Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 33
Vale Decem


Notas iniciais do capítulo

*lágrimas* *lágrimas*
Eu não queria que a fic acabasse (e quem queria?)... Mas é com orgulho que posto este último capítulo.



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Wilfred enfiou a mão na jaqueta e retirou sua pistola. “Eu trouxe isto... Mas o que devo fazer?” Ele perguntou.

“O sinal! O Mestre o tem desde a infância!” Disse Rose ao lado de Wilfred.

“Se eles puderem seguir o sinal, podem escapar antes de morrerem.” Continuou o Doutor.

“Srta Addams, dê a volta e pouse a nave!” Pediu Rose.

“Isso significa que o plano do Mestre está se desfazendo. Mas ele ainda vai tentar matar o Doutor.” Rose pensou no que fazer. “Wilfred, me dê sua arma.”

“Não preciso perguntar se você teria coragem, pois eu sei que tem e a apoio.”

“Isso! Mate-o e Gallifrey será seu e do Doutor!” Gritou o Mestre.

“Você espera derrotar o Lorde Presidente? Escolha melhor seu inimigo.” Disse Rassilon.

“Eu estou vivo! Eu estou vivo, Rose!”

“É aqui e agora.” O Doutor abraçou Rose, não querendo deixá-la nesse último minuto.

“O que quer dizer? Vocês vão voltar?”

“Só... continue procurando. Estaremos lá.” Eles se despediram com abraços.

“Diga-me! Você está ou não se regenerando?” Questionou Rose.

“Sim, eu estou.” Ele mexeu em alguns controles. “Mas eu preciso ver algumas pessoas primeiro. Dizer adeus a elas...”

“Isso nunca será um adeus, Doutor.”

“Obrigado, Rose.”

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Em meio ao campo de batalha, uma mulher de preto corria para se proteger do inimigo. Com uma arma, ela desviava dos tiros dos aliens que a perseguiam. Chegando em um local adequado, ela conseguiu se esconder atrás de uma rocha. Do lado esquerdo tinha outra rocha onde se escondia um homem, dando-lhe cobertura.

“Falei para ficar para trás!” Ele a avisou.

“Parecia precisar de ajuda. Além do mais, me convenceu a ser freelancer.” Ela falou.

“É, mas estamos sendo alvejados por um Sontaran. Uma batata com uma arma! Isso não é lugar para uma mulher casada!”

“Ora, então não devia ter casado comigo.” Ela brincou.

Ele sorriu. Agindo depressa, os dois se juntaram em um único espaço sempre atentos para um só lado.

Na retaguarda, um dos soldados Sontaran os mantinham na mira. Pronto para atirar e passando a língua ao redor dos dentes – saboreando o gosto da vitória – o soldado tinha a oportunidade perfeita. Tinha. Boing. Com apenas um golpe na nuca, o soldado Sontaran desmaiou rapidamente no chão.

“Ufa, essa foi por pouco.” Rose disse aliviada.

“Eles não se preocuparam com a retaguarda.” Disse o Doutor com um martelo na mão.

O casal olhou diretamente para frente, onde estava o outro casal. Mickey Smith e Martha Jones. Vendo-os agora, ficou difícil para ambos o Doutor e Rose se lembrarem de como eles eram: Mickey-o-idiota não era mais aquele covarde e Martha não era mais uma estudante de medicina.

“Eles mudaram para melhor! Estão mais felizes, pois eles agora podem ser o que realmente são.” Rose disse baixinho, mas em som audível.

“Yeah, foi bom eles terem se conhecido.” Pegando a mão de Rose, o Doutor observou um pouco mais os Smiths, até Martha os notarem.

A ideia era que eles não fossem notados, então eles se retiraram devagar ignorando o chamado de Mickey e dizendo adeus nos pensamentos.

O som da TARDIS foi ouvido por Mickey e Martha.

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“Esse foi o Natal mais louco de todos. A mamãe não sabe o que aconteceu...” Um jovem falava no telefone muito distraído.

Do outro lado da rua, o Doutor e Rose o acompanhavam.

“Quem nós vamos ver agora?” Perguntou Rose.

“Ele está do outro lado da rua.” Respondeu o Doutor.

“Esse rapaz no celular?”

O Doutor olhou para ele mais uma vez. “Ele está tão distraído que não nos notou.” Vendou que o rapaz estava atravessando a rua, o Doutor percebeu o perigo iminente. Ele correu em direção ao rapaz retirando-o da linha de frente de um carro em alta velocidade e salvando-o sua vida. O rapaz o olhou surpreso, não por ser quase atropelado, mas por salvo pelo próprio Doutor, que estava fazendo uma cara de presta-mais-atenção-por-onde-você-anda.

Rose correu ao encontro deles. “Graças a Deus, aconteceu nada com você!”

“São vocês mesmo? O Doutor e Rose Tyler? Mamãe me falou de vocês!” O garoto estava visivelmente surpreso.

“Você deve ser Luke Smith. Prazer em conhecê-lo.” Disse Rose.

Sem dizer uma palavra, o Doutor gentilmente pressionou as costas de Rose indicando para saírem dali. Caminharam até a TARDIS. Antes de entrarem, eles não economizaram um aceno gentil à Sara Jane, que foi avisada por Luke que eles estavam ali. Ela percebeu que aquele aceno era de despedida e que ela nunca mais o veria novamente. Ela se emocionou ao ouvir o som da TARDIS pela última vez.

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A TARDIS estacionou ao lado de um bar intergaláctico. Um casal iria àquele lugar para festejar, mas esse casal em particular tinha outros motivos para estarem lá.

“Como você sabe que ele vai estar aqui?” Perguntou Rose.

“Eu conheço o Capitão Jack. Se ele quer fugir e possui um manipulador de Vórtex, então é para cá que ele viria.”

“Sério?” Rose fez aquele olhar de eu-sei-que-está-mentindo para ele.

“Ok, eu rastreei o sinal do manipulador de Vórtex dele. Eu posso fazer isso desde o dia em que eu o consertei para ir atrás do Mestre.” O Doutor disse bem rápido.

Os dois entraram no bar que estava animado e cheio de diversos alienígenas. Rose fazia uma conta mentalmente de quantas dessas criaturas ela já conheceu. Eles viram Slitheen, Haths Judoon, Adipose, robôs... Até avistarem um homem com um casaco de guerra.

“Ele parece triste. Não é o Capitão Jack que conheço.” Pontuou Rose.

“É! Parece que perdeu uma guerra. Ou algo pior.” Disse o Doutor ao lado de Rose. “Rose, você está vendo esse homem ao lado dele? Eu o conheci... no Titanic. Já sei!” O Doutor pegou um bloquinho de papel e uma caneta do casaco. Escreveu algo na folha da frente e a destacou. Em seguida, chamou a atenção de um garçom que passava por perto. “Ei, você! Pode fazer um favor pra mim? Está vendo aquele homem sentado ali?...”

Rose se lembrou da época em que conheceu Jack. Ele salvou sua vida... Depois, ela salvou a vida dele, porém, o deixou imortal. Talvez esse seja o motivo de tanta tristeza em Jack. O Doutor pôs seu braço direito em volta de Rose, despertando-a de seus pensamentos. Olhando de volta para Jack, ela o viu recebendo o papel com algo escrito. Jack olhou diretamente para eles. Com curiosidade em seu rosto, Jack leu a mensagem e percebeu o que ele quis dizer.

Rose acenou, mas Jack achou que um aceno não seria suficiente. Ele levou a mão até a testa em continência e o Doutor respondeu.

O casal saiu devagar, deixando o bar para trás e um Jack animado de novo (não como antes, mas já ajudava).

“Vamos lá! Prometi ver Wilfred de novo, não foi? Allons-y!” Disse o Doutor.

“Doutor, espera!” Ele parou de andar para ouvi-la. “Eu acho que isso não é saudável. Você está evitando uma regeneração sem pensar nas consequências. Eu já disse que não me importo com sua aparência, pois você sempre será o meu Doutor.”

“Eu sei, Rose! Eu só não queria que fosse assim. Ou que tivesse sido tão rápido. Eu juro que Wilfred será o último... Depois do próximo...”

“Ah, não! Eu pensei que Wilfred fosse o próximo.”

“Rose, não quero aparecer lá de mãos vazias, então vamos buscar um presente antes.”

“Está certo.” Rose concordou e um sorriso apareceu nos lábios de ambos.

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Ao saírem da TARDIS, o Doutor e Rose ouvem gritos de alegria vindos de uma igreja próxima.

“Chegamos bem na hora!” Disse o Doutor.

O casal esperou na entrada, um pouco afastados, até Wilfred e sua filha Sylvia se encontrarem com eles.

“Ei, aí estão vocês! E o Doutor está com o mesmo rosto. Não disse lhe que cairia bem?” Wilfred sorriu para os dois e continuou a falar. “Eles prenderam o Sr. Naismith. Saiu no noticiário. Diferentemente do que aconteceu quando um alienígena estranho veio para cá... Um tal de 456*... E o corrupto Primeiro-Ministro Brian Green não foi preso por tentar esconder a verdade. Fiquei apavorado com esse tal de 456...” Wilfred parou de divagar e olhou para os dois.

O Doutor finalmente fez um movimento, movendo sua mão para pegar um envelope do seu casaco marrom. “Nós queríamos lhe entregar isso.”

“Considere como um presente de casamento para Donna.” Disse Rose.

“Já que nunca levamos dinheiro, então voltamos no tempo, peguei emprestado 1 libra de homem agradável. Geoffrey Noble, era seu nome.” Disse o Doutor.

Reconhecimento surgiu no rosto de Sylvia quando o Doutor disse o nome. E logo lágrimas se formaram nos olhos de Sylvia.

O Doutor e Rose esperaram até Wilfred e Sylvia retornarem para o jardim onde Donna tirava fotos com o marido e os amigos. Eles a entregaram o envelope e, conhecendo Donna, ela reclamou do que recebeu, mas aceitou o bilhete de loteria.

Viram Wilfred se virar e bater continência uma última vez antes de entrarem na TARDIS. O Doutor já estava sentindo as dores da regeneração, mas recusou deixar Rose saber por enquanto.

Ele pôs as coordenadas e deixou a nave pousar. “Rose, permaneça na TARDIS. Eu volto já!”

“Não vou te deixar, Doutor.”

“Rose, preciso que você fique aqui dentro. Você não pode ir lá fora! Confie em mim.”

“Ok, eu confio. Mas se você demorar, eu vou sair.”

O Doutor abriu a porta e Rose pôde ver que estava nevando. Talvez seja alguém que ele precisa ver sozinho. Eu confio nele. Ela pensou.

Rose estava certa. Ele precisava ir sozinho. Uma última vez, ele precisava ver o passado. Andando pelo beco, ele procurou um lugar para se esconder e encontrou um muro na escuridão. Não demorou muito para ele ouvir o ruído de duas mulheres andando e conversando.

“Pense bem, não vou conseguir nada melhor.” A mulher loira mais velha disse.

A loira mais nova pôs uma mão em seu ombro. “Não fale assim. Nunca se sabe. Pode haver alguém lá fora.”

“Talvez, um dia. Feliz ano novo!”

“Feliz ano novo!” As duas se abraçaram.

O Doutor estrategicamente testemunhou o que aconteceu e não pôde deixar de sorrir. Um sorriso que logo desapareceu quando a dor se tornou mais forte. Um gemido saiu de sua boca chamando a atenção da mulher mais nova. Isso não era para ter acontecido.

“Você está bem, moço?”

Ele não era suposto de responder... “Sim!”

“Bebeu demais?”

“Algo assim...”

“Talvez seja a hora de você ir para casa.” Ela sorriu.

Oh, como seu sorriso é o mesmo. Sempre será esse lindo sorriso! “Sim, sim! É o que eu pretendo.”

“Então, feliz ano novo!”

“Pra você também!” OK, já foi o suficiente. “Oh, que ano é esse?”

Ela se virou surpresa. “Nossa, quanto você bebeu?” Ele não respondeu. “É 1º de Janeiro de 2005.”

“2005.” Ele repetiu. “Vou te dizer uma coisa... Aposto que você vai ter um ano incrível!”

“Mesmo?” O sorriso aumentou no rosto da loira. “Vejo você por aí.”

O Doutor a observou entrar em seu prédio no Powell Estate e uma onda de emoção invadiu seu corpo. Ele se lembrou de como ela era e queria dizer o quanto ele a amava mesmo antes de se conhecerem, mas iria ser estranho. Então, prometeu a si mesmo nunca mais olhar para trás. Ele já tinha um futuro para olhar.

A dor da regeneração ficou mais forte e ele teve que se curvar de dor. Apoiando no muro próximo, ele caminhou de volta ao caminho de onde veio. A TARDIS estava mais a frente, mas o mundo pareceu dar voltas enquanto ele tentava andar. Não aguentando, ele caiu de joelhos gemendo de dor. Apoiando-se com as mãos, ele levantou a cabeça e viu um Ood. Não pôde deixar de reconhecer que era o mesmo Ood dos sonhos/pesadelos.

“Nós vamos cantar para você, Doutor. O Universo vai cantar para você dormir.” Disse o Ood.

O Doutor sabia que aquilo não era apenas uma metáfora. Os Ood realmente têm essa tradição. Ele se levantou e ouviu a porta da TARDIS se abrir.

Rose saiu correndo em sua direção quando viu que ele precisava de ajuda. Ela o apoiou nos ombros quando ele cambaleou. Caminharam de volta para TARDIS.

“Essa canção é o fim. Mas a história nunca acaba.” Disse o Ood.

Mesmo notando o Ood, Rose estava mais preocupada com o Doutor. Os dois entraram na nave e ela trancou por dentro. Assim que seu marido tirou o casaco marrom e o jogou no coral mais próximo, ela falou: “Então era você! O homem que falou comigo no Ano Novo de 2005 era você! Mas por quê?”

“Eu só queria me lembrar de como tudo começou. Já que eu estou no fim...” O Doutor respondeu com dificuldade.

Rose segurou as mãos dele nas suas. “Não. Não é o fim, é apenas o começo... Um novo começo! Por favor, não evite mais o inevitável.”

“Eu te amo!” O Doutor abaixou sua cabeça para capturar os lábios de Rose, que aprofundou o beijo.

“Eu te amo também! Não importa como esteja.”

“Por favor, se afaste.”

Rose acenou e fez o que ele pediu. O próprio Doutor foi até o console e ligou os motores, fazendo a TARDIS viajar no espaço sem coordenadas. Apenas para sair dali.

Vendo suas mãos brilhar, ele sabia que era a hora. “Eu não quero ir!”

Então, a energia de regeneração tomou conta do corpo dele em forma de explosão. Rose o viu se regenerar duas vezes, mas nada tão forte como dessa vez. Resultado da longa espera para liberar a energia. A explosão foi tão forte que a TARDIS perdeu sua estabilidade e estava pegando fogo.

A próxima coisa que Rose conseguiu notar foi uma voz masculina falando. “Pernas! Eu ainda tenho pernas!” O homem em questão levando uma das pernas para beijar o joelho. “Bom! Braços. Mãos. Dedos, muitos dedos! Orelhas, olhos. Nariz... já tive piores.”

Ele examinou cada parte do corpo. Agora não tinha volta, o Doutor que ela conhecia mudou de aparência oficialmente.

“Cabelo! Espere! Eu sou uma garota! Não, não, não sou uma garota!” Ele puxou o cabelo pra frente. “E ainda não sou ruivo! E há algo mais... algo importante!”

“Doutor?” Rose falou pela primeira vez.

O Senhor do Tempo pareceu notá-la na mesma hora. Ele foi até ela. “Rose! Rose! Como é a palavra? Nós estamos... nós estamos...” Ele pôs dois dedos de cada mão em ambas as têmporas tentando lembrar-se de algo. “Estamos... CAINDO! HA!”

Era verdade. A gravidade da Terra puxava a TARDIS de volta ao planeta. E era em alta velocidade. Mas Rose não se importou muito, pois o Doutor ainda parecia ser o mesmo. E eles não morreram na primeira vez...

Então, o que ela podia fazer é se juntar a ele perto dos controles.

Ele olhou para ela com animação e adrenalina. Os dois se seguraram mais forte quando o Doutor gritou: “Gerônimoooo!!!”

FIM

*456: Alien da terceira temporada de Torchwood.


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Notas finais do capítulo

É realmente uma pena que tudo tenha um fim, mas eu já confirmei que terá uma segunda temporada. Inicialmente, eu queria postar a cada 15 dias, mas às vezes eu ficava ansiosa para ver a reação de vocês e postava mais cedo. Peço desculpas se demorei mais de 15 dias para postar algum capítulo, mas imprevistos acontecem e a vida real vem em primeiro lugar.

Bem, gostaria de agradecer primeiramente a Deus, porque Ele é a razão de minha existência e também a todos os leitores, que são a razão da existência e continuação dessa fic. Mando um carinho especial para a Dani (amo seus comentários), Tiucafange (sinto saudades), breathschmidt, ItSecret, Srta Who, Marry (leitora nova), Joicesales99 e a todos os outros leitores que não se identificaram. ;-) Espero que continuem acompanhando e que recomendem aos amigos. Obrigada e até a próxima.

Obs.: Segunda temporada disponível: http://fanfiction.com.br/historia/624775/Aos_Dias_Que_Nunca_Vieram_-_2_temp/

Obs².: Vocês podem me encontrar no instagram: https://instagram.com/who_is_vanda



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