Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 4
Floresta dos Mortos




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“A biblioteca! Tão grande que nem precisa de nome.”

“4022 salvos. Sem sobreviventes.”

“Os outros estão vindo.”

“Professora River Song, arqueóloga!”

“Então, você já me viu antes?”

“O que é CAL?”

“As piranhas do ar, o Vashta Nerada!”

“Hey, quem apagou as luzes?”

“Donna Noble deixou a Biblioteca. Donna Noble foi salva.”

“Doutor, o que vamos fazer?”

Ele não respondeu. Agora todos estavam encurralados no corredor, a sombra de um lado e o enxame-na-roupa do outro, sem saída alguma.

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River rapidamente pegou seu blaster e apontou para a estante à sua frente. Ela puxou o gatilho e um buraco quadrado se formou no centro. “Desse lado, rápido! Se mexam!” Ela gritou e todos se moveram para dentro.

“Hey, quem apagou as luzes?”

Enquanto isso, Donna se viu sentada em uma cama usando um pijama azul xadrez e não ideia de como tinha chegado lá. Ela olhou ao redor e não reconheceu o quarto onde estava. Houve uma batida na porta e um homem negro entrou no quarto.

“Olá, Donna!” Ele disse primeiro, parecendo totalmente amigável.

“Quem é você?”

“Eu sou o Dr. Moon.” Ele respondeu como se fosse óbvio. “Estou te tratando desde que você chegou aqui, há 2 anos.”

Ela o olhou por um momento e depois deu uma risadinha. “Oh”, ela disse. “Dr. Moon. Desculpe-me. O que tem de errado comigo? Não te reconheci por um momento.”

“... E então você lembrou. Podemos dar uma caminhada?”

Donna piscou e de repende estava caminhando pela grama verde, usando um casaco que não se lembrou de tê-lo colocado.

“Sem sonhos então?” Ele perguntou. “O Doutor e a cabine azul. Tempo e espaço.”

Donna observou ao redor. “Como chegamos aqui?”

“Viemos pelas escadas da porta da frente. Passamos pela Sra. Ali na saída.” Ele respondeu calmamente.

“É, sim! Passamos! Esqueci isso.”

“... E então você lembrou. Podemos descer até o rio?”

Donna pareceu assustada. “River? Por que você disse River?”

“Eu disse Rio, Donna.” Dr. Moon disse corrigindo-a.

“Perdão, pensei que você tivesse dito o nome... Desculpe-me, foi minha imaginação. Não conheço ninguém com esse nome!”

“Dr. Moon!” Um homem de cabelos escuros com uma vara de pesca chamou. “Bom dia!”

“Donna Noble, Lee McAvoy.” Dr. Moon disse apresentando-os.

“Olá, Lee!”

“Olá, D-D-D...” Ele tentou falar o nome dela.

“Ooh, você tem um pouco de gagueira... Saúde!”

Eles riram. Aparentemente, Donna e Lee saíram para pescar e mais tarde se casaram. Eles tiveram dois filhos, um casal de gêmeos. E então, Dr. Moon fez uma visita para ver como ela estava indo. Na despedida, Donna não pôde deixar de notar que viu o Doutor, na forma de uma projeção holográfica segurando a chave de fenda sônica. “Não”, ele disse, “o sinal definitivamente vem da Lua. Estou bloqueando, mas está tentando se conectar.” Então seus olhos se viraram para frente. “Donna!” Exclamou com alegria e se foi.

Dr. Moon estava de volta, com a mão no estômago exclamando uma desculpa sobre ‘uma torta de ruibarbo do Sr. Angelo’. Donna não aceitou.

“O Doutor! Eu vi o Doutor.”

“Sim, você viu, Donna.” Dr. Moon concordou. “E então... esqueceu!”

E ela realmente esqueceu.

De volta à Biblioteca, River continuava usando o blaster para abrir caminho, até chegarem a uma sala aberta e circular. “Bom, temos um lugar claro. Entrem, entrem, entrem! Bem no centro, no meio da luz, rápido!”

O Doutor caiu de joelhos para sonificar as sombras ao redor deles.

“Não há nenhuma luz aqui!” River disse desesperada. “Já está anoitecendo, não podemos ficar muito tempo.”

“Eu sei.” Respondeu o Doutor. “Está ficando difícil dizer. Talvez tenha um vivo.”

“Vamos precisar de uma coxa de frango. Quem tem uma coxa de frango?” Perguntou River. Dave rapidamente pegou um pacote embrulhado. “Obrigada, Dave.” Ela agradeceu a ele e atirou a coxa de frango nas sombras. O osso caiu no chão limpo, sem nenhum vestígio de carne. “Bem, temos um faminto. Olhem onde pisam!”

“Eles não vão atacar até haver o suficiente deles.” Declarou o Doutor. “Mas conhecem nosso cheiro, eles estão vindo.”

“Quem é ele?” Dave murmurou para River enquanto o Doutor digitalizava em uma sombra. “Não nos contou nada e quer que confiemos nele.”

“Ele é o Doutor.”

“E quem é o Doutor?” Perguntou o Sr. Lux sarcasticamente.

“A única história que contará se sobreviver para contar. Têm lendas sobre ele e, acredite em mim, eu conheço algumas delas.” River respondeu.

“Mas ele nem sabe quem você é.” Anita observou.

“Escutem.” A voz de River era muito séria. “Tudo que precisam saber é isso: confiei nesse homem no fim do universo onde estivemos!... Na verdade, foi no reinício do universo.”

“Ele não age como se confiasse em você.”

“É, tem um pequeno problema.” Respondeu River se levantando. “Ele não me conheceu ainda. Ele é um viajante do tempo e toda a minha vida é passado pra mim, mas é o futuro para ele.” Ela caminhou até o Doutor à beira das sombras onde ele estava segurando a chave de fenda sônica nos ouvidos e franzindo a testa. “O que há de errado com isso?”

“Tem um sinal vindo de algum lugar.” Respondeu ele. “Está interferindo com esse.”

“Use o ajuste vermelho.”

“Não tem um ajuste vermelho.” Ele protestou.

“Então use os filtros.”

“Não tem filtros.”

“Terá um dia.”

“Então, em alguma época do futuro, eu te dei minha chave de fenda sônica!” Ele pegou o dispositivo da mão dela.

“Isso mesmo.”

“E por que faria isso?”

“Não a roubei de suas mãos frias, se é isso que você está pensando.”

“E eu sei disso porque...”

Ela suspirou. “Escute-me, você perdeu sua amiga e está bravo, eu entendo. Mas precisa ser menos emocional, Doutor.”

“Eu não sou emocional!” Ele rapidamente disse.

“Tem cinco pessoas ainda vivas nessa sala, foque nisso.” River exclamou. “Oh Deus, você dava um trabalho danado quando jovem. E depois reclamava de mim.”

“Jovem? Quem é você?!?” O Senhor do Tempo protestou.

Ela olhou fixamente para ele, talvez com um pouco de medo, ou talvez triste. “Doutor.” Ela começou. “Um dia vou ser alguém que você confia completamente. Mas eu não posso esperar você confiar em mim agora. Então, vou provar pra você.” Olhou-o solenemente. “Eu sinto muito, eu realmente sinto muito.” Ela apoiou a mão em seu ombro, ficou na ponta dos pés e sussurrou algo em seu ouvido, só para ele ouvir.

O efeito do sussurro dela foi surpreendente para ele. O Doutor ficou de olhos arregalados e com uma expressão muito, muito séria. “Estamos entendidos?” Ela perguntou na esperança de ter funcionado.

“Sim, estamos entendidos.” Ele finalmente respondeu.

“Bom.” Ela disse suavemente e voltou a ficar com os outros.

“Sabe o que é interessante sobre minha chave de fenda sônica?” Ele começou a perguntar em voz alta, caminhando para o centro da sala. “Muito difícil de interferir, nada é forte o suficiente... Bem, alguns secadores de cabelo, mas estou trabalhando nisso. Então, tem um sinal muito errado vindo de algum lugar que não estava aqui antes, então, o que mudou?” Ninguém respondeu. “Vamos! O que tem de novo? O que está diferente?”

“Eu não sei. Nada!” Respondeu Dave. “Está escurecendo!”

“É uma chave de fenda. Funciona no escuro.” O Doutor olhou para cima. “A Lua. Conte-me sobre a Lua. O que ela é?” Perguntou ao Sr. Lux.

“Não é real, foi construída como parte da Biblioteca. É só um Dr. Moon.”

“O que é um Dr. Moon?”

“Um antivírus. Dá suporte e mantêm o computador principal no centro do planeta.”

O Doutor apontou a chave de fenda sônica para cima e digitalizou. “Bem, ainda está ativo, pois está sinalizando. Veja! Alguém, em algum lugar na biblioteca está vivo e se comunicando com a Lua. Ou possivelmente vivo e secando seus cabelos.” Ele aproximou a chave de fenda ao ouvido e ajustou a frequência. “Não, o sinal definitivamente vem da Lua. Estou bloqueando, mas está tentando se conectar.”

River o chamou e engasgou, pois a imagem de Donna estava na frente deles. “Donna!” O Doutor exclamou em alegria, mas a imagem desapareceu.

“Era ela, era sua amiga.” Gritou River Song. “Pode trazê-la de volta?”

“Espere, espere, espere. Estou tentando achar o comprimento de onda.”

Atrás dele, Anita estava olhando para o chão.

“Arg, estou sendo bloqueado.” O Doutor reclamou.

“Professora!” Anita chamou com aflição em sua voz.

“Só um minuto.”

“É importante.” Disse Anita com lágrimas descendo pelo seu rosto. “Eu tenho duas sombras.”

Imediatamente, a atenção da equipe se voltou para Anita que estava imóvel. River foi a primeira a falar. “Tudo bem. Coloquem os capacetes. Anita, eu coloco o seu.”

“Não adiantou nada para o ‘Dave Adequado’.” Anita chorou.

River ajoelhou e pegou o capacete de Anita. “Só fiquem juntos, tudo bem?”

“Ficar juntos.” Anita riu um pouco. “Só estou chorando. Estou para morrer, não é uma reação exagerada.” River colocou o capacete cuidadosamente. O Doutor se aproximou e escureceu a viseira de Anita com a chave sônica.

“Oh Deus, eles já entraram!” River Song exclamou.

“Não, não! Eu só tingi o visor dela.” O Doutor começou a explicar. “Talvez pensem que já estão lá dentro e a deixem em paz.”

“Você acha que podem ser tão idiotas assim?”

“Talvez, eu não sei. É um enxame, não é como nós conversamos.” Ele deu uma olhada ao redor da sala. “Professora, uma palavrinha rápida.” Ele se ajoelhou e fez sinal para que ela fizesse o mesmo.

“O quê?”

“Como você disse, tem cinco pessoas vivas na sala.” Ele disse sussurrando para ela.

“Sim, então?”

“Então, por que tem seis?”

Seus olhos se arregalaram, e ela se virou.

“Hey, quem apagou as luzes?”

“Corra!” O Doutor ordenou.

“Hey, quem apagou as luzes?”


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Notas finais do capítulo

Gente, quero comentários viu? Eu sou movida a comentários tbm!



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