Bella

Hoje a quarta feira estava ensolarada do jeito que eu gosto. Os raios de sol infiltravam-se em minha pele, fazendo-me sorrir. Estava no campo aberto do colégio esperando que Jacob ajustasse a câmera. Nós iriamos fazer uma entrevista com alguns jogadores do time de futebol americano e a capitã das líderes de torcida – vulgo Tiffany – para postar no blog. Sempre fazíamos isso antes de um jogo, que no caso, ocorreria na sexta.

Quem deveria ser a repórter hoje era a Nessie, mas a ruiva foi punida pela briga que pegou com Tiffany. E que quase sobrou pra mim também.

{Flashback – on}

— POSSO SABER QUE ALGAZARRA É ESSA? – gritou a voz potente do diretor, fazendo com que uma atmosfera tensa caísse sobre todos.

Jacob se escondeu atrás de mim. Bufei.

O olhar matador do diretor direcionou-se a minha pessoa.

— Algum problema, senhorita Swan? – juro que o olho esquerdo dele tremeu.

— Comigo? Humpf! Tire-me fora dessa, Green.

Ele ainda semicerrou os olhos antes de voltar a olhar para as duas barraqueiras. Tiffany estava mais branca que papel – provavelmente pensando no burburinho que ia causar no colégio se ela fosse punida – e Nessie estava com a maior cara de tédio. A ruiva já estava acostumada com as detenções e reclamações do Sr. Green.

— Qual é a bola da vez, Green? – perguntou minha prima tediosamente.

— Primeiro, quero saber o que se passou aqui – exigiu, cruzando os braços.

— Essa maluca que me agarrou do nada! – exclamou Tiffany, tomando a frente.

Nessie olhou embasbacada para ela.

— Impressionante a forma que você consegue ser mais falsa do que esse seu cabelo de um e noventa e nove.

Tiffany ficou boquiaberta.

— Quem você pensa que é para falar do meu cabelo? MEU CABELO?! A única que tem o cabelo de um e noventa e nove aqui é o seu, sua ruiva oxigenada.

Nessie grunhiu e começou a se mexer rebeldemente nos braços de Emmett, louca para avançar em Tiffany que a provocava – sendo segurada por outro cara do time.

— Parece uma cachorrinha com raiva. Credo, garota! Cuidado com a carrocinha – disse Tiffany maldosamente e começou a rir.

— Quem tem que ter cuidado com a carrocinha é você, sua chihuahua de madame – cuspiu furiosamente.

— Pelo menos eu tenho pedigree – empinou o nariz.

— CHEGA! – gritou outra vez o diretor – As duas para a minha sala. AGORA!

Emmett e o outro carinha do time soltaram ambas que acompanharam o diretor, lançando olhares mortais um para a outra.

— Ela vai ganhar detenção, não vai? – questionou Emmett para mim.

— Do jeito que o Green a ama? Claro!

{Flashback – on}

Dito e feito né? Ambas pegaram três dias de detenção, porém Tiffany só as pagaria na próxima semana, pois essa ela tinha que ensaiar para liderar a torcida no jogo de sexta, fato que deixou Nessie muito puta. Ela até bateu o pé para só cumprir sua punição próxima semana também, mas o Green não deixou.

— Oi pessoal! – pulei de susto ao ouvir a voz do Cullen.

— Que medo! Você por acaso é algum tipo de fantasma perseguidor? – rosnei.

O cretino riu.

— Cheguei fazendo o maior barulhão, Swan. Você é que estava viajando no mundo da lua.

— Verdade Bells. As líderes foram responsáveis por isso - concordou Jacob.

Olhei rapidamente para as líderes que lançavam tchauzinhos para a mais nova carne do pedaço. Bufei.

— Até você, Jake? – indaguei, chateada.

Ele riu.

— Relaxa, faniquita.

Mirei o dedo do meio para ele que só fez rir mais.

— Cadê o Jasper? – perguntou Edward.

Jacob apontou para o meu irmão babaca. Ele estava sentado nas arquibancadas e de olho grande no treino das líderes.

— O loiro não perde a chance de secá-las – Jake balançou a cabeça e franziu o cenho – Tudo pronto, Bells.

— Ótimo – suspirei e olhei para Edward – O que você faz aqui, afinal? E onde está sua irmã?

— Vim olhar o treino das líderes a pedidos – riu de alguma piada interna – E a Alice já aparece por aí.

Revirei os olhos.

Babaca, babaca, babaca.

— Ótimo. Faça companhia ao meu irmão. E aproveite para entrar no clube dos babacas.com— fui irônica.

Edward lançou-me um sorrisinho sarcástico e se juntou mesmo ao meu irmão. Ótimo! E pare de falar ótimo, Isabella.

Escutei uma risadinha vinda de Jacob e lancei um olhar curioso para ele.

— Que foi?

— Você e o Edward.

— O que tem?

— Não sei – sorriu o sorriso babaca que só ele tinha como se dissesse ‘’eu sei de uma coisa que você não sabe’’. E quer saber? Eu o odiava.

— Tire essa porcaria de sorriso da cara e vamos por a mão na massa.

— Okay, mamãe – falou irônico e eu lhe dei uma tapa na cabeça.

Depois dos contratempos, finalmente iniciamos as entrevistas. Foi feito um sorteio para saber quem seria os escolhidos do time. Falei com Emmett – sim, o maldito ganhou para falar no próprio blog —, Dean e Daniel, outro carinha do time que fala muito ‘’tipo e sei lá’’. Sem falar que me chamou de faniquita algumas vezes, o que fez com que eu matasse Jacob em pensamentos várias vezes.

Quando chegou a vez de Tiffany, quase taquei o microfone – estilizado pelo lesado do meu irmão – na cara dela. Se ela tivesse falado mais uma vez que os uniformes das líderes estavam perfeitos, tinha tacado mesmo. O anjo dela foi o Black, que percebendo minha alteração, falou que já estava bom.

— Nessie vai demorar muito? – perguntou Jacob.

Nós estávamos andando para o estacionamento, junto de Emmett – que já estava liberado do treino – Jasper, Edward e Alice – que aparecera minutos depois de eu ter iniciado as entrevistas.

— Acho que... Olha ela aí – falei, apontando com a cabeça para a ruiva que caminhava apressada.

— Ainda bem que fui liberada. Não aguentava mais aquela tortura. O Green estava torrando-me o saco – chegou resmungando, mas depois sorriu – E aí? O que rolou na minha ausência? Gravaram o vídeo direitinho?

— O vídeo está pronto para ser editado e postado no blog – comuniquei – E não teve nada demais. Apenas alguns safados e estresse.

— Safados? Estresse? Explica – pediu Nessie, confusa.

— Ela está toda irritadinha, porque Edward e eu estávamos olhando o treino das líderes – zombou Jasper.

— Ta fumado, Jasper? Estou pouco me importando pra isso – dei língua para o meu irmão.

Os meninos e Nessie riram. Alice apenas os observou com certa curiosidade. Bufei.

— Desculpa se eu não gosto de garotas metidas que usam minissaia para chamar a atenção dos garotos – cruzei os braços.

— Bells, você detesta a maioria das coisas femininas. Não curte saias, saltos, vestidos e etc... – comentou Nessie.

Lancei um olhar mortal para a ruiva que sorriu diabolicamente.

— Isso é bastante interessante – murmurou Edward.

As atenções voltaram para ele, porém, seus olhos estavam fixos em mim.

— O que-que-que é interessante? – gaguejei feito uma idiota medrosa.

Algo dentro de mim alertava-me que não vinha boa coisa daí.

— Isabella, já sei o que vou querer de você – um sorrisinho maligno brotou em seus lábios.

Engoli em seco e pigarreei logo após para disfarçar. Não demonstraria fraqueza para ele nem a pau.

— Fale.

— Quero que você venha amanhã no estilo Barbie, ou seja, vestido rosa e salto alto – decretou.

Meus olhos quase pularam das órbitas.

— O QUÊ? POR ACASO TEM TITICA DE GALINHA NA SUA CABEÇA? – gritei furiosa.

Os outros nos olhavam como se fosses um interessante filme de TV. Rolou até pipoca.

Otários!

— Não. Apenas quero que você cumpra a aposta que perdeu – deu de ombros.

— Pera aí, aposta? Já fizeram outra? – interrompeu Nessie – Muito bom, continuem. - aplaudiu.

Rosnei para minha prima que levantou as mãos para cima.

— Eu não vou fazer isso, Cullen! – cuspi.

— Tsc, tsc. Pensei que fosse uma mulher de palavra, Isabella, mas vejo que me enganei – fingiu uma cara de decepção.

Gemi contrariada, querendo voltar no tempo e ter esgoelado o Cullen quando ainda podia.

— Você é um babaca Cullen, argh – falei por fim, entrando no meu carro e buzinando para Nessie e Jasper entrarem também.

[...]

— Cara, nem acredito que depois de séculos vou te ver vestida como uma garota de verdade – Renesmee comentou a desgraça alheia.

— Nem comemora ruiva. Isso só vai durar um dia e olhe lá – larguei minha bolsa no chão, atirando-me no sofá.

Coloquei uma almofada no rosto e apertei-a contra o mesmo. Quem sabe se eu morresse não seria melhor?

— Quero sumir – minha voz saiu um pouco abafada por causa da almofada.

— Deixa de drama – Nessie puxou a almofada do meu rosto – Põe um sorriso na cara que eu tenho um plano.

Meus olhos brilharam.

— Plano? Você vai me tirar dessa enrascada? – sentei-me no sofá em um pulo.

— Nem se eu quisesse – fez cara de desdém – Não perco esse mico por nada – soltou uma risadinha.

Joguei-me novamente no sofá.

— Quem precisa de inimigos com uma família como essa? – perguntei para o nada.

— Cala a boca e me escuta, Isabella – jogou-se ao meu lado – Nesse tempo que fiquei em detenção, ideias mirabolantes brotaram em minha cabeça para dá troco a Tiffany! – festejou, quicando no sofá.

Olhei com cara de tédio para ela.

— Você ainda quer brigar mais com a loira? Não se cansa não?

— Nunca! – exclamou determinada – Eu vou rir por último, porque quem rir por último, rir melhor. Eu vou fazer algo com ela mais grandioso.

— Pegar outra briga não é tão genial assim – argumentei tediosamente.

— E quem falou de briga?

Sentei-me no sofá, fitando a cara de bicha má da minha prima. Algo bom daquela cabeça é que não vinha.

— O que se passa nessa tua cabeça, Renesmee Swan?

Nessie apenas sorriu maldosamente.

[...]

Choraminguei ao ver a imagem refletida no espelho. Aquela não era eu. Aqueles cabelos loiros pintados com alguma tinta vagabunda que sai rápido, não eram meus. Aquele vestido rosa todo frescurento não fazia meu estilo. E o maldito salto alto – que apesar de bonito, era rosa e ALTO? E aquelas unhas postiças? A boca? Meu Deus! Não tinha nada de mim ali!

Maldito Edward Cullen!

— Eu odeio o Edward, é oficial – grasnei, fazendo com que Renesmee risse ao meu lado. A capetinha que foi responsável pela minha ‘’mudança’’.

— Eu o amo, é oficial. Olha o milagre que ele fez acontecer – fungou falsamente.

Revirei os olhos e dei um passo para sair do quarto, porém, os saltos sambaram em meus pés. Segurei-me em Nessie, de olhos arregalados.

— Você vai ter que me descer – sussurrei para minha prima que riu com gosto.

Finalmente chegamos ao andar debaixo. Assim que coloquei o primeiro salto na cozinha, a música da Barbie Girl começou a tocar.

I'm a Barbie Girl in a Barbie World

Life in plastic, it's fantastic

You can brush my hair, undress me everywhere

Imagination, life is your creation

Antes que eu falasse alguma coisa da música ridícula, Jasper caiu na gargalhada junto da nossa prima, enquanto Renné e Charlie me olhavam como se eu fosse um E.T. Não os culpo, afinal, não é todo dia que eles me veem assim.

— Bella? – perguntou meu pai um tanto duvidoso.

Arriei os ombros.

— Sou eu, pai.

— Tem certeza? – insistiu.

— Pai! – resmunguei.

— Você está bem, querida? – indagou-me mamãe, preocupada.

Ela se levantou e tocou em minha testa.

— Eu to bem, mãe, por favor.

— Sabe o que se chama isso, tia Renné? – inquiriu Nessie, com a respiração entrecortada por conta das estúpidas risadas.

Mamãe negou com a cabeça.

— Orgulho.

— Orgulho?

— É. Ela perdeu uma aposta para o Edward e agora vai pagar esse lindo mico – explicou Jazz.

— Vocês estão bem próximos dos Cullens, hm? – comentou papai, voltando a tomar seu café da manhã. Mamãe voltou ao seu lugar e eu me sentei em uma das cadeiras vagas.

— Eles são legais – respondeu Nessie, dando de ombros.

Quando ia começar a me servir, notei que a maldita música ainda tocava.

— Desliguem isso pelo amor de Deus! – pedi agoniada e todos na mesa riram menos eu, é claro.

[...]

Antes que eu entrasse em meu lindo carrinho, tirei aqueles monstros dos meus pés e os entreguei a Renesmee, que fez cara feia, mas não falou nada, afinal, não se dirige de salto. Acomodamo-nos no carro – com Nessie ao meu lado e Jazz atrás – e fomos para mais um dia de luta.

Renesmee pegou o seu pendrive e o colocou na entrada que tinha no som do carro. Poucos minutos depois, uma música da Katy Perry começou a tocar. Congelei ao perceber qual era e antes que eu pudesse muda-la, lembranças de um passado não muito distante, assaltaram-me em pensamento.

{Flashback – on}

Um ano e seis meses atrás...

Eu nunca me senti tão livre e feliz como estava me sentindo agora, sentada no banco do mustang que era dirigido pelo cara mais perfeito do mundo, Dereck Collins, meu namorado. Estávamos curtindo nossos últimos dias de férias juntos, viajando sem destino pela Califórnia.

Fechei os olhos, sentindo o vento tocar meu rosto e levar meus cabelos para trás. Olhei para Dereck que sorria enquanto mantinha os olhos fixos na estrada.

— Que tal uma musiquinha? – questionou, olhando para mim com aqueles vibrantes olhos azul-claros e um sorriso perfeito no rosto.

— Seria maravilhoso – retribui o sorriso.

Ele mexeu no som de seu carro, até que a animada música da Katy Perry começou a tocar. Olhei perplexa para ele. Aquela música foi a que tocou quando demos nosso primeiro beijo.

— Teenage Dream? Sério que você se lembra? – perguntei em êxtase, aposto que meus olhos brilhavam como uma garotinha quando ganhava sua primeira boneca.

Ele riu maravilhosamente.

— Claro que eu lembro amor. Lembro-me de tudo relacionado a nós – afagou meu rosto brevemente e eu fechei os olhos ao seu toque — You make me feel/Like I'm livin' a/Teenage dream/The way you turn me on/I can't sleep/Let's run away and/Don't ever look back/Don't ever look back – cantou um trecho com sua voz levemente enrouquecida.

Abri os olhos e olhei para ele, que, hora olhava para estrada e hora pra mim.

— My heart stops/When you look at me/Just one touch/Now, baby, I believe/This is real/So take a chance and/Don't ever look back/Don't ever look back.

Ele beijou meus lábios rapidamente enquanto eu me dava conta de como aquela música nos traduzia.

{Flashback – off}

Balancei a cabeça rapidamente e tratei logo de mudar a faixa da música.

— Bella! – resmungou Nessie – Katy Perry está traduzindo meu estado de espírito! Ou seja, eu estou de boa.

Revirei os olhos.

— Escolha outra música dela, então.

— Qual é o preconceito com Teenage Dream? Eu... – ela se calou por um momento. Olhei rapidamente para ela que parecia refletir – Entendi – falou por fim.

— Nossa! Até eu saquei mais rápido – murmurou Jasper, deitado no banco de trás enquanto mexia no celular.

— Cala boca, Jazz – resmungou com ele, enquanto eu estacionava o carro na vaga de sempre.

Coloquei meus saltos e desci do carro junto dos meus familiares. Renesmee veio para minha frente com um olhar sério.

— Pensei que já tivesse superado isso – cruzou os braços, não deixando o assunto morrer.

— E eu superei – falei tentando dá um fim naquele assunto.

— Não é isso que parece e... – foi interrompida por Jasper.

— Gente – sussurrou – Porque tá todo mundo olhando para cá?

Estava tão absorta em meu mundo – e em escapar de Renesmee – que nem notei os olhares estranhos que nos lançavam. Lançavam-nos não, lançavam para mim. Aí então lembrei o motivo disso: minhas vestes nada comuns.

— Vamos sair logo daqui – puxei Nessie pelo braço, tentando andar o mais rápido que eu conseguia naquele troço – ou seja, quase nada.

Escutei vários comentários no caminho do tipo: ‘’o que deu nela?’’, ‘’a Swan ficou uma gatinha com esse vestido’’ ou ‘’será que está tentando ser discípula da Tiffany?’’. O último comentário foi feito por uma garota que estava junta de mais três.

Caminhei até ficar bem próxima a ela e lhe lancei um olhar fulminante – isso tudo ainda segurando Nessie pelo braço.

— Olha aqui, garota que não sei o nome, eu não seria discípula da loira nem que o papa mandasse, então, pare de falar besteira e vá estudar – reclamei, deixando a garota de cabelos ruivos – tingidos – de boca aberta.

Dei a volta e quase caí se não tivesse esbarrado em um peitoral. Olhei para cima, louca para xingar o idiota, quando me deparo com olhos verdes. Olhos, que assim que me reconheceram, tornaram-se divertidos. Assim como o sorriso do dono.

— Argh! Até fugindo você encontra o capeta – bufei.

O Cullen estúpido gargalhou.

— Você realmente está cumprindo a aposta ou isso é uma alucinação? – indagou, coçando os olhos feito um retardado.

Rosnei e soltei o braço de Nessie, voltando a caminhar para o interior do colégio. Na verdade, eu queria correr e me esconder, mas vocês já sabem. Parei em frente ao meu armário para pegar os livros das aulas de hoje.

— Pode dá uma voltinha? – a voz do Cullen tão próxima a mim, me assustou.

Coloquei uma mão no peito, olhando irada para ele. Percebi que Renesmee estava ao seu lado, prendendo uma risada.

Bandida descarada!

— Cullen, não me faça onde você possa dá uma voltinha – sorri falsamente e abri meu armário.

— Vai, Bella, só uma voltinha para ver como ficou – pediu, fazendo um olhar suplicante.

Olhei incrédula para ele.

— Fiu, fiu – reconheci o assobio de Jake. Ele veio por trás de mim e pegou em minha mão, fazendo-me girar – Uau, faniquita! Ficou um arraso de mulherzinha – zombou e caiu na gargalhada.

Edward sorriu todo contente por ter consigo sua voltinha.

Por favor, alguém me dá uma faca, uma arma, uma corda QUALQUER COISA QUE MATE SERES HUMANOS PARA EU PODER MATAR ALGUNS!

— Realmente, ficou um arraso – piscou Edward.

— Ei, que safadeza é essa com minha irmã? – Jazz chegou todo ciumento. Ao lado dele estava Emmett, que me fitava com o cenho franzido.

— Estou surpreso. Pensei que Bella faltaria à aula, mas ela é mais corajosa que pensei – meu amigo refletiu — Esse estilo barbie girl ficou bacana – levantou os polegares com um sorriso babaca.

Suspirei, escorando minha testa no outro armário. Oh, Deus! O que eu fiz de tão grave para merecer isto?

— Cara, você fez a Bells usar vestido. Tu é demais – comemorou Jacob, amigo da onça.

Olhei indignada para ele que trocava um h-5 com o rei dos retardados.

— Com licença, não vou estragar minha beleza com vocês – falei entredentes, fechando o meu armário e já com meus livros em mãos.

Deixei a trupe de idiotas rindo para trás.