Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 31
Capítulo 31




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Os raios de Sol invadiram timidamente o aposento. Despertei um pouco incomodada com o súbito calor que senti. Estava deitada na cama de Edward, embrulhada com seu edredom. Provavelmente fora Edward que me embrulhou. Ele não estava na cama. Fechei os olhos frustrada, queria ter o privilégio de despertar e ver seu rosto. Sorri. As lembranças do ocorrido da noite passada eram tão vívidas! Ainda podia sentir o estranho calor em cada parte de meu corpo que Edward tocou.

Olhei o relógio na cabeceira, ainda era cedo. Estava ansiosa para ver ele, saber como ele reagiria depois de nossa noite e temendo fervorosamente que ele me ignorasse depois de ter tirado minha virgindade. Levantei-me um pouco desnorteada pela perda de energia. Peguei meu roupão preso atrás da porta e o vesti, ajeitei as cobertas. Não precisei procurá-lo pela casa, ouvi o barulho do chuveiro. Edward provavelmente estava tomando banho. Um súbito lampejo de curiosidade me dominou. Como ontem o quarto estava pouco iluminado não pude ver com nitidez a nudez de Edward. Agora, diante da porta apenas encostada do banheiro, queria muito poder comprovar minhas indagações sobre o corpo perfeito que Edward possui.

“Uma olhadinha não fará nenhum mal! Mas... Estaria invadindo a privacidade dele. Ele pode não gostar. Bem... Se eu olhar só um pouquinho antes que ele perceba não fará nenhum mal.” - Sorri travessa. Abri lentamente a porta e não demorou a que eu o avista-se: embaixo do chuveiro, os olhos fechados enquanto umas das mãos estavam em seu cabelo fazendo-o ficar para trás. Este era Edward. A água passeando pelo seu corpo nu, corpo de um Deus grego, corpo que era meu. Fiquei parada olhando para toda aquela beleza, o modo como tomava banho era hipnotizador, como se tudo o que fizesse, até mesmo um simples banho, fosse para conquistar uma mulher.

-Até quando ficará parada ai? –Eu o ouvi dizer, os olhos ainda fechados. Assustada, eu sai pela porta.

-Des-Desculpe! – A vermelhidão tomando conta do meu rosto. Ouvi uma risada.

-Não há nada aqui que você não tenha visto Bella. –Ele disse enquanto eu ainda estava fora do banheiro. Adentrei lentamente o banheiro olhando para um ponto fixo no chão. Eu não queria encará-lo. Edward sorriu.

-Quer tomar banho comigo? –Meu coração quase parou com o convite.

-Eu... Eu não... –Meu corpo tremeu. Meus olhos fixos no chão. Estava atordoada.

-Bella, olhe para mim. –Novamente Edward me dava à ordem. O olhei ficando tão rubra quanto um tomate, Edward deu um meio sorriso. Tentei fixar meus olhos em seu rosto.

-Eu tomo depois de você. Um banho é um momento de privacidade e...

-Não me importo de ter minha privacidade sendo invadida por você. –Ele abriu o Box de vidro e esticou sua mão para mim. –Vamos. Assim poderemos sair mais cedo pela cidade.

“Ou não!” - Eu pensei tentando conter o riso. Se eu entrasse naquele chuveiro com Edward nu a poucos centímetros de mim eu iria me entregar.

Retirei o roupão que usava rapidamente pendurando este próximo ao roupão de Edward. Procurei olhar para qualquer canto, mas pela minha visão periférica podia ver os olhos de Edward fixos em mim, em cada parte do meu corpo. Segurei sua mão e Edward rapidamente puxou-me para dentro do Box, fechando o mesmo assim que passei. Pude sentir, sem mesmo tocar na água do chuveiro, que esta deveria estar fria. Abracei-me olhando com desgosto para a água.

-O que foi? –Edward perguntou colocando suas mãos quentes em minha cintura. Endureci.

-A água está fria! –Balbuciei tentando não deixar meu queixo estremecer. Verdade seja dita eu tremia pelas mãos de Edward e não pelas minhas suposições acerca da temperatura da água. Edward pressionou seu corpo ao meu levando-me com certa resistência por minha parte até debaixo do chuveiro. Eu me encolhi, a água estava fria.

-Edward! –Esbravejei virando-o para encará-lo por alguns segundos e depois me encolhendo em seus braços. Edward abraçou-me para tentar me aquecer. Mal ele sabia que pelo simples fato de dividirmos o banheiro eu já estava aquecida. Ficamos nus, molhados, abraçados tentando aquecer um ao outro. A água do chuveiro chocava contra a nossa pele. Edward beijou o topo da minha cabeça enquanto eu o beijei no pescoço, o calor de ontem tomando conta de nossos corpos. Ele estava excitado, isso era evidente. Eu também estava.

-Eu posso lhe dar um banho, se você quiser. –Edward disse puxando levemente meu queixo para encará-lo. Eu assenti fracamente.

Edward afastou-se um pouco, pegando uma esponja de banho e colocando na mesma sabonete líquido. Fiquei imóvel pensando se deveria correr ou não. Sentia como se a vergonha fosse fazer com que meu corpo perdesse a consciência a qualquer momento. Edward aproximou-se, seus olhos fixos. Ele inclinou suas mãos e suavemente ensaboou meu corpo, fiquei o mais quieta possível tentando conter as sensações que me assaltavam. Um ato intenso e Edward o fazia com aparente tranqüilidade embora sua excitação fosse evidente. Enquanto estava parada Edward ensaboou todo o meu corpo lentamente sempre mantendo seus olhos nos meus. Eu estava desnorteada, aquilo parecia com uma tortura. Por que ele não me tocava mais intimamente. Então me lembrei de seu aviso: ele queria que eu pedisse como fiz na noite anterior, ele queria que eu implorasse. Meu rosto se enrugou e Edward sorriu matreiro, ele sabia que eu sabia de suas intenções. Quando meu corpo já estava ensaboado fui para baixo do chuveiro me lavar, fiquei de costas para ele. Ouvi sua baixa risada. Depois de retirar todo o sabão Edward aproximou-se lentamente, colocou em meus cabelos shampoo. Ele os massageou enquanto olhava para mim, eu estava a ponto de enlouquecer. Ficamos bem próximos nos olhando enquanto as mãos de Edward massageavam meus cabelos. A sensação era inebriante!

Eu estava enlouquecendo. Por Deus, nunca quis tanto ser tocada por um homem como agora! Apenas Edward tinha esse poder sobre mim. Eu era agora testemunha do poder que ele tinha sobre as mulheres, mas isso não me fez feliz. Com quantas mulheres ele já havia agido assim? Fechei meus olhos para conter a súbita tristeza que me atingiu. Abaixei minha cabeça diante dele, Edward permaneceu calado até que se manifestou vendo minha relutância em olhá-lo.

-O que foi? –Ele ergueu minha cabeça e me forçou a encará-lo.

-Nada. –Desviei o olhar. Suas mãos ainda em meu couro cabeludo, mas desta vez ele não estava apenas ajudando-me a lavar os cabelos. Ele estava acariciando os mesmos. Olhei novamente pare ele.

-Parece aborrecida com algo. Está assim por que eu não irei ceder? –Eu não parecia divertido ao fazer essa pergunta, mas curioso. Eu não diria a ele que fui tomada pelo ciúme das outras mulheres que experimentaram estar com ele tão intimamente como eu estava.

-É... Acho que terei de ceder. O que não faço freqüentemente. –Ouvi seu riso e o encarei sem entender sua afirmação. Edward aproximou-se lentamente, suas mãos em minha cintura apertando-me contra seu corpo. Seus lábios procurando os meus, o que não demorou muito. Experimentei me deixar levar, ignorar as preocupações que me cercavam. Os lábios dele eram tão macios, agora levemente adocicados. Suas mãos passeavam pelas minhas costas nuas e ele empurrava-me com certa urgência para dentro do chuveiro. Minhas mãos em sua nuca, massageando-a. Não demorou a Edward inclinar-se um pouco me suspendendo pelas cochas até que meu quadril se encaixasse em seu colo. Nossos lábios beijando-se com violência quase provocando um ferimento no outro. Tudo foi rápido ou devagar demais, a única coisa que podia medir o tempo eram os gemidos que saiam de minha garganta, ou da garganta de Edward.

-Isso está bom! –Murmurei enquanto comia a comida ofertada por Edward. –Aliás, onde vamos hoje? –Perguntei sem coragem para fitá-lo. Era difícil olhar para ele depois de tudo o que tínhamos feito. As lembranças da noite de ontem e de agora a pouco tão vívidas!

-Vamos passear por toda Camp. Mostrarei todos os pontos turísticos, ou pelo menos a maioria. Se não der para visitar todos hoje visitaremos amanhã. –Ele falou lentamente enquanto olhava o jornal.

-Não precisamos ver tudo em dois dias. Podemos organizar melhor o passeio para ir a um ponto turístico todo o dia.

-Não acho uma boa idéia. Sabe... –Ele me olhou com malicia. –Eu vou mantê-la muito ocupada entre quatro paredes. –Eu estremeci. Peguei uma laranja ao meu lado dentro de um cesta de frutas e taquei em Edward com certa violência.

-SEU TARADO! – Edward riu de minha atitude explosiva.

-Para com isso. Eu estou brincando! –Ele olhou-me com um olhar intenso. Eu soube que ele dizia através do olhar “ou não.”.

-Ah eu tenho que comprar alguma coisa para presentear meus pais, Angela e Jacob. Assim ficará claro que realmente estive aqui. – Edward pareceu mostrar algo como aborrecimento em seu semblante ao citar o nome de Jacob, isso não passou despercebido por mim. Ou talvez fosse apenas a minha imaginação querendo ver Edward com ciúme de Jacob.

-Passamos em alguma loja. Isso não será problema.

-Eu vou arrumar uma bolsa com os pertences que terei que levar. –Eu me levantei rapidamente indo para o quarto. Felizmente havia trazido uma bolsa de praia, usei-a. Coloquei um biquíni, uma toalha, protetor solar e labial, dinheiro, um calção para Edward (hoje eu o faria nadar comigo sem apelar para o afogamento) e meu celular. Ao pegar o aparelho notei que Jacob havia me ligado. Decidi retornar a ligação a fim de não causar suspeita. Ele atendeu prontamente.

-Jake?

-Oi Bella. Fico feliz que tenha retornado minha ligação. E então... Como está sendo em Camp com sua amiga?

-Está tudo bem. Vamos sair daqui a pouco. Não posso falar muito. Como você está Jake?

-Estou bem e você?

-Estou bem também.

-Sabe, eu estava pensando em ir para Camp. Seria bom vê-la. Pode me passar o endereço de sua amiga? –Estremeci. Não imaginava que passaria por uma situação como esta visto que consegui despistar meus pais.

-Sabe o que é Jake eu... Eu não sei o endereço de cor. Posso passá-lo mais tarde?

-Bella, você poderia perguntar a sua amiga. Ela está por perto?

-Não. Ela está em algum lugar de casa. Passo o endereço mais tarde, tudo bem?

-Está bem. Divirta-se e cuidado.

-Você também primo! –Desliguei rapidamente o celular. O que eu faria? Não poderia manter o celular ligado. O desliguei deixando-o dentro de minha mala. Depois pensaria em como contornar a situação.

-Bella, está pronta? – Edward apareceu diante da porta do quarto. Assenti fracamente desejando que ele não percebesse o que se passava.

Jacob desliga o celular, sua suspeita havia se confirmado. Fechou pesadamente os olhos. Uma decisão a ser tomada que poderia lhe custar muito caro. Olhou novamente para o celular em suas mãos. Discou o número que não queria discar.

-Alô? Tia Renée?


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Notas finais do capítulo

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