A-Next: Beyond Frontiers escrita por Joke


Capítulo 2
Howard


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpa a demora, eu meio que viajei e esqueci de avisar... He --'. Enfim, aqui está mais um capítulo de A-Next! Enjoy!



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Capítulo 2 – Howard Stark

3 horas antes do jogo

– JARVIS, conseguiu mais alguma informação? – Pergunto ao meu mordomo virtual sobre a minha armadura, que é na verdade uma espécie de parasita simbiótico que se anexou na minha coluna vertebral da última vez que fui à Asgard, há quatro meses. Desde que voltei pra Terra, tenho feito tudo o que posso para manter minha atual situação em segredo, sempre usando roupas largas e cobrindo a minha nuca com um lenço ou um casaco com uma gola mais alta. – Você me pediu mais três meses da última vez que perguntei sobre isso e eu os concedi. Agora me dê resultados.

– Sr. Stark, eu estou fazendo o máximo que meu programa permite, mas não é fácil coletar informações de algo que não existe nesse planeta.

Bufo, massageando minhas têmporas enquanto tento me focar em outra coisa.

– O exame de sangue que fizemos na última semana, o que deu?

JARVIS abre o arquivo com a análise da amostra do meu sangue. Um vídeo mostra que as minhas células brancas estão sendo infectadas com algumas substâncias que o traje está liberando no meu organismo. Lentamente, as pequenas bolas brancas vão reduzindo de tamanho até se transformarem em esferas cinzentas metálicas.

– Ele está atacando meu sistema imunológico – levo ambas as mãos à minha cabeça, lendo as notas do arquivo com atenção. – Por que está fazendo isso? Ele precisa de mim pra sobreviver, certo?

– Lamento, mas não tenho uma resposta precisa para essa pergunta, senhor. – JARVIS minimiza a tela com os arquivos para me mostrar toda a sua pesquisa. – De acordo com os arquivos secretos da SHIELD, há mais de uma espécie de Uru, e a que está presa no senhor é uma das quais eles desconhecem.

– Esplêndido, simplesmente não há como piorar. – Resmungo, puto da vida por não ter todas as informações que preciso para descobrir o que está acontecendo comigo, ou melhor, para descobrir por que essa coisa está lentamente me matando.

– Howard? – Escuto meu pai me chamar, seus pés batendo contra os degraus indicam de que ele se aproxima. Rapidamente fecho todos os arquivos, coloco a primeira música que vejo no ITunes e abro um site de química orgânica bem a tempo de ver Tony Stark entrar no meu quarto. – O que está fazendo?

– Estudando pra uma prova de química – respondo o mais natural possível, parecendo entediado com o meu entretenimento de um sábado à tarde. – Aconteceu alguma coisa?

– Queria te mostrar minha nova armadura. Tá a fim de ver? – Ele me convida, animado.

Abro um enorme sorriso. Adoro quando meu pai me chama para ver as armaduras, normalmente acabamos destruindo tudo e montando um protótipo melhor.

– Claro!

– Essa música é bem legal, qual o nome? – Tony me pergunta enquanto vou para junto dele.

– “American Idiot”.

– Já tenho uma música para apresentar para o Steve. De que conjunto é?

– Green Day.

– E pro Banner.

Sorrio novamente enquanto ele fecha a porta.

[x]

E, do jeito que eu havia previsto, uma hora depois Tony e eu montamos um protótipo melhorado de alguma das armas do Mark 146. A nova obra do meu pai era impressionante, mas eu sugeri que talvez pudéssemos adicionar alguns canos nos pulsos para ter mais armas disponíveis para atacar. Tony gostou da ideia e logo nós dois começamos a meter as mãos na massa.

– Acho que está pronta – digo ao meu pai, batendo as mãos para tirar o excesso de graxa das mesmas antes de contemplar nosso trabalho. Nós dois encaramos os longos canos de snipers que soltamos na armadura. Graças a alguns “truques de mágica” de Tony, o programa conseguiu anexar uma mira tão precisa que é praticamente impossível errar o alvo.

– Essa sua ideia foi genial, Howl – recebo um elogio e uma cara de aprovação de Tony Stark enquanto ele pega a luva e a coloca junto com o capacete da armadura pra testar a nossa nova engenhoca.

Dou-lhe um meio sorriso enquanto abro a minha mochila.

– Obrigado, mas ela não foi completamente minha.

– Como assim? – Ele me pergunta sem muito interesse, pois ainda está encantado com o novo adereço. Tiro da mala o que eu procurava, mostrando-o ao meu pai, que se limita a dar uma olhada rápida ao que tenho em mãos. – O que é isso?

– Uma revista em quadrinhos de super-heróis. Essa é do Batman.

– E por que você tem uma revista de um cara que se veste como morcego e que não consegue nem mesmo virar o pescoço naquela armadura imbecil? – Tony começa a rir de repente. – Aquele filme com George Clooney sempre me faz rir.

Folheio as páginas com cuidado.

– Os gibis são bem legais – paro de passar as páginas com pressa quando me deparo com o Pistoleiro em um dos quadrinhos. Toco o cano em seu pulso, vendo o quão parecida a nossa criação ficou da original. – Podem te surpreender.

Meu pai me olha com descrença.

– Howard, nós somos os heróis de verdade. A única coisa que pode me surpreender nesses quadrinhos é se Superman parar de usar a cueca por cima da calça.

Reviro os olhos, ignorando seu comentário e olho para o relógio. Quase caio da cadeira quando vejo que faltam apenas trinta minutos para o jogo final da Liga de Basquete. Mayday vai me matar se eu perder.

Levanto-me sobressaltado, quase derrubando o tronco da nova armadura se meu pai não estivesse ao meu lado para evitar esse desastre.

– Aonde você vai?

– Para a escola! Mayday vai me matar se eu não estiver lá!

Nem espero por uma resposta, apenas corro tão rápido que quase tropeço nos meus próprios pés na saída. Ajeito-me rapidamente e solto um bufo antes de continuar a correr para longe de alguns fotógrafos de plantão, não acreditando que a minha coordenação motora continua tão boa quanto as habilidades de Mayday com uma arma.

Em meio à minha pressa, eu começo a sentir uma enorme dor no estômago. A princípio tento ignorá-la, mas ela vai se tornando cada vez mais forte a cada passo que dou, fazendo-me parar num beco para tomar um ar longe do tumulto das ruas de Nova York.

– Argh! – Gemo, abraçando minha barriga enquanto me curvo sobre meu corpo. A dor é insuportável, provavelmente dando-me uma amostra grátis do que é levar um tiro ou uma facada no estômago. Ainda agachado no chão, começo a tossir, e, para o meu horror, percebo que gotas de sangue mancharam a minha mão. – O que está acontecendo comigo?

Instintivamente toco a minha nuca, sentindo a frieza do Uru me encher de ódio e medo. Essa coisa deveria ser inofensiva, mas está sugando a minha vida mais rápido que um câncer. Quanto tempo ainda tenho antes de ser morto pelo parasita? Não importa, tenho que achar uma cura o mais rápido possível. Preciso agir agora.

Antes que eu pudesse me levantar, escuto novos passos adentrando no beco. Estico um pouco o pescoço para ver quem é e acabo me deparando com Normie Osborn, que estava desaparecido há mais de um mês, acompanhado de uma garota ruiva vestida com roupas vermelhas e pretas justas em seu corpo magro e repleto de curvas.

– Tem certeza que essa coisa vai funcionar? – Ele pergunta, preocupado. – Se der errado, estamos ferrados.

– Relaxa, Normie, até parece que você não gostou da última vez – a ruiva não parece nem um pouco apreensiva, na verdade, ela parece tão contente que seu sorriso brilha tanto quanto seus olhos castanhos. – o Sr. Osborn e eu já arranjamos tudo. Seus amiguinhos não vão pegar você. Vão ficar ocupados demais tentando deter o Sexteto Sinistro.

Normie arqueia as sobrancelhas para a garota.

– Você sempre planeja tudo, não, Sin?

Em resposta, Sin lhe dá uma piscadela.

– Uma garota sempre está pronta para tudo – vejo ela se afastar, indo de volta para a rua enquanto veste um sobretudo e um chapéu. – Mande lembranças minhas ao James, sim?

Lembranças ao James? James Rogers?

Assim que os dois saem, eu me levanto com um pouco de dificuldade, mas aliviado por a dor estar mais amena. Dou uma última olhada ao sangue na minha mão antes de limpá-lo no meu jeans escuro. Tenho coisas mais importantes pra fazer que me preocupar com uma tosse idiota.

De volta às ruas, retomo meu caminho para à escola. Meus amigos vão precisar de mim.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só meus queridos! Espero que tenham gostado! Vou responder os reviews de vocês agora ;) beijocas e não esqueçam de comentar :*



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