I Wish You Love escrita por hatsuyukisan


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é uma reviravolta por si só. Meus MID's(Momentos intensamente dramáticos) estão só começando gente.



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Yuki não tentou ligar de novo. Desligou o celular. Não queria ouvir explicações, não naquele momento. Lembrou do que Asuka havia lhe dito, que não devia deixá-lo estragar uma fase tão boa de sua vida. A morena foi dormir cedo, e acordou cedo. Desceu até o salão do café da manhã, meio cabisbaixa. Sentou-se no bar e fitou o celular, se perguntando se devia ligá-lo ou deixá-lo desligado. Resolveu jogar tudo pro alto e esquecer Hizumi existia, pelo menos durante aqueles dois dias de folga. Saiu do hotel e atravessou a avenida principal, em direção à praia. O sol ainda nem tinha nascido, o céu estava cinza claro, Yuki tirou os calçados e foi andar na areia. As ondas sussurravam bem perto de seus pés descalços, ela respirava tentando encher os pulmões de ar. O sol começou a nascer, sua luz laranjada recortou uma silhueta no horizonte, um rapaz, que observava o reflexo brilhante do sol recém-nascido nas ondas, parado lá, com se tivesse surgido do nada. Yuki foi se aproximando devagar, até reconhecer o rapaz.

     - Caiu da cama? - ela disse, sorrindo.

     - Ãhn? - ele despertou de súbito de seus pensamentos. - Oi, bom dia...

     - É lindo né?

     - O que?

     - O sol. Laranja.

     - É. - ele desviou o olhar das ondas e olhou para ela.

 Ela virou-se para ele e sorriu. Ele a observou atentamente por alguns instantes. A brisa do mar lambia os cabelos dela, afastando os fios negros da face, revelando os olhos castanhos brilhantes, o nariz pequeno e delicado, o sorriso... ele sorriu de volta, para sua própria surpresa.

    - Tá afim de dar uma volta? - ela perguntou.

    - Claro.

Os dois alugaram um carro, ele dirigiu, saíram sem rumo pela beira-mar, sob a luz tímida do sol de início de primavera. Ela precisava de uma fuga, ele também, fugiram juntos, sem falar nos motivos. Ele dirigia calado, ela colocava a mão para fora da janela, fazendo ondas no vento, cantarolando uma música qualquer. Almoçaram num sushi-bar pequeno na orla, ela lhe contava de sua vida, suas viagens, seus sonhos, seus fatos. Ele ria, preso à voz dela, às histórias que ela contava. Não entendia o porquê da sinceridade dela, mas gostava daquilo. Ele era doce, seu sorriso cativava. Os dois foram até o píer no final da tarde, ele estacionou o carro, sentaram no capô, observando o sol se pôr. O dia havia passado, horas, que pareciam minutos, e ao mesmo tempo anos.

      - Uma vez eu ouvi dizer... Que a vida não vale muita coisa, e que passa num instante, um instante lindo... Como as rosas. - ela disse.

      - Quem te disse isso?

      - Ninguém. Eu ouvi numa música. - ela riu.

 Eles se olharam e riram, juntos. Como num impulso, um impulso em câmera lenta, ele aproximou o rosto do dela. No exato instante em que pareceu recobrar a consciência e pensar em se afastar, ela se aproximou dele. Supreso, ele correspondeu, colando os lábios nos dela, em um beijo reconfortante, sincero. O que era aquilo afinal? Os dois se perguntaram a mesma coisa, e a resposta foi a mesma... De que importa?

      - Quer voltar pro hotel? - ele sussurrou.

      - Isso vai mudar se a gente voltar?

      - Não.

      - Então eu quero.

 Chegando no hotel, os dois disfarçaram para que não os notassem chegando juntos. Ela o esperou em seu quarto. Ele a descobriu naquela noite, cada pedaçinho dela. Lábios, pele, dentes, cabelos, línguas, beijos, abraços, olhares... nada de palavras, nada de grandes planos. Uma noite em preto e branco, de sorrisos sinceros e beijos instantaneamente apaixonados. As mãos dele passeavam gentis pelas costas e pelos cabelos dela, ela fechava os olhos, entregue àquele toque sutil. Ela lhe beijava os dentes enquanto ele sorria. Os dedos dele contornavam as linhas do rosto dela, fazendo-a rir. A imagem daquele homem que a tinha sem merecer se dispersava no espaço e tudo que sobrava era aquele rapaz sonolento, em cujos braços ela se aconchegava e caia no sono sem perceber.

 Os sonhos de Yuki foram leves, ela dormia sorrindo. Ele andava de encontro a ela, emoldurado pelo céu azul de um lugar qualquer, um lugar ao qual os dois pertenciam, e mais ninguém, ela corria ao encontro dele e se jogava em seus braços abertos. Ela acordou devagar, abriu os olhos e notou que dormia sobre o peito dele. "Não foi só um sonho..." ela pensou, aliviada. Sorriu, admirando-o dormindo, com os cabelos bagunçados.

      - Abre os olhos... - ela sussurrou próximo aos lábios dele, passando a mão pelos seus braços. Ele abriu os olhos, sorrindo ao mesmo tempo - Com o que sonhava?

      - Hum... Com um final feliz. - ele passou os dedos pelos cabelos dela. Ela sorriu, deitando-se de lado, com a cabeça apoiada na mão.

      - Você me ama? Quero dizer... realmente me ama? - ela perguntou, sorrindo pra ele, fitando o fundo de seus olhos. Ele se sentiu estranho por não ter sido intimidado por aquela pergunta e por ter tanta certeza da resposta.

      - Amo.

      - Que bom... - ela riu, voltando a deitar-se sobre ele, acariciando seu rosto - ...porque se não, eu teria que te matar.

 Ela tinha um jeito peculiar de falar, de rir, de olhar, de ser bonita, e por algum motivo, ele gostava daquilo. Gostava de verdade. Não queria mais sair dali, daquela cama branca, daquele quarto, daquele sol, daquela mulher, daquele amor. Eles passaram alguns  minutos apenas se olhando, rindo. Ela deitou do lado dele, esticando os braços, espreguiçando-se. Ele riu do gemidinho baixo dela, admirando-a

      - O que? Tá rindo de mim? - ela o encarou, rindo.

      - Sabe... Na minha próxima vida, eu quero voltar nessa pintinha aqui... - ele passou o dedo sobre uma pintinha na base do pescoço dela. - Aí você ia ter que usar blusas abertas pra sair pra me deixar respirar.

      - Doido. - ela gargalhou.

      - É sério.. Eu poderia viver aqui. - ele disse, rindo, abraçando-a em seguida, beijando seus cabelos.

      - Je vois le ciel penché sur nous... qui restons ainsi, abandonnés tout comme si il n\'y avait plus rien, non plus rien d\'autre au monde... Je t\'aime. - ela sussurrou ao ouvido dele.

      - É lindo.

      - Você entendeu?

      - Não. - ele riu - O que significa?

      - Nada. - ela beijou o pescoço dele.

      - Sério. Me diz... O que significa?

      - Não. - ela riu. - Te conto mais tarde.

      - Me diz... agora.

      - Te conto outra hora.

      - Não. Agora.

      - Te conto em outra vida, quando nós formos gatos. - ele não soube responder, calou-se e sorriu, fascinado com o sorriso dela.

      - Que horas são? - ele esticou o braço para pegar o relógio sobre o criado-mudo.

      - Não. Não, não, não. - ela esticou o braço, pegando o relógio antes dele, escondendo-o atrás de si.

      - Yuki... eu só quero ver as horas. - ele tentava pegar o relógio da mão dela.

      - Pára. Espera. - ela puxou o relógio de trás e olhou as horas, sem mostrar a ele.

      - Que horas são?

      - Hora nenhuma. - ela jogou o relógio para trás.

      - Teimosa. - ele levantou da cama, rindo e foi pegar o relógio.

      - Não.. Não vai. - ela esticava o braço na direção dele, mordendo o travesseiro.

      - Você é mimada, sabia? - ele sorriu, olhando as horas. - Já são quase onze horas.

      - E...?

      - Já é tarde, vão notar que a gente sumiu se nós não aparecermos nem pra almoçar.

      - Abaixo à realidade. - ela cobriu o rosto com o cobertor.

      - Yuki... - ele sentou do lado dela na cama. Ela descobriu o rosto, e pra surpresa dele, ela tinha um sorriso largo estampado no rosto.

 Ela moveu os lábios, falando se emitir nenhum som, ele pôde decifrar um claro "Eu te amo" desenhando-se nos lábios dela. Ele registrou aquela imagem linda, guardou-a para a eternidade: Yuki deitada naquela cama, os longos cabelos escuros espalhados pelo travesseiro, a pele branca e macia dela, o sorriso, os olhos brilhantes. Ele sorriu e passou o dedo sobre os lábios dela. Ele finalmente conseguiu juntar todas suas forças, levantou daquela cama e se vestiu, voltando a se sentar no mesmo lugar de antes. Yuki agora estava deitada de lado, de costas pra ele, sonolenta. Ele passou a mão no braço dela e então beijou seu rosto.

       - Vai ficar dormindo? - ele sussurrou.

       - Uhum. - ela murmurou.

       - Te amo. - ele a beijou mais uma vez e então se levantou e foi até a porta, quando pôs a mão na maçaneta ele ouviu-a lhe chamar.

       - Kai... - o nome dele ecoou suave pelo quarto.

       - Hum? - ele se virou para olhar para ela, perdida naquele mar de lençóis e cobertores brancos.

       - Te amo.

 Ele sorriu e girou a maçaneta, saindo do quarto. Talvez eles nunca mais voltassem a ficar juntos, talvez fosse só um sonho, talvez uma ilusão, mas valera a pena. Não se pode julgar algo sem saber realmente do que se trata. Agora Kai podia julgar o amor. Alguém totalmente fora de seus padrões, diferente do que o atraía normalmente, havia o encantado de uma forma que nenhuma outra mulher havia feito antes. Era difícil dizer o que nela o encantava exatamente, talvez fosse justamente o fato de ela ser diferente de seus padrões, talvez a sinceridade, talvez simplesmente sua essência. Ele realmente não sabia se continuaria amando-a como amou naquela noite. Mas de que isso importava? A única coisa que realmente importava era a felicidade que enchia seu peito. Ele desceu as escadas do hotel e andou até o saguão, feliz, sorrindo.

       - Kai! - aquela voz cortou seu pensamento como uma lâmina fria e precisa.

       - Yu..Yuriko... - ela correu na direção dele e se jogou em seus braços, ele não soube como reagir.

       - Meu amor, que bom te ver. - ela beijou a bochecha dele e corou um pouco.

       - Eu não estava esperando por você, Yuriko. - ele forjou um sorriso.

       - Eu sei. Mas eu tive que vir. - ela passava a mão nos cabelos, envergonhada. - Te atrapalho?

       - Não. Claro que não. - ele segurou a mão dela e beijou-lhe a testa. - Você parece um pouco nervosa.. O que houve?

       - Kai... podemos ir conversar no seu quarto? Tenho algo muito importante pra te dizer.

       - Pode ser no jardim do hotel? É lindo lá.

       - Pode.

 Os dois foram de mãos dadas até o jardim perto da piscina. Enquanto isso, no quarto, Yuki levantava e se vestia. Foi ao banheiro e olhou-se no espelho. "Um erro?" se perguntou, não soube responder. Lavou o rosto e olhou-se no espelho mais uma vez, há poucas horas atrás não conseguia entender a confusão de seu coração, Hizumi trazia problemas e nenhuma solução. Mas agora a solução era clara: Kai. Eles tinham pouco em comum, mas ao mesmo tempo muito. O telefone tocou.

        - Alô?

        - Hatsuyuki-san?

        - Sim?

        - Hizumi-san a espera no saguão, devo deixá-lo subir? - perguntou o rapaz da recepção.

        - Ãhn... - Hizumi? O que ele estava fazendo ali? - Sim, claro, deixe-o subir.

 As sakuras começavam a florir tímidas, dando ao jardim um tom rosa claro deslumbrante. O sol da manhã refletia na piscina, fazendo jorrar luz amarela por todos os lados do lugar. O casal sentou-se num banco sob a sombra de uma das sakuras. A moça segurou a mão do namorado e mordeu o lábio, lágrimas brotaram de seus olhos. Ele a olhou sem entender. Um sorriso se desenhou delicadamente nos lábios dela.

        - Kai... - ela titubeou.

        - Yuriko... o que aconteceu? - ele começava a ficar apavorado.

        - Eu... - ela soluçou baixinho - ... eu estou... grávida. - a última palavra saiu quase inaudível.

 Ela chorava de verdade agora, soluçando forte. Ele ficou paralisado por um momento. "Grávida? Um filho... Eu.. vou ter um filho..." . De repente tudo desapareceu da mente dele; a banda, os amigos, Yuki... tudo. Só restou a imagem dele com um garotinho no colo, rindo e jogando-o pro alto. O garotinho o puxava pela mão e o chamava de pai. O mundo havia parado de girar, nem notou quando lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto. Só voltou a realidade quando ouviu Yuriko o chamar:

        - Kai?

 Ele apenas sorriu, não pode conter aquele sorriso, suas bochechas doíam conforme o sorriso se alargava. Kai olhava a moça diante de si no fundo dos olhos, ela sorria também. Ele tocou-lhe o rosto e enxugou suas lágrimas, então puxou-a para perto de si, abraçou-a forte, beijando-lhe os cabelos. Yuriko apertou os ombros de Kai, afundando a cabeça em seu peito, não podia conter aquelas lágrimas de felicidade.

         - Entra. - Yuki abriu a porta, ele entrou.

         - Eu errei. De novo. Eu sei.

         - Sabe mesmo? Pra mim parece que você nunca sabe.

         - Me perdoa. Você sabe que eu te amo.

         - Sei?

         - Yuki...

         - Olha, Hizumi... Chega.

         - Yuki, por favor, me ouve.

         - Não. Eu já ouvi demais. Não foi a primeira vez, e sei que não vai ser a última. Não quero passar o resto da minha vida te dando mais uma chance.

         - Eu.. eu só quero ficar com você, Yuki.

         - Hizumi, você não devia ter vindo até aqui. A sua amiga não deve ter gostado de ter ficado sozinha em Tokyo. - Yuki falava com uma frieza que não lhe era comum.

         - Então... isso é... - ele engoliu em seco.

         - O fim? Sim.

         - Tá. - ele encarou os pés.

         - É melhor assim... pra nós dois. - ela sorriu um pouco e se aproximou dele - Vai... vai viver a sua liberdade. Você não é um homem pra correntes, Hizumi, e eu demorei demais pra entender isso. - ela tocou o rosto dele, acariciando-o. - Não faz essa cara... a gente ainda pode ser amigos, não pode? Eu não te odeio, de forma alguma... eu gosto de você... muito, mas não do jeito que você espera que eu goste. E convenhamos, você também não gosta de mim como eu esperava que você gostasse, certo?

         - É. Talvez você esteja certa.

         - Presumo que sim. - ela sorriu. - Agora... eu quero que você volte pra Tokyo, se inspire e faça aquelas músicas daquele jeito que só você sabe fazer. Ok? E prometo que vou te ver cantar.

         - Tá. - ele sorriu.

         - Vai então... - ela beijou-lhe o rosto - E não olha pra trás.. quando alguém olha pra trás é como se ficasse uma promessa, e eu não quero isso.

         - Tudo bem. - ele sorriu de novo, sussurrou um "A gente se vê" e saiu, sem olhar pra trás.

 Yuki sentiu-se leve, livre. Era bom saber que tinha Hizumi como um amigo agora. Hizumi era realmente encantador, intrigante se encaixaria melhor, mas não era o tipo de pessoa que se prende a alguém, e Yuki se prendeu a ele. Mas agora não mais. Ela ouviu alguém bater à porta.

         - Hizumi, eu te disse pra não volt.. - ela abriu a porta e deu de cara com sua melhor amiga, Asuka.

         - Tudo bem, eu cruzei com ele no corredor, ele já foi. - a ruiva riu da cara de surpresa da amiga.

         - Há! Você! - ela abraçou a mais velha, rindo - Que saudade! O Ruki falou que você vinha.

         - É. Eu vim.

         - Entra. Nossa, que bom que você tá aqui. - disse Yuki, abrindo caminho pra amiga.

         - Yuki, o que houve? O Hizumi indo embora, você dizendo pra ele não voltar e agora te encontro feliz assim...

         - É, tá... você venceu... Nós terminamos.

         - Já não era sem tempo. Mas qual foi a desculpa, ou você simplesmente decidiu?

         - Ah, o mesmo de sempre... eu liguei pra ele, uma garota atendeu, ele veio até aqui, tentou se desculpar mas eu não aceitei. Terminamos. Pronto.

         - Você não se arrepende né?

         - Nem um pouco. Hizumi é apenas um amigo, eu é que confundi as coisas.

         - Que bom. - a ruiva sorriu.

         - E aí? E o Ruki? Aliás.. por que é que a senhorita não está passeando com ele agora?

         - Porque eu vim ver uma moça metida a besta. - ela riu. - Ele tá falando com o Kai... e a namorada dele. Eles tão lá no bar, comemorando.

         - Comemorando o que? - Yuki sentiu uma pontada no peito ao ouvir a palavra "namorada".

         - Você não sabe?

         - Não.

         - O Kai, a namorada dele tá grávida, ela acabou de contar pra ele. Eles vão casar e tal.

         - Quem? - "É uma ilusão, eu ouvi errado, só pode"

         - O Kai, baterista e a namorada dele, Yuriko... Alô, Yuki! Se liga!

         - O Kai? Tem certeza?

         - Não. Eu acho que o Aoi tá grávido de uma cabra e eles vão casar, não tenho certeza. - a mais velha revirou os olhos - Que deu em você, Yuki?

         - Nada. - Yuki caiu sentada na poltrona, incrédula. Doía demais pra chorar.

         - Eu, hein? Que bicho te mordeu menina?

         - Asuka, vamos descer lá?

         - Ãhn, claro.


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Notas finais do capítulo

Não me matem >—
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