A nova garota escrita por Ahelin


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Desculpa gente, pela demora e pelo capítulo pequeno, mas eu não tive tempo mesmo. Minhas primas vieram me visitar/tirar o meu sossego e agora eu é que estou na casa delas.



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Eu achava que já tinha contado a Nico a coisa toda sobre a minha maldição... Mas não tinha. Ou ele tinha esquecido? Engraçado, o que ele precisava esquecer (como o fato de eu quase tê-lo matado uma vez) ficavam gravadas na memória para sempre.

Vida injusta.

(n/Aut: Para de reclamar, tem muita gente sendo oferecido como tributo e você fica aí reclamando da sua vida.) (n/Julie: Se eu parar de reclamar, eles vão parar de ser oferecidos? Não. E, falando em tributo... Finn, cadê você?) (n/Finnick: Tô aqui. Quer um cubo de açúcar?) (n/Julie: Ah, quero si...) (n/Nico: Não, ela não quer um cubo de açúcar. Podemos continuar, por favor?) (n/Aut: Nikito tá com ciúmes?) (n/Nico: Retira. Isso. Agora. Não estou com ciúmes. E NÃO ME CHAME DE NIKITO!) (n/Julie: Credo, gente. Que mau humor. Vamos parar com isso? Nico, o que deu em você?) (n/Nico: N-nada. Vamos continuar ou não?) (n/Julie: Okay.)

Quando nos cansamos de andar, ele começou a montar acampamento. Por incrível que pareça, apesar do calor do dia, estava ficando frio.

Nico fez uma fogueira e eu me sentei perto dela, esfregando as mãos. Mentalmente, risquei mais um dia no meu calendário. Fiquei até assustada quando me dei conta de que já tinham se passado três dias...

- Hoje é dia sete. - Falei para Nico. Ele concordou com a cabeça e veio sentar perto de mim. Oh meus deuses, ele veio sentar perto de mim! Preciso parar com isso. Nem sei o que eu gosto nele, é tão besta, e bonito, e... Oh meus deuses de novo. Eu realmente preciso parar com isso.

- Que pena. - Disse por fim. - O que será que os garotos de Hefesto aprontaram na praia esse ano?

E lá estava ele. O assunto dos fogos. Eu estava tentando evitar isso, acho que havia ficado triste por não tê-los visto.

Desconversei rapidamente, buscando uma manga no cesto. Nico fez a mesma coisa e logo mudou de assunto, dizendo:

- Sabe, quando eu sair daqui, a primeira coisa que vou fazer será comer um hambúrguer bem gorduroso. - Ele levantou um pouco a voz. - Ouviu isso, Deméter? Bem gorduroso!

- Credo, você faz ideia de quantas calorias isso tem? - Perguntei com tom de patricinha. - Oh meus deuses, meu cabelo está parecendo um ninho de rato! - Reclamei, e Nico pareceu confuso. - Quem estou imitando?

- Drew? - Chutou. Eu assenti, e ele riu muito. - Já estava ficando com medo de você. Agora é minha vez. - Ele respirou fundo e fez uma cara amarrada. - Vou chutar a cara do desgraçado que roubou minha lança. Stoll! - Terminou, praticamente gritando.

- Ahn... Clarisse. - Caímos na gargalhada, parecendo duas hienas histéricas/hienas histéricas bêbadas.

Não me lembro bem de quem ficou com o primeiro turno. Só o que sei é que em algum momento da noite a jaqueta de Nico foi magicamente parar nos meus ombros.

*****

"8 de julho" pensei no dia seguinte. "Feliz aniversário, Marta."

Era engraçado como a maioria dos meus conhecidos fazia aniversário em julho. E era doloroso lembrar do aniversário de minha mãe dessa maneira...

Não tinha como saber que horas eram, sem iluminação nenhuma exceto uma tocha que Nico acendeu. Mesmo com ela, eu não conseguia enxergar nada além de um palmo do meu nariz, e acho que foi por isso que eu acabei caindo em um buraco enorme.

Isso mesmo, eu estava andando e caí em um buraco que tinha uns quatro metros. (n/Aut: Parabéns, Julie! Pra que servem esses dois faróis na cara que você chama de olhos?) (n/Julie: Aposto que você cairia também e quebraria a cara!) Por sorte, escorreguei pela lateral e não tinha nada quebrado quando atingi o solo. Mas ainda assim doeu.

- Ei! - Nico gritou de lá de cima. - O que você está fazendo?

- Tomando chá! - Gritei de volta. - O que você acha? Eu caí, obviamente! Vai achar um jeito de me tirar daqui!

- Seja boazinha. - Cantarolou.

- Por favor!

- Tá, já volto. - Disse isso e sumiu. Devo ter ficado mais ou menos uma hora sentada lá, e nesse tempinho descobri que meu pulso estava bem melhor. Provavelmente por causa do néctar que Nico tinha me dado (lê-se enfiado à força na minha boca) mais cedo. Já estava me cansando de esperar quando ouvi um bater de asas acima de minha cabeça. Ou Nico tinha aprendido a voar, ou tinha algum monstro vindo atrás de mim. E eu tinha um leve pressentimento de que a segunda alternativa era a correta.

- Pagamos nossas dívidas, garota. - Uma voz esganiçada disse. - E encontramos sua árvore.

Semicerrei os olhos e vi que era uma harpia, mais precisamente Aelo. Ou Celena, não lembro bem. Ela passou as garras em volta de meus braços. Assim, eu estava subindo e vi Nico me esperando, com um sorriso triunfante no rosto.

- Encontrei umas amigas suas no caminho. - Ele disse simplesmente. - Agora, por favor, podemos continuar caminhando?


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Notas finais do capítulo

Ficou minúsculo, eu sei, me desculpem mesmo. Prometo que assim que der eu posto um capítulo de tamanho decente.
Gostaram? Comentem!