[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 13
Clonada e cegada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é a Ana, espero que gostem ;3



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Dor, pesadelos, sentimentos ruins, cansaço, depressão. Isso define meus últimos dias. Eu sabia que não tinha poderes para fazer aquilo, no entanto, salvar Helô era algo que eu precisava fazer. Mesmo que eu não a conhecesse muito bem, ela era parte da minha recém-formada “família”, sem contar que ela era essencial para a missão. Desde que chegara ao acampamento, eu vinha usando a magia como se fosse normal, mas eu sabia que precisava treinar. Só que eu não tinha tempo pra isso, então, cada vez que a usava, ficava mais fraca. Eu não podia ter salvado Helô, afinal, isso esvaía minhas energias, mas não era só tirar um cochilo e comer algo para estar bem outra vez, era mais complicado, mais impossível. Eu só não sabia o que era.

Mas, mesmo com tantas coisas me atormentando, eu sabia que não podia fraquejar, sendo ou não importante para a missão, eu precisava me manter firme, não podia nos atrasar nem cinco minutos. No entanto, tinha uma parte de mim, bem no fundo, que queria parar, parar e aproveitar isso para me manter forte, mesmo que isso significasse o futuro da missão.

Eu vinha pensando no que devíamos fazer no caminho de ônibus até Chicago. Quando chegamos lá, concordamos que a primeira coisa a fazer era encontrar Tétis, e lá fomos nós, direto pra morte mais uma vez. Ou não.

– Com quem estava a caixa? – perguntou Matt, com um olhar preocupado. Peter engoliu em seco.

– Estava na minha mochila, aquela que perdemos quando caímos do avião.

Todos me olharam por um momento e sabia o que o olhar deles significava. Ótimo, maravilha, eu estava ferrada!

– Talvez eu possa fazer algo... – Disse tentando sorrir, mas não consegui. Fechei os olhos e me concentrei. Pensei na mochila de Peter, e então comecei a pensar em coisas que me alegravam; por fim, pensei em minha melhor lembrança com Peter, a noite que nos encontramos com Rachel. Quando abri os olhos, a mochila estava ali, mas então, além da mochila, diante de meus olhos começaram a surgir pontos negros, então me senti tonta e apaguei.

Enquanto estava apagada, meus pesadelos voltaram, mais dor e sofrimento, mas agora de maneiras diferentes, e tinha uma voz, era rouca e áspera. Ela dizia: “Ah, pequena semideusa, como tenho pena de você, poderia ser de grande utilidade para mim, se você não fosse tão tola para se envolver em paixões impossíveis e tivesse outro como seu pior defeito. Mas acho que você ainda não reparou qual é esse, eu devo lhe dizer, semideusinha, seu pior defeito é não poder permitir o sofrimento de seus amigos. Mas quando chegar a hora certa, você não poderá impedir absolutamente nada.” Depois dessa nada meiga visão, três mulheres apareceram para mim, uma delas me olhou.

– Olá, Ana, eu sou Hécate, é um prazer rever você, minha filha.

Rever?!

– Ah, longa história! Só devo lhe avisar uma coisa sobre Tétis, se é que ainda há tempo para você ajudar. Ela é uma nereida, e pode se disfarçar muito bem, e tenho certeza que você sabe disso, sua tia já lhe contou essa história, agora cabe a você lembrar! E tome mais cuidado com a magia. Olhe, quando você acordar, dentro de sua mochila terá um livro de encantos que eu creio que pode te ajudar em sua missão. Adeus, Ana, foi bom ver como você ficou bonita agora que cresceu.

Legal, pelo menos minha mãe me achava bonita. Quando acordei, meu corpo parecia feito de gelatina, como se meus ossos tivessem desaparecido. Levantei-me subitamente e pisquei algumas vezes para afastar os pontos que ainda nublavam minha visão. Depois de um tempo reconheci os rostos que estavam sentados perto de mim; primeiro reconheci Matt, que estava sentado na poltrona à minha esquerda, olhando para a vista do lado de fora de uma janela, então Marcy na poltrona da frente, seus cabelos voavam em minha direção por causa do vento, então Helô, que se encontrava ao lado dela, e por fim Peter, ao meu outro lado, ele me observava calmamente.

– Onde estamos?

– Chicago – Helô fitava um mapa.

– Tétis pode se disfarçar como se fosse qualquer um dos elementos, ela pode ser qualquer coisa. – Suspirei. – Como vamos encontrar algo que não deve ser encontrado?

– Nós já a encontramos – Contou Peter.

– Como?

– Na verdade, ela nos encontrou, e já levou a caixa, aproveitou para nos dar uma pista bastante valiosa.

Isso tudo aconteceu enquanto eu estava apagada? – Gritei quase sem som.

–Pois é...

– Droga, Peter, por que vocês não me acordaram? – Ele deu de ombros.

– Tentei te acordar, mas não é tão fácil quando em vez de dormindo, você estava desmaiada.

– Não é tão fácil me manter acordada quando acabei de praticar magia tão intensa sem o auxílio dos encantos!

– Como assim?

– Nada, esquece.

Isso, pensei, parabéns, Ana, agora você é oficialmente uma babaca. Mas que droga, por que eu tenho que ser assim?!

E depois da minha pequena cena sobre como-ser-babaca-com-a-pessoa-que-você-está-afim-depois-de-ter-um-coração-de-pedra-por-quinze-anos, eu reparei que estávamos em uma van. Mas o quê?!

– Espera, como conseguimos essa van? E quem está dirigindo? – Falei, minha voz saindo com um tom de agonia inesperado.

Matt virou o olhar para mim, seus olhos carregavam um tom lilás. Logo depois, Marcy e Helô se viraram também, Helô tinha olhos dourados e Marcy prateados. Somente Peter estava normal, os mesmo olhos de sempre, e ah, como eram lindos, mas naquele momento ele carregava um olhar de culpa.

– Peter – minha voz agora se misturava ao medo e ao choramingo –, o que está acontecendo? O que... – Minha pergunta foi interrompida quando Matt começou a falar.

– Pequenina – sua voz estava áspera e cruel –, nós sabemos o que você é, uma aberração. Mas se você ficar conosco, podemos fazer isso acabar, você nunca mais ficaria fraca ao exercer magia, nós sabemos o que te fortalece, mesmo que você ainda não tenha descoberto. Procure sua prima, antes que eles encontrem a entrada; Tétis já contou para eles onde fica, e se você não a encontrar, nunca saberá como se manter forte, a escolha é sua.

Engoli em seco. Se é que é possível engolir em seco em sonhos.

– Não há outra maneira?

Foi a vez de a Helô possuída falar, a voz dela era normal, mas também estava áspera e cruel.

– Você pode se tornar uma de nós, somos muito re...

– Qual o nome da minha prima? – a interrompi, não sabia o que eram, e nem precisava descobrir para saber que não queria me tornar uma.

– Cass, e o sobrenome é o mesmo do seu, mas seu sobrenome de batismo, não esse lixo alemão que você usa por causa de sua tia.

– Alethea... Ei! Eu gosto do sobrenome de casada da minha tia, não é um lixo alemão, é um sobrenome de respeito, de uma família muito antiga!

– Que seja, ele não é grego, logo, não tem nenhum valor para nós, e ah, lembre-se, assim como você, sua prima faz jus ao significado de seu sobrenome.

– E qual é o significado?

– Verdade absoluta. – A Marceline possuída respondeu, a voz dela se encontrava como a dos outros.

Acordei, dessa vez de verdade. Estávamos em um carro, eu havia sido sentada no bando de trás, do lado esquerdo. Peter estava ao meu lado, Marcy do outro lado dele, na minha frente estava Helô e ao lado dela Matt, que dirigia, e tenho que dizer que ele fazia isso muito bem.

– A bela adormecida acordou. – Escutei Marcy resmungar.

– Como encontraram Tétis?

– Longa história – ela ainda resmungava –, como sabe que encontramos Tétis?

– Longa história. – Resmunguei de volta. – Preciso ver uma pessoa.

Percebi Peter ficar tenso.

– Quem?

– Minha prima – suspirei –, Cass Alethea, estrela da família e semideusa – me lembrei subitamente dela em um natal na casa de tia Tereza –, ela é filha de Trivia... Devo considerar como irmã?

– Tanto faz.

– Preciso ver ela, é realmente importante.

– Temos três horas até o túnel mudar de posição.

– A entrada está muito longe?

– Faltam quinze minutos para chegarmos lá. – Matt respondeu.

– Preciso de meia hora, por favor. – Falei quase choramingando.

– Tem um telefone público perto da entrada, se você conseguir falar com ela, tem quarenta minutos.

– Obrigada, Matt – não pude conter um sorriso, eu precisava compreender, nada fazia muito sentido para mim naquele momento, mas eu precisava reencontrar aquela garota. – Espera, como você sabe que tem um telefone público lá?

– Meu bem, eu já estive em Chicago, ok? E não, não interessa o motivo.

– Ok – sorri –. muito obrigado, mesmo.

Alguns minutos depois, Matt estacionava perto de um parque que meu minúsculo interesse por geografia não me permitiu reconhecer. Realmente, do outro lado da rua havia um telefone público. Matt, Helô, Peter e Marcy conversavam sobre como iriam entrar no túnel, e eles pareciam ter um plano bastante seguro. Atravessei a rua e entrei na cabine telefônica, esperei a linha. A telefonista atendeu.

– Cass Alethea, por favor – aguardei um pouco e logo depois ouvi uma voz suave, porém firme.

– Alô?! – ela disse.

– Oi, Cass, é a Ana, sua prima, lembra-se de mim? Bom, a gente costumava se detestar, mas já faz tanto tempo...

– Lembro, e não guardo mágoas, enfim, o que você precisa?

– Preciso falar com você, ainda mora em Chicago?

– Moro, claro, onde você está?

– Eu estou na praça central, tem um café aqui.

– Esse lugar é um lixo, mas podemos conversar em paz, eu estou por perto, chego em cinco minutos.

E desligou. Ótimo, ela não guardava mágoas, cada dia mais próxima da perfeição, por que raios ela tinha de ser a estrela e eu a ovelha negra? Tentei afastar esse pensamento e atravessei a rua para voltar à praça. Peter me lançou um olhar.

– Quer que eu vá com você?

– Acha que eu preciso de proteção?

– Não é isso, estávamos conversando, não achamos que você deveria ir sozinha.

– Ok, você vai junto.

E foi assim que eu ganhei um companheiro que me deixava bastante desconfortável, como se já não bastasse eu estar indo de encontro com minha prima, uma garota que eu não via há anos, e que ia “pisar” em mim só por sua aparência física – que infelizmente, sempre foi melhor.

Quando a vi, meu queixo quase caiu, era idêntica a mim, com exceção dos cabelos, loiros como sempre foram.

– Ótimo, um clone melhor e mais bonito... – resmunguei. Peter e eu estávamos sentados frente a frente, em uma mesinha no café, que não parecia nada ruim, quando ela se aproximou e sentou ao lado dele.

– Oi, Ana, pensei que nunca mais te veria. – Nesse momento, eu quase me arrependi de deixar Peter vir junto. Aparentemente, a parte sortuda da família era mais atraente, e eu não era a única a perceber isso, jurei ter visto um pouco de baba escorrendo do canto de sua boca enquanto olhava pra ela.

– Pensei o mesmo, Cass, olhe, vou ser bem direta, eu tive sonhos, meus amigos foram possuídos por criaturas que me mandaram te procurar e perguntar como eu poderia evitar a falta de energia quando eu usar magia livremente, sem a ajuda dos encantos.

– Olhe, esse é um assunto delicado, acha que está pronta para sacrificar coisas em prol de sua missão?

– Absoluta, diga logo o que eu devo fazer.

– É meio nojento, e pode ser estranho, mas funciona. Você precisa, bem, precisa de sangue, pode parecer clichê e também pode parecer que eu estou te metendo em um romance de vampiros, mas é isso, quando você faz magia, seus poderes esvaem parte de suas forças, que vêm do seu sangue, sabe. Antes de mais nada, não vão crescer caninos em você, como naquelas histórias fantasiosas, mas se você quiser facilitar isso usando presas, vai precisar usar magia, se é que existe algum feitiço que possa fazer isso.

– Isso é uma grande loucura. – Eu estava pronta para dizer que ela mentia quando me lembrei dos meus amigos possuídos nos meus sonhos, eles me avisaram para não fazer isso, então, eu não faria.

– Não, isso é a única maneira de te manter viva ao fazer magia de alto porte quando não se tem tempo para treinar. Ah, outra coisa, pegue essa espada, pode ser útil para você, foi Lesly quem me deu, ela foi da nossa outra prima uma vez, a Amanda, mas essa morreu ano passado, ela era idêntica a nós, porém, tinha cabelos negros, e ela era sua irmã, filha de Hécate, foi uma grande pena a morte dela. A espada tem um nome, Apaló Ánemo, significa vento suave, o que faz jus ao seu peso.

– Ok, vou lembrar-me do seu conselho. – Peguei a espada e olhei para o relógio. Graças aos deuses, o tempo passou rápido, deve ter sido porque em vez de cinco minutos, Cass demorou meia hora para chegar ali. – Precisamos ir, Peter, pare de babar e venha logo, estão nos esperando.

Saímos do café, eu fitava o chão, minha prima era louca.

– Sei o que está pensando. Ela não é mais bonita que você.

– Ahn?

– Sua prima, não é mais bonita que você.

– Ah, Peter, qual é, você estava babando – falei, tentando engolir o orgulho.

– Talvez, é meio complicado ficar em um ambiente com você e seu clone e não babar.

– Isso soou extremamente esquisito.

– Ok, acho que eu posso me expressar melhor.

Ele segurou meu braço com uma delicadeza que eu não esperava, olhou em meus olhos e me beijou, intensa e rapidamente. Então sussurrou com os lábios quase tocando os meus.

– Sua prima não chega aos seus pés.

Não pude evitar sorrir, e tentando evitar o clima tenso, fomos de encontro com os outros. Helô resmungava algo sobre apenas quatro horas - como se já não estivéssemos na entrada do túnel. Matt nos olhou desconfiado.

– Desde quando você tem uma gêmea?

– Aquela era a estrela da família, meu “clone”, seria bom se ela fosse realmente igual a mim em vez de ser incrivelmente melhor em tudo.

– Tanto faz qual das duas é melhor, o que importa agora é que conseguimos abrir o túnel, e em meia hora ele vai se fechar.

– Antes disso, temos um problema. – Apontei para uma fileira de gnomos que se aproximava. – Mas o quê? Gnomos? – disse estupefata, controlando a risada. Eram doze ao todo, cada um com aproximadamente um metro de altura, mas algo no sorriso deles me dizia que não seria tão simples mandá-los de volta ao Tártaro.

Segurei minha nova espada com força, e uau, era tão leve quanto o vento. Quando os gnomos se aproximaram, reparei que mesmo não sendo ótimos lutadores, eles estavam determinados a nos matar. Então, fizemos o que era possível para nós, lutamos.

Quando acertei um deles com a espada, e ele se desfez em pó, senti que em algum lugar eu sabia lutar, e já havia feito isso. Várias vezes. Olhei para o lado por um momento e vislumbrei Helô e Marcy lutando lado a lado, Matt sufocando dois gnomos com plantas que ele fazia saírem do chão e Peter reduzindo um deles a pó. Voltei-me para outro, e mais uma vez, após alguns golpes, ele virou pó, então, fiz isso novamente. Voltei a olhar para meus amigos, no exato momento em que Marcy atravessava sua espada na cabeça do último.

– Agora, túnel. – observei meus amigos, e todos concordaram com a cabeça.

Perto de nós havia um monumento, do tipo arte moderna, onde podíamos ver nossos reflexos, e cara, meu cabelo estava horrível. Aproximamo-nos e uma passagem mais ou menos da minha altura e não muito larga se revelou. Tenho que admitir que foi divertido perceber como todos tinham que se abaixar, menos eu, até que enfim uma vantagem em ser a mais baixinha do grupo. Mas, depois de uns vinte metros, o túnel se expandiu, e então eu o reconheci. Era o túnel dos meus pesadelos.

Uma figura se materializou na nossa frente, por algum motivo minha visão se nublou, eu não estava passando mal nem nada do tipo, os outros continuaram caminhando, e percebi que só eu sabia da existência daquela mulher, então, sua voz falou na minha mente.

“Achei que não te veria consciente, jovem semideusa.”

“Quem é vivo sempre aparece, e eu não sou tão fraca. Quem é você?”

“Ah, erro meu, que péssima educação, meu nome é Tétis, você deve ter ouvido falar do meu filho, o grande Aquiles, ele era incrível, mas isso não vem ao caso.”

“O que você quer?”

“Apenas assistir sua desgraça, sabe, vocês, semideuses são tão tolos e facilmente influenciáveis. Adeus, garotinha, não nos veremos mais, hoje você morre.”

E então, ela desapareceu. Droga, precisávamos sair dali.

– Parem! É uma armadilha de Tétis! Precisamos voltar urgentemente! – falei de uma maneira tão afobada, as palavras que saíam de minha boca pareciam tão absurdas até mesmo pra mim.

– Ana, seus olhos... Estão totalmente brancos, como se você fosse cega, o que está acontecendo? – reconheci a voz de Peter. O que ele disse fazia sentido, pois a cada momento, se tornava mais difícil distinguir o que estava à minha frente.

– Foi Tétis, ela nos quer mortos. E é ela que está mexendo com minha visão também.

– Não pode ser – respondeu Helô –, Tétis nos ajudou, ela que nos contou onde o túnel estava.

– Me escutem, isso é uma armadilha, precisamos sair daqui, agora!

– Espera, como você sabe disso? – Era Marcy.

– Porque a vagabunda acabou de invadir minha mente e jogar isso na minha cara, precisamos encontrar o verdadeiro túnel, agora.

Dito isso, começamos a correr de volta ao início do túnel, eu ainda não havia me acostumado com a falta de visão, e isso fez com que eu tropeçasse várias vezes durante o percurso. Algo mais dificultava nosso caminho, por algum motivo nos movimentávamos lentamente. Apesar do esforço, nossos corpos estavam rígidos.

– Está frio aqui fora, como se já fosse noite.

– É noite. – Respondeu Marcy.

– Ah deuses, que horas são?

– Cinco pra meia noite... – agora era Matt. – Caramba, em cinco minutos o túnel vai mudar de lugar, de novo!

– Passamos quatro horas naquele lugar? – minha voz saiu engasgada.

– É o que parece. – Helô se pronunciou.

– Bom, não vale a pena procurar, agora faltam três minutos. – Matt.

Ok, ainda bem que eu era boa para reconhecer as vozes, mas, ah, a sensação de não poder ver é tão... Horrível. Algum tempo depois, todos se reuniram ao redor do brinquedo estragado de Ares.

– San Diego. – Matt anunciou.

– Ainda temos o carro que vocês roubaram? – Era Peter.

Matt deve ter respondido de alguma maneira que eu não pude perceber, e mais uma vez, odiei o fato de estar cega.

– Gente, não sei se ninguém percebeu, mas eu não consigo ver nada, se vocês pudessem me contar o que está acontecendo...

– Enquanto você estava inconsciente, roubamos um carro para vir até aqui, e agora vamos usar esse mesmo carro para ir em direção a San Diego enquanto decidimos o que fazer. – Vez da Helô.

– Ah, obrigada, e como eu vou seguir vocês? – eu mal havia terminado de falar quando uma mão enlaçou minha cintura.

– Eu te guio. – Peter. Ótimo, ganhei um “cão-guia”, só que maior, mais lindo e eu estava apaixonada por ele.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Bom, a ideia da Helô foi legal, se quiserem fazer perguntas, vamos adorar responder!