Potter você é a minha escolha escrita por Lily Potter


Capítulo 8
Capítulo 8 - Tudo ao avesso


Notas iniciais do capítulo

Pessoas!!!! Esse foi um capítulo difícil de escrever e eu ainda não estou certa de que ficou bom maaas... Já matei vocês de curiosidade por um bom tempo, sabe. Queria agradecer pelos comentários, fiquei muito mas muito feliz porque, sendo extremamente convencida, amei escrever o ultimo capitulo e espero que gostem desse. Boa leitura a todos!!



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E ele sabia que Hogwarts inteira desaparecera sob seus pés. Tudo o que importava era tê-la ali, envolta em seus braços. A ruiva não parecia se importar, não como rejeitava sua presença. Ela estava ali também. E mesmo sem querer, ela podia jurar que aquilo foi mais do que poderia esperar, mais do que poderia sentir.

E se afastou. Perplexa. Não. Não posso. Não consigo. Tiago não entendeu o ato como tal apenas que ela queria um tempo digamos que “para respirar” e sorriu até notar em sua expressão.

– Você não sente o mesmo? Não... Não gosta de mim do jeito que eu gosto de você? Lily, por favor, me diz alguma coisa, a dúvida me mataria.

– Tiago... Eu... Eu não posso... Eu não sei se devo...

– Se deve? Lily você não deve fazer nada, nada além do que sente.

– Sinto muito, mas eu não consigo, não sei o que estou fazendo. - E nisso saiu correndo deixando o garoto ali, sob a forte luz que entrava pela janela trabalhada. O que foi isso? O que foi tudo isso? Ele não sabia o que fazer. Não sabia se o que ele pensou que soube naquele beijo era real. Ele seguiu vagueando pelos corredores.

Não estava com ânimo algum de subir para a comemoração aos novos membros da equipe na sala comunal. Na verdade não estava com ânimo para nada, só sabia que não devia ficar parado. Eu disse tudo o que sentia, não foi o bastante? Isso não foi mais do que verdadeiro? Ele sabia que ideias não faltavam para chamar a atenção da ruiva e mostrar-lhe tudo o que ele sentia, mesmo que novamente, mas pra quê? Pra quê se ela podia muito bem ter respondido ao beijo por pena, por ter ficado sem reação?

Ela disse que não sabia o que estava fazendo, que não podia... Ela não tem raiva de mim, ou tinha, mas isso se transformou e junto... Junto veio o medo, medo de se magoar, medo de ser magoada! Tiago Potter se você quer ter o amor dela, dê a ela o que precisa.

O garoto saiu em disparada para a torre da Grifinória. Confiança! É isso que eu tenho que fazer ter. Depois de anos que eu azarei ela das piores formas não é à toa me rejeite assim. A gente colhe a mandrágora que plantou. Lírios! Ele sabia o que fazer, era um ato um tanto quanto simples, mas esperava que funcionasse. Tiago adentrou a sala comunal como um foguete deixando pra trás exclamações dos outros, chamando seu nome. Ele podia ser expulso se alguém o visse fazendo aquilo, mas não ligava. Pegou sua vassoura e abriu a janela que deveria estar mais próxima do dormitório feminino. Já estava prestes a montá-la quando ouviu alguém entrar no quarto.

– Que droga você tá fazendo? Entendo que você gosta de voar, mas tentar medir quanto palmos a torre tem é i-n-s-a-n-i-d-a-d-e, sabia disso? - Disse Sirius.

– Não, não, perae. Você lembra como se conjura flores? - E a perplexidade estava mais do que estampada no rosto do amigo. - Baaaah! Deixa eu tento qualquer coisa. Só fica de guarda pra mim. Anda Sirius!

– Tá, tá bom.

Tiago montou a vassoura e rodou pelo lado de fora da torre, esperando, rezando para que ninguém o visse. Então viu uma cabeleira ruiva passando por uma das janelas e saindo para o que ele supôs que fosse a biblioteca. Sussurrando um alohomora! O trinco da janela se abriu e ele não teve tempo de questionar se não funcionava somente com portas, entrou no dormitório e conjurou, dando graças à Merlim por ter se lembrado do feitiço, um lírio branco com um leve tom rosado nas pontas e a colocou numa cabeceira que ele descobriu ser da ruiva pela enorme quantidade livros e por uma colônia, que a curiosidade lhe permitiu sentir seu aroma. E depois de algum tempo observando o dormitório e comparando com a bagunça do seu, ele decidiu voltar e dar uma explicação para Sirius.

– Ah! Ai está ele! Inteiro pra minha tristeza.

– Que recepção mais calorosa caro Sirius.

– Aprendi com a minha mamãe. Mas deixa de lado toda essa coisa e me diz por que você foi ao dormitório feminino? Porque é o único que não podemos entrar.

– Pensei que você tivesse um raciocínio mais rápido. Pensa Sirius. Pensa.

– Que, que isso Pontas??

– Não é pra pensar tanto, né? Só fui deixar uma coisa pra Lily.

– Ahm?

– Vocês nos fizeram o favor de nos deixar para trás, a Jenne chegou e quase que tudo foi pro além até...

– Até...??

– Até que eu falei tudo pra Lily e daí você pode imaginar, mas ela foi embora do nada depois do papo e tal e agora eu sei o que tenho que fazer.

– Cara. Quem diria. Seu plano é deixar presentinhos pra ela todo dia?

– Lírios.

– Pontas romântico uuuu-huuu. Quem te viu, quem te vê. Mais anda logo, vamos descer e comemorar a sua conquista!

A semana se iniciara e cada dia um lírio era deixado no parapeito da janela. Lily sabia quem poderia estar fazendo aquilo. Estava confusa, não sabia o que fazer. Não entendia a si mesma. A cada amanhecer ela esperava ele deixar a flor no parapeito fingindo estar dormindo. Não podia fazer isso consigo mesma, a cada dia, desde que conheceu, ele jurava pra si mesma que seria diferente das que caiam aos pés dele e ali se encontrava, na mesma posição.

Se ao menos ainda tivesse aquele seu amigo de infância, aquele com quem sabia que podia contar, aquele que fazia parte de seu tudo. E no que deu? Ele a magoou. Ele se destruiu. O que esperar do Tiago? Que ele seja diferente exatamente por quê? Você sabe como ele é. Ela temia que só por olhar de relance para ele que toda essa dúvida iria voltar, que cederia. Esquece isso. Você sabe que é perda de tempo. Para! Você só está se destruindo, se ferindo! Você sabe quem ele é. Ou pensou que sabia. Ah sei lá. Que droga. Só larga de ser idiota Lílian! E era nisso que passou a se resumir suas manhãs quando recebia a flor e o resto do dia quando tinha de ver Tiago.

Ele parecia diferente. Mais quieto, descontraído, não neutro, mas de certa forma calmo, em um estado paz. Não o viu azarar ninguém, nem fazer brincadeirinhas de mal gosto, o que era estranho. Seria tão fácil se eu pudesse somente acreditar que o que seus olhos dizem é verdade...

– Lily? - chamou-a Anne enquanto se levantava da mesa da Grifinória.

– Oi? - indagou a ruiva meio que sem rumo.

– A biblioteca? Você vem? - nisso a garota notou o tom vago no rosto da amiga. - Lily você está bem?

– Cara Aninha, se eu não me engano isso são sintomas de paixonite aguda. - Comentou Sirius brincando.

– Não... Não claro que não. Eu tenho... Biblioteca, não? Vamos. - Disse Lily no que todos riram.

– Ou então você caiu da cama e bateu a cabeça e está mais lerda do que de costume. - Brincou Kate.

– Vai falar com ela hoje de novo Pontas? - sussurrou Sirius.

– Vou tentar. - Comentou Tiago entre um sorriso e um tom de incerteza, seguindo as garotas em passos meio lentos demais.

– Vou com você se não você vai acabar chegando lá amanhã. - brincou Sirius.

– Onde está o Remo?

– Seu grau aumentou ou o que? Ele foi com as meninas também. Prometeu que ia ajudar a Aninha a estudar.

– Ele não está muito atirado pro meu gosto não? - comentou Tiago com um leve ciúme na voz.

– Vai me dizer que você nunca desconfiou que poderia haver alguma coisa entre eles?

– Não, nunca...

– Pontas, você está mal cara, muito mais do que o normal. - Nisso deu lhe tapinhas amigáveis nas costas do amigo.

– Buquê em mãos. Cabelo bagunçado. Nervosismo na cara. Você está perfeito. - Brincou Sirius quando chegaram na biblioteca um pouco depois. - Agora vai lá.

– Pera. Uma, duas, três. Cadê a Lily? - comentou Tiago sentindo a ausência da garota.

– Espera um instante que eu vou perguntar pras meninas. - E com passadas largas Sirius se encaminhou para a mesa em que elas se encontravam. - Hey, vocês sabem onde a Lily está?

– Ela acabou de sair, subiu as escadas, disse que tinha uma coisa pra fazer. - disse Remo.

– O quê que você quer com ela Sirius? - indagou Kate.

– Calma meu amor, não precisa ficar com ciúmes, eu só queria perguntar uma coisa sobre uma detenção que eu peguei por acaso...

– Por acaso, sei...

– Bom, ela subiu as escadas? Obrigado pessoas que me amam. Adios. - e nisso saiu correndo atraindo a atenção de Madame Pince. - Desculpa! - e nisso puxou Tiago. - Vem, com sorte a gente pega ela no corredor ainda. - Com sorte. Não era bem a palavra que se devia dizer naquele momento.

Quando subiram as escadas e viraram no primeiro corredor a viram. Longas mechas ruivas sendo entrelaçadas por mãos desconhecidas. E foi de súbito que eles entenderam a cena toda. Tiago sentiu-lhe o sangue ferver lhe a têmpora, sentiu o chão transpassar lhe como ferro em brasa. Robert Cortein. Ele podia jurar que estava tendo um pesadelo ruim e longo demais. Sentiu o buquê cair de suas mãos e sabia que estava se dirigindo pelo corredor adiante. Sirius tentou chamá-lo pelo que percebeu acabando por chamar a atenção dos outros dois.

– Tiago... - chamou a garota, mas o garoto pareceu ouvi-la tampouco. Sentiu-a puxar lhe pelo braço e Robert começar a discutir com ela enquanto seguia pelo corredor que parecia não ter fim e somente aproximá-lo mais dos outros. De Lily.


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Notas finais do capítulo

Música do capítulo: I believe da Christina Perri
P.S.: vou entrar em semana de provas então vai ficar corrido mas sexta que vem vou tentar postar outro cap. >