– Essa não – disse Hiccup em um sobre salto –Rápido me ajuda a levar o banguela lá pra cima.

– O que?? Lá pra cima??

–Isso!! se meu pai pega ele aqui eu nem sei do que ele é capaz.

Astrid abaixou-se pegando nas patas frontais do animal, Hiccup pegou as patas traseiras, Banguela se mexia e latia tornando cada vez mais difícil sustenta-lo.

–Banguela, para!!- pedia Hiccup.

A porta se abriu e o pai de Hiccup entrou e ao ouvir os latidos do cachorro rapidamente entrou na sala. Stoico abismou-se ao ver a cena de dois adolescentes segurando um animal, suas sobrancelhas franziram sua testa e ele gritou...

– Hiccup!!

–Pai eu posso explicar.

Stoico largou a mala que carregava nos ombros e direcionou-se ao filho, Hiccup e Astrid colocaram Banguela no chão evitando ao máximo machuca-lo.

–Suma com esse cão- bufou Stoico.

–Pai. Pai, me deixa explicar.

–Eu disse: “Suma, com esse, cão”

– Mas pai.

–Suma. Já!! – havia sido um berro que entoou por toda a sala.

Hiccup emudeceu, seu pai o fitava fria e raivosamente apontando com o dedo indicador para a entrada da sala; o garoto olhou para as mãos grandes do pai que tremiam de tamanha raiva e ódio.

– Senhor, deixe-o explicar.....

– Não se intrometa menina- gritou Stoico antes que Astrid pudesse pronunciar mais uma palavra sequer- Este assunto não é com você.

Astrid assustada deu um passo a trás, Hiccup baixou a cabeça, evitando olhar para o pai.

–Agora, Hiccup.

Hiccup permaneceu calado, ele olhou para Banguela que estava com as orelhas contraídas e choramingando.

–Certo se você não vai fazer eu faço, então eu faço.

Stoico dirigiu-se até o telefone.

– O que você vai fazer?

–Você vai ver.

–Pai...

–Alô?? É do canil??

–Pai não

–Sim eu tenho um animal aqui que quero me livrar. Em quanto tempo vocês chegam?? Okay eu espero.

–Pai você não pode fazer isso.- disse Hiccup segurando o braço enorme do pai.

Stoico empurrou Hiccup que caiu no chão, Astrid correu para ajuda-lo a levantar.

–Você vai acompanhar essa menina até em casa enquanto eu espero o carro do canil chegar. Aproposito, qual seu nome?

–Astrid, senhor- respondeu a menina desengonçada.

–Astrid. Certo. Entendeu Hiccup??

Hiccup consentiu em um aceno com a cabeça.

–Otimo.

–Vamos Astrid.- disse Hiccup desolado.

Astrid seguiu Hiccup até a porta, ele abriu a porta para a garota oferecendo passagem, depois fechou a porta brutalmente.