Capítulo 33

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Logo todos estavam no convés do navio. Amanda sorria. Finalmente eles tinham chegado!

Os outros pareciam estar absorvendo o fato ou analisando o local. Era uma espécie de caverna isolada. Vigiando a entrada estavam duas dracaenas armadas com tridentes e redes.

Alex sentiu seu coração acelerar, estava tão perto de sua mãe. Ela estaria bem? E seu pai? Será que o bebê estava bem? Ela não sabia, mas não aguentava mais esperar.

Já Ally analisava minuciosamente o local. Ela já tinha decidido que a entrada principal não era uma opção. Ela tinha certeza que se tinham duas dracaenas na frente, deviam ter muito mais dentro. Se ela tivesse certeza que seus pais estavam lá, valeria à pena arriscar, mas eles tinham rastreado a espada de seu pai, não ele.

Enquanto os outros se recuperavam do choque, Ally procurava uma falha de segurança. Lá estava! Era pequena, mas talvez, talvez, alguém conseguisse passar. Ela só precisava...

– Como vamos entrar? - indagou James.

Ela deu um sorriso divertido.

– Eu tenho um plano.

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Leo tentava não perder as esperanças. Eles estavam ali há semanas e nada. E se algo tivesse acontecido com as crianças? E se algo tivesse acontecido a suas meninas?

Ele fechou os olhos tentando afastar os pensamentos e logo sentiu sua cabeça ser tirada do chão e ser aparada por algo macio. Imediatamente dedos acariciaram seu coro cabeludo bagunçando seus cachos. Leo suspirou e abriu os olhos. Agradecia todos os dias por ter sido lançado naquela ilha anos antes, afinal, o que seria de sua vida sem Calipso?

Ele observou a janela. Seria uma saída possível se alguém conseguisse alcança-la, ou fosse pequeno o bastante para passar por ela.

Leo viu um passarinho passar pela pequena janela, estranho, nunca havia entrado um ali antes. O pássaro voou animado por toda cela e deu dos giros rápidos sobre a cabeça de Frank. Logo depois pousou sobre o ombro de Hazel, que olhou para o bichinho e acariciou sua cabeça. O bichinho deu dois pulos de alegria e acariciou o rosto da menina com a cabeça. Em seguida ele levantou voo e foi em direção a janela.

Frank acompanhou o bichinho com os olhos, pensativo, e arregalou os olhos. Naquele momento Leo soube, alguma coisa estava acontecendo.

Logo depois ele ouviu um barulho e viu duas mãos puxarem as barras da janela e as tirarem. Em seguida duas pernas surgiram, um tranco e por fim a pessoa pulou.

O coração de Leo parou. Era uma menina. Ela tinha cabelos castanhos cacheados e olhos castanhos. Era baixinha e magra. Um sorriso divertido estampava seu rosto. Sua filha, Mary.

Antes que ele pudesse se quer ter uma reação, o passarinho passou pela janela e pousou ao lado de Mary. Um segundo depois ele já não era um pássaro, mas um adolescente de pele escura e traços asiáticos, Tyler.

Leo levantou e correu até sua filha, a abraçando. O filho de Hefesto não percebeu, mas a filha de Plutão também tinha corrido até o filho.

Leo tomou a menina em seus braços e se sentiu relaxado pela primeira vez em semanas. Sua garotinha estava bem!

– Pai - ela sussurrou em seu ouvido.

– Filha - ele disse e logo depois sentiu alguém abraça-la também. Calipso.

Leo se afastou o bastante para olhar nos olhos dela, mas a ex-deusa continuou abraçada a filha.

– Você está bem? - ele indagou preocupado - Está ferida? Machucada?

Mary sorriu da preocupação do pai e o coração deste imediatamente se aqueceu. Mary lembrou de Dani que minutos antes a tinha beijado e pedido que tomasse cuidado.

– Tive quem cuidasse de mim - ela disse para o pai.

Leo sorriu e se afastou ,logo os dois adolescentes estavam rodeados. Eles disseram que todos estavam bem e que precisavam sair dali.

– Mas como? - perguntou Percy.

Mary sorriu de lado e soltou o cinto de ferramentas da cintura. Leo sorriu para ela.

– Essa é a minha garota!

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Tess segurou sua esfera de bronze celestial e pensou em seus pais. De alguma maneira sabia que dessa vez eles o ouviam.

Tess transformou a esfera em espada e adentrou junto com Bia,Lara e Tommy. Ele e Ally tinha feito um plano, bem, mais Ally do que ele. Eles estavam divididos em três grupos, e o objetivo era encontrar seus pais. Quem o fizesse primeiro daria um jeito de avisar os outros.

O grupo dele fora o último a entrar, por isso o caminho estava livre. Eles eram o maior grupo, por isso eram mais barulhentos e fácies de encontrar.

Tess fitou Bia ao seu lado. Ela suava frio e esses olhos estavam esverdeados e vigiando cada centímetro do lugar.

Por fora parecia uma caverna, mas por dentro era um quartel general bem equipado. Quem quer que fosse o dono daquilo, estava tendo ajuda.

– Ei, está tudo bem? - perguntou Tess a Bia.

Ela mordeu o lábio inferior e olhou nos olhos do namorado.

– Eu estou com um mal pressentimento - ela admitiu, mas não contou toda a história.

Tess engoliu em seco. Isso, definitivamente, não era bom.

– Não se preocupe - ele pediu - Seja o que for nós vamos dar um jeito.

Bia assentiu, mas não conseguiu levar aquelas palavras. Como ele poderia se salvar?

Eles andaram corredores à dentro o mais rápido que puderam. Logo foi impossível não fazer barulho e um grupo de telquintes os viu.

Tess atacou e logo viu Bia e Lara ao seu lado, enquanto Tommy os fazia cair com suas flechas. Tão rápido quando diminuía, o grupo de monstros crescia, e logo era impossível que os quatro os vencessem.

– Por aqui! - gritou Tommy ao longe.

Eles correram até o garoto e entraram pela porta que ele apontava. Tess viu que já estava com alguns ferimentos, mas eram em sua maioria aranhões.

– Você não irá fugir de mim , pequeno herói ! - disse uma voz sombria atrás dele.

Tess percebeu que todos já tinham entrado, e entrou, fechando a porta. Quem seria aquela voz?

– Ah! - disse Lara.

Tess se virou e viu o que ela olhava. Deuses! O que era aquilo?! Aqueles eram.... Não podia ser!

No momento seguinte Tess sentiu algo duro bater em sua cabeça e a escuridão se fez presente.

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Alex respirou fundo ao ver o último telquinte virar pó, menos um problema.

Alex olhou para os outros, graças aos deuses estavam bem. Ela havia ficado com Nanda e Dani. Os dois eram silenciosos e bons lutadores, podia dizer que tinha se dado bem.

– Para que lado? - ela perguntou indicando o corredor que cruzava seu caminho.

– Esquerda - disse Nanda seguindo para esquerda.

– Por que? - indagou Alex depois de checar que Dani as seguia.

– Sei lá - disse Nanda dando de ombros - Só achei que era a direção certa.

Alex levantou as sobrancelhas e Dani sorriu, balançando a cabeça. Aquelas garotas...

– Por aqui - eles ouviram uma voz sussurrar.

Os três se entreolharam e se esconderam em uma parte recuada da parede.

– Você tem certeza? - perguntou uma voz masculina.

– Tenho - respondeu a primeira voz, que era feminina.

– Como? - perguntou outra voz masculina diferente da que falara antes.

– Não sei. Só sei é por aqui - explicou a 1ª voz.

Aquelas vozes, não eram de monstros,definitivamente. Eram humanas e muito familiares.

Alex viu Amanda apertar o cabo de seu martelo e Dani levantar sua espada. Ela apertou o punho de sua espada. Dani olhou para as duas e elas assentiram. As vozes se aproximavam, eles precisavam agir.

– Um - ele disse sem som e fazendo o número com os dedos - Dois - eles se prepararam - Três.

Nesse momento os três pularam para fora do refúgio em posição de ataque. Mas quando viu quem era, Alex entrou em choque.

– Mãe? - ela disse abaixando a espada.

Thalia sorriu para ela. Alex largou a espada e a abraçou. Ela pode sentir a barriga da mãe. Graças aos deuses sei irmãozinho estava bem! Alex sentiu as mão dela em seus cabelos e seus olhos encheram de lágrimas. Ela a tinha encontrado. Depois de tanto tempo,a tinha encontrado.

– Amor, você está bem? - perguntou sua mãe num tom que só usava quando estava com ela ou com Dylan.

Alex assentiu e se afastou. Ela quase que automaticamente abraçou o pai.O filho de Hades nunca gostara muito de contato físico, mas há muito sua família tinha se tornado uma exceção.

Enquanto olhavam aqueles reencontros, Percy e Annabeth se entreolharam. Até aquele momento não tinham visto nenhum de seus filhos ou os filho de Jason. A profecia ecoou na mente do casal, que sentia o coração pesar.

– Onde está sua irmã? - perguntou Mila quando finalmente soltou o filho.

– Com Tess - respondeu Dani.

Mila engoliu em seco. Isso não era bom, nada bom.

Dani olhou para Mary, que sorriu e o abraçou. Nesse momento Leo soube quem protegia sua filha mais nova.

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James limpou o suor da testa e encostou na parede. Silêncio, eles tinham conseguido despista-los. Ally bufava ao seu lado, porém Dylan estava bem, só um pouco cansado, efeito da viagem nas sombras provavelmente.

– E agora? - perguntou o neto de Hades.

– Bem, ou nós estamos muito perto ou muito longe - disse Ally - É melhor seguir em frente.

Os garotos assentiram e a obedeceram, afinal, não tinham ideia melhor.

Ally segurou cabelos loiros e os prendeu num coque frouxo. James a observou. Quando tudo aquilo acabasse poderiam ficar juntos. Sim, quando tudo aquilo acabasse.

Eles andaram em silêncio até que Dylan disse:

– Ei , olha isso.

Ele apontava para uma porta e nela estava escrito "Sala de Armas". James sorriu para o amigo e tentou abrir,trancada. Eles sabiam que não podiam arrombar, faria muito barulho. Então Dylan deu um sorriso de lado e sumiu pela sombra da porta.

Ally e Tess se entreolharam e segundos depois a porta se abriu, mostrando um Dylan sorridente.

– Tem tranca por dentro - ele disse.

Os dois adolescentes entraram na sala e viram centenas de espadas. O inimigo era mais numeroso do que eles pensavam.

Juntos, em um canto, estavam as armas de seus pais. Desde de o arco e as flechas de Frank ao martelo de Leo.

Os três se entreolharam sorrindo. As coisas estavam começando a dar certo.

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O grupo andava em na direção indicada por Amanda, afinal, o chute dela havia os levado direto a seus pais.

Quando eles passaram pelo cruzamento que tinham parado da última vez, Annabeth parou.

Ela fitava um recuo na parede. Preso na parede estava uma tapeçaria. A melhor que qualquer um dali tinha visto. Os detalhes eram perfeitos e ela chegava a parecer tridimensional.

Annabeth ficou pálida, ela conhecia aquele traço. Mila fitou a amiga preocupada. Ela era a única dali que entendia o por que do susto da amiga. As duas eram as únicas a saber quem estavam enfrentando.