Vampiros & Lobisomens escrita por VFarias


Capítulo 11
O Caçador.




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O resto das férias de verão se foi, e quer saber foram as melhores férias da minha vida.

Mesmo sem meus pais para me apoiar na ida da faculdade, eu tinha meus amigos, a minha nova família.

É as coisas estavam diferentes, eu era independente, responsável por mim mesmo, por meus atos que agora tinham um peso ainda maior por causa da vida de vampiro. Eu havia pago minha faculdade um valor de US$ 200.000,00 investidos em medicina, em um futuro de salvar vidas, nada melhor, o que me surpreende é que ainda tinha muito dinheiro a guardado, e não fazia ideia de como usa-lo, mas então parei para pensar, eu teria uma eternidade para gastar ele.

Cheguei a cogitar na ideia de que deixaria para meus filhos. Mas então lembrei que não terei filhos, um dos preços a se pagar por ser vampiro.

Me livrei rápido deste pensamento e me lembrei de algo que Zara havia falado: Eu adoto.

Quem sabe daqui uns anos nós não podíamos adotar uma criança e quando ela estivesse grande o bastante nós contássemos a verdade a ela e ela poderia se transformar em vampira também.

Como dizia as coisas estão diferentes eu passava nas ruas as pessoas me olhavam diferente, alguns com inveja, outros com raiva, algumas pessoas com aquele olhar de que delicia, o calor não em oferecia desgaste, ou seja eu não suava, não me cansava e nada do tipo.

Quando comprei os livros da faculdade vi que a minha mente possuía espaço suficiente para armazenar todos os livros da faculdade e ainda sobraria MUITO espaço livre.

Eu sempre processei informações rapidamente, sempre aprendi rápido e tinha uma pré disposição para decorar coisas, mas agora estavam 10 vezes mais rápido.

Tudo ao meu redor fazia sentido, quero dizer... Quase tudo.

Zara, não me fazia sentido algum, mulheres são complicadas, pela graça de Deus após se tornar uma vampira a TPM desaparece, porem como disse Giulia o cérebro ainda esta acostumado com a contagem mensal fazendo com que ela seja atingida por isso pelo menos por mais uns ¾ meses, já havíamos passado um.

E isso quer dizer, uma vampira de muito mau humor.

– Pelo menos não tem a cólica. - dizia Giulia para tranquiliza-la.

Patrick levava tudo numa boa, ele se sentia fabuloso com tudo o que estava acontecendo, com toda atenção e toda a beleza que lhe fora atribuída, “chega de cremes” dizia ele. Ele estava superanimado e ansioso, pronto para se mostrar ao mundo universitário.

Todos nós estávamos bem colocados dentro da faculdade, sem usar hipnose ou coisas vampirescas do tipo. E éramos apenas calouros.

O bom de ter uma casa perto do campus é que não se precisa morar nele. O que seria bem perigoso, pois nós bebemos uma quantidade grande de sangue por dia e isso seria difícil de esconder das pessoas que moram no campus.

Bastaria um descuido e pronto todos saberiam sobre nós.

Em nosso primeiro dia de aula acordamos bem cedo para ir, sim havíamos decidido dormir aquela noite.

Todos nós nos vestíamos roupas comuns, nada que chamasse ainda mais atenção para nós do que precisávamos.

– Olá alunos! – disse o Professor. – eu me chamo Leans, darei aula de Embriologia Humana.

Disse o professor assim que entramos na sala.

Fizemos uma apresentação rápida de todos para todos, foi bem legal, havia pessoas de todos os lugares possíveis imagináveis lá.

O primeiro dia foi tranquilo, ouvimos um pouco sobre nosso curso, depois tivemos o intervalo e tudo mais, normal nada de mais.

O campus era enorme, e possui uma das melhores pizzas das quais eu já comi na vida, embora não fosse necessário que eu comece comida humana, nós queríamos manter as aparências pelo menos no começo.

Saindo do Campus após o primeiro dia de aula, um homem veio falar conosco, eu o reconheci, ele era o professor dos veteranos que eu ouvira na primeira vez que fui ao campus.

– Hey você. – chamou o ele. – como é seu nome?

Ele apontava para mim.

– É uma cortesia dizer o próprio nome antes de perguntar o da outra pessoa. – digo, talvez parecendo um pouco rude.

Sinto o sorriso de Patrick se formando atrás de mim.

– Denis Jovel. – disse ele.

– Diogo, Diogo Lourenço. – respondi.

– Ele conhece seus pais. – disse Patrick entre dentes, tão baixo que somente um vampiro e talvez um lobisomem pudesse ouvir.

– Sabia que era você. – disse ele. – Sinto muito pelos seus pais. E eu não esperava que falassem desta maneira.

– Nunca ouvi meus pais falarem de você. – digo a ele. – Quando você os conheceu?

– Nós nos conhecemos no trabalho, não éramos do mesmo grupo, mas fomos treinados juntos. – disse ele.

– Bom nós estamos com um pouco de pressa. – disse Patrick, ele parecia nervoso. – temos que ir.

– Não antes de eu lhe dizer algo. – disse o homem.

Eu estreitei os olhos e disse.

– O que você tem a me dizer? – pergunto.

Ouvi Patrick dar um passo a frente e estender a mão para segurar meu braço eu afastei a mão dele com um leve empurrão.

– Eu namorei a sua mãe no passado. – disse ele. E eu estreitei ainda mais os olhos. –Uma mulher encantadora se me permite dizer você não faz ideia de como ela me ajudou com o emprego e tudo mais.

Eu sabia que ele falava dos caçadores, e eu também sabia que ele sabia o que nós éramos. Ele sorriu o que me fez arregalar os olhos.

– Eu não quero saber. – digo. Ele estava começando a irritar.

– Mas no colégio quando estudamos juntos, ela era uma vadia. – disse ele. – dormia com todos os caras possíveis imaginários.

As mãos de Zara estavam no meu braço. Como se ela fosse me segurar. Eu tremia de raiva, mas ainda estava parado.

– Mas você precisa saber. – disse ele. – sua mãe me fez entender o que éramos, o que devíamos ser e que nós devíamos cobra por nosso trabalho, porem cobrar de quem.

Ele olhou para cima, para céu, como os cristãos olham buscando Deus.

– Cobrar de Deus? – perguntou ele. – não... Aquela vadia da sua mãe me deu a resposta. E quando eu finalmente cobrei, minha família foi morta.

– Cai fora daqui. Antes que eu mate você! – digo a ele cuspindo as palavras por entre os meus dentes trincados. Via que a raiva estava tomando conta de mim, o que é fácil para um vampiro, pois suas emoções tomam um grau de elevação do tamanho do mundo.

– O que é garotinho, não aguenta ouvir a verdade sobre a mamãe. – diz ele a mim. – não aguenta ouvir que ela era uma prostituta.

Não vi o que fiz, me separei do aperto de Zara e corri até a frente dele com a mão em seu pescoço.

– Nunca... mais ... ouse falar... de minha mãe novamente. – digo a ele. Meu dom saia em minha voz, fazendo com que ele se contorcesse de dor, meus dedos não afrouxaram um segundo seu pescoço enquanto eu falava, meus amigos estavam atrás de mim no mesmo instante, até os estrangeiros haviam vindo.

– Diogo eu vi a mente dele, ele inventou toda a parte ruim de sua mãe, ele queria isso, provar para si que nós éramos vampiros. – disse Patrick.

Zara pousou as mãos em meu rosto me obrigando a olha-la, na mesma hora larguei seu pescoço e ele caiu de joelhos, ainda sentindo dor.

Corri para o carro antes que eu perdesse o controle de novo e o matasse.

Zara veio logo atrás, mas antes deu uma bofetada na cara do homem, e entrou no lado carona.

– Calma Di, esta tudo bem! – dizia ela.

– Como esta tudo bem, você ouviu o que ele disse, ele culpa minha mãe por ter sua família morta e ainda a chamou de vadia! A minha mãe! – dizia eu.

Liguei o carro e segui em disparada.

O telefone de Zara toca.

– É o Patrick, ele quer falar com você. – disse-me ela.

– Põem no viva voz. – digo a ela.

Diogo, eu li a mente dele. – disse Patrick ou telefone.

– E ai? – pergunto tentando manter a calma.

Bom, ele de fato conheceu a sua mãe, e eles tiveram um relacionamento, eles namoraram durante o ensino médio, na verdade parte do ensino médio, o segundo ano apenas, depois sua mãe conheceu seu pai e terminou com ele. O fato é que ele é um caçador igual a ela, mas ele possui uma diferença ele é mercenário, o que quer dizer que ele vende serviços de morte para outros vampiros, lobisomens e antes para bruxas. Ele é um dos mais poderosos caçadores já vistos em todo o mundo. – disse Patrick.

– O que ele faz aqui? – pergunto.

– Ele esta investigando o grande numero de vampiros e lobisomens que se mudaram para cá. Não consegui ver como ele descobriu quantos se mudaram, mas ele sabe, ou estima um numero bem próximo. Ele esta disfarçado de professor para se aproximar das pessoas com mais facilidade e assim poder mata-los se for pago para isso. Ele não parece estar preocupado com você, ou com nenhum de nós, mas uma sombra negra passou pela mente dele, depois que você o derrubou.

– Como assim uma sombra negra? – pergunta Zara.

Não sei, mas não parece ser nada bom era algo antigo maligno e sem a menor duvida perigoso.

– Obrigado Patrick, mas não quero ouvir mais nada. – digo a ele e Zara desliga o telefone.

– O que faremos? – pergunta Zara a mim.

– Buscaremos informações sobre este caçador. – digo a ela.

– Onde? – pergunta.

– Roger. – digo. – mande uma mensagem o mandando ir direto para nossa casa.

– Certo. – diz ela.

O caminho de casa é tranquilo, nada de ruas e avenidas movimentas sem faróis o que me deixa a vontade para pisar no acelerador.

– O que aconteceu? – perguntou Roger assim que desci do carro.

– Quem é Denis Jovel? – pergunto.

A expressão dele mudou.

– Vamos conversar lá em cima. – diz ele.

Subimos as escadas em questões de segundos, nossa casa era decorada de forma moderna e antiga ao mesmo tempo o que dava uma impressão de infinito e chegamos ao terraço.

– Ele é um caçador muito perigoso, não achei que estaria aqui. – disse Roger. – como nos encontrou tão rápido.

– O que ele quer de mim alem de me dizer que minha mãe matou a família dele? – digo.

– Sua mãe não fez isso. Sua mãe acreditava nas coisas de uma forma diferente, ela indagava o sobrenatural como um Deus, e achava que merecia um pagamento por arriscar sua vida para manter o equilíbrio. Porem ela sempre teve juízo e não cobrou isso, ela questionava que o sobrenatural deveria lhe dar mais poderes como pagamento, porém Denis foi burro o bastante para pedir. – começou ele. – A uns 20 anos atrás sua mãe lhe contou o que achava, suas suspeitas e seus planos. Ele distorceu tudo em sua mente. E Pediu a uma bruxa que fizesse com ele ficasse no meio do sobrenatural, para que pudesse pedir por pagamento. A bruxa o alertou de tudo, dos riscos que ele corria por querer aquilo, e disse também que haveria um sacrifício pelo pagamento.

– Que sacrifício? – pergunto.

– Veja bem, toda magia poderosa que mexa com o sobrenatural de alguma forma exige um sacrifício seja ele do que for. O pedido dele foi alto, e como pagamento por seu pedido, lhe foi tomada toda a sua família. – terminou ele.

– Ok, quando estava olhando a mente dele, chegou um ponto, provavelmente esse ponto, eu não consegui ver. – disse Patrick. – uma mancha negra apareceu e me impediu de ver.

– A bruxa deve ter feito isso, para impedir que alguém tentasse fazer o mesmo. – disse ele. – Depois que Denis viu o que tinha feito, culpou sua mãe por lhe mostrar esse caminho. Todos os caçadores foram beneficiados com o pagamento. Mais força e mais poder. Porem somente Denis foi punido. Ele culpou sua mãe por anos, e ao que aprece ainda culpa.

– Bom, eu vou mata-lo assim que o ver novamente. – digo sentindo muita raiva.

– Espero que ele não saiba que você é um vampiro? – pergunta Roger.

– Sim ele sabe que sou eu o ataquei. – digo em resposta.

– Ótimo, teremos um caçador atrás de nós. – disse Patrick.

– Isso mesmo. Ele já deve saber que são todos vampiros. – diz Roger com uma cara séria.

– Ele sabe a estimativa de Vampiros e Lobisomens que se mudaram para cá. – contou-lhe Anderson.

– Como... – ele parou e Patrick captou um pensamento, algo não dito.

– Ele tem uma bruxa, a mesma bruxa que lhe fez o feitiço. – contou-nos Patrick.

– Vou falar com os outros precisamos manter todos em prontidão, e vamos marcar uma reunião com os lideres o mais rápido possível. – disse Roger pulando de minha casa para a sua.

– Alguma noticia dos lobos? – pergunta Zara a Patrick.

– Disseram que iam para a mansão estavam aprendendo alguma coisa. – responde Anderson depois que Patrick balança a cabeça negativamente.

Desci para meu quarto e fui direto para o banho.

– Como se sente? – perguntou Zara na porta do banheiro.

– Estou bem! – digo a ela em resposta, um pouco mais frio do que pretendia.

– Tem certeza? – perguntou ela preocupada.

– Tenho. – respondi desta vez mais suave. E eu estava mesmo bem. Muito mais do que queria demonstrar, eu queria lutar, mostrar aos meus pais do que eu era capaz, defender minha mãe daquele filho da ...


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