Unmei escrita por Namikaze


Capítulo 3
Os órfãos de Ame revivem.


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Dois capítulos em um dia.
Preciso terminar a fic antes de fevereiro k'
Espero que gostem.
Eu pensei que esse cap ia ser eles chegando em Konoha, mas n teve como.
O próximo é ctz
Boa leitura



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Ela... Ela... possui o rinnegan.

– Nunca falei meu sobrenome a você, Sakura. Chamo-me Ōtsutsuki Masumi. A descendente mais pura de Rikudõ Sennin.

– Kami.

– E hoje, minha querida. - Masumi-sama nunca me chamou de querida. - Quero que estes olhos sejam seus. Você os merecem.

Ela levou suas mãos aos seus olhos e tirou cada um. Sorria ao fazer isso.

– Não... - murmurei... Já sabia o que estava por vim.

– Eu não posso. - disse inaudível.

– Onegai, garota. Eu não desejo mais nada e do que adianta estes olhos em uma velha como eu? - sorriu. - Mas a sempre um "porém", não é todos que podem possuir o rinnegan, ainda mais dessa forma... Seu corpo pode rejeita-lo. E principalmente não poderá ser mais uma ninja médica e tudo que aprendeu no passado não conseguira exercer, seu controle de chakra diminuirá, mas o próprio aumentara.

Pensei durante alguns segundos.

Eu tinha que arriscar.

Se eu quisesse alcançar meus desejos tinha que aceitar aqueles olhos.

Eu tenho.

Não preciso de nada que está no meu passado, NADA.

– Eu os aceito, se aceitar os meus. - propus.

– Claro.

Estendi minha mão ainda temendo e peguei os olhos. Faria aquilo ali mesmo e agora.

A dor é horrenda, como que se milhares de agulhas atravessassem cada parte do meu corpo. Tiro meu olho direito e sinto o sangue escorrer em minha face. Logo tiro o esquerdo. Sem muito entender apenas entrego os meus olhos esmeralda para Masumi-sama.

É agora.

Coloco os olhos da reencarnação - como muitos dizem - em mim.

Encaro-a, sinto-me diferente, mas de uma forma boa. Eu consigo enxergar tudo da mesma forma, porém é como se os detalhes ficassem mais importantes para minha visão.

Meu corpo não rejeito, até agora.

– Bem, que tal treinarmos ao amanhecer? - sorriu Masumi-sama agora com meus olhos.

– Hai!

De fato eu nunca havia notado meus antigos olhos, mas são muito belos.

***

Havia se passado mais oito meses desde do dia em que aqueles olhos se tornaram meus. Se eu achei que não podia mudar mais, estava enganada. Meus cabelos agora estavam na cintura, meu rosto mais fino e eu que não gostava daquelas roupas pretas que me foi dado no primeiro dia, agora se tornaram minhas prediletas.

Gosto daqui. Gosto de Amegakure. Aqui todos são simpáticos, nenhum deles me perguntam de onde vim, ou me condenam por saber minha história.

Sinto-me parte desta vila como nunca me senti em Konoha.

Masumi-sama aconselhou-me usar aqueles óculos escuros ao sair. Assim eu fazia.

– Então, Sakura, algo novo? - perguntou ela ao se aproximar de mim.

Masumi me disse para inventar uma técnica minha, para que eu tenha algum tipo de legado. Há seis meses leio inúmeros livros e pergaminhos a procura de algo que possa me ajudar.

Eu já achei algo e até mesmo sei como batiza-lo. Só resta funcionar.

– Não dá certo, faço tudo corretamente, mas... - suspirei.

– Não desista, uma vez me falaram que a persistência é a irmã gêmea da excelência. Uma é a mãe da qualidade, a outra é a mãe do tempo.

Sorri para Masumi, nesse tempo ela se tornou uma mãe para mim. Minha mestra.

– Tem razão. - sempre tem razão.

Levantei-me novamente e comecei.

Mordi a ponta do meu polegar e dele brotou um fio de sangue, coloquei-o no chão.

– Uma. Tatsu. Tori. U. - respectivamente; cavalo, dragão, pássaro, lebre. Fiz os selos e me levantei novamente.

Suspirei fundo, precisaria de imensa concentração.

– Shi no Megami! - anunciei. Esse é nome que dei a minha criação... Deusa da morte.

A terra debaixo dos meus pés começou a tremer. Surgindo assim uma criatura bela e aterrorizadora. Usava um vestido longo negro, suas asas também eram negras e seu rosto estava coberto por seu imenso cabelo e ela - sim, ela - carrega uma foice com uma caveira modelada na mesma.

Mexo meu braço e assim ela faz. Eu a comando.

– Sa... Sakura. - nunca vi Masumi-sama desta forma, parece assustada, admirada.

– Vamos, jogue algo contra mim.

Ela jogou várias kunais, mas as mesmas bateram naquela essência negra que circuncidava a Shi e caíram.

– Você criou uma lenda. - disse.

– Hã? - nesse momento me concentrei e ela desapareceu.

– Uma lenda Sakura. A Deusa da morte, como conseguiu? - perguntou-me assustada.

– Eu não sei. Na verdade tive um sonho e assim fiz.

– Entendo. - concordou. - Precisa treina-la, descobrir todos os truques e também registrar. E eu preciso te mostrar algo, estava esperando o momento certo e acho ser agora.

Não entendi no começo, até ver o que se tratava.

Fomos andando sobre a água para o outro lado do lago.

Ao chegar entramos em um tipo de caverna e logo uma porta.

Era impressionante. A energia, a concentração de chakra era muito forte naquele local.

– Bureku. - Masumi-sama juntou as mãos e a sala que parecia não possuir nada e só neblina mostrou que guardava grande segredos.

– São os corpos... - eu estava impressionada.

– O corpo de Yahiko, Nagato e Konan. Eu uso meu chakra para mantê-los intactos. Konan morreu asfixiada e teve uma perfuração abaixo do peito. Yahiko morreu por hemorragia interna, mas o corpo de Yahiko como Pain morreu quando o Jinchuuriki o atingiu. Eu os curei, dei energia para que Nagato voltasse a sua forma natural. E espero o momento certo para trazê-los de volta.

– Como? Porque fez isso? - minha cabeça girava com as informações.

– Eu amo minha vila, Sakura e eu sei a dor que a mesma os causou, todavia uma vez em uma vila. Sempre nela.

Uma vez em Konoha. Sempre em Konoha.

– Também eu apoiava as ideias deles. Por isso preservei seus corpos e no final da guerra retirei o Rinnegan do Madara para o entregar a Nagato. Sabe... esses ninjas são muito descuidados, no final falaram que o corpo dele havia desaparecido. Mas eu o incinerei após retirar os olhos.

– Entendo. - tentei me concentrar. - Mas como pretende trazê-los?

– Como ninja minha maior conquista foi desenvolver uma técnica simples que chega a ser banal... Eu chamo-a de Kõkan - troca - Ela se sustenta em oferecer uma vida em troca de outra, porém a vida que tenta recuperar deve ter seu corpo original em excelente estado.

– Isso, isso...

– Injusto? - chutou.

– Não ia dizer isso, na verdade diria que é impressionante.

– Você mudou muito, garota. Estou orgulhosa de você.

Eu tinha que mudar.

– Então. - tentei fugir deste tal assunto. - O que fazemos para que eles voltem?

– Bem, sacrificaremos três humanos. Simples. É uma troca.

Sorrio para ela.

– Espere aqui. Volto em um segundo. - ao dizer isso; me teleporto.

***

Peguei dois homens e uma mulher, mas não de Amegakure, foi de um vilarejo aqui perto. Devo ter levado alguns minutos.

– Masumi-sama, aqui está. - disse empurrando os tais.

– Como os trouxe aqui?

– Eles estão sobre efeito daquela neblina que me ensinou.

– Ah.

– Você possui o rinnegan. Quem fará o jutsu será você.

– Explique-me.

Masumi-sama pegou uma adaga e fincou no peito da mulher, está berrou, mas logo morreu.

– Agora finque está adaga em um deles, e continue.

– Isso é ridículo, tem certeza que funciona? - eu nunca mais duvidei de Masumi-sama, mas era tão absurda a facilidade disso que não pude deixar de perguntar.

– Apenas faça. - ordenou.

Escutei barulhos vindo da entrada.

– Há seis pessoas na entrada da caverna. - avisei. - Irei ver.

Minha percepção melhorou muito nesses dois anos.

– Não! - exclamou Masumi. - Eu vejo, continue o que está fazendo.

Obedeci.

Finquei em Konan, logo em Nagato e por último no tal Yahiko.

Ele continuava com os piercings na face, mas seu corpo é completamente humano.

Ouvi um gemido de agonia. Corri para ver o quê.

Minha mestra estava deitada com duas espadas fincadas em seu peito que atravessa até suas costas.

– Masumi-sama! - gritei jogando-me perto dela e puxando seu corpo.

– São, são ninjas da Anbu. - gaguejou.

ANBU.

Será KONOHA?

– Masumi... - chamei quando seus olhos começaram a se fechar. - Masumi. - chamei-a novamente.

– Acalme-se garota tola. - ela sorriu e seu corpo desfaleceu de vez em meus braços.

Eu não podia chorar.

E eu não chorei.

***

Fiquei vendo o reencontro dos três. Não havia sinal em seus corpos da adaga que finquei neles. Expliquei-os como os trouxe de volta.

– Você fez isso? - a voz rouca de Nagato soou por trás de mim.

– Eu fiz, mas foi Masumi-sama que de fato realizou. - falei sem olha-lo, apenas fitava aquela lápide improvisada. Ela foi enterrada com meus olhos, só assim eu garantiria a mim mesma nunca mais voltar atrás.

– Lamento por sua dor. - disse.

Acenei que sim.

– Sabe porquê nos trouxe de volta? - indagou.

– Ela disse acreditar na ideologia que pregavam. Mas acho que não acredita mais na mesma, certo? - desta vez o olhei.

– Correto, porém tudo é mutável.

Konan parecia contar alguma coisa relacionado com Pain para o Yahiko.

– Somos gratos a você.

Até agora não acreditava que aqueles Anbu's eram de Konoha, mas eu vi com meus próprio olhos a tatuagem da Anbu de Konoha.

Eles me tiraram tudo. Exatamente tudo e de todas as formas.

– Não precisa, seguirei para Konoha, sayonara.

– Eu irei com você. - anunciou Konan. - Até que eu pague minha dívida.

– Se eles forem eu irei. - disse Yahiko.

– Então vamos, Sakura? - perguntou Nagato.

Forcei um sorriso que mais pareceu uma careta - sei disso -.

– Imediatamente, contarei a vocês tudo que aconteceu na guerra.

E assim saímos em rumo a Konoha.

Não sei se a vila vai me considerar uma Nukenin. Do quê importa?

Ninguém vai me deter agora.

Não sei o que quero, talvez apenas desejo ver sangue.

Vingança? Daqueles que sempre me causam dor? Talvez.

Talvez eu só precise impor minha dor ao próximo.

Se eu estiver errada será só mais um erro para a caixa. Apenas mais um.

Aguarde por mim, Konohagakure.


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Notas finais do capítulo

Bureku : Quebrar
Nukenin: desertor de uma vila.
Sayonara: Adeus
Gostaram?
Sem lógica? Ah, é a vida kkk'
Comentem o que acharam e favoritem *.*
P.S: Masumi-sama não morreria tão fácil pela Anbu, né, ela está morta; sim. Mas quem causou sua morte....
Kisses e até amanhã. Outro amanhã? Sim!



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