Apenas me escute - Dramione escrita por Lina Oliveira


Capítulo 1
Capítulo único - Apenas me escute.


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal!
Sou eu, a Dreaming Girl, da fanfic "Romeu e Julieta- Draco e Hermione".
Bem, eu vi uma imagem de Dramione e achei muito fofa. E a partir dessa imagem, uma fanfic inteira, de apenas um capítulo, surgiu em minha mente.
Essa imagem, inclusive, é a capa da fanfic.
Espero que gostem.
Beijos,
Dreaming Girl.



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Paz.

Era exatamente disso que eu ansiava. Precisava. Necessitava.

Por quê?

Simples!

O namoro de Rony e Lilá me incomoda. Eu o amo e aquele vegetal nem percebe. Aquele namoro meloso é nojento e dá vontade de vomitar.

Harry anda me consolando e me ouvindo desabafar, mas agora ele está centrado em cumprir a missão que Dumbledore deu a ele e não tem muito tempo para dar seu ombro amigo.Gina começou a andar Dino, seu namorado, e não anda com muito tempo para ficar com os amigos.Então ando bem sozinha.

Uma noite, saindo do Salão Comunal, fui caminhando até o corujal para mandar uma carta para meus pais. Nela, havia dito que aqui em Hogwarts estava tudo bem e mandava lembranças aos dois. Caminhei e caminhei, até que cheguei ao meu destino. Procurei uma coruja acordada, mas foi meio difícil, já que maioria estava adormecendo. Quando achei, lhe falei para entregar ao Sr. e Sra. Granger e o endereço. Então, a coruja voou para longe.

Livre e solitária.

Igual a mim.

Mas a única diferença era que ela não amava um vegetal que namorava uma sem-noção melosa.

Ouvi um barulho baixo vindo da escada e me virei, a tempo de ver Rony e Lilá se agarrando. Os dois estavam num beijo meloso, e a cara de Rony era como se o beijo fosse algo demais naquele momento. Como estava de olhos abertos, assim que Lilá ficou de costas para mim, Rony me viu e seus olhos arregalaram-se.

– H-H-Hermi-mione? - gaguejou, desgrudando a boca de de Lilá.

– Oh! Enfim os dois perceberam que havia companhia.

– Por Merlin, Granger! Será que pode sair daqui? - aquela menininha ridícula disse irritada. Rony me olhava espantado e Lilá com ódio.

– Claro que vou sair. Mas não porque você pediu, e sim porque não quero ver os dois se agarrando e grudados, como se fossem um só.

– Isso é ciúme! - gritou Lilá agarrando o pescoço de Rony, que me observava em silêncio.

– Pelo contrário, é nojo! - respondi e saí correndo, fazendo questão em bater meu ombro no de Rony, como no primeiro ano.

Lágrimas quente escorriam por meu rosto e caíam sobre meu suéter. Apertei mais meu livro que eu tinha comigo, porque pensei em lê-lo no corujal, no silêncio e na paz, mas não foi possível. Olhei para frente, até então eu estava correndo de cabeça baixa, e vi que meus pés me levaram até a Torre de Astronomia.Ela estava escura. A brisa fraca fazia meus cabelos dançarem. Mas um friozinho não deixava de existir.

Larguei meu livro no chão e ergui a varinha, fazendo surgir graciosos pássaros ao meu redor. Eles eram amarelos e pequenos. Não paravam de voar em círculo, me rodeando em silêncio. Sentei no chão, perto de meu livro, e o abri na parte em que tinha parado. Peguei a varinha e murmurei:

– Lumos maxima.

Na ponta da varinha, surgiu a luz que eu precisava. Foleava e foleava o livro, mas não conseguia lê-lo direito. Só me passava pela cabeça o beijo entre Rony e a maldita da Lilá. E sem perceber, voltei a chorar em silêncio. Coloquei minha varinha no chão, de frente para mim, permitindo que a luz viesse diretamente para meu corpo que tremia pelo choro e pelo frio. O choro foi ficando mais forte, a partir das lembranças dos beijos nojentos dos dois pombinhos apaixonados, e cheguei a ponto de soluçar. Abracei os joelhos e me encolhi, querendo sumir.

– Granger? - ouvi uma voz masculina perguntar meu sobrenome. Não reconheci a voz, por ela estar rouca e isso a deixava... Sexy?

– Quem está aí? - perguntei ficando de pé.

Uma figura mais alta que eu surgiu da escuridão. Com o pé, empurrei um pouquinho a varinha, para iluminar o garoto, mas não adiantou, pois só me permitiu ver que seu corpo era magro e alguns músculos se destacavam. Usava uma camisa de gota alta preta e uma calça de moletom cinza.

O garoto se aproximou mais da luz e então percebi quem era: Draco Malfoy.

Então a voz rouca e sexy era do Malfoy?

– O que faz aqui... Sangue-ruim?

– Nada de seu interesse doninha. Achei que estivesse sozinha.

– Percebi. Chegou chorando em silêncio e agora pouco estava soluçando.

– Quer saber? Vou embora.

– Por que estava chorando? - perguntou em tom preocupado, o que me surpreendeu, enquanto eu fechava meu livro e pegava minha varinha.

– Não é de seu interesse.

– Não, mas eu quero saber.

– Intrometido... - murmurei.

– Aposto que é pelo Weasley e pela Brown.

– Não enche.

– Oh! Vejo que aceitei em cheio. Está se mordendo de ciúmes da Brown com o Weasley. Sinceramente Granger, o Weasley? Aquele traidor de sangue pobretão?

– NÃO FALE ASSIM DELE! - gritei e me virei para ele.

– Ui, ela ficou bravinha.

Não aguentando mais, virei as costas para Malfoy e abaixei a cabeça, apoiando o queixo no meu livro entre os braços e a varinha na mão.

– Está andando de forma errada. - ele disse simplesmente, quando comecei a descer as escadas.

– Como? - perguntei virando-me para ele.

– Sua postura. Não está certa.

– Primeiro você me chama de sangue-ruim, o que eu até tolero. E agora me vem com essa? Vai pro inferno Malfoy! - gritei irritada.

– Não é do jeito que você está pensando. Você está com a cabeça abaixada. E nenhuma dama anda com a cabeça baixa. Uma verdadeira dama anda de cabeça erguida, queixo para cima, postura ereta e com um belo sorriso no rosto.

– Isso é um elogio? - eu estava impressionada. Desde quando Malfoy fala desse jeito comigo?

– Digamos que sim Granger. Eu deveria elogia-la em vez de humilha-la e critica-la.

Eu estava perplexa. Draco Malfoy dizendo aquelas coisas era... Impossível!

– Quem é você?

– Como...

Quem é você?– gritei.

– Draco Malfoy!

– Claro que não! O Malfoy NUNCA diria essas coisas. Nem precisa conhecer ele para saber. Basta olhar para a família Malfoy e verá como é o filho.

– Granger! Pare! Sou o Malfoy! Será que agora não posso nem tentar te elogiar e ser sincero?

– Não! Porque o Malfoy não faria isso.

– Faria sim. E estou fazendo isso agora. - ele foi chegando mais perto, até que me encurralou. Eu estava entre a parede e ele.

Malfoy ficou olhando em meus olhos e por vezes seu olhar seguia cada traço de meu rosto, inclusive minha boca.

– Você parece uma boneca de porcelana. Tão bela, tão frágil, tão delicada... Tão perfeita. - ele olhou em meus olhos.

Fiquei parada, apenas assimilando tudo o que ele dizia e pensando que aquilo era um sonho... Não! Com o Malfoy seria um pesadelo!... Não é?

– Se afaste. - pedi com a voz tremula.

– Apenas me escute.

Ele aproximou sua mão de meu rosto e a outra de minha mão, que estava com a varinha, caso ele tentasse algo.

– O que você quer? - perguntei com medo.

– Quero que apenas me escute.

– Então diga de uma vez.

– Desde o terceiro ano, quando você me deu aquele soco, eu comecei a nutrir sentimentos por você. Mas, eu não podia simplesmente amar você. Você é a filha de trouxas da Grifinória e eu o sangue-puro da Sonserina. Você é a sabe-tudo e eu a doninha. Nunca daria certo. Mas isso não foi desculpas para eu acabar com esse sentimento.

Eu estava confusa e perplexa. Mas deixei com que ele continuasse:

– Minha amortentia cheira a livros, lavanda e shampoo de camomila. Reconhece esses cheiros?

Olhei em seus olhos azuis acinzentados e assenti de leve.

Era omeucheiro.

– Nas aulas de poções, eu tenho a breve desculpa de copiar seu modo de preparar tal poção para olhar para você. Mesmo não podendo, mesmo não querendo, eu te amo Hermione. Eu só te insulto para chamar sua atenção. E eu queria apenas dizer isso a alguém, mas não posso, então, que mal faria dizer isso àquela que eu amo?

Draco passou o polegar ao redor de meus lábios e sussurrou:

– Eu te amo Hermione. Só queria que soubesse disso... Antes de eu ter que fazer aquilo que o Lorde das Trevas me obrigou. Antes de fugir de Hogwarts e só voltar na futura Guerra Bruxa. Antes que algum de nós possa morrer.

– Como assim?

– O Lorde das Trevas me obrigou a matar o Dumbledore. E se ele não morrer, eu e minha família morreremos. Eu apenas me tornei um Comensal para salvar a minha família. Você-sabe-quem diz que odeio mestiços e nascidos trouxas, mas se você for pensar, ele mesmo é um mestiço. Eu apenas quero a segurança de quem eu amo, e você está incluída nessa lista.

– Quem te garante que não vou contar a ninguém?

– Ninguém. Quero que saiba a verdade. Que eu te amo muito e tenho essa tarefa horrível. Confio em você.

– Não vou contar a ninguém.

– Obrigado...

Meus olhos estavam marejados. Ele tinha a tarefa de matar Dumbledore, mas ele não queria... E Draco me amava.

– Eu queria corresponder seu sentimento. - falei com sinceridade.

– Não queira amar um possível futuro assassino. Mas eu amo você Hermione. Quero você segura e viva. E é isso que importa. Eu te amo minha pequena.– ele sussurrou a última parte.

Olhando em meus olhos, seus lábios se encontraram com os meus por um breve momento. Mas de qualquer maneira, foi um beijo leve, gentil e apaixonado. Apenas um selinho, mas para mim, um beijo sutil e doce.

Fechamos os olhos para aproveitar aquele momento único.

Seus lábios eram frios, mas me esquentavam por dentro.

Suas mãos se encontravam em minha mão e na lateral de meu rosto.

Lágrimas salgadas de tristeza e amor eram compartilhadas durante o beijo.

E o brisa fria não podia esfriar o calor que o corpo dele transmitia ao meu.

E os pássaros pequenos, graciosos e amarelos agora sobrevoavam a nós dois.

E a lua e as estrelas faziam um ótimo plano de fundo.

E as lembranças de Rony e Lilá naquele beijo meloso e forçado não eram o que realmente importava.

E sim que Draco me amava, não importasse o que diriam, não importasse o que aconteceria. Ele queria a minha segurança. E eu misteriosamente queria a dele. E estávamos compartilhando nossos primeiro, último e único beijo juntos.


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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO EXTRA NESTE LINK: http://fanfiction.com.br/historia/465566/Capitulo_extra_de_Apenas_me_escute_-_Dramione/



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