Rara escrita por gabrielalr


Capítulo 4
Edward




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Duas horas depois de Seth ter me contado como era essa história de imprinting, voltei para casa. Minha cabeça girava. Eu pensava em várias coisas ao mesmo tempo; deve ser por isso que meu pai entrou no meu quarto naquela noite.

– Renesmee? Filha? - cauteloso, meu pai entrou no quarto. Estava vestido como se fosse a algum lugar importante.

– Entre, pai - eu disse, tomando cuidado com meus pensamentos. Mas de que adiantava? Ele já tinha ouvido tudo... porque meu pai tem que ler justo a minha mente? Mamãe tem sorte.

– Sim, sua mãe tem sorte - disse meu pai, sorrindo. Eu revirei os olhos e esperei. O que será que ele diria? Ele entendia desse negócio, imprinting. Todo mundo entendia, menos eu.

Sentei na minha cama, abraçando os joelhos. Meu pai se sentou ao meu lado.

– Pode ficar tranquila, Ness. Como foi o primeiro dia de aula?

– Foi bom. Meus professores são ótimos, mas não conheci muita gente ainda - dei de ombros.

– Jacob a buscou no fim das aulas?

– Sim, ele me buscou.

– Isso é bom. - ele parou por um tempo, pensando nas palavras, talvez. - Filha, deve saber que não sou muito fã de Jacob Black.

– Sim, sei da saga dele e da mamãe. - ri baixo. Jake havia me contado sobre os problemas que enfrentaram, e da pequena inclinação amorosa que eles tiveram.

Papai não riu.

– Em algum momento, Jacob irá te contar algumas... Coisas. Coisas que vão parecer mais complicadas quando ele contar. Seth foi superficial, mas Jacob não irá poupar as palavras e os sentimentos dele.

Respirei fundo e deixei que meu pai terminasse.

– O imprinting é uma coisa estranha. Eu não entendia até acontecer com Jacob e você... Eu iria mentir se dissesse que ele não nos ajudou na sua criação, porque ele ajudou. Ele te protegeu da maneira que todos aqui te protegiam, apesar de eu não gostar muito da presença dele. Agora, Ness, quero que escute bem.

Ele me olhou, por algum momento, nos olhos. O que eu poderia dizer? Era meu pai, a pessoa que eu admirava como herói. A ligação que tínhamos era algo que não poderia ser fraco. Edward ficou sério, apesar de haver um certo brilho em seu olhar.

– O amor não é algo que controlamos; ele apenas acontece. Se, algum dia, isso acontecer entre você e Jacob, eu irei aceitar. Sua mãe também aceitará. Só peço que seja cautelosa e sensata como sempre foi.

– Eu o vejo como um irmão agora, papai. Se algo a mais acontecer, você saberá, não é mesmo? - sorri.

Papai retribuiu o sorriso e começou a se dirigir à porta.

– Eu te amo, Renesmee. E Esme preparou um jantar para você, algo como frango e batatas. Está te esperando na cozinha.

– Também te amo, papai. Avise a Esme que já estou chegando.

E então Edward foi para junto da mamãe, me deixando com mais dúvidas do que antes de sua chegada. Ele era um bom pai. Mamãe o idolatrava, e com razão. Meu pai era diferente, único. Me senti mais leve, e saí de casa para jantar na casa de Esme.


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