Crawling escrita por Angel


Capítulo 3
Capitulo 02 – In deep sleep


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas por demorar tanto tempo para postar o próximo capitulo, mas, com a chegada das aulas, a coisa aqui está um pouco corrida, principalmente que estou indo para o primeiro ano e nem sei o que fazer :/
Mas, voltando, agradeço os comentários de vocês, me ajudaram muito a continuar à escrever.

Espero que gostem e que comentem novamente,
Boa leitura,
A.



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Capitulo 02 – In deep sleep

POV Bella

Um barulho irritante soava em meus ouvidos, fazendo com que minha cabeça latejasse a cada batida.

Abri meus olhos com um pouco de dificuldade e percebi estar dentro de um quarto de hospital. Olhei ao meu redor e vi que a porta estava aberta, mas não via nenhum som ou pessoa passando por ela.

Me levantei calmamente, vendo que eu estava com aquelas camisolas horríveis de hospital. Andei em direção a porta e coloquei a cabeça para fora, vendo que não tinha ninguém a vista. Quando coloquei meu corpo inteiro para fora do quarto, um burburinho de vozes entrou em minha cabeça e senti calafrios estranhos em meu corpo.

Olhei para o lado e vi alguém andando em minha direção, mas parecia que não me via já que andava calmamente em, olhando para algo atrás de mim. Quando ele passou por mim, fechei os olhos esperando o baque, mas eu simplesmente senti o mesmo calafrio.

Quando abri meus olhos novamente, vi que ele simplesmente havia passado por mim. Coloquei a mão na frente de outra pessoa que passava a minha frente e vi que ela passou dentro do corpo da enfermeira, como ar.

Olhei para trás de mim e gritei quando olhei para a maca onde estava meu corpo. Ele estava preso por vários fios e tubos, como se meu corpo estivesse sendo controlado por ele. Me aproximei mais e tentei tocar meus pulsos, que era o único lugar sem qualquer fio, mas a única coisa que consegui fazer foi tocar o tecido da maca.

Olhei ao redor e percebi Dean sentado em uma das poltronas de couro. Ele estava com a cabeça entre suas mãos, ele respirava fundo e parecia estar cansado. Senti o mesmo arrepio e vi Sam passando por mim e indo até o irmão. Ele falou algumas coisas e ele se levantou rapidamente, indo para outro quarto.

Os segui e vi John deitado em uma maca, acordado. Eles conversaram por algum tempo, até que John perguntou sobre mim.

– Ela está desacordada no outro quarto. – respondeu Sam. – Ela esta em um coma indeterminado, parece que quando ela caiu do carro, ela bateu em várias pedras antes de chegar até a água, e isso acabou causando muitas fraturas em seus ossos e crânios.

– Não tem nenhuma ideia de quando ela irá acordar?

– Não, nenhuma. Os médicos acham que ela está em um estado vegetativo, que está apenas respondendo por conta dos aparelhos. – dessa vez quem respondeu foi Dean.

– Mas parece que um médico amigo da Bella vai vir aqui continuar as cirurgias e ele acha que pode fazer com que ela acorde, mas, se nada mudar, eles vão desligar os aparelhod.

– Espero que quando ela acorde, ele já tenha sumido. Só concordei com isso porque ela disse antes que ele é controlado e que é bom. – reclamou Dean.

– Mas por que isso?

– É uma longa história, mas resumindo ela namorou um dos filhos dele e ele simplesmente a abandonou no aniversário de 18 anos dela. – comentou Dean.

Carlisle. Droga. Ele era a ultima pessoa que eu queria que me visse nesse estado, pois, se ele vem, toda a família vem atrás.

***

Já haviam se passado dois dias e eu estava naquele momento entre ver meu corpo ou ver o movimento do hospital.

Faltavam apenas alguns minutos para que Carlisle e seu ‘assistente’, Edward, chegassem. Eu ainda não acreditava como eles puderam permitir que ele viesse, mesmo que fosse para meu bem. Eu não poderia aguentar ver ele tocando em meu corpo, eles tocando em meu corpo.

Eu podia sentir tudo o que faziam em meu corpo, cada toque, cada calafrio transmitia para meu estado agora. As cirurgias que eram feitas para colocar meus ossos, retirar hemorragias ou quaisquer outras eram transmitidas pela dor em meu corpo. Não me incomodava tanto, apenas me agonizava por não poder fazer aquilo parar.

Senti uma movimentação maior em meu quarto e me levantei da maca vazia onde me encontrava, fui até o corredor e andei lentamente em direção ao meu quarto, onde várias pessoas se encontravam.

De certo, percebi Sam e Dean junto com algumas enfermeiras que estavam em frente a mim, e de costas para mim, estavam dois homens um pouco mais altos que eu, portando seus jalecos impecáveis e, pela sua pele extremamente branca, seus cabelos e sua voz de sinos, percebi que eram Carlisle e Edward.

– Você poderia nos passar a situação da paciente, Dr. Derek? – pediu Carlisle.

Andei em direção a maca e parei aos meus pés, ao lado de Dean.

– Ela chegou com várias fraturas em suas costelas, pernas, braços e crânio. Fizemos cirurgias de reconstituição e percebemos várias hemorragias em todas as partes de seu corpo, inclusive um pequeno coagulo em seu cérebro. – falou enquanto olhava meu prontuário. – Conseguimos estabilizar a maioria de seus ferimentos, mas o coagulo que se formou rompeu alguns dos principais nervos e sistemas para que ela pudesse se recuperar e acordar com extremo sucesso. Depois de algumas horas, outras hemorragias apareceram em seu fígado, rim, pulmão e estomago, fazendo com que mandássemos ela novamente para o centro cirúrgico, onde ela acabou entrando no estado vegetativo onde se encontra. Depois de alguns exames, descobrimos enormes tumores em sua cabeça, alojados nas áreas de memória, movimento e reflexos. Eles não podem ser retirados por conta de sua posição, as hemorragias aparecem à cada nova cirurgia, fazendo com que ela seja mandada para o centro à cada pelo menos quatro horas.

– Por quê houve tantos ferimentos? – perguntou Edward.

– Quando o caminhão bateu no carro onde se encontrava, ela acabou sendo jogada para fora do carro, onde havia um enorme precipício, em que caiu e bateu em várias pedras antes de chegar até a água. Quando os paramédicos chegaram, já havia se passado cerca de quinze minutos, onde ela passou todo o tempo em baixo da água. – suspirou. – Ela foi encontrada depois de um tempo, ainda viva, foi feito um procedimento para tirar um pouco da água de seus pulmões e ela foi levada para a ambulância.

Senti um calafrio em meu pulso e percebi que Edward o estava segurando, apertando um pouco demais para meu gosto enquanto o médico falava. Percebi, nos olhos dos dois, que eles estavam chocados com tudo o que ia sendo falado, mas eles continuavam com o semblante de ouvintes.

– É um milagre que esta garota ainda esteja viva depois de tudo o que passou. – comentou Dr. Derek.

– Você pode fazer alguma coisa? – perguntou Dean.

– Creio que posso sim, mas será perigoso para ela por conta da delicadeza de seu estado.

– Façam o impossível para que ela volte viva, nem que isso custe alguma coisa. – suplicou Dean.

POV Narrador

A grande lareira a sua frente crepitava incansavelmente, lhe dando ainda mais calor e iluminando a vasta escuridão onde se encontrava. Em sua mente, ele não conseguia se lembrar o porquê de estar ali, era como se houvesse uma enorme nuvem negra em sua mente, impossibilitando de que ele não pudesse se lembrar nem mesmo de seu nome.

Ele ouvia gritos ao longe, mas não conseguia distinguir em que direção vinha por conta do alto eco que se instalava a cada som. Aquilo estava deixando-o agoniado, seu corpo todo tremia a cada novo som, como se aquilo fosse uma tortura para ele.

De repente, ele simplesmente se levantou do banco de madeira e começou a andar sem rumo em direção à escuridão. Suas pernas fracas e seu corpo magro não o ajudavam a se locomover, mas com seus anos já era acostumado com seu estado físico, então isso não o incomodava.

Logo, sua visão começou a clarear, mostrando um enorme salão, que logo foi se mostrando uma enorme recepção de hospital. Todas as pessoas estavam andando de um lado para outro, conversando entre si e trabalhando.

Era um dos melhores lugares para pessoas como ele, por mais que não existam tantas. Esse lugar poderia ser chamado de ‘paraíso dos doces’,

Simples insetos, pensou. Já era tão costumeiro ele ter pensamentos assim perante os humanos, mas ele não tinha a menor consideração pelo seu ‘ganha pão’ de sua vida.

Ele sentiu uma movimentação diferente, era aquela movimentação diferente ao qual ele esperava e dirigiu-se para ela. Ali, havia duas ambulâncias estacionando em frente as enormes portas de vidro.

Vários enfermeiros e médicos abriram as portas, retirando duas macas de cada ambulância (n/a: sei que cada ambulância tem capacidade para uma maca, mas como sou foda, cabem duas :3) e as levando para dentro. Nessas macas, haviam Sam e Dean Winchester, humanos que ainda não tinham tanta importância para que chamassem sua atenção.

Logo, a outra ambulância foi aberta, mostrando as duas ultimas macas, as importantes para eles. John Winchester e Isabella Swan, as almas que mais importavam no momento, as almas que eram tudo o que ele poderia querer.

Mas, o que a Morte poderia querer tanto com duas almas tão mundanas?


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar amores :)

A.