Beauty Queen escrita por Rocker


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei que demorei e tals, mas é que to mto cheia de coisa pra fazer, são muitas fics pra escrever e muitas ideias novas para novos projetos chegando. Nem sempre tenho tempo para uma ou outra, ainda mais nessa semana de provas, mas aos poucos vou dando um jeito e atualizando as fics. Só não me abandonem, ainda mais quando tenho mais de quarenta leitores e muito poucos comentam. Enfim, é isso, aproveitem o capítulo!



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Capítulo 4

– Venham. – disse o castor, apressando-os. – Não é bom ficar aqui depois que anoitece.

Atravessaram um grande paredão de pedra e, bem abaixo, em um vale, viram um dique de castores bem grande, com luzes alaranjadas atravessando as pequenas janelas.

– Ah, que maravilha! – exclamou o castor. – Parece que minha esposa já esquentou a água para uma xícara de chá.

– Que gracinha! – disse Lúcia.

– Um dique modesto. Há muito a fazer, ainda nem terminei. Vai dar um trabalho nanado.

Ele começou a descer o vale cautelosamente para não escorrer na neve. Mas Edmundo segurou o pulso de Selene.

– Tem certeza que ele é confiável? - ele perguntou, receoso.

Selene, porém, quase ficou irritada com isso. E quando ele conversara com a Feiticeira e aceitara levar seus irmãos até ela?! Ele tinha confiado nela por um punhado de Manjar Turco e um falso trono.

– Acho que precisa rever suas prioridades, Filho de Adão. - ela disse secamente, voltando a descer pelo dique.

Ali estava. Novamente. O mesmo tom de voz, a mesma entonação marcante. Selene lhe pareceu, naquele momento, tão parecida com a Feiticeira, quanto diferente naquele momento de fraqueza na caverna de Tumnus. Edmundo chegara até a arrepiar ao se ver comparando as duas.

– Castor, é você? – perguntou uma castor, saindo pela porta do dique. – Estava preocupada. Se souber que saiu com o Texugo outra vez...

Ela mesma se interrompeu ao ver o marido acompanhado de mais quatro humanos e da feiticeira.

– Ah, não são texugos. – disse ela, emocionada. – Eu nunca pensei que viveria para ver esta cena. Olha o meu pelo! – disse para o castor. – Podia ter avisado para eu me arrumar.

– Avisaria uma semana antes se fosse adiantar. – disse o castor, fazendo todos rirem.

– Podem entrar. – disse a castor. – Vamos ver se conseguimos alguma comida... – virou-se para o castor. – E uma companhia civilizada.

– Cuidado. Olhem onde pisam. – disse o castor, entrando e sendo seguido pelos demais.

– Desculpe a bagunça. – pediu a castor. – Não consigo tirar o castor da cadeira.

Edmundo parou por um segundo, olhando para as colinas onde se encontrava o castelo da Feiticeira Branca. Selene, que esperava para que todos entrassem, percebeu a hesitação de Edmundo.

– Melhor não fazer isso. - ela avisou, e ele se assustou ao ver que fora flagrado.

– Isso o quê? - ele perguntou, realmente confuso.

– Sabe bem do que falo. - ela disse, mas do modo seco e frio que lhe falara antes. Selene estava apenas... Decepcionada? - Vem, vamos entrar.

Edmundo assentiu, concordando, e eles entraram. Edmundo sentou-se nas escadas, afastado dos outros e, por alguma razão desconhecida por ele, Selene se sentou ao seu lado, mesmo havendo lugares vagos à mesa. Selene, porém, sentara-se ali por um único motivo. Apenas uma única tentativa que ela tentaria quando ele se decidisse. Mas sabia que era algo inevitável. Já era algo escrito pelo destino. E o destino nunca erra.

Os outros estavam sentados à mesa enquanto Susana ajudava a Sra. Castor a encher todas as xícaras de chá.

– Não há nada a fazer para ajudar Tumnus? – perguntou Pedro.

– Foi levado para a casa da Feiticeira e você sabe o que dizem. – respondeu o Sr. Castor. – Poucos são os que passam pelo portão – virou seu olhar para Lúcia – voltam de lá.

– Peixe com fritas? – perguntou a Sr. Castor, tentando melhorar o clima tenso.

– Mas há esperança, querida. – disse a Sra. Castor, apoiando a mão no ombro de Lúcia. – Esperança.

O Sr. Castor engasgou-se com o chá que tomava.

– Ah, sim. – disse. – Muito mais que esperança. – abaixou a voz, fazendo suspense. – Aslam está a caminho.

Todos o olharam, sem entender nada. Selene sabia, ela sabia de tudo, mas não achou apropriado ela mesma falar. Edmundo então, sem se levantar, perguntou.

– Quem é Aslam?

Os castores começaram a rir.

– Quem é Aslam? – zombou o Sr. Castor. – Ele é muito engraçado.

Ele continuou a rir, mas parou ao levar uma cotovelada da esposa.

– O que foi? – perguntou a ela. Ela então indicou os garotos, que ainda olhavam-nos confusos. – Vocês não sabem não é?

– Bom... – disse Pedro. – Não estamos aqui há muito tempo.

– Ele é só o Senhor dos Bosques. – disse o castor. – O maioral. O verdadeiro Rei de Nárnia.

Edmundo, sem falar nada mais, se levantou, mas sentiu seu pulso sendo puxado. Ao baixar seu olhar, encontrou os olhos azuis de Selene.

– Pense bem, Eddie. - ela sussurrou, apenas para ele ouvi-la. - Não vale a pena.

Edmundo não lhe respondeu, e muito menos voltou a olhar para imensidão azul de seus olhos. Ele achava que, se o fizesse, não conseguiria mais fazer o que pretendia. Ele estava prestes a ir, quando Selene tornou mais forte o aperto. Quando Edmundo voltou sua atenção para a menina, ela tirou algo das dobras do vestido. Um pequeno pedaço de vidro, que refletia como gelo. Colocou sobre a palma do moreno, e fechou seus dedos sobre o vidro, como se dissesse que era um objeto realmente importante. E era.

Edmundo olhou-a confuso, mas ela apenas sorriu tristemente. - Leve consigo, é importante.

Ele assentiu, e colocou o pedaço de vidro em suas vestes e saiu para o frio da neve. E por mais que Selene sentia-se decepcionada, sabia que era algo já escrito. O destino nem sempre era algo que podia-se ser moldado. Neste caso, por exemplo. Uma profecia, há muito tempo escrita, afirmava sobre uma traição. Não era algo que nem mesmo ela, a Princesa do Gelo, pudesse alterar.


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Notas finais do capítulo

Observação importante, o pedaço de vidro realmente será importante!



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