[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 4
Sangue colina abaixo


Notas iniciais do capítulo

Olá, aqui é o Will. Espero que gostem do capítulo, agora vivam um pouco a vida de Peter...



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Peter

Se você pensa que ser um semideus é legal, bem... você está certo. Só basta você saber achar a graça disso. Ser perseguido por monstros? Moleza quando se tem uma amiga que te incomoda tanto quanto um. Meu nome é Peter John, e eu sou filho de Hades, o "não mais tão rejeitado" deus do submundo. Sou um filho um tanto quanto diferente, como dizem os outros. Meu olho é verde e não escuro como o normal seria e eu não sou tímido e nem quieto, mas acho que carrego a frieza dos olhos de meu pai comigo, pois dou medo nas pessoas. Bem... nem em todas. Minha amiga é a Lindsay, filha de Apolo, mas chame-a de Maia que é o seu segundo nome. Ela é mandona, tímida, indecisa e muito bipolar. Ela usa lentes azuis, pois tem vergonha dos seus olhos; nunca entendi o porquê, eles são... extremamente magníficos.

Eu não havia dormido muito, já que à noite é quando eu prefiro ficar acordado. A caça à bandeira fora ontem e graças a mim e a minha irmã Marceline, nós conseguimos ganhar. Ah! É claro, tivemos uma ajuda nova também, uma novata filha de Hécate que ficou na defesa. Os semideuses restantes do nosso time também ajudaram, mas o esforço maior partiu de nós. Eu estava exausto, queria dormir o dia inteiro e então acordar de noite para caçar ou treinar. Porém, algo me dizia que o dia seria diferente. Meu chalé estava vazio, o que significava que eu estava atrasado para o café. Era sábado, dia de rotina livre, porém o café continuava sendo no mesmo horário. Vesti a blusa do acampamento e fui para o pavilhão. Vislumbro Maia na sua mesa e sento-me ao lado de Marceline, que estava fuzilando uma filha de Apolo com o olhar.

– Bom dia mana – digo não muito disposto.

– Bom dia mano, desculpe-me não tê-lo acordado, mas é que você me parecia bem cansado – diz ela, agora olhando para mim, já que a garota não dera bola.

– Acho que ainda pareço. É aquela filha de Apolo novamente?

– Nem me fale, eu não suporto olhar para a cara dela – suas sobrancelhas haviam se franzido novamente e ela voltara a olhar para ela. Às vezes, até eu tinha medo dela.

Comi minha refeição em paz até perceber Luana e suas irmãs, filhas de Afrodite, me encarando e soltando risinhos frouxos. Aquelas garotas eram pervertidas por filhos de Hades e eu adorava fazê-las avermelharem-se. Olhei para Luana, mordi um lábio e dei um sorriso de canto. A reação dela foi mais que esperada, parecia se derreter. Na mesa de Apolo, Maia estava olhando para a cena e rindo.

– Você é um idiota – diz ela dando um soco em meu ombro logo após sairmos do pavilhão.

– Cala a boca – rio passando a mão onde ela batera. – Vamos fazer o que agora?

– Ah, poderíamos treinar um pouco. Sair de perto dessas filhas de Afrodite seria bom, você não acha que a noite de ontem já não foi o suficiente?

– Eu acho que nunca será suficiente – sorrio maliciosamente. Vejo a novata filha de Hécate indo sozinha para seu chalé, era realmente muito bonita. Na caça à bandeira não pude observá-la, já que ficamos em posições diferentes; na comemoração, tentei encontrá-la, mas não a avistei em lugar algum. Ouvi dizer que ela havia se tornado a conselheira do chalé vinte. Um fenômeno raro, uma novata assumindo um cargo desses logo no segundo dia de acampamento. Resolvo conversar.

– Como é o seu nome, ruivinha?

– Ana – ela diz toda tímida. De perto, pude ver como eram belos os seus olhos. Cor indistinguível, olhos de gato, não soube se eram azuis ou verdes e eu assumo, eu amo olhos. Um belo olho me faz delirar.

– O que faz uma bruxinha sozinha por aí? – tento puxar um assunto.

– Estou saindo do refeitório, assim como vocês. Nenhum dos meus irmãos quis voltar agora para o chalé, então eu resolvi ir sozinha.

– Você não quer ir à praia treinar conosco? Lá podemos nos conhecer melhor – digo passando um braço por seus ombros.

– Não sei se é uma boa ideia, acho que em três é meio difícil de treinar e além do mais preciso organizar algumas coisas no meu chalé – diz ela se soltando de meu braço.

– Ah, por favor – faço cara de pidão. Não era muito pelo treinamento que eu queria que ela fosse, era mais por querer conhecê-la melhor. Encaro-a com o olhar e ela resolve ceder.

– Ok – ela sorri.

– Nos encontramos lá em dez minutos, vou colocar minha armadura – digo me retirando, assim como as garotas que assentiram e foram.

Enquanto Maia treinava com seu arco e flecha e contava sua origem, Ana prestava atenção, porém realizando alguns feitiços. Após Ana se apresentar, também chega minha vez de dizer minha história.

– Não sou muito bom em me apresentar, mas vamos lá – começo. – Como você já deve saber, sou filho de Hades. Tenho 16 anos, minha mãe está morta, assim como meu irmão gêmeo, Will. Fui separado ao nascer de minha mãe e de meu irmão, levado para morar com outra família em outro país. Meus pais adotivos nunca contaram nada, eu não sabia que tinha um irmão gêmeo. Hades achou melhor separar nós dois, pois seríamos fortes demais juntos e isso não seria nada bom. Quando cheguei ao acampamento, Will já tinha morrido. E fora a alma dele com parceria de Fred, meu sátiro que desapareceu logo depois de me trazer, que me trouxeram são e salvo para cá.

– Will era uma ótima pessoa – diz Maia com lágrimas nos olhos.

– Já fui em quatro missões desde que cheguei aqui – digo mostrando meu colar de contas. – Bem, Will me deixou essa espada. – Retiro-a da bainha e desfiro um golpe no boneco de treinamentos. Lâmina negra, punhal branco com uma caveira e uma cobra saindo de sua boca. – Ferro estígio. – Dou outro golpe. – Leve como uma pena. – Faço uma sessão de golpes, fazendo toda a palha se espalhar pelo gramado. – Daí o nome, Penagem. Deixou também este anel. – Guardo Penagem e mostro-o. Um anel em forma de caveira com olhos de rubi. – Seus poderes ainda não foram todos revelados. Foi um presente de Hades por uma missão bem sucedida.

Só deu o tempo de terminar a frase para ouvirmos o primeiro grito/berro, era um sátiro. Ele vinha berrando meu nome e correndo desproporcionadamente, seus chifres tinham uns dez centímetros, seu nome era Balbo.

Peter! Corre, é sua irmã Marceline, ela está brigando com Helo, a filha de Apolo. É melhor você ir ajudar, elas estão fora da proteção do acampamento, e os monstros sabem disso.

Após ouvir a mensagem, corri o mais rápido possível que conseguia para a barreira, elas estavam logo abaixo da colina.

– Onde está Quíron numa hora dessas? – digo para o amontoado de gente que se formava, mas sem sair da fronteira.

– Quíron foi intimado por Apolo para comparecer no Olimpo, assunto particular – disse Matt, um filho de Deméter. – Ele me deixou responsável até que voltasse, mas eu não sei o que fazer. Recebi ordens para não deixar ninguém ultrapassar os limites da barreira.

– Eu vou lá – digo indo em direção às duas.

– Você não ouse... – começou Matt, mas era tarde demais, eu já estava descendo a colina.

– Peter, me espere! – gritou Maia, se soltando dos braços de Matt, que tentava impedi-la, e correndo atrás de mim.

A briga estava mais feia do que eu podia imaginar, de perto era possível enxergar todo o sangue escorrendo das duas. Heloísa estava com cortes nos braços e tentava conseguir distância para acertar alguma flecha, uma, duas, três tentativas fracassadas, Marceline desviava com a espada todas as flechas arremessadas.

– Parem, vocês duas, agora! – digo autoritário. Mas nenhuma delas parecia ter notado minha chegada.

Heloísa resolve deixar seu arco de lado, já que o confronto estava a curta distância, retira uma adaga da cintura e parte para cima. Desfere um golpe na face de Marceline, a qual cambaleia para trás urrando de dor. As palavras ditas pelas duas eram quase indistinguíveis, devido aos sons de aço contra placas de peito. Que eram o que as mantinham a salvo até agora. Elas estavam descendo cada vez mais colina abaixo, e onde estávamos, já não era possível enxergar o acampamento.

– Peter, o que fazemos? São nossas irmãs! Não podemos machucá-las – diz Maia desesperada enquanto Helo caía ao chão e rolava se pondo em pé novamente.

– Se eu usar os poderes da sombra, Marceline ganhará certa vantagem, e se você usar os poderes do Sol, será Helo que terá.

Então eu vi, eram cinco ao todo, grandes humanoides com apenas um olho na face se aproximando. Alguns carregavam bastões com espinhos, outros... árvores. O mais alto deveria ter uns seis metros de altura, o mais baixo, quatro e meio. Não dava tempo para correr.

– Marceline! – gritei, mas já não havia tempo, um dos ciclopes havia pegado ela. Quando me dei conta, estávamos cercados.


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Notas finais do capítulo

Agradeço por lerem até o fim, comentem, deem sugestões de melhorias. O que vocês acham que irá acontecer agora? Acolherei todas as ideias. Já escolheram um Team? Marceline ou Helo? Até o próximo capítulo de Peter!



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