Vampiros & Lobisomens escrita por VFarias


Capítulo 9
Nova Vida.




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Após nossa vizita a alcateia real, nós precisávamos fazer nossas matriculas na faculdade, viajamos correndo para Boston, era incrível a velocidade que nós éramos capazes de atingir, Zara era a mais veloz, mas isso não mudava nada, quero dizer aos olhos humanos quando mais rápido você corre mais indistinto as imagens a sua volta se tornam cada vez mais indistintas, mas para os olhos de vampiro a velocidade e a clareza andam lado a lado, eu enxergava tudo não importava o quanto eu corresse.

A alcateia real de Cleitom e Charlote também se mudariam para Boston, para que ficássemos todos próximos o bastante para qualquer eventualidade, porém aqui eles não morariam numa reserva, com chalés e tudo mais, eles morariam em uma mansão muito parecida com a dos X-men.

Quando chegamos a nossa casa, eu havia esquecido o quão grande ela era, com dois andares e mais terraço de lazer com piscina, área para churrasco, musculação etc.

Na frente de nossa casa havia um quintal imenso, aparte do meio da parede de casa era feita de vidro, e era exatamente onde ficava a escada para subir, o terreno era ladeado por um muro imenso devia ter uns 30 metros de altura, que impedia qualquer vizinho de ver dentro de casa, na frente do terreno um portão imenso feito de madeira preta se destacavam muito no restante do muro branco. Na parte de trás do terreno não havia nada de mais, a não ser a garagem com nossos 4 carros:

Antes eu possuía um Volvo c60, mas com as mudanças fiquei com o carro do meu pai, uma BMW i8 preta, o de Zara é uma Mercedes Sedan prata, Patrick possuía um Porshe vermelho e Anderson tem uma BMW MX6 cinza chumbo.

Dentro de casa a mobilha combinava com tudo com cada detalhe, afinal Zara e Patrick fizeram questão de impor isso na decisão deles, nossa casa se baseava em cores como preto, branco e prata, a ideia da cor prata vinha de algo que Roger havia dito, que o interior de todo vampiro era prata, e então cada canto da casa tinha algo prata como piada interna.

A casa possuía sete quartos, seis deles seriam ocupados, quatro como nossos dormitórios, um como sala de reuniões e outro que serviria como deposito de sangue.

Nossos quartos foram os únicos cômodos que cada um o montaria como quisesse, afinal eles eram nossos refúgios felizes.

Meu quarto tinha as paredes inteiramente brancas, com exceção de uma a parede de trás da minha cama, onde estava exibido o imenso quadro de meus pais e eu, a cor preta dava a sensação de mais escuro e era assim que eu gostava de dormir.

Havia outras coisas como mesas, estantes, etc.

O quarto dos outros possuíam quase as mesmas coisas, porem com cores diferentes, e detalhes diferentes.

A sala de reuniões era branca com mapas, gráficos e planos pintados na parede, com uma mesa quadrada no centro.

Na casa havia também um porão onde guardamos todas as armas que nossos pais usavam, a porta era muito bem escondida de forma que nenhum humano conseguiria ver.

Após arrumarmos nossas roupas no closet, fizemos compras no mercado mais próximo e abastecemos tudo, embora fossem apenas para manter as aparências.

Após terminarmos a arrumação na casa seguimos para a faculdade, onde nos matricularíamos nas matérias e nos treinos.

Eu de vôlei é claro, Patrick de futebol de campo, Zara nas lideres de torcida e Ande para futebol americano.

Nós todos teríamos que tomar muito cuidado para não fazer nada que nenhum humano não fosse capaz, e assim não chamar atenção para o que nós realmente somos.

Encontramos os estrangeiros por lá eles haviam se mudando para uma casa antes da alcateia, afinal eles não morariam com os membros da alcateia mesmo, mas ainda assim eles pertenceriam a alcateia real.

Eles compraram uma casa de frente para nossa praticamente, o antigo dono da residência pois a casa a venda após ser assombrado por um lobo de 5 metros de altura.

Claro que os estrangeiros a compraram no ato.

Não se engane por achar que por eles morarem numa reserva e em chalés, eles não tem dinheiro. As famílias deles são quase tão ricas quanto as nossas.

Seria legal tê-los por perto, e ainda assim eles estariam perto de sua alcateia, muito bom tudo isso.

Eles não praticavam esportes em grupos, mas eles praticavam atletismo, Clovez corria, Lara realizava salto com varas e David salto em distancia. Eles já eram bons quando não eram sobrenaturais, fiquei me perguntando quem seria capaz de derrota-los agora, e era nisso que eles se matriculavam quando os encontramos.

Andamos pelo campus da faculdade depois das matriculas feitas, e acredite se quiser todos olhavam para nós, a transformação em vampiros nos dava uma beleza estonteante, fora do comum e rara, para os lobisomens era diferente porem parecido, a beleza deles era mais rústica, acentuada em pontos próprios deles.

No caso de Lara a tornou-a mais alta alguns centímetros, forte e deu personalidade ao rosto dela, alho que antes era meio vago, acentuaram-se os olhos e a boca, ela estava deslumbrante.

David conseguiu bons músculos a mais, teve sua boca, nariz e queixo “reformados”, ficou fascinante até mesmo para mim.

Clovez por outro lado foi o que mais chamou minha atenção, ele é negro (talvez pareça irônico que ele vire um lobo branco), sua cor foi acentuada, então imagine, seus olhos se desenharam mais, sua boca assumiu um tom avermelhado do qual nunca teve antes, seu nariz afinou um pouco e seu queixo ficou mais quadrado, ele estava incrivelmente incrível, como dizia Patrick.

Continuamos andando pelos corredores, até encontrarmos um grupo de veteranos.

Nos corredores nós como calouros fomos cercados por esse grupo.

– Ei pessoal venham ver esses novatos aqui, temos uns bichos para brincar! – disse um deles. E pude perceber que ele era o mais retardado deles.

– Não sabia que já era tão popular a ponto de até os veteranos quererem me ver! –disse Patrick.

Ele jogou o cabelo de lado e todos nos rimos.

– Você é bem patético BICHONA! – disse outro dos caras. Provavelmente outro idiota.

Eu não estava mais olhando para eles. Olhava para dentro de uma sala de aula que estava tendo aula, provavelmente de veteranos, eles estavam estudando um corpo humanos, eu ouvia tudo dentro da sala, havia uns 4 alunos dormindo, 3 no celular, e dois escreviam em seus cadernos, eu ouvia o som da caneta arranhando o papel, poucos alunos em uma sala de aula. Minha atenção voltou para o nosso grupo quando um deles deu uma bofetada na cara do Patrick.

Por incrível que pareça não rosto do Patrick nem se moveu, afinal ele é muito mais forte que aquele idiota, eu me irritei, mas antes que pudesse fazer algo Anderson fez.

– Vocês não devia ter feito isso! – disse ele passando por Patrick, havia ódio em seus olhos e não havia muito que qualquer um de nós pudesse fazer contra a força de Ande, mas não podíamos deixar que ele acertasse os veteranos provavelmente ele os mataria com um único soco.

Eu o incapacitei na hora e ele caiu de joelhos.

Os estrangeiros se colocaram frente a ele e de costas para os veteranos. Zara usou seus poderes para criar uma barreira entre Ande e o resto das pessoas, nem mesmo ele podia passar por isso.

E Patrick não fez nada, a não ser passar por todos nós e parar diante do cara que o agrediu.

– Minha. – pausa. – vez.

Patrick lhe deu um soco, e eu ouvi três dentes do cara se quebrando.

– Vê se aprende a bater. Até mesmo os gays, batem com soco. – disse ele.

Tomei a dianteira do grupo, não podia deixar que isso se estendesse por mais tempo.

– Deixem a gente em paz, vocês vão esquecer que nos viram que tudo isso aconteceu, só vão lembrar que ele caiu de boca no chão e quebrou os dentes! – eu disse usando a hipnose na voz para que eles me obedecessem.

Desaparecemos da vistas deles assim que eu terminei de falar.

Era com esse tipo de comportamento que eu teria de me preocupar, quando você se torna vampiro suas emoções são aumentadas, tudo que você sente é amplificado, tudo que você quer você passa a querer duas vezes mais.

Seria difícil conter Anderson toda vez que ele explodisse em fúria.

– Me desculpem pessoal, eu não queria causar problemas. – desculpava-se Anderson.

– Cara não se preocupe, mas você precisa melhorar esse seu mau gênio. – disse Lara.

– É cara, se Diogo não tivesse te incapacitado seria muito difícil a gente ter te parado. – disse David.

Eu podia ver o constrangimento de Anderson nos olhos dele.

– Obrigado. – disse ele a mim.

– Cara, nós somos uma família cuidamos uns dos outros. – disse a ele.

Nós voltamos para a nossa casa, os estrangeiros vieram conosco. Estávamos nos acostumando com o cheiro dos lobisomens de tal modo que já não fedia tanto, e acho que eles estavam iguais em relação a nós.

Pegamos uma bebida para comemorar a nossa nova vida e assim se foi o primeiro dia de uma longa jornada.


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