Marina estava aproveitando este belo final de tarde para dar uma volta pelo bairro. Ela andava distraída quando de repente vê, do outro lado da rua, sua amiga Cascuda correndo e chorando sem parar. Preocupada, Marina resolve seguir rapidamente a amiga que parecia não a escutar, mas na verdade, só queria mesmo era ficar sozinha, deitada na sua cama chorando. Cascuda chegou em sua casa batendo a porta. Preocupada, sua mãe pergunta se está tudo bem, mas a outra nem dá bola, apenas sai correndo em direção ao seu quarto, seguida por Marina que entra depressa na casa.

– Marina, você sabe me explicar o que aconteceu com a Maria Cascuda?

– Na verdade não, senhora! Eu acabei de ver ela na rua desse jeito e resolvi segui-la para saber o que está acontecendo.

Sem demorar, Marina chegou no quarto da amiga que estava deitada em sua cama aos prantos. A outra, batendo na porta disse.

– Ei, Cascuda! Sou eu, a Marina, sua melhor amiga. O que é que tá pegando?

Cascuda a princípio não queria falar nada, apenas ficar quieta no seu canto, mas achou melhor desabafar o que estava acontecendo com Marina, afinal, amigas são para todos os momentos. Ela explicou tudo o que tinha acontecido, e Marina, com seu jeito meigo, foi tentar achar uma solução que não deixasse sua amiga pior do que estava.

– Terminou com o Cascão? Você não acha que foi precipitada demais? Os meninos são assim mesmo, as vezes, nos esquecem para dedicar seu tempo aos hobbies. Olha só o Franja, que vive me largando de lado para ficar com os experimentos dele! Sabe do que você precisa? Descançar, se acalmar e ter uma conversa amigável com o Cascão amanhã.

– Você tem razão, snif! Eu troquei os pés pelas mãos, não devia ter falado daquele jeito com ele.

– Então bora lavar esse rosto e preparar algo pra comer que me bateu aquela fominha de fim de tarde. - disse Marina de forma engraçada fazendo sua amiga rir.

Do outro lado da rua, na casa do Cascão, seus pais se preparavam para sair para um jantar da empresa onde Senhor Antenor trabalha.

– Você tem certeza que vai ficar bem, filinho?

– Tenho mãe, não sou mais criança!

– Se ficar com fome já sabe, a comida está no fogão, é só esquentar.

– Vamos meu bem, estamos atrasados. Até mais tarde, filho. Se cuida.

– Tchau, pai.

Eles saíram. Cascão, que ainda estava abalado com o fim do relacionamento, resolveu deitar um pouco na sua cama para pensar, mas antes que começasse a subir as escadas, a campanhia toca.

– Ué, visita a essa hora?! Mas eu não estou esperando ninguém. Vai ver eles esqueceram a chave... - disse ele dirigindo-se à porta. Ao abrí-la, tem uma surpresa. - Mas o que você está fazendo aqui??

CONTINUA...