David estava sentado na minha cama fazendo massagem nos meus pés, enquanto comentávamos sobre o filme que passava.

– Que horas seu pai vai chegar? – Ele perguntou deslizando uma de suas mãos sobre minha perna.

– Mais tarde. – Sorri, engatinhei até David, e sentei-me em seu colo. – Posso te perguntar uma coisa?

– Claro... Mas me deixa perguntar antes. – Mordeu o lábio. – Você sabia que eu adoro esse seu vestidinho? – Sorriu, ao brincar com a barra da camisola.

Ri meio sem graça, eu vestia uma camisola vinho, meio transparente, que eu havia ganhado algum tempo atrás de Lola. Quando ela assegurou que eu usaria esta camisola em minha primeira vez... Quando o Jean me notasse. O que não aconteceu, de fato.

– Você pretende namorar com a Lola? – Perguntei meio insegura se eu queria mesmo ouvir sua resposta. Ele me encarou por um momento.

– Não. – Acariciou meu cabelo. – Cher... Eu...

– Você...? – Pedi para completasse.

– Eu não namoro. – Ele riu.– Sou um cafajeste.

– Eu sei. – Gargalhei. – Eu conheço um cafajeste.

– Ah, claro... E por que se envolveu com um? – Ri. – Na verdade, com dois.

– Na verdade, com três. – Brinquei.

– Quem é o terceiro? – Perguntou confuso.

– Meu pai.

– Ta de brincadeira? – Gargalhou. – Mas você ainda não respondeu minha pergunta...

– Porque eu gosto. – Mordi o lábio e peguei uma de suas mãos. – A maioria dos cafajestes sabem lidar com uma mulher. – Sorri maliciosamente, acariciando com sua mão minha coxa.

– A maioria não. – Disse David beijando meu pescoço. – Eu sei.

– Convencido. – Ri, o empurrando para deitar na cama, me sentando em sua barriga.

– Você é única, senhorita Dewes. – Ele acariciou minha barriga por cima do pano, com um sorriso bobo.

– Por quê? – Sorri.

– Você retrata uma coisa, e é totalmente diferente. – Suspirou. – Você a cada dia me surpreende, Cher.

– Surpreendo? – Ri. – Cala a boca, vai, bobão.

– Venha calar, bobona. – Deu um sorriso malicioso ao meu puxar pelo cabelo para um beijo.

David me beijou ferozmente, ao retirar aquela camisola vinho que ele gostou. Desabotoei sua calça enquanto ainda nos beijávamos, e de repente, aquele familiar calor me deixou agoniada. Fazendo-me mordê-lo, arranhá-lo e querê-lo só para mim naquele momento.

E mais uma vez, eu estava entregue aos seus braços.