Vampiros & Lobisomens escrita por VFarias


Capítulo 2
Um dia quase normal.




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Caro amigo, meu nome é Diogo Lourenço e eu tenho 17 anos, isso quer dizer que faz 10 anos que eu escrevo diários, e sempre que começo um novo tenho que me apresentar a ele, foi o que minha mãe e meu pai me ensinaram e sim eles escrevem diários também. Bom eu moro em Manhattan, Nova Iorque bem próximo ao Empire State Building, as férias acabaram e eu não me sentia muito pronto para ir a escola, algo me dizia que este ano seria de longe o mais estranho que eu já havia tido em toda minha vida.

Assim como todos os dias durante o período das aulas, me levantei às 6 horas da manhã para ir para a escola, meus pais como de costume já não estavam mais em casa já haviam partido para o trabalho, meus pais eram médicos e muito bem sucedidos.

A algumas coisas que eu odeio e uma delas é comer sozinho, então como sempre me vesti com o uniforme azul marinho de minha escola fui para o meu carro e segui direto para a escola, a essa hora Manhattan esta dormindo a menos pelos estudantes que assim como eu vão para escola.

Chego na escola como em qualquer outro dia, estaciono meu carro e espero por meus amigos.

Não demora muito Zara Lemons e Patrick Luccer, dois dos meus melhores amigos chegam e estacionam ao lado do meu carro.

– E ai cara, como você esta? – me cumprimenta Patrick. – pronto para o seu ultimo ano?

– Estou ótimo e vocês? – pergunto a eles. – a vamos ver no que isso vai dar.

– Estou muito bem. – diz Zara.

Patrick apenas assente com a cabeça.

Agora falta chegar Anderson Lufisco e os estrangeiros, é assim que chamamos três de nossos amigos que moram em Long Island e vieram para cá estudar.

Eles vieram juntos de uma escola de ensino fundamental de lá para estudaram no ensino médio aqui. Eles disseram que queriam novos ares, o que eu achei um pouco estranho já que Island tem um ar muito mais puro que aqui.

Zara se afasta para atender ao telefone, o que é bem comum dela. E quando volta nos explica.

– Era o Ande, ele não vem disse que esta começando a ficar doente. – disse ela.

– Vamos vê-lo depois da aula. – disse Patrick.

Sempre desconfiei que houvesse algum sentimento da parte de Patrick por Anderson. Sim Patrick é gay.

Os estrangeiros chegaram. Fui cumprimenta-los.

– E ai, David, Clovez, Lara. – toco na mão dos rapazes e beijo Lara no rosto.

– E ai, onde esta o Ande? – pergunta Lara.

– Esta doente não virá hoje. – disse Patrick, ele e Lara tinham alguma rincha pelo Ande, nunca entendi direito.

Subimos para a aula, Patrick e Lara são mais novos que a gente um ano e foram para a turma do segundo ano, Clovez, David, Zara e eu subimos para os terceiros anos. Somos todos da mesma sala desde o primeiro ano do ensino médio.

Minha primeira aula do dia era História, e sem duvida nenhuma é uma das minhas aulas favoritas, meu professor é muito didático e surpreendentemente jovem. E sabe muita coisa, ele não é do tipo que lê o livro didático e fica falando o que acabou de ler.

– Bom dia classe. – chegou ele na sala. – Espero que estejam preparados para as nossas duas aulas de hoje. Eu tinha preparado para hoje algo como guerras civis ou coisas do tipo, mas devido ao baile de inverno temático que a escola proporciona todos os anos, eu vou focar em algo mais mitológico, ou não a respeito do tema do baile.

– E o que seria exatamente? – pergunto ao professor.

– Vampiros e lobisomens, Diogo. – me respondeu ele. – alguém sabe quando surgiu o primeiro vampiro no mundo?

Ninguém levantou a mão, exceto uma garota que por sinal era nova em minha sala.

– Senhorita? – perguntou o professor.

– Stefanni. – respondeu ela. – o primeiro vampiro do mundo surgiu à 1500 anos atrás.

– Correto, e alguém sabe quando surgiram os primeiros lobisomens da história? – perguntou o professor.

E mais uma vez ninguém levantou a mão, mas a mesma menina falou.

– Não sei exatamente, mas foi antes dos vampiros. – disse ela.

– Foi a 2000 anos atrás. – disse outro garoto novo. – Meu nome é Cleitom.

– Mais algum aluno novo? – pergunta o professor.

– Eu, meu nome é Rennan. – disse ele, de alguma forma ele e a garota Stefanni eram surpreendentemente iguais. Só podiam ser gêmeos.

– Muito bem é um prazer conhecê-los, eu sou o professor Roger. – disse ele se apresentando. – vamos continuar com a aula.

A aula foi realmente muito interessante, vampiros e lobisomens lutaram por território e até mesmo por poder, juntos e um contra o outro nas guerras civis comuns, sei que vampiros e lobisomens não existem, mas se eles participaram das guerras civis, não entendo como algum lado pode ter ganhado.

As duas aulas de história passaram como um piscar de olhos, a aula a seguir era Álgebra com a Sr.ª Dodds, uma senhora de meia idade, que falava baixo e calmamente, como se quisesse que dormíssemos em sua aula e no final do semestre nos dava um 10 como nota e falava que não tínhamos tempo de aprender com ela por isso nos dava nota de graça.

Saindo da soneca, EPA, saindo da aula de álgebra partimos para o intervalo, encontramos Patrick e Lara que pareciam ter saído da aula de biologia pois estavam com sangue de sapo na roupa.

A garota nova da minha sala, Stefanni esbarrou em Patrick e viu o sangue em sua roupa.

– Isso é sangue de sapo? – perguntou ela, sua voz era suave e um pouco cantada.

– Sim, me desculpe pelo esbarrão. – disse Patrick.

– Não foi nada. Sangue de sapo não é dos meus favoritos, prefiro felinos. – disse ela com um sorriso, algo nos olhos dela me chamou a atenção.

– O que ouve com seus olhos? – pergunto.

– Nada, por quê? – responde ela com outra pergunta.

– Pensei ter o visto ficar vermelho. – digo, ainda olhando para seus olhos.

Ela me olhou curiosa.

– Irmã, vamos! – chamou o outro.

E quando ela se virou pensei que tinha visto seus dentes crescerem.

Fomos para o refeitório, sentamos a mesa onde sempre sentávamos.

Estava pronto para perguntar se mais alguém havia visto os olhos e os dentes, quando Lara tomou a dianteira.

– Alguém aqui vai ao baile? – decidi deixar esse assunto de lado. Deve ter sido minha imaginação.

– Claro, nosso ultimo baile de inverno nesta escola. – disse Patrick.

Nossa escola oferecia para os melhores alunos do segundo ano e da escola no caso Patrick e Lara a realização de uma prova para ver se são realmente aptos a pularem o terceiro ano e irem para a faculdade conosco, por isso esse era também o ultimo baile deles.

Eu não estava prestando muita atenção no assunto do baile, estava olhando para o outro lado da sala, para Stefanni e seu irmão.

Eles encaravam o garoto do outro lado do refeitório, o Cleitom que estava rodeado de garotas por ser bonito e tudo mais, ele os ignorava na maior parte do tempo, mas de vez em quando olhava de esguelha para eles.

O resto das aulas não foi nada empolgante, Literatura inglesa e Geografia.

Saindo da escola meus amigos foram para a casa do Ande, mas Patrick eu e Zara tínhamos treino. Eu de vôlei, Patrick de futebol de campo. Sim ele é um gay fascinado por futebol, nada de mais. E Zara era a capitã das lideres de torcida. E esse seria seu ultimo campeonato nesta escola então ela estava dando o melhor de si.

Treinei como um louco, meu técnico pegou pesado comigo por ser o capitão do time. E por ser o melhor ponteiro que ele já teve, assim dizia ele.

Quando meu treino acabou eu corri para o campo, pois esperava ver as lideres de torcida em seu ensaio antes do inicio do campeonato, elas são muito boas no que fazem.

Elas estavam em seu ultimo giro, quando cheguei e Patrick estava saindo do campo, vamos ver o Ande, disse ele a mim, assim que me viu.

– Vão sem mim, eu vou demorar ainda, vou tomar banho aqui, encontro vocês lá. – disse Zara.

Chegando ao estacionamento Stefanni e seu irmão, estavam nos esperando.

– A comida chegou. – disse ela.

O resto eu não entendi o que aconteceu. Quando dei por mim, ela estava apertando minha garganta tentando me sufocar com uma força que não podia ser dela, seus globos oculares estavam muito vermelhos e seus dentes enormes.

Demorei uns três segundos para entender o que ela era. Ela é uma vampira.

Quando consegui olhar para o lado, Rennan estava com Patrick preso da mesma forma que eu. Ambos tentávamos gritar, mas o som não saia.

O que houve a seguir foi ainda mais estranho.

Meu professor de história Roger Cuper surgiu do alem e quebrou o pescoço de Stefanni como se fosse um graveto. Depois surgiu atrás de Rennan e lhe aplicou um golpe de judô quebrando-lhe a coluna. E depois o pescoço.

– Vão embora, antes que eles acordem. – disse meu professor.

– O que você é? O que eles são? – pergunto apavorado, mesmo sabendo a resposta.

Ele não me respondeu!

– Pegue Patrick e leve-o com você para sua casa. Encontro vocês lá para explicar tudo em uma hora. Vai! – mandou ele.

Corri para o Patrick peguei em seu braço e o ajudei a se levantar, coloquei no meu carro e segui direto para casa.

Estava apavorado, em pânico de que Stefanni e Rennan voltassem, mas como poderiam estavam mortos, meu professor de história os matou.

– O que aconteceu? – perguntou Patrick quando estávamos chegando à minha casa.

– Eu não sei, fomos atacados por... – eu sabia o que eram, mas dizer a Patrick só iria piorar o pânico dele. – o professor Roger ira para minha casa para explicar para nós. – digo a ele.

Eu estava calmo até, nervoso claro, mas calmo precisava manter-me assim para cuidar de Patrick que estava em choque.

– Venha, vamos para dentro. – convido-o. Quando chegamos à minha casa.

Subimos pela garagem, fui para a cozinha e preparei uma água com açúcar para acalma-lo.

Esperar foi á parte fácil, o difícil foi manter Patrick calmo.

– O professor Roger logo vira. – eu dizia e nada adiantava.

Lembrei que meus pais sempre contavam histórias de vampiros e nunca levei nada a sério. Agora Patrick e eu fomos atacados por dois.

A campainha toca, corro para atender a porta e abro a porta e vejo o Roger, meu professor.

– Como você está Diogo? – perguntou ele.

– Assustado, mas bem. – digo. – Entre, me ajude com Patrick ele esta em pânico.

Ele passou pela porta, e foi ao encontro de Patrick.

– Como conseguiu lutar contra aqueles vampiros? – pergunto.

– Então você sabe o que eles são?

Olhei para ele com uma cara patética por que ele riu.

– Desde que me conheço por gente, vampiros sempre foram aqueles que sugam sangue e tem presas. – respondo.

– Correto. Bem, respondendo a sua pergunta, eu só pude enfrenta-los porque sou um vampiro também.

Me afastei na mesma hora. Patrick estava em choque de mais para tomar qualquer atitude.

– Se aclame eu não mato os humanos. – diz ele a mim. – Tem alguém chegando.

A campainha toca.

Abro a porta, é uma mulher ela possui uma beleza admirável, uma beleza que não é desta época, é tão antiga quanto ou mais que a dos reis e rainhas.

– Pois não? – pergunto.

Ela me ignora e passa pela porta.

– Roger! Quanto tempo. – disse a mulher.

– Bridgit! – disse ele, e fez uma leve reverencia. Que me fez perguntar se ela era uma rainha– é um prazer revê-la.

– Esta contando sobre nossa existência a esses fedelhos, cujos pais são o que são. – disse ela a ele.

– O que meus pais são? – pergunto.

– Calado. Roger você sabe que eu sou compreensiva se alguns dos meus irmãos descobrissem o que aconteceu a eles, eles e você estariam mortos. – disse ela.

– Eu sei. – disse ele.

– Você também sabe que eu na posição que me encontro posso te dar apenas três opções: primeira, os transforme, segunda os mate, e terceira os hipnotiza a esquecer de tudo o que viram e ouviram até agora.

– Você sabe que a hipnose não dura para sempre. – diz Roger.

– Mas posso fazer com que achem que é um sonho. Um pesadelo no caso. – disse Bridgit.

– Ei, vocês estão falando de Patrick e eu como se nós não estivéssemos aqui. Deviam pedir nossas opiniões. – digo ficando irritado com aquela tal de Bridgit!

– Caldo! – disse Bridgit. E algo na sua voz fez com que eu perdesse a vontade de falar algo. – Faça sua escolha Roger.

– Hipnose! – diz ele. – esses meninos não podem morrer.

Ela se virou para mim.

– O ataque dos vampiros foi um pesadelo, você não sabe de nada sobre isso, vampiros continuam não sendo reais para você, você vai esquecer que me viu, e o que você fez foi trazer Patrick para sua casa, pois ele estava passando mal e não podia dirigir. Você vai dormir agora e acordar daqui a 10 minutos.

Eu fiz o que ela mandou, fui para o outro sofá e dormi.

Antes a vi se virando para Patrick e falando as mesmas coisas.


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