How Far We’ve Come escrita por Lithium


Capítulo 2
Prologue


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente? Recebi cinco reviews, quando eu pedi quatro. Sério, vocês cinco que comentaram são divas :) E já tenho a super diva Ash e a minha parceira Melissa (que de vez em quando faz isso em alguma das minhas 15/14 - não sei de cor - fanfics que valem a pena recomendar) já querem RECOMENDAR How Far We've Come. Sério, eu estou pirando!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/463355/chapter/2

– Finalmente livres! Obrigado, senhor! Finalmente livres! Uhu! – Leo Valdez gritou a plenos pulmões.

– Leo, é o fim do colegial, não do racismo! – riu Jason Grace, enquanto descia as escadas da Half Bloody High School.

Assim que o sinal bateu, pareceu que todos os alunos da Bloody decidiram correr para fora, como se só alcançassem a liberdade a partir do momento em que saíssem de dentro do prédio. Leo não hesitou nem um pouco antes de se jogar nos degraus, estender os braços para o céu e agradecer a Deus.

– Não corte o meu barato, Jason – disse ele, enquanto continuava com sua cena.

Leo só parou de gritar quando viu Luke Castellan descer as escadas de mármore pelo longo e grosso corrimão, segurando um livro do ano cheio de assinaturas.

– Duzentas e onze, e isso só de garotas – anunciou, enquanto se aproximava de Nico di Ângelo. – Sente o cheirinho das canetas, Nico, sente.

Nico deu um sorriso angelical, o que parecia muito estranho, considerando que ele usava um anel prata de caveira, uma blusa preta com uma caveira, jeans pretos e All-Star preto. Nico era um emo gótico, por isso era raramente visto usando roupas que não fossem pretas ou laranjas – e com laranjas, me refiro ao uniforme do time de basquete.

– Luke, meu caro amigo. Você sabe que eu te amo muito só que não, mas... Sinto muito ter que cortar o seu barato – então Nico abriu o livro do ano dele, que tinha as duas primeiras páginas cobertas de assinaturas de nomes femininos. – HÁ! Toma! Na sua cara! – ele riu. – Trezentos e dezesseis. Olhe só esses nomes, Luke. Vamos ver... Trish, Patrice, Paige, Chloe, Marsha, Miles, Silena, Lynn, Teddy, Amy, Rosalie, Jane, Tracy, Gabby, Allison, Carolyn, Kaithlyn, Maeve, Sadie, Carrie… – Nico ergueu as sobrancelhas e parou no meio da lista. – Hum... Sinta o cheiro das canetas, Luke!

Jason e Leo começaram a rir quando Nico começou a – literalmente – esfregar o livro do ano na cara de Luke.

– E essas são só de garotas, porque no total eu tenho mais de seiscentas!

Nico continuou na “tarefa árdua” de esfregar um livro do ano cheio de assinaturas na cara de Luke, até que Jason se lembrou de algo... Ou de alguém.

– Hey, cadê o Percy?

Nico parou.

– Lá dentro – respondeu. – A diretora queria falar com ele... Parece que ele passou na dependência.

– Shiiii – fez Leo. – Acho que alguém vai ficar de castigo... E não vai para a formatura – Leo jogou a mochila do chão e tirou o livro do ano. – Se bem que se isso acontecer, Percy foge pela janela. Agora, mudando de assunto, Nico, qual foi o número exato de assinaturas?

– Seiscentas e setenta e três.

– P*** merda... Quer dizer, droga! Seiscentas e setenta e duas!

Nico começou a rir enquanto Jason revirava os olhos.

– Pelo amor de Deus. Vocês dois não vão ser fiéis a uma só nunca, hein? – perguntou ele.

– Seremos – respondeu Leo. – Um dia encontraremos a garota perfeita. Enquanto isso não acontece, Luke, Nico e eu competiremos para ver quem consegue mais assinaturas.

– Consegui mais ou menos uma centena – disse Jason. – Ainda não contei. E alguns telefones... Mas não ligarei.

– Hum, deixa eu adivinhar os números que tem aí – disse Leo. – Reyna, Drew Tanaka, e... Quem sabe... Piper?

Jason revirou os olhos.

– Talvez tenha o telefone da Drew e da Reyna aqui, sim. Mas Piper e eu não temos nada, Leo. Enfia isso na sua cabeça. Nós somos apenas amigos!

Era uma mentira deslavada. Jason até que gostava de Piper... Mas não tinha coragem de chegar na garota. E se ela não gostasse dele?

– Enfim – continuou Jason –, confesso. Vou sentir falta do basquete que jogávamos aqui.

– Não vou sentir falta de ficar olhando um bando de garotos suados tomando banho no mesmo vestiário... – brincou Leo. – Mas sentirei falta e muita das garotas gritando LEO! LEO! LEO! Quando eu faço uma cesta de três pontos...

Luke sentou-se no corrimão da escadaria. Todos os alunos já tinham indo embora, restavam apenas os dois ali, esperando por Percy.

– Dionísio me convidou para jogar na NBA – pronto. Ele já tinha soltado e era tarde demais para voltar atrás.

Os três olharam para Luke ao mesmo tempo.

– N... NBA? – perguntou Nico, pasmo. – Wow – então uma sombra cobriu o rosto dele. – Você... Você vai, não vai?

Pesarosamente, Luke negou.

– Não posso conciliar a universidade com a NBA. E há também a questão da família – ele revirou os olhos ao dizer a última palavra.

Todos ali tinham problemas com a família. A de Luke era maior. Hermes Farrell era um cara... Namorador, pode-se dizer. Luke tinha três meios irmãos: Chris Rodriguez, Connor Stoll e Travis Stoll. Luke era o favorito dos pais, mas detestava isso. Aquela atenção que May Castellan e Hermes lhe davam era doentia! Será que eles simplesmente não podiam se lembrar de que tinham mais três filhos para dar atenção?!

– Ao menos você não tem que aguentar criaturas com Deméter e Perséfone no seu pé... – reclamou Nico. Mas ele não citou que elas o odiavam mortalmente, e que não eram as únicas. – Deméter não pára de dizer que eu estou magro demais. Perséfone vive reclamando de tudo o que eu faço. Ah, e eu não posso me esquecer do fato de que Deméter não pára de tentar me transformar em um agricultor compulsivo que abandonou o basquete e se tornou vegetariano!

Jason, Luke e Leo não puderam evitar rir da irritação de Nico. Deméter era mesmo maníaca em tentar transformar Nico em um agricultor compulsivo que abandonou o basquete e se tornou vegetariano e louco por cereais, mas Deméter conseguia ser tão ridícula quando tentava que era impossível não rir. Fora a irritação que isso causava em Nico. O garoto parecia que queria cavar um buraco e jogar a velha dentro.

Aproveitando que era totalmente livre da cabeça aos pés, Nico jogou a mochila preta no chão.

– Mas agora é hora de agradecer aos céus... Porque nós estamos livres e vamos morar em um apartamento – Nico comemorou.

Jason se apoiou no corrimão.

– Sonho conquistado, hein? – perguntou ele. – Cara, eu lembro quando Percy nos deu essa ideia maluca quando estávamos na sétima série. Nos empolgamos tanto... Nunca pensei que realmente daria certo.

– Mas... Deu! – Leo começou a fazer uma “imitação barata” de Michael Jackson em Thriller.

Os quatro começaram a rir.

– Leo, você é estranho – Jason repetiu, talvez pela 8743782947534 vez na sua vida.

– É, eu sei – Leo esticou os braços franzinos (bem diferentes do de seus meios irmãos, Charles e Nyssa, que eram musculosos) e estralou os dedos. – Enfim. Quero saber onde será a festa pré-formatura.

– Boatos...? – perguntou Jason.

– Sim. Dizem que vai ser na casa da Annabeth. Mas eu duvido muito que seja lá... Porque se for, acho que não seremos... Convidados.

Luke bagunçou os cabelos. Annabeth Chase e ele eram velhos amigos, mas estavam mais... Afastados de uns tempos para cá. Nenhum dos dois sabia explicar o porquê. O afastamento foi natural, tanto de Annabeth quanto de Thalia Grace.

– E aí, meu povo? – gritou uma voz bastante conhecida do edifício tão indesejado, mais conhecido como escola.

Percy Jackson desceu as escadas da Half Bloody High School calmamente, como se tivesse todo tempo do mundo para alcançar os amigos.

– Liberdade, enfim! – exclamou ele, tacando a mochila no chão. – Ah, cara, finalmente poderemos nos mudar para o nosso apartamento! Meu pai financiou tudo – Percy passou para os garotos um papelzinho com um endereço igual escrito em cada. – É bem aí. 15º andar, número 789. Fácil de decorar, não? – ele riu.

Leo releu o endereço no papel.

– Os pais de vocês permitiram e tudo o mais, não é?

Ele confessava que estava apreensivo. Não era só porque já tinham dezoito anos que podiam mandar totalmente na vida deles, e a questão de onde morariam, infelizmente, era da conta dos pais.

– Meu pai reclamou, reclamou, e reclamou – disse Jason. – Mas... Bem, ele deixou. Rimou – ele riu.

– Hermes não gostou muito da decisão de eu me mudar para um apartamento de tamanho mínimo com mais quatro garotos que não são “da família” – Luke revirou os olhos, e Leo viu pela primeira vez o quão soava estranho ele chamar o próprio pai pelo primeiro nome. – Mas acabei conseguindo... Ahn... Convencê-lo.

– Meu pai deixou sem reclamar – disse Percy. – Já a minha mãe foi mais difícil de convencer... Ela queria que eu morasse com Sr. Baiacu e ela.

A mãe de Percy, Sally Jackson, estava namorando um cara chamado Paul Blofis, que Percy apelidou “carinhosamente” de Sr. Baiacu.

Nico fez uma careta.

– Ninguém permitiu – admitiu. – Mas não faz diferença. Eles nunca conseguiram mandar totalmente em mim. Agora que tenho dezoito, nem nos melhores sonhos deles eles me impedirão de tomar minhas próprias decisões.

Leo deu de ombros.

– O.k, então. Ah... Um prédio cheio de Team Leo.

– Você quis dizer Team Nico – corrigiu Nico.

– Não, Team Leo – repetiu Leo.

– Por favor, Leo. Eu sei que é difícil de admitir, mas todos nós sabemos que eu tenho mais fãs...

– O quê?! Não, eu tenho mais fãs...

Jason, Luke e Percy reviravam os olhos. E lá estavam eles naquela briguinha besta novamente... Leo e Nico discutem sobre quem tem mais fãs desde que entraram para o primeiro time de basquete em que jogaram, ou seja: quando Leo e Jason conheceram Nico e os três conheceram Luke e Percy. Resumindo, quando tinham dez anos, na quarta série. Oito anos atrás.

– Vocês dois poderiam fazer o imenso favor de poupar os meus ouvidos? – pediu Luke. – Vocês têm essa mesma discussão quase todo mês. Dizem que Team Nico/Team Leo/Whatever são maioria, trocam um bando de ofensas e ficam sem se falar. Então, aparece a Lilith, que liga a TV da casa do Percy na Warner e damos de cara com The Big Bang Theory ou F.R.I.E.N.D.S ou algum filme de Harry Potter, e é aí que começamos a assistir e vocês dois começam a rir e comer pipoca feito duas hienas como se nunca tivesse discutido sobre aquilo.

– Hienas não comem pipoca – disse Leo, mas os três o ignoraram.

– Luke tem razão – disse Jason. – Quer dizer... Não sobre dizer que hienas comem pipoca, e sim sobre vocês dois. É até engraçado ver vocês dois tentando matar um ao outro, mas não acham que está na hora de trocar o disco?

Nico e Leo bufaram em uníssono.

– Isso é porque vocês têm menos fãs – disse Nico. – Mas vocês devem dar sermão é no Leo. Ele quem insiste em implicar. As Team Nico são maioria, admita, Leo.

– E você morre mas não admite que as Team Leo é que são maioria, não é Nico?

Percy bufou e colocou as mãos nos bolsos da frente dos jeans.

– Vocês dois não mudam mesmo, hein? – ele pegou a mochila do chão. – Vamos embora...

Mas Percy foi interrompido por duas garotas. Lilith Lightwood e Bianca di Ângelo desciam de um Citroën prata, que era dirigido por Apolo Knight, pai de Lilith. As duas foram em direção aos garotos, que ainda estavam parados nas escadas.

– O que vocês estão fazendo aí? – perguntou Lilith.

– O sinal tocou há quanto tempo? – indagou Bianca, cruzando os braços. – Uma? Duas horas?

Mas antes que Jason, Percy ou Luke pudessem responder, Leo e Nico já estavam trocando olhares e pulando em cima das garotas.

– ASSINE O MEU LIVRO DO ANO! – os dois gritaram ao mesmo tempo. – Não, assine o meu livro do ano! – os dois se olharam como se fossem se matar.

– Nico diz que há mais Team Nico que Team Leo – disse Leo. – Se vocês duas assinarem uma dessas páginas, Nico nunca mais vai poder dizer o mesmo.

– Se vocês assinarem o meu livro do ano, Leo vai ficar convencido que há mais Team Nico do que Team Leo. E vai quebrar a cara.

As duas se olharam.

– Nós não podemos escolher entre vocês dois – disse Bianca. – Seria traição...

– Eu compro a primeira temporada de Charmed para você – disse Nico. – E aquela orquídea branca que você tanto quer. Só assine!

– Lilith, se você assinar meu livro do ano, eu te pago 5.000 dólares – ofereceu Leo.

Apolo buzinou impaciente do Citroën.

– Hora de ir – Bianca apontou para o carro com a cabeça. – Resolvam quem vai sentar no banco da frente. Três de vocês vão sentar no banco de trás, espremidos com Lilith e eu. Um vai dentro do porta-malas.

Luke riu.

– Sério, Bianca. Nem se um de nós fosse dentro do porta-malas, caberíamos no carro.

Bianca ergueu uma sobrancelha, tentando não transparecer que adoraria ficar apertada em um carro com Luke...

– Vocês já entraram aí dentro. Com Apolo. E nós duas. E foi só há dois anos.

– Bianca... Somos livres agora – disse Leo.

– Se enfiem nesse carro – ameaçou Lilith – ou eu terei que enfiar eu mesma vocês cinco.

. . .

– Eu nunca pensei que existisse essa versão da liberdade – disse Nico, com a voz abafada, porque estava sendo espremido no vidro do pára-brisa. – É tão... Apertada.

Demorou, mas o Citroën parou, e quando o ar entrou no carro, finalmente alguém – vulgo Nico – tomou coragem de gastar o oxigênio limitado. Nunca coloque um cara quente como Apolo, duas garotas e cinco jogadores de basquete dentro de um Citroën, porque você pode correr sérios riscos de morte.

Apolo saiu do banco do motorista e abriu as outras portas. Os sete deslizaram do carro para o asfalto como panquecas deslizam da frigideira para uma tigela.

– Vamos lá, levantem-se, garotos! – encorajou Apolo. – Vocês vão poder morar no próprio apartamento. Só saírem desse asfalto e...

Apolo não continuou a frase, porque assim que uma mensagem chegou no celular de Leo, todos se levantaram e se amontoaram ao redor do garoto para ler.

– Confirmado – disse ele. – A festa pré-formatura vai ser daqui a duas semanas, na casa da Annabeth.

– Festa pré-formatura, é? – Apolo riu. – Eu me prepararia psicologicamente, meninos. Algo me diz que terão uma grande surpresa... Ah, e espero que gostem de mar.

Apolo sorriu, antes de voltar para o carro e sumir após alguns metros.

– Ahn... Mar? – perguntou Jason. – O que ele quis dizer?

– Eu não sei – respondeu Percy. – Mas sei que não faz sentido nenhum.

– Eles devem estar aprontando alguma – pensou Luke, se referindo aos pais dos seus amigos. – Enfim, vamos subir. Acho que conseguimos pegar o fim de Harry Potter E O Prisioneiro De Azkaban. E vem uma maratona de The Big Bang Theory aí. Não sei vocês, mas não quero perder.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam do fim? Tentei colocar o máximo de efeito o possível, mas realmente não consegui... Enfim.

O PRÓXIMO JÁ ESTÁ PRONTO! Posto amanhã mesmo se eu responder sete reviews, dois a mais do que a metade das pessoas que estão acompanhando (façam as contas). Posso contar com vocês?

So, o comecinho está aí. O próximo já inicia a fic de verdade.

Ah, e que tipo de música vocês gostam? Já ouviram a música inspiradora? Ouçam e vejam o vídeo com as fanarts da diva Viria!

Kisses and see ya,

Mel.