A Guardiã Dos Mangás (Hiatus) escrita por P L Regis


Capítulo 2
A marca da guardiã


Notas iniciais do capítulo

Yo! Então voltando as narrativas da nossa Nana-chan não é?
Nana: Isso mesmo, voltando comigo linda e brilhante!
Haruka: E totalmente egocêntrica
Eu: Concordo Haru-chan *abraça* é tão bom ter alguém que me entende.

Nana: Chega, vão ler isso logo, que eu vou ali matar uma autora-san e uma Haruka folgada.



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Quando eu me despedi do Happy e dei fim ao castigo eu realmente pensei que fosse o fim, mas existe algo chamado ironia do destino, e por causa disso e de Zeus tirando onda com a minha cara eu volto a relatar acontecimentos que realmente são verídicos e que infelizmente aconteceram comigo no fim do verão... É bem no fim do verão mesmo.

Ohayo Happy-hentai* – Murmurei para o gato azul ao lado da cama, já havia se passado três meses e provavelmente eu nunca mais o veja de verdade – Uh... Hoje começa as aulas, estou tãããão empolgada, arg – Resmunguei enquanto espreguiçava, estava começando mais um ano não que fosse diferente dos outros que tive até agora, claro que muitas coisas mudaram, mas não no Mary Ann. O colégio ainda era chato como todos os anos que estudei lá.

Após a ducha, parei para me olhar no espelho, ainda estranhava o quanto o meu cabelo estava comprido, na verdade eu estranhava todas as mudanças que as meninas se submeteram nas férias. Principalmente a cor do cabelo da Nanda, coloquei o uniforme que infelizmente passou a ser obrigatório, e desci para tomar café.

– Bom dia filha – Disse minha mãe – Dormiu bem? – Perguntou, dei um sorriso e afirmei positivamente e de resposta ela sorriu voltando a prestar atenção em seu notebook, peguei um toddynho e bolinho Ana-Maria no meu estoque infinito, e fui para o meu quarto outra vez, tinha de lembrar-se de devolver os animes de Soul Eater que a Haruka havia me emprestado, coloquei os mesmo dentro da minha mochila de zumbis, e então com tudo pronto e o estomago cheio desci outra vez agora pronta para ir a escola.

– Mãe estou indo – Avisei, ela deu um tchau com a mão sem me encarar, prestava atenção em alguma coisa.

Eu saí pela porta contente, com a vida, com os pássaros cantando, com o fato de o dia estar lindo. Não pera, não era por essa razão que eu estava feliz. Dan me prometeu voltar no inicio das aulas, então ele estaria de volta em breve, eu imaginava isso, mas quando a porta da casa dele abriu e então eu o vi com o uniforme do Saint Paul IV meio amarrotado e com o cabelo desarrumado, meu coração queria sair pela boca, tudo bem que não faz tanto tempo assim, três meses passam bem rápidos, mas a saudade era grande e eu não sabia o que iria acontecer agora com aquela declaração estranha que eu fiz a ele.

Quando você se coloca em um momento de tensão você só tem duas opções ou você enfrenta ou você foge, e bem eu como uma corajosa que sou eu fugi me virei pronta para me esconder dentro de casa, o que só não aconteceu porque a senhora minha mãe foi mais rápida e me trancou do lado de fora.

– Mãe! – Gritei estranhando, a principio eu sequer imaginei qual era a real intenção dela.

– Desculpe filha a porta emperrou, boa aula! – Falou do outro lado da porta, foi então que fui tomada pelo desespero e parti para ignorância, comecei a esmurrar a porta loucamente na tentativa de repente derruba-la e me esconder de baixo da cama.

– Nana? – Chamou Dan, congelei na hora a voz dele me fazia estremecer, estava com saudades de ouvi-la – O que você está fazendo? – Perguntou meu coração palpitava loucamente e meu cérebro deu pane, era terrível há três meses pelo temor de perder o Dan para sempre eu me declarei, aquela confissão louca, sem sentido e totalmente desnecessária, mas passamos bons momentos depois disso só que isso foi nas férias, ninguém além das pessoas mais próximas sabia do o que havia ocorrido, mas tudo mudou e se continuarmos a relação mais “próxima” todos vão saber, e isso me assusta. – Nana? – Chamou me tirando do transe, eu queria explicar para ele porque eu estava batendo na porta loucamente, mas não sabia como.

– Ahn, eu estava testando a porta, para ver se é resistente – Menti, deu uma risada sem graça após associar o que havia dito, ele riu e estendeu a mão para mim.

– Vamos para a escola? – Perguntou dei um sorriso empolgada e peguei na mão dele, para acompanha-lo até a escola, daí é que ele decidi me beijar.

Após o rápido selinho, eu o encarei vermelha como um pimentão, enquanto Dan apenas ria, esse tipo de reação da parte dele sempre me deixava desnorteada, mas no fundo eu estava tão feliz com a volta dele, e tão feliz com o singelo beijo que tinha vontade de gritar de alegria.

Caminhamos com a conversa amena, ele me contava tudo sobre como foi viajar para o Japão, como ele não era “estranho” por ter olhos puxados e o sobrenome vir primeiro que o nome, era divertido ver o quanto ele havia gostado e principalmente, era lindo ver como os olhos deles brilhavam ao falar do nosso “país do sol nascente”.

– Tudo bem, mas e sobre o evento? Como foi lá? – Perguntei, ele havia falado muitas coisas no caminho, mas não tocou no assunto do evento, com um único gesto Dan me puxou pela nuca e me beijou novamente nossos lábios se encaixaram perfeitamente e o sentimento transbordou dando o beijo um ar desesperador a sensação de que nada mais importava a não ser nós dois e aquele momento.

– Nana-chan! – Gritou Haruka atrapalhando totalmente o momento romântico, eu a encarei louca para pulveriza lá – Ops! Gomen – Murmurou sem graça assim que notou o que havia feito, mas era tarde, o momento romântico e todas as sensações boas se foram.

– Nos vemos na hora da saída – Disse Dan saindo em seguida.

[...]

Haruka e eu fomos para nossa sala, ainda estava muito brava com ela por estragar um momento como aquele e por isso estávamos em silencio, mas quando subimos as escadas e demos de cara com o resto das meninas a raiva já havia ido embora, sabe como é... Somos amigas, nunca ficamos mais de uma hora com raiva uma da outra.

– Nana, Haru! – Exclamou Nanda vindo nos abraçar, a impressão é que não nos víamos tinha meses, e isso porque tínhamos nos encontrado no dia anterior.

– Meninas, o Dan voltou – Falou Haruka, e pronto o montinho já estava formado sobre mim.

– E como vocês estão Nana? – Perguntou Bianca

– E ele venceu o concurso de cosplay? – Dessa vez a pergunta tinha vindo de Aline

– Ele te pediu em namoro? – E essa era a da Amaya claro.

– Acalmem-se, por favor! – Interrompi o burburinho, elas se afastaram, mas seus olhos brilhavam para saber mais coisas – “Nós” estamos bem, eu não sei se ele venceu o concurso e não. Ele não me pediu em namoro – Respondi por fim, tenho certeza que iriam pergunta mais coisas, porém graças a nosso lindíssimo professor de biologia eu estava a salvo. Por hora.

– Pessoal – Começou o professor – Quero apresentar a nossa aluna, ela foi transferida do Japão para cá, deem boas vindas a Sasaki Kim – Completou, uma garota loira de cabelos curtos e maquiagem marcante entrou na sala, passos pesados que demonstravam uma segurança assustadora ela parou ao lado do professor e sorriu simpática.

– Oi! Sou Kim, e eu vim de Tóquio, mas nasci em Okinawa. É um prazer conhecê-los – Apresentou-se dando uma leve reverencia no final, Kim sentou-se na frente com duas meninas que eu nem sequer sei o nome, tudo bem ela não era para ser importante na minha vida, uma aluna transferida, tem ao menos três todo ano letivo, mas o que acontece a seguir é o que torna Kim importante para mim.

[...]

Estávamos eu e as meninas caminhando rumo ao portão do colégio após o fim das aulas, eu pedi para que esperassem comigo o Dan chegar e por sorte e claro porque todas queriam vê-lo ficaram, avistei Dan de longe, era impossível não notar aqueles cabelos bagunçados, quando o mesmo me viu deu um sorriso que me fez corar acenei levemente para ele que vinha em minha direção até ser agarrado por ninguém menos que Sasaki Kim.

– Dan-senpai – Exclamou abraçando-o empolgada, o jeito fofo como tratou o Dan sequer lembrava a garota que a pouco havia entrado quase ditando a sala, ela ficou amável e ao invés da aura superior que exalava lá – Nee, eu tentei ir para sua escola, mas é só meninos então me mudei para a mais próxima, para ficarmos mais próxima de você Dan-senpai – Completou sem soltar.

Ele a encarava perplexo, enquanto eu assistia a melação do casal com o sangue fervendo e continuaria ali tentando entender o que diabos aquele projétil de kawaii estava fazendo agarrando o meu Dan, mas algo do outro lado da rua me chamou atenção, de canto de olho parecia muito com alguém que eu conheço bem.

– Não pode ser – Murmurei, virei e constatei correndo do outro lado da rua nada menos que o espeon entrei em choque e até esfreguei meus olhos algumas vezes para ter certeza, ele fazia gracinhas como se estivesse me chamando ou qualquer coisa assim.

Eu não sei como vocês reagiriam, mas eu corri sem pensar na direção do espeon, Haruka e as outras chamaram por mim estranhando minha “fuga” repentina, mas não dei ouvidos foquei-me em apenas seguir o espeon que agora fugia de mim.

– Volte aqui espeon! – Gritei, atravessei ruas enquanto meus olhos tentavam não perder de vista o meu antigo Pokémon, devo ter parado o transito algumas vezes, meu coração estava descompassado e minha mente ficava repetindo “Não pode ser” milhares e milhares de vezes, até parar em uma viela longe do bairro em que moro.

Espeon estava ali sentado com a cabecinha inclinada para esquerda como se nada estivesse acontecendo, me aproximei com cautela torcendo para que ele não fugisse novamente, até uma luz emanar de trás do espeon, uma luz forte que me deixou com pouca visão do que acontecia a minha frente e deve ser por isso que eu não o vi de primeira, mas quando a minha visão voltou ao normal e eu finalmente o encarei ali na minha frente minhas lágrimas começaram a cair sem controle.

– I-ita-chi... – Gaguejei embarcada a surpresa de ver ele sorrindo gentilmente para mim, Itachi não falou nada apenas pegou na minha mão e um brilho tomou conta do ato, fechei meus olhos por conta da claridade e quando os abri novamente ele não estava mais lá, Itachi e Espeon havia desaparecidos e a única prova que eu não havia fantasiado com isso era uma flor feita de gotas que surgiu na palma da minha mão. – O-oque diabos aconteceu aqui – Murmurei em choque, eu encarava a marca tentando entende-la, e claro entender como alguém morto volta à vida e vem me ver.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, o mistério da marca revelado... Um novo problema espero Nana em
A GUARDIÃ DOS MANGÁS *leiam com voz de locutor da globo"

Happy-hentai = Lembram-se do capítulo 10 o trocadilho tosco que fiz. Ele se mantém aí.