elas precisavam limpar aquilo imediatamente.

– Como vamos subir? - indagou Bia - A gente grita?

Ally deu um sorriso brincalhão.

– Tenho uma ideia melhor - ela disse tocando a pérola azul de sua pulseira.

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Percy

Percy sentia que Annabeth já estava completamente calma em seus braços, mas não a soltou. Não só porque gostava de tê-la junto de si, mas também porque também precisava de apoio.

Por mais que tenha parecido confiante para Annabeth, Percy estava com medo, preocupado, afinal também eram seus filhos.

"Pai" , ele podia até jurar que estava ouvindo a voz de Ally. "Papai!" , não, ele "estava" ouvindo a voz de Ally! "Filha?" "Graças aos deuses!" Ela exclamou , "Pai, eu e Bia estamos aqui em baixo, será que o senhor podia dar uma ajudinha?" "Claro! Só um segundo"

Percy afastou Annabeth cuidadosamente e lhe disse sorrindo:

– Elas chegaram.

A filha de Athena correu até o convés seguida por Percy. Eles se inclinaram sobre a murada do navio e viram, lá em baixo, duas garotas acenando.

–------

Autora

Logo as duas estavam nos braços dos pais e cercadas pelos amigos, todos querendo saber desesperadamente o que havia acontecido.

– Então, o que aconteceu ? - Hazel fez a perguntas que todos queriam fazer.

Ally e Bia se entreolharam.

– Eu não sei como, nem quem, mas algo nos sequestrou ontem a noite - começou Ally - Fomos presas por correntes as celas e não recebemos comida ou água.

– Como saíram de lá? - indagou Daniel a irmã.

– Aracne fez um acordo, se ficassem no nosso lugar poderíamos ir - explicou Bia.

– Mas que ficou ? - perguntou Piper.

Todos já sabiam, os únicos dois que não estavam ali.

– Tess trocou comigo - disse Bia de cabeça abaixa.

Ally desviou os olhos e respirou fundo.

– E James comigo - ela sussurrou.

Todos ficaram em silêncio. Só se podia ouvir ,no navio,o choro de Piper e uma frase,que por passar pela mente de todos, parecia ecoar pelo Argo II.

A união do mar e coruja com a águia e a pomba tomará a última decisão


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Notas finais do capítulo

Bem, eh isso, espero q tenham aproveitado! Olhe, vcs sabem q a fic ta no fim n eh? Só pra confirmar...
Esse cap vai pra Mahh (eu sei q eh Maah, mas prefirp Mahh) q me encheu a paciência a semana toda! Vc tem sorte de eu te amar garota!
Eu vou ter duas semanas sem provas !!!! As primeiras do ano!!! To tão feliz!!! Pode ser q no meio da semana saia uma one ou sei lá, se tiver inspiração msm, até um cap, então fiquem de olho!
Comentem,ok? E,se quiserem, deixem uma recomendação, sinto falta delas....

Bjs,
EuSemideus