Anja Solitária escrita por Anlu


Capítulo 12
Hora do treinamento


Notas iniciais do capítulo

OIIIIII GENTEEEE!!!!(usando armadura e desviando de uma cadeira) DESCULPAAAAAAAAAAAAAAAA PELA DEMORA é que minhas notas foram um horror de chorar mesmo e fiquei sem pc para poder estudar muitooooo e melhorar minhas notas, mas me desculpemmm mesmooooo eu não queria ter demorado tanto, mas ai ta mais um capitulo. BOA LEITURA!!!



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Finalmente vou começar meu treinamento, mas pela cara de Teito vou acabar me dando muito mal.

— Para começar, levante aquela pedra e dê cem voltas pela clareira e depois vá ate o lago e carregue água nesses dois baldes até o outro lado, faça isso umas 200 vezes.— falou Teito com uma cara de poucos amigos e uma aura assassina a sua volta. "Acho que não vou voltar viva para casa hoje." pensei.

Fui até a pedra que ele apontou e ela tinha uns dez metros de altura e parecia ter mais de uma tonelada, mas se é para poder controlar meus poderes, que assim seja. Usei toda minha força para tentar no mínimo levantar aquela pedra, mas ela nem se moveu.

Depois de uns vinte minuto tentando levantar a pedra, me irritei, "como Teito quer que eu levante algo que é mais que o triplo do meu tamanho e peso, ele só deve tá louco" pensei.

— Filhos da mãe! — murmurei baixinho, indignada ao ver aqueles três rindo de mim, nas minhas costas. "Ah, mas isso não vai ficar assim!" pensei com uma cara bem traiçoeira e usei um pouquinho de energia, para não machucá-los "muito", e lancei no meio deles, e a única coisa que consegui ver foi que a pequena esfera explodiu fazendo Teito voar longe e bater numa arvore. Entrei em pânico, mas me acalmei quando vi que ele tinha se levantado sem nenhum ferimento.

"É agora que de dano!" pensei sentindo um frio na espinha. Teito veio a passos lentos na minha direção, com um sorriso macabro naquele rosto. Eu não consegui decifrar se ele estava apenas furioso ou muito furioso.

— A-N-L-U!!!! — disse ele pausadamente e começando a apertar o passo; e a cada passo que ele dava eu recuava dois. — VENHA AQUI SUA PESTE, VOU ACABAR COM TUA RAÇA!!!!! — bradou apertando o passo, e eu, como não sou boba, sai correndo, com ele berrando que a hora em que me pegasse eu ia ver só.

Eu nunca pensei que o Teito tivesse uma coordenação motora tão boa, eu corri para bem longe, cai várias vezes, me ralei toda, levantei, corri mais e ele nem um tropeção. "Que droga. Deste jeito ele vai me alcançar!" pensei morrendo de tão cansada, quando vi Ikuto estrebuchando no chão de tanto rir da minha cara. Ele e Natsume, que também ria descaradamente, fugiram quando eu lancei a esfera e por isso não se machucaram.

Como Natsume estava mais longe, eu corri para junto de Ikuto, que percebeu minha intenção, assentindo com um pequeno sorriso, secando as lágrimas do seu riso frouxo. "Agora não porque preciso da sua ajuda, mas ainda dou o troco, você não perde por esperar." maquinei na minha mente perversa.

Escondi-me atrás dele e esperei Teito aparecer de trás das arvores. Sua cara estava vermelha como tomate maduro de tanta raiva. Ele ofegava de cansaço, mas mesmo assim queria me pegar. Seu olhar assassino só me fazia pensar que se meu plano desse errado eu ia me lascar inteirinha. Ele olhou tudo a sua volta e quanto finalmente me avistou ele passou a mão no cabelo, tirando a franja suada de tanto correr da testa e caminhou na minha direção. Eu não tinha mais saliva para engolir a esta altura.

— Anlu, Anlu, Anlu! Você provocou, agora sofra com as consequências.

— Ora Teito, não sabe brincar de vez em quando? Cara feia causa rugas, você sabia disso? — debochei um pouquinho, tentando amenizar a raiva dele, mas minha piadinha só fez o Ikuto rir.

— O que você queria que eu fizesse? Olha só o tamanho daquela coisa que me mandou levantar! É tortura sabia, e tortura é crime no meu país! — disse apontando para a pedra. Ele parou de andar, mas continuou me encarando. Ikuto continuou a rir e Teito o encarou, fazendo-o cobrir a boca par abafar o riso.

— Você tem muita coragem para me fazer de bobo duas vezes no mesmo dia, e ainda mais parece ter bastante energia para conseguir correr tanto. — reclamou com cara de poucos amigos. — Então porque tem que reclamar tanto em fazer o treinamento? — repreendeu-me.

— Primeiro, você não precisa da minha ajuda para se fazer de bobo. Isso você já consegue fazer sozinho e segundo, a pedra é gigante e você quer que eu a levante e ainda saia correndo por ai como se fosse a coisa mais normal do mundo. — reclamei, mostrando-lhe a língua em seguida.

— HÁ, HÁ, HÁ!!!! — Ikuto não conseguiu mais se segurar, desatou na gargalhada e Natsume o acompanhou. Duas pestes de riso frouxo. "Tomara que façam xixi nas calças suas pestes!" pensei, e ai deles se pensam que eu vou lavar sua roupas sujas de terra, de tanto rolarem no chão.

Teito estava ficando roxo de raiva. Tremi na base. Meu plano de amenizar as coisas não deu muito certo. Eu e minha língua felina. Fiz ele ficar mais azedo. E como se não me bastasse para chutar o balde, aqueles dois piorando tudo. "Ah, eles me pagam!"

Corri até a Pedra fingindo que nada aconteceu. Era melhor eu retomar o treinamento antes dele me dar uma surra. Meu medo do Teito era tanto que fiz meu máximo, então, fazendo uso de muita força, a pedra finalmente se mexeu. E fui fazendo mais e mais força ate conseguir, depois de horas, tirar aquela *merd...* do chão. A cada passo que eu dava com ela sobre a minha cabeça eu só conseguia pensar que se eu espirrasse ia ser adeus Anlu, eu ia virar pasta de Anlu embaixo dela.

Eu caminhava a passos lentos e curtinhos, pela força demasiada que estava fazendo para mantê-la sobre minha cabeça e me concentrando ao máximo para não tropeçar, nem escorregar; mas Teito, que ainda estava bravo comigo, gritava a toda hora, mandando-me andar mais rápido e até a correr.

— DEIXA DE FRESCURA, ANLU. É PARA CORRER E NÃO FICAR DESFILANDO. ISSO É UM TREINAMENTO DE FORÇA, NÃO DE ELEGÂNCIA!

— Aiii... TÁ BOM! — berrei, correndo de um lado para o outro e como era de se esperar, meu corpo foi para frente, mas a maldita pedra pendeu para trás.

— AHHHH!!!! — Gritei tentando me equilibrar. Arregalei os olhos e meu coração disparou. "Morri" pensei, achando que ela ia cair sobre mim.

— BOW! ( tentativa fail do barulho da queda ).

O chão tremeu. Eu me tremia toda, estatelada no chão. Minhas costas doíam pela queda. A pedra caiu para trás, para minha sorte. Teito a empurrou com uma pequena rajada de vento evitando assim que eu morresse esmagada.

Foi assim que minhas dez horas de treino sem descanso findou, por uns cinco minutinhos, pois quando dei por mim Teito já estava parado na minha frente me mandando levantar.

— Chega de descanso! Levanta e vai pegar água! — ordenou jogando sobre mim os baldes com um pedaço de galho de árvore da grossura do meu braço e que eu deveria usar para carregar os baldes apoiando-o nos meus ombros. Eu me sentei e olhei para ele voltando para a pedra que estava sentado. Eu tive a sensação que ele estava aproveitando para se vingar de mim.

Eu já estava no meu limite. Eu estava cansada, machucada, não tinha um pedacinho se quer do meu corpo que não doía. Mas o pior de tudo era ter que ouvir as gargalhadas de Ikuto e Natsume. "Com amigos como esses quem precisa de inimigos." pensei enquanto enchia os baldes no riacho e os apoiava no pedaço de madeira sobre meus ombros.

Eu nunca imaginei que dois baldes cheios de água pudessem pesar tanto. Meus braços tremiam enquanto eu tentava levantá-los, assim como minhas pernas. Aquela maldita pedra acabou comigo, eu não conseguia levantar dois míseros baldes de água, pois eu mal conseguia sentir meus braços de tão doloridos.

Eu respirei fundo e com muito esforço eu consegui ficar de pé, mas no primeiro passo que dei escorreguei no chão molhado.

— SPLASH TCHÁ! ( outra tentativa fail do barulho da água caindo ).

Cai de costas de novo, desta vez com os baldes sobre mim. Me molhei toda e uma lasca do galho se soltou e cravou no meu rosto; preferi não tirar para evitar que sangrasse e que entrasse lama.

O tombo nem foi grave, foi cômico, tão cômico que até Teito riu. Em outro momento até eu teria desatado a rir de mim mesma, mas naquele minha reação foi o contrário. Eu estava cansada, dolorida, machucada e agora toda molhada, suja de lama até os cabelos e com um gravetinho enfiado até a metade no meu rosto, e ver os garotos rindo da minha cara me magoou, principalmente Ikuto. Não sei se meus ouvidos estavam mais sensíveis ao riso dele, mas parecia que ele ria mais alto que os outros dois, pois eu só conseguia ouvir as gargalhadas dele.

Levantei-me, enchi os baldes de novo, atravessei o galho entre suas alças, coloquei-me entre eles e os levantei, de novo, passei por onde estava enlameado com cuidado para não escorregar novamente e depois comecei a correr. A cada passo que eu dava uma lágrima corria meu rosto sujo de lama. Eu queria limpá-lo, mas não conseguia soltar nenhuma das minhas mãos do galho, toda vez que eu tentava o balde do lado solto pendia e eu tinha que segurar rápido para não cair de novo, e isso me deixava mais chateada. A vontade que eu tinha era largar os baldes e sair correndo para casa, longe daqueles três, mas aguentei, pois sabia que Teito fazia aquilo para que eu ficasse forte.

Eles devem ter percebido que eu estava chateada, pois em certo momento pararam de rir e ficaram olhando para mim, Natsume com cara de cachorro sem dono e Ikuto com cara de pena, como se eu precisa-se da pena dele. O único que não mudou de cara foi Teito, que continuou me fitando com aquele olhar de "vou arrancar seu couro hoje", de mais cedo. Às vezes Ikuto falava com ele e Teito parecia se irritar. Torci para Teito dar um safanão em Ikuto para ele deixar de ser besta.

— POR HOJE CHEGA, ANLU! PODE PARAR! — berrou Teito da sua pedra. Eu estava de costas para eles e caminhei mais uns passos para desacelerar, e depois soltei os baldes que viraram e derramaram aquela água sobre meus pés dormentes. O lago estava a poucos passos de mim, então sem pensar em mais nada eu entrei na água e imergi por alguns segundos – eu podia ver a lua de dentro da água – saindo em seguida, limpa de toda aquela lama, morrendo de frio, tremendo.

— Você vai ficar resfriada, Anlu. Pegue, coloque minha jaqueta! — disse Ikuto oferecendo sua jaqueta preta, todo preocupado, mas eu recusei. — Seu rosto... — Ele viu a lasca de madeira e até tentou tocar, mas esquivei. Não estava a fim de papo com ele. Passei frio e meu rosto estava latejando, mas fui para casa de nariz erguido, firme e forte na frente dos três, – na verdade eu queria rastejar de tão detonada... ou então... que me carregasse no colo... – pronta para outro treino como aqueles – querendo na verdade dormir por uns cem anos.

Enquanto a banheira enchia eu tirava aquela roupa. Eu olhei para minhas mãos e estavam cheias de calo por causa da pedra, assim como nos pés devido àquelas corridas. Eu nunca tive calos. Depois olhei no espelho e puxei aquela farpa do meu rosto; segurei para não chorar de novo; ela tinha mais de um centímetro e estava enfiada até a metade; assim que tirei o sangue escorreu pelo meu rosto e sujou a pia. Ao mesmo tempo em que tudo era dolorido, eu me senti satisfeita, pois aquilo era sinal que eu tinha conseguido ir até o fim, sem desistir. Eu já sorria de novo, mas desta vez mergulhada na minha banheira de água quente.


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Notas finais do capítulo

Eai como ficou? Quero comentários, e venho aqui elogiar e agradecer minha querida, bela e amada revisora Kriativa LZ que a todo momento se preocupa comigo e que sempre me ajuda e me da conselhos nos melhores momentos....TE AMOOOO SUA LINDAAAA..