Quebrando as correntes do destino escrita por Jose twilightnmecbd


Capítulo 34
Dona Esme....


Notas iniciais do capítulo

POV Edward



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Edward

Estou na cozinha da casa grande, passando geleia no pão caseiro de Renée quando escuto o grito. Não preciso pensar muito para saber de onde vem. É do quarto da madrinha. Largo tudo em cima da mesa e corro casa à dentro. Subo as escadas de dois em dois degraus e paro quando chego à porta do quarto de Dona Esme.

Não sei quem acudo primeiro, se Isabella ou madrinha. Fecho os olhos e sigo em direção à madrinha. Ela está no chão e Isabella aos prantos, prostrada sobre ela.

─ Isa... Sinhazinha, por favor. – Tento empurrar gentilmente os ombros de Isabella.

Alice vem em meu socorro e puxa os ombros de Isabella conseguindo afastá-la um pouco. Pego o corpo mole de dona Esme nos braços e noto que respira fracamente. Olho em volta e todos os escravos da casa estão dentro do quarto, menos Renée.

─ Emmett, pegue um vidro qualquer de perfume sobre a cômoda! – grito e ele rapidamente traz o vidro até mim. – Um lençol! – Sue puxa um lençol da cama e me entrega. – Emily, mande chamar o doutor Aro, rápido! – Emily sai esbaforida do quarto.

Quebro o vidro batendo com ele no chão. Aperto o lençol absorvendo todo o liquido e levo o pano embebido ao nariz da madrinha. Tem de funcionar. Dona Esme dá um suspiro mais forte e abre os olhos lentamente. Graças a Deus! Eu penso e escuto também os murmúrios atrás de mim.

─ Mamãe! – Isabella parece sair de um transe ao ver sua mãe abrindo os olhos. As lágrimas escorrem sem parar por seu rosto. Meu coração fica apertado.

─ O que houve? – dona Esme pergunta quase sussurrando.

Levanto-a nos braços e caminho até a cama. Sue ajeita as cobertas e eu a ponho deitada delicadamente. Percebo agora o quanto ela está ossuda. E leve. Ainda mais leve que Isabella.

─ A senhora desmaiou, madrinha.

─ Mamãe, como a senhora está? O que está sentindo? – Isabella de repente parece tão jovem e infante, que quase perco o ar.

─ Eu... estou bem. – ela tenta sorrir.

Não sei a quem ela está querendo enganar.

─ O que foi todo esse barulho? – perguntam da porta.

Olho e vejo a senhora Jéssica. Parece tão mais velha ao acordar. Está de vestido de dormir, tem uma touca na cabeça e marcas de dormida. Quando me vê, arregala os olhos e puxa a touca. Era melhor tê-la deixado lá. O cabelo lembra uma juba todo embaraçado, os cachos desfeitos e emaranhados. As crianças aparecem sonolentas e chorosas por entre suas pernas. São lindas. A menina tem cabelos tão loiros que são quase brancos, lisíssimos. O menino, também loiro, tem os dele espetados para todos os lados.

─ Sue? – Isabella chama já quase recomposta. – Por favor, leve as crianças da senhora Jéssica para o desjejum. Alice, ajude-a, por favor.

Sue e Alice pegam, cada uma, uma criança e a senhora Jéssica se aproxima ajeitando o tempo todo o cabelo e passando os dedos para limpar os cantos da boca.

─ Estou bem minha querida, só um mal estar matutino.

─ Escutei gritos e vidros quebrando, fiquei assustada. – Jéssica fala com sinceridade. Ela exala um cheiro de fumo enjoado.

Isabella olha para mim e é incrível como sei exatamente o que ela quer saber sem que abra a boca.

─ Já mandamos chamar o doutor Aro, em poucos minutos estará aqui. – digo tirando os olhos de Isabella e sorrio para a madrinha.

─ Não era preciso...

─ Era sim, mamãe. Não sairemos daqui enquanto ele não chegar. – se adianta Isabella.

Isabella segurava a mão de dona Esme de um lado e eu do outro. Senhora Jéssica cruzou os braços, estava ao meu lado, próxima à cama também e sem que eu precisasse olhar para ela, sabia que ela de alguma forma estava nos avaliando. A mim e a Isabella. Ela era experiente, poderia pegar algo no ar sem muito esforço. E eu não podia negar que a tensão entre mim e Isabella era algo quase palpável. Uma corrente elétrica poderosa e multicolorida que era óbvia em nossas trocas de olhares. Olhares cúmplices, que diziam muito mais do que qualquer vocabulário em toda língua poderia dizer.


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