Com Você escrita por SatineHarmony
Notas iniciais do capítulo
Escrevi essa oneshot apenas por distração, mas com o Dia Nacional do Yaoi chegando, decidi tomar coragem - afinal, eu achei o resultado "postável" -, então aqui está. Acredito que as chances de alguém ler isso sejam mínimas, pois Seven Days é um mangá sem adaptação de anime, e também é shounen-ai (em outras palavras, sem lemon), maaas eu acredito que existe alguém por aí que tenha gostado do mangá a ponto de procurar fanfics dele.
Sim, eu ainda tenho esperanças. Agora pare de falar, Satine, pfvr .-.
*cof, cof* mangapark.com/manga/seven-days *cof, cof*
Touji sentiu algo quente roçar nas suas costas. Um arrepio percorreu sua espinha, e ele logo puxou o lençol para cobrir o seu corpo nu. Envergonhado, levou as mãos à face, tentando esconder o rubor que se formava ali.
— Seryou. — o chamado foi seguido por uma risada.
— Não quero saber. — este cortou-o, desviando o olhar.
— Seryou! — Shino se sentiu machucado pela resposta. Touji estava sentado sobre a cama, ao lado do garoto mais novo, deitado. Diferente deste, Yuzuru parecia ter pudor nenhum em estar sem roupas, não se preocupando em cobrir-se. — O que houve, dessa vez eu não o preparei direito? Você está sentindo dor?
— Não, não — Seryou balançou a cabeça negativamente, seus cabelos negros espalhando-se sobre o travesseiro.
— Então o que foi, Seryou? — Shino reprimiu o riso; os ataques de vergonha do seu namorado eram extremamente fofos.
— Será que algum dia nos acostumaremos com isso? — Touji perguntou, reflexivo. — Acordarmos juntos, morarmos juntos, dormirmos juntos... — corou ainda mais, e só então deixou Shino ver o seu rosto.
— Eu não quero me acostumar. — confessou Yuzuru — É muito mais emocionante assim, você não acha? — deu um leve beliscão na sua bochecha de brincadeira. Seryou mostrou-lhe a língua em irritação dissimulada:
— Yuzuru-san, seu bobo. — suspirou, um sorriso formando-se nos seus lábios. Shino fez uma careta:
— Touji. — simplesmente disse, ficando em silêncio enquanto observava as reações do outro. Surpresa. Confusão. Compreensão. Vergonha.
— Sim, Yuzuru-san?... — o garoto respondeu ao chamado, hesitante.
— Yuzuru. — corrigiu Shino. — Sem pronomes de tratamento. Eu acho que nós já temos intimidade suficiente para nos chamarmos pelo primeiro nome. — disse, e, provocativo, deslizou uma de suas mãos pela perna direita de Seryou, que estava descoberta pelo lençol.
— Ei! — exclamou, ficando ainda mais vermelho.
— Desculpa, Touji-chan. — riu Shino.
— Tsc, você mesmo diz que não é para pedir desculpas rindo! — Seryou resmungou, afundando seu rosto no travesseiro, querendo desaparecer de constrangimento.
— Você tem razão, isso foi errado, Touji. — Yuzuru parecia estar verdadeiramente arrependido.
— Desculpas aceitas. — Seryou assentiu, ainda sem olhá-lo nos olhos. Um de seus braços saiu de sob o lençol para pegar uma blusa qualquer jogada no chão. — Vou tomar banho. — avisou, abotoando a peça de roupa.
— Você sabe que isso não é necessário — Shino revirou os olhos, gesticulando para o garoto parcialmente vestido. — E essa blusa é minha. — notou.
— Você não se importa com isso. — bufou Touji, avançando até a porta do banheiro.
— Quer companhia? — Shino não pôde deixar essa passar.
— Yuzuru-s... — Seryou mordeu a língua para não falar o honorífico —, eu nã... — parou no meio da palavra, seus olhos arregalando-se de surpresa.
— Touji, o que foi? — antes mesmo de terminar a pergunta, Shino abaixou o seu olhar, seu queixo caindo com a visão. Um líquido viscoso escorria pouco a pouco por entre as pernas de Seryou, e eles dois sabiam muito bem o que era aquilo. — Oh, Touji, eu...
— Não fale, senão eu ficarei mais envergonhado. — sussurrou rapidamente, seguindo para o banheiro com passos curtos, desaparecendo de sua vista.
Shino jogou-se na cama, sua cabeça afundando no travesseiro. Droga, agora Touji está irritado comigo, pensou. Ele tinha vontade de dar um tapa no próprio rosto por isso — ok, o que acontecera fora um acidente, mas fora ele quem o tinha causado. Suspirou, pensando em mil e uma formas de pedir desculpas para seu namorado. Talvez ele pudesse compensá-lo com um café da manhã na cama?
O clique feito pela maçaneta da porta do banheiro chamou-lhe a atenção. Levantou-se para ver a situação do outro, mas Seryou ainda não tinha saído. Franziu o cenho.
— Sabe... — a voz de Touji vinha do banheiro. — Se você quiser, você pode entrar... Aqui. — seu tom era vacilante — Nee, Yu-chan?
Shino Yuzuru não hesitou em obedecer o seu namorado.
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