Desconstruindo Mycroft escrita por Sparkles


Capítulo 7
Um propósito na vida


Notas iniciais do capítulo

Eu queria ter falado isso há muito tempo, mas eu esqueci, pra variar, então aqui está. Se vocês quiserem um incentivo pra imaginar como o Greg é, eu achei uma foto do Rupert Graves novo, nesse endereço http://media.tumblr.com/tumblr_m1trgtMnVL1qbweu2.png
Okie dokie, agora vamos ao capítulo. c:



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Eu posso até imaginar a cena. A avaliadora pega uma xícara de chá e sorri porque seu trabalho está feito, ela conseguiu fazer com que Mycroft Holmes arranjasse um amigo. E o que ela faz depois? Libera ele da tarefa de escrever? Não! Ela mantém a tarefa.

Sério, por que eu ainda estou fazendo isso?

De qualquer maneira, a semana continuou bem normal. Os únicos tempos de aula que eu tinha junto com Greg eram aquele de Biologia, um de Literatura na quarta e Química na quinta. E agora a maldita aula de futebol. Ainda não tínhamos muito assunto. Ele falava das coisas que ele mais gostava sobre a escola nova e eu falava sobre tudo que eu odiava aqui. Às vezes ele demorava pra responder as coisas, e eu sempre tinha uma opinião formada na ponta da língua. Exceto por uma vez no recreio de sexta-feira, quando ele perguntou o que eu queria ser quando crescer.

“Eu não sei, sinceramente” eu respondi depois de uma longa pausa.

“Como não sabe?” ele teve um ataque “Mycroft Holmes, o senhor-eu-tenho-uma-resposta-pra-tudo não sabe o que quer ser quando crescer?!”

“Que diferença faz?” dei de ombros “Pagando bem...”

“Ultraje!” ele teve outro ataque “O que você faz define você! Tem que ser algo que complete o vazio da sua existência!”

“Calma, Shakespeare, é só um emprego” eu disse, achando graça.

“Nada disso, eu preciso te ajudar a descobrir seu trabalho dos sonhos. Ou eu não me chamo Gregory Lestrade!” ele bateu na mesa.

Ok, agora eu estava assustado.

Deu a hora da educação física e eu fui me trocar no vestiário. Eu odiava ter que usar aquele uniforme. Queria que eu nunca fosse visto em público usando shorts.

Ao contrário de mim, o uniforme caía como uma luva em Greg, ele parecia menos magrelo.

Mal começamos o aquecimento e eu já suava rios. Para finalizar essa primeira parte, o professor nos mandou correr em volta da pista, e lá estava eu, me arrastando, quando Greg me puxou pelo braço.

“Que pensa que está fazendo?” falei, em protesto “Onde estamos indo?”

“Vamos encontrar seu propósito na vida, Mycroft” ele falou “Agora corre, eles não vão dar pela nossa falta”.

E então fomos até a sala de música. Eu estava achando aquilo tudo muito estranho, mas não reclamei de nada, pois tudo o que eu queria naquela hora era um ar condicionado bem gelado.

Passamos direto pela turma que estava tendo aula. Sherlock estava lá, mas ele não me viu. Menos mal, senão ele iria contar pra mamãe que eu estava matando aula.

Quando chegamos à ala dos instrumentos, Greg parou.

“Pronto, é aqui” ele disse, parecendo satisfeito com o que estava fazendo "Vamos formar uma banda!”

Nunca revirei os olhos com tanta força.

“Isso não é sério, é?” perguntei.

“Seríssimo” ele falou, me entregando um contrabaixo.

“Eu não toco isso” falei, examinando o instrumento.

“Mas você toca violoncelo, o que é praticamente a mesma coisa, só que sem o arco” ele disse, pegando um violão para si “Além de que o som do baixo é mais grave.”

“É uma péssima ideia, Gregory.”

“Não, isso é divertido, vai ser bom pra você.”

Como não tínhamos nenhuma partitura por ali, Greg resolveu ligar o rádio para tentar pegar de ouvido os acordes de alguma música aleatória. Eu estava odiando aquilo tudo.

Acontece que o volume do rádio estava muito alto e o som que saiu dali foi estrondoso. Todas as pessoas da aula de música vieram ver o que estava acontecendo.

Acabamos na diretoria e fomos punidos com aula no sábado. Fiquei irritado. Fim de semana era algo precioso demais para mim.

Greg ficou comigo esperando Sherlock no portão cinza.

“Veja pelo lado bom, pelo menos nós vamos vir pro colégio no sábado juntos!”

“Isso é o lado bom?” suspirei.

“Ah, olha lá seu irmão” disse Greg, apontando. Andamos até Sherlock e fomos os três caminhando.

“Aula no sábado não é tão ruim. Eu já ganhei essa punição.” Sherlock falou, de repente.

“E o que você fez de tão grave? Você é tão pequeno” observou Greg.

“Eu não fiz nada.”

“Ele jogou um globo ocular na mesa da professora” respondi.

“Onde ele arranjou um globo ocular?” Greg parecia assustado.

“Já disse que foi um acidente, Mycroft, ele escorregou da minha mão” Sherlock protestou.

“Por que vocês tinham um globo ocular em casa?”

“Mentira, você confessou que fez isso porque estava entediado!” encarei meu irmãozinho.

“Eu continuo dizendo que foi um acidente.” Sherlock deu de ombros.

"Um globo ocular de verdade? Gente, isso não é normal."

Continuamos nesse ritmo até chegarmos às nossas respectivas casas. Levarei uma bronca da minha mãe e outra da avaliadora, esplêndido. Pelo menos eu não tive que fazer educação física hoje.


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Notas finais do capítulo

E então? Nha, estou curiosíssima para ver seus comentários! Acho que já tá na hora de trazer algum conflito pra essa história, hmm, não sei. Enfim, até o próximo capítulo. :D



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