A Sexta Guardiã escrita por Rocker


Capítulo 3
Capítulo 2 - Verdade ou... verdade.


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo pra vcs!! Eu ia postar antes, mas eu preferi ficar revisando várias vezes para garantir de que esteja perfeito (ou quase)... É o último capítulo antes das minhas aulas começarem, e eu n sei quando vou postar de novo, mas vou fazer o meu melhor ;) Espero que gostem! Acho que vou fazer igual minha amiga JP e colocar alguns indícios de spoilers no meio do capítulo XDD



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Capítulo 2 - Verdade ou... verdade.

– Em carne, osso e beleza. - disse Jack Frost, mas eu estava em choque demais para rir ou retrucar.

Porque... Sabe, não é todo dia que o guardião do inverno e da diversão aparece do nada no meu quarto.

– Ótimo... Jack Frost está no meu quarto... - resmunguei, ainda em choque, e me sentei sobre a cama.

– Acho que já confirmamos isso... - ele então se calou e arregalou os olhos, parecendo finalmente se dar conta da situação. - Espera, você pode mesmo me ver?! - ele perguntou, apoiando-se no cajado, agora tão em choque quanto eu. Mas eu via em seus olhos azuis lindos que estava feliz por ter uma adolescente idiota que acreditava nele.

– É claro, por quê eu não veria? - perguntei, mas eu sabia extamente a resposta. - Agora posso saber por quê está no meu quarto?

Ele pareceu um pouco sem graça, mas tentou não demonstrar. - Eu estava procurando um amigo, mas parece que ele se mudou...

Se eu apostasse uma boa quantia na resposta a meu favor, poderia ficar rica.

– Ele ainda mora aqui. - eu disse, e ele me olhou confuso. - Você está procurando Jamie Bennett, não é?

– Você o conhece? - Jack Frost perguntou animado, e voou. Sério, ele voou! Direto para o alto da minha estante de livros.

– É claro. - eu disse. - Ele é meu pai!

– Seu pai? - ele arregalou os olhos, e voou em minha direção.

– Precisa de uma certidão de nascimento ou cópia de indentidade? Eu tenho... - calei-me, assim que senti sua respiração mais próxima de mim do que eu imaginaria.

Fiquei olhando-o com o cenho franzido enquanto seus olhos azuis me analisavam de perto, cada detalhe do meu rosto com especulação. E eu não sabia se queria tocar os cabelos brancos e rebeldes ou se eu queria dar um soco naquele rostinho bonitinho. Cara, ele não sabia respeitar o espaço dos outros não?

– É, vocês têm as mesmas sardas. - ele disse, antes de se afastar com um sorriso brincalhão.

Eu revirei os olhos. Eu tinha herdado tanta coisa do meu pai - os olhos, o formato da boca, o nariz, a cor dos cabelos - e ele vai me falar justo das sardas?!

– E por quê veio atrás do meu pai? - eu perguntei.

– Você faz muitas perguntas, sabia? - ele comentou, andando calmamente pelo quarto, observando cada detalhe existente nele. E não gostei do seu interesse pela minha coleção particular de livros.

– Talvez porque eu queira as respostas. - retruquei, tirando da sua mão um exemplar de Fallen que ele havia tirado da estante.

– Tudo bem. - ele disse por fim. - Eu respondo uma pergunta sua e você responde uma minha.

– Tipo verdade ou consequência, mas sem a consequência? - perguntei e ele me olhou curioso.

– Deve ser, seja lá o que isso for.

Jack Frost se equilibrou sobre o cajado e eu pensei com cuidado. Tinha tantas coisas que eu queria saber e que meu pai não sabia! Como ele acordou como Jack Frost, o menino da neve? Como ele se sentiu ao saber da antiga vida? Como ele descobrira seu cerne? Mas, no momento, apenas uma pergunta me vinha a cabeça.

– O que faz atrás do meu pai depois de quarenta anos? - perguntei por fim, e vi seu rosto expressando surpresa.

– Quarenta?! - ele perguntou, surpreso e boquiaberto. - Uau, o tempo passou bem rápido!

– Vai responder ou não? - perguntei, cruzando os braços como se estivesse irritada.

– Me mandaram vir atrás dele porque precisaríamos da ajuda dele novamente contra Breu. - Jack Frost respondeu, girando o cajado como um brinquedo.

– Breu voltou?!

Jack Frost assentiu derrotadamente, e se sentou no chão de madeira, apoiando o cajado nos joelhos. Eu me sentei na cama à sua frente.

– Mas parece que Jamie não vai poder ajudar. - completou ele, parecendo meio pra baixo.

– E o que vocês pretendem fazer dessa vez?

Jack Frost sorriu marotamente. - Nem pensar! Minha vez de perguntar!

Revirei os olhos. - Vai, fala!

– Por quê você ainda acredita, mesmo já tendo...

– Dezesseis anos. - completei.

– Isso. Por quê?

Ele parecia verdadeiramente curioso. Eu podia inventar qualquer tipo de desculpa. Ele era o guardião da diversão, não da trapaça. Eu podia dizer qualquer coisa, mas, por alguma razão, o que saiu da minha boca não foi mais do que a verdade.

– Eu não sei. Acho que talvez porque meu pai realmente conheceu vocês. Ou então porque eu odeio saber que as crianças não estão mais tão inocentes quanto deveriam. E eu leio muito, e acredito em cada palavra fantasiosa dos livros, pois eles se tornaram o meu mundo, o meu ser. Então por quê uma história sobre seres de outro plano que protegem as crianças não seriam?

Jack Frost parecia verdadeiramente impressionado.

E não era qualquer coisa que impressionava Jack Frost.

Ele balançou a cabeça, se concentrando.

– Eu nunca vi uma adolescente ainda acreditando, mas esse não é o ponto. Onde seu pai está?

– Eu não sei. - disse, dando de ombros. - O dia hoje está sendo estranho demais. Mas acho que ele foi visitar a tia Sophie.

Jack xingou baixinho, mas de repente seu olhar se iluminou e ele se levantou num pulo. - Talvez você possa nos ajudar!

– Como é que é?!

– Qual seu nome?

– Angie.

– Angie?! - ele perguntou, curioso.

– Angeline na verdade. - eu disse. - Mas se me chamar de Angeline, você ganha uma possibilidade grande de levar um olho roxo.

– Urgh. - ele resmungou, fazendo uma careta. - Você é agressiva, hein, garota!

– Você ainda não viu nada. - eu disse, abrindo um sorriso sádico.

– Espero não ter essa oportunidade! - Jack riu. - Mas acho que você pode me ajudar, Angie.

– Como? - perguntei, arqueando uma sobrancelha.

– Eu não sei. - ele disse sinceramente, dando de ombros. - Mas seja o que o Norte quis dizer com a ajuda de Jamie, talvez você possa substituir.

– Norte é o Papai Noel? - eu perguntei, confusa.

– Isso, agora precisamos ir! - Jack disse, segurando meu pulso com seus dedos gelados.

– Ainda não! - eu disse, me soltando depois de quase sentir uma hipotermia. Ele era o guardião da neve e do gelo, nada mais justo do que ter uma temperatura quase abaixo de zero.

– Por quê?! - Jack parecia quase desesperado.

Mas eu apenas sorri, tranquilizando-o. - Relaxa, eu só vou me despedir da minha irmã.

– Você tem uma irmã? - ele perguntou encantado, me seguindo até o quarto de Lily.

E ele empacou na porta, encantado com a menininha loira de sete anos que ressoava tranquilamente e com um sorriso no rosto. E Sandman ainda fazia seu trabalho. Eu podia ver a areia dourada formando minha silhueta com asas de anjo sobre sua cabeça.

– Ela é linda, não é? - sussurrei a Jack, parada de braços cruzados no batente da porta e sorrindo bobamente na direção de Lily.

– Aham. - ele concordou, parando ao meu lado e se apoiando no cajado. - Aquilo é você como anjo?

Eu sabia que ele queria rir. Porque, claro, de anjo eu não tinha nada. Eu apenas ri baixinho, concordando. E Lily se remexeu na cama. Rezei para que ela não acordasse, mas então o sonho de Sandman se dissolveu, e ela abriu os olhinhos castanhos aos poucos. Empurrei Jack Frost para fora do quarto - o que eu menos precisava agora era Lily se jogando nele, feliz da vida, quando eu precisava ajudar os guardiões. Sabe, não queria que Breu usasse Lily como refém. Fui até sua cama e ajeitei sua coberta sobre seu corpinho.

– Lils. - eu disse, e murmurou um "hum?", mostrando que escutava. - Eu vou ter que sair pra ajudar um amigo, mas eu vou levar o celular. Qualquer coisa é só me ligar.

– Tá. Tchau, Angie. - ela disse, e se virou para o lado. Dei um beijo na sua testa e esperei até que as linhas de areia dourada voltassem a aparecer para que eu saísse.

– Você é tipo o anjo da guarda dela? - Jack Frost perguntou sorrindo, quando voltei ao meu quarto.

– Basicamente. - respondi. - Ela não faz nada sem mim e eu sempre digo que meu dever é protegê-la.

Jack sorriu, abrindo as janelas. Mas ele não se virou se volta.

– Pula nas minhas costas. - ele disse, e eu o olhei como se ele estivesse louco.

– É o quê?!

– Sobe nas minhas costas! É mais fácil pra voarmos.

– Voar?! - perguntei, desesperada, e comecei a pensar em recusar o pedido de ajuda.

– Como acha que chegaremos ao Polo Norte?! - ele perguntou, sarcástico.

Eu revirei os olhos debochadamente, mas engoli em seco enquanto recolocava meu casaco de inverno. Pulei em suas costas, abraçando seu pescoço e envolvendo sua cintura com as pernas. Senti um frio na espinha com sua temperatura quando enterrei meu rosto em seus cabelos brancos, que me pareceram macios como a neve.

– Aí vamos nós! - exclamou Jack Frost, pulando pela janela comigo em suas costas e sendo levado pela força do vento frio.


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Notas finais do capítulo

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