10 coisas que eu odeio em você escrita por Fabiih


Capítulo 8
Motivo 7


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei!!!!
Esse cap, está meio fofo... É, meio kkkk
Bom, eu demorei muito para conseguir fazer um banner ao menos aceitável, e eu não conseguia achar imagens boas desses dois. A Sara possui muitas fotos, mas não dava para usar para esse capítulo. Já o Kevin, não possui muitas fotos boas para usar em banners... Enfim, consegui um mais ou menos... Mas, o que importa é o capítulo e não o banner.
E esse cap é para a lady of heaven que me mandou uma super recomendação que amei, por sinal.



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Odeio o modo como me chama.

Faltavam apenas três dias para que meus pais voltassem de viagem e pudéssemos voltar cada um para a sua vida e sua casa. Mas, por mais incrível que pudesse parecer aquele era um dia que já não ansiava como antes. O motivo? Tudo estava mais fácil, inclusive a convivência com James, já que ele havia parado com suas gracinhas e parado de me humilhar como sempre fazia.

Era uma tarde ensolarada e todos nós havíamos sido praticamente expulso da sala pela vovó, porque segundo ela aquela era uma tarde bela demais para se desperdiçar sentados em um sofá sem fazer nada. Então decidimos pegar alguns jogos, um cobertor e levar para o jardim.

Estávamos todos lá, Vic e Teddy namoravam discretamente em um canto. Lily e Hugo conversavam apaixonadamente, Rose, Alvo e Louis riam dos dois casais. James, por mais incrível que pudesse parecer, lia um livro. E eu... Bom, eu apenas tomava um pouco de sol, porque eu andava branca demais, quase transparente.

Vovó e vovô haviam saído para ir até o mercado bruxo comprar alguns mantimentos para casa, e iriam para o Ministério da Magia procurar notícias sobre nossos pais, já que o Ministro entrava em contato com eles diariamente... Ou iriam primeiro ao Ministério e depois ao mercado? Não sei! Só sei que iriam à esses dois lugares.

— Que fome! – Hugo reclamava.

— Que novidade. – Rose, sua irmã, ironizou revirando os olhos.

— Mas, ele não é o único. – Teddy murmurou enquanto fazia carinho nos cabelos de minha irmã.

— Todos estamos. – Lily e Alvo disseram juntos.

— Vou preparar alguma coisa para a gente. – anunciei levantando do gramado, onde estávamos.

— Espera, eu te ajudo. – James disse levantando-se.

Automaticamente olhei para Victoire, que me olhava igualmente confusa, mas mesmo assim prossegui. Quando cheguei à cozinha comecei a procurar por algo nos armários e não encontrei muita coisa, apenas um pacote de salgadinhos e um pacote de milho para pipoca.

— Pipoca! – exclamei pegando. – Adoro pipoca!

James pegou uma panela e a colocou no fogo com um pouco de óleo no fundo, pegou o pacote da minha mão e colocou um pouco do milho na panela, fechando-a em seguida.

— Acho que sei fazer pipoca. – resmunguei.

— Mas é claro sabe... Embora eu tenha uma lembrança não muito boa da última vez que tentou fazer pipoca. – murmurou como se lembrasse de algo, e logo uma imagem veio em minha cabeça, como a cena de um filme.

Era férias de verão, eu iria para o sexto ano, aquele era o último fim de semana antes do início do ano letivo e todos nos reunimos n’A Toca. James e eu estávamos na cozinha, exatamente como hoje, e íamos preparar um pouco de pipoca para comermos enquanto assistiríamos a um filme trouxa, emprestado pela tia Mione.

— Pode pegar uma panela para mim James? – indaguei enquanto subia na cadeira para pegar potes para a pipoca que estavam na última prateleira do armário.

— Claro, Nique. – disse chamando-me pelo apelido que apenas ele usava – Aqui está.

Peguei a panela e coloquei um pouco de óleo no fundo, despejei o milho e tampei-a. Sentei em uma cadeira e James em outra e fizemos uma guerra de dedões enquanto o milho estourava e riamos sozinhos quando um pegava o dedão do outro.

Naquela época éramos ótimos amigos, confidentes e cumplices de loucuras de amor para nossos respectivos namorados. Mas, mal sabíamos que em breve isso mudaria drasticamente.

— Será que já acabou? – murmurei assim que os estouros pararam.

Levantei e fui destampar a panela, o que definitivamente não foi uma boa ideia. Abri a panela e pipocas começaram a pular por toda cozinha. Eu levei um susto tão grande que derrubei o óleo da pia e acabei escorregando, caindo de bunda no chão.

— Nique! – James levantou assustado e segurou minha mão para me ajudar a levantar.

Porém, minha mão estava com óleo também e ele acabou caindo em cima de mim, começamos a rir sem parar daquela situação bizarra. E quando finalmente paramos nos encaramos por um tempo e naquele momento eu me perdi naqueles olhos esmeraldas incrivelmente profundos e ele encarava-me igualmente vidrado. Naquele momento quase nos beijamos, mas fomos impedidos por Lily que começou a gritar da sala, pedindo a pipoca.

— Aquele dia foi um desastre. – murmurei balançando a cabeça para expulsar tais pensamentos da minha cabeça.

— Não foi tão desastroso assim. – opinou. – Rimos bastante quando escorregamos e caímos no chão. – riu – Lembro que se não fosse pela minha querida irmã, Lily, poderíamos ter nos...

— A pipoca vai queimar. – interrompi indo apagar o fogão.

Não gostava de relembrar alguns momentos como aqueles, eles apenas me faziam lembrar de que não éramos mais amigos como antigamente.

— Não abre a panela! – gritou tirando minha mão da panela.

Assustei-me e encontrei seu olhar, encaramo-nos e isso me proporcionou uma sensação de déjà vu, afastei-me dele e peguei os potes em cima da mesa para colocar a pipoca.

— Por que está agindo assim Nique? – perguntou.

— Não me chame assim. – pedi.

— Assim como? Nique? – indagou confuso.

— Para! – quase gritei.

Ele ficou em silêncio, completamente sem saber como agir, completamente confuso.

— Por quê? – indagou por fim.

— Só me chamava assim quando éramos amigos, e não somos mais. – lembrei.

— Mas eu quero se sejamos. Eu me arrependo por tudo que te fiz passar, por tudo que deixamos de viver juntos por uma besteira que cometi, por um grande erro que cometi. – dizia – Eu não quero mais ser evitado por você, não quero mais ter aquela sensação de que poderia estar me divertindo a beça com você e não me divertir... Não quero mais ficar longe de você, Nique.

— James... Não. – implorei de olhos fechados.

Esse apelido havia sido ele que me dera e apenas ele que me chamava assim. Ele me chamar de Nique era o meu ponto fraco, e ele sabia disso. Na verdade ele usava isso quando queria que eu lhe fizesse algo.

— Por quê? – perguntou, mesmo sabendo que a resposta era que chamar-me daquele modo sempre me deixava, de certo modo, derretida. Mas ele sabia que eu nunca admitiria isto a ele, principalmente depois de tudo que ele me havia feito passar.

Mas ao invés de dizer algo vago, eu disse apenas:

Odeio o modo como me chama.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu tenho uma fic para indicar que é a "Textos sobre a vida" da Luana.
http://fanfiction.com.br/historia/498694/Textos_sobre_a_vida/ Ótimos textos para refletir...
Well, gostaram? Espero que sim!
Beijos