A Eterna Segunda Vida de Alex Tanner escrita por Laís Bohrer


Capítulo 1
The Last Smile


Notas iniciais do capítulo

Lay*:

Essa é uma personagem complicada, pelo menos pra mim, sendo a segunda protagonista que crio - minha sétima fanfic - e devo admitir que a sua personalidade é bem forte, pelo menos desde que aquilo aconteceu. Fiz um contrato com Alex, mas não sei se vou cumprir.

Antes de começar gostaria de explicar o modo como trabalho com os personagens: Desde que escrevi sobre uma garota chamada Megan durante umas cinco temporadas, eu aprendi que é realmente importante decidir como você vai lidar com seus personagens e o que eles são pra você, e quem eles são principalmente, trabalhar em sua imagem e seus gostos e coisas sobre eles que talvez nenhum leitor possa descobrir um dia. Pelo menos eu vejo desse modo: Quando eu crio um personagem, eu ganho um novo amigo._____________________________________________________""Ser vilão nem sempre é querer o mal. Mas sim ter um pensamento diferente dos que acham estar fazendo o bem.""- X-men: primeira classe



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Em memória de Bree Tanner

A irmã mais chata do mundo

♦♣♦

O Último Sorriso

Eu provavelmente seria uma pessoa que você gostaria de conhecer, eu não diria isso hoje se eu ainda fosse essa pessoa. Eu posso imaginar os tipos de sentimentos que te levaram a querer me conhecer, mas possivelmente você me odiaria se não fosse eu a contar essa história e talvez você realmente me odeie ao saber das coisas que fiz, e quantas vezes eu matei seus heróis em pensamento, aqueles que você tanto admira. Aqueles que apenas assistiram enquanto eu morria em um misto de dor e desespero. Aqueles que destruíram e tiraram de mim tudo o que eu tinha. Aqueles que todos de nossa espécie devem respeitar. Aqueles que eu mais quero matar.

De verdade, eu não sei o que você espera da minha história. Eu não sou escritora, mas sei de uma coisa: Toda história tem um vilão, do mesmo modo que todo vilão tem uma história. E acho que seria melhor você se lembrar disso toda vez que ouvir meu nome porque em minha própria história, eu não sou a heroína. E tem outra coisa também, existe um tipo de contrato silencioso entre o autor e o protagonista, esse é o contrato que vai selar meu destino cujo qual, eu já não me importo desde que eu consiga meu objetivo. Esse é o meu contrato.




Meu nome é Alex Tanner e estou presa na faixa dos quinze anos, eu nasci em Chicago, mas desde os meus onze anos eu passei a morar em Forks, eu costumava ter um irmão de dezessete anos chamado Edgar Tanner, responsável e nerd – de segundas as sextas até o fim da tarde -, tinha também uma mãe e um pai, ambos presentes, um cão da raça pug chamado Abraham e uma irmã gêmea idêntica – mas cá entre nós, eu sou mais gata – chamada...

– Bree! Quer calar esse seu estômago? – eu disse.

– E você quer calar essa sua boca? – disse Bree lançando seu olhar de onça numero dois sobre mim, o do tipo: Eu te mataria agora se não estivesse com tanta fome.

Ah, a velha arte de se responder uma pergunta com outra pergunta...

– E é por isso que eu não quero acabar no mesmo asilo que vocês... – gemeu Edgar no banco do motorista.

– Cala a boca e pisa fundo nessa coisa – enfatizou Bree.

– Por quê? A bolsa estourou? – perguntou Ed com um falso tom de surpresa.

– A única coisa que vai estourar aqui...

– Mamãe. Papai. Não briguem, por favor. – eu debochei forçando um tom inocente.

Cala a boca! – gritaram eles em uníssono.

E esses foram os meus adoráveis irmãos. Eu dei uma das minhas típicas risadas histéricas.

– De qualquer jeito é melhor você pisar fundo, Ed, antes que Bree coma alguma coisa que não deveria. – eu alarmei.

– Você ainda não esqueceu isso... – suspirou Bree.

– Você tentou comer o meu celular! – eu exclamei.

– Eu era uma criança!

– Isso foi na semana passada... – eu lembrei.

Bree lançou-me seu olhar de olhar numero cinco: Eu quero te matar, mas também quero rir. E acabou que ela riu. Eu não sabia naquele momento, mas foi o último sorriso que eu vi Bree dar.

Você poderia se surpreender com as coisas absurdas que Bree já tentou comer e isso ia do nosso cachorro, Abraham – o coitado ficou fugindo dela toda vez que ela chegava desde então – até o peru de natal ainda cru. Bree e eu tínhamos um relacionamento normal de irmãs: Brigas, amor, brigas, amor, brigas, amor... Segundo Ed, nós aparecíamos um casal de velhos – Eu nem comentei nada quando ele disse aquilo.

Mas apesar de tudo eu sabia que sem Bree eu não teria ninguém para acordar com um balde de água gelada – Certo, eu podia fazer isso com Edgar, mas não era a mesma coisa. -, ou alguém para me lançar os olhares de onça quando eu dizia alguma coisa idiota. Coisas assim...

Antes mesmo de Edgar estacionar seu Land Rover, Bree pulou do carro ao ver o letreiro luminoso do McDonald’s, coisa que eu já imaginava que ela fosse fazer.

Eu pulei do carro logo atrás, chamando por ela, mas ela olhava suspirando para o letreiro dizendo:

– Obrigada por existir!

O que atraiu vários olhares para nós, eu apenas me contentei em dar uma risada histérica e puxando-a em direção ao fast food.

Acabou que ela estava me puxando, a fome para Bree é sempre sua maior propriedade, para mim era a sede – já discutimos isso antes -, aposto que no final ela viu que eu tinha razão, mas eu não.



Enquanto esperávamos Ed na fila do caixa – que não estava nem tão cheio -, Bree dava pequenos pulinhos na cadeira como se estivesse precisando ir ao banheiro. Eu ri ao olhar para ela.

Olhar de onça numero três: Não tem graça + algum pensamento assassino de uma mente psicopata faminta.

– Vamos lá, você sempre foi tão exagerada – eu disse a ela.

– Eu estou com fome!

Eu sorri de modo debochado.

– Não é o fim do mundo, Bree, sabe quantas pessoas estão com fome agora? – eu perguntei.

Ela sacudiu a cabeça negando e disse:

– Não, mas eu admiro muito essas pessoas pela força delas – disse ela seriamente.

Suspirei, tudo o que me restava era um plano B,

– Então vamos pensar em outra coisa que você goste... – eu disse. – Hum... Garotos? Você costuma conversar sobre garotos com suas amigas, não é?

Ela revirou os olhos.

– Eu não vou falar de garotos com você.

– Porque não? Olhe – eu apontei para a entrada do fast food – Qual daqueles ali você levaria pra colocar na estante?

Ela franziu a testa e seguiu o meu olhar até um trio vestido inteiramente de preto. Um dos garotos era loiro, o segundo garoto tinha cabelos ruivos e o terceiro tinha cabelos pretos, mas todos vestindo calças jeans escuras, botas e jaquetas de couro e tinham expressões satisfatórias no rosto, como se tudo o que quisessem era estar ali.

– Está brincando comigo? – perguntou ela – De onde eles saíram? De uma boate gótica? Olhe aquelas lentes...

Era verdade, de longe você conseguia ver o vermelho-sangue nas íris dos três, chegava a ser assustador.

– São os mais bonitinhos daqui, oras – eu disse – Então certo, te desafio a jogar bolinhas de papel naqueles coroas ali...

– Sem chance – disse ela me puxando de volta para ao assento e voltando seu olhar para os três vampiros góticos. – Certo... Vejamos...

Foi quando um dos garotos olhou para nós, o loiro especificamente, sorriu revelando duas presas bem afiadas que eram tão realistas que ninguém acreditaria que poderiam ser postiças.

Eu sorri para Bree como quem diz: Dá pra acreditar nisso?

Mas eu nunca soube qual era o garoto que ela escolheu, nesse momento meu olhar pairou sobre Ed e seu problema com duas bandejas que ele provavelmente teria dificuldades de carregar sozinho, e se o lanche de Bree caísse ela seria capaz de roubar o BigMac de alguém – Já aconteceu uma vez...

– Vou lá ajudar Ed, você fica aqui – eu disse e Bree assentiu – Aliás, tente não morrer, viu?

Ela revirou os olhos castanhos e eu sorri de modo debochado. O que nenhuma de nós sabia era que meu aviso realmente deveria ter sido levado a sério.

Quando dei as costas a Bree e andei até Edgar, apanhei uma das duas bandejas – a que estava com o lanche de Bree. – e Ed pegou a outra – a que estava com o meu e com o dele.

Ele verificava cuidadosamente o troco – tão lento que eu estava me segurando para não gritar com ele. – Quando ele ergueu seus olhos para mim e disse:

– Onde está Bree?

Eu tentei equilibrar a bandeja – Que estômago sã precisa de três BigMac’s?

– Está sentada lá secando vampiros góticos. – eu disse.

Aonde? – ele disse perdendo a paciência, Ed sempre foi o tipo de irmão “super-protetor”.

Eu me virei lentamente tomando o cuidado de não deixar nada na bandeja cair – uma única batata frita e Bree ficaria furiosa. -. E realmente Ed tinha razão, Bree não estava mais na mesa em que eu havia deixado-a. Olhei ao redor entrando em desespero, Bree não era de sumir assim, a não ser que tivesse ido no banheiro, mas não – “Fome em primeiro lugar” ela dizia.

Olhei ao redor me perguntando se eu poderia ter perdido a mesa e me enganado, olhei para a mesa dos três vampiros góticos me perguntando se ela poderia ter ido falar com eles, mas nem eles estavam mais lá.

– Oh, meu Deus – eu larguei a bandeja em qualquer mesa vaga e esquecendo-me completamente de Edgar, comecei a procurar por Bree indo de mesa em mesa e perguntando “Oi, Será que o senhor viu uma garota igual a mim?”.

Edgar ficou entre ligar para os nossos pais ou ligar para a polícia. Sua decisão eu não sabia. Eu continuei procurando e pensando em como era suspeito aqueles garotos terem sumido no mesmo instante que Bree. Quando finalmente depois de meia hora ela não apareceu, eu me vi debruçada em uma das cadeiras do fast food, enquanto Edgar andava para lá e para cá com o telefone na mão, pedimos para chamar Bree Tanner em um microfone, mas era isso.

Bree havia simplesmente evaporado, como fumaça.


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Notas finais do capítulo

Agora que você conheceu uma parte da história de Alex Tanner devo lhes contar algo bizarro: Eu SEMPRE quis começar uma história em um McDonald's.... Porque? Eu não faço a menor ideia, mas se um dia eu escrever um livro - e eu quero MUITO isso desde que descobri que amo, amo, amo, amo, amo muito escrever - vai começar no McDonald's.Bem, acho melhor - se tiver alguém ai - me dizerem o que acharam, eu gostei sinceramente, mas eu sou tão lerda que posso ter deixado algo passar despercebido.Ah, só pra deixar claro, eu não gosto de Crepúsculo, não disse odiar, odiar é muito forte, eu só não gosto, mas isso significa que eu não possa fazer uma fanfic meio relacionada a tal? ... Hum... Talvez um pouco.Mas é para Bree, hein galera, achei que ela poderia ter tido uma história, uma morte mais desenvolvida, por isso estou aqui.Eu respeito a saga, ok?Espero que tenham gostado.



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