O insuportável do meu chefe escrita por Jéssica Lighthouse


Capítulo 12
Lembranças da festa de April.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo bem? Espero que sim :). Finalmente veremos o que aconteceu na festa da April. E um aviso: Vejam as notas finais é bem importante. Aproveitem o capítulo, e vejo vocês lá embaixo, okay?
Nota: Alaric é dois anos mais velho que o Damon na história.



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Abro meus olhos com dificuldade, a luz do sol está começando a me incomodar... Olho no relógio, são quatro e meia da tarde, levanto da cama, espreguiçando-me enquanto resolvo tomar um banho. Até que eu escuto meu celular apitar, uma nova mensagem para mim, saio do banho enrolada em minha toalha cantando uma música do Bruno Mars. Uma mensagem de Damon Salvatore. Tinha que ser, penso comigo enquanto abro a mensagem, nervosa.

Oi... Tem como me encontrar no Central Park em cinco minutos? Preciso falar com você. - D.S

Oh meu deus... "Preciso falar com você". Desculpe Jesus, naquele dia em que eu sem querer derrubei cola na cadeira do Damon e botei a culpa na Gwen ou quando arranhei o carro dele na garagem da empresa... Essa foi de proposito, ele mereceu. Mas espero que me desculpe! Pensando pelo lado bom, Damon pode estar querendo falar do meu relatório. Então, porque ele não esperou pra falar segunda, genia? É tem razão, sub... E obrigada por me deixar mais nervosa.

Elena? Está aí? - D.S

Sim, estou indo pra aí. - E.G

Às vezes esqueço como ele consegue ser tão irritante, escolho uma roupa qualquer para não chamar muita atenção. Uma blusa roxa com uma cruz no centro, calça jeans, uma sapatilha preta. Faço um coque alto, colocando uma maquiagem leve. Roupa. Pego meu celular, chaves do carro, pronta pra me encontrar com ele. Chamo o elevador que demora mil anos pra chegar, podem me chamar de preguiçosa, porém Caroline resolveu comprar nosso apartamento no décimo andar. E não quero chegar com suor... Aproveitando a oportunidade que vou conversar com ele, posso falar o que realmente aconteceu naquela festa, não é mesmo? Assim que chego no Central Park, o encontro com uma lata de cerveja na mão, pego de sua mão jogando-a no lixo, ele me encara com raiva.

– Prometi que iria fazer você parar de beber, estou apenas fazendo meu trabalho. - dou um sorriso sarcástico. - Seja breve, tenho alguns assuntos pra resolver que não tem nada a ver como você.

– Você tá linda. - Damon deu seu sorriso torto.

– Para de fugir do assunto, por favor... - falo, mas sinto meu rosto ruborizar com seu elogio.

– Tá, tá. Eu vim falar que... - parou de falar, passando a mão em seu cabelo levemente bagunçado, me deixando mais nervosa. - Promete não surtar?

– Eu não surto com nada, Salvatore. - ele levanta a sobrancelha. - Foi só uma vez, tá legal, eu estava bêbada... Não conta! Agora desembucha, está me deixa nervosa...

Ele riu, enquanto revirava os olhos. Ele parecia estar de brincadeira comigo, levantei-me com raiva, mas Damon segura meu pulso, me fazendo sentir um leve choque elétrico passando por mim como na vez em que eu o abracei.

– Desculpa, prometo me comportar. - pediu com os seus incríveis olhos azuis brilhando, suspiro, dando-me por vencida. - Mandei sua coluna pro e-mail do meu irmão, só falta ele ver, mostrar pro poderoso chefão, e se Ric gostar, você estará contratada.

Comecei a gritar, abracei Damon sorrindo, o enchendo de beijos na cara... Até chegar em seus lábios. Quando percebi que estava quase fazendo, saí do seu colo envergonhada.

– Ric vai amar te conhecer... É doidinha que nem ele.

– Ric? Você o conhece pessoalmente? - pergunto confusa. Ele o tratava de forma intima que pareciam até amigos de anos.

– Meu companheiro de bebida, fui padrinho do casamento dele, foi também meu único amigo antes de Klaus e Care. Nos conhecemos na faculdade, ele terminando e eu começando... Nos tornamos grandes amigos depois. - explicou como conhecia Alaric Saltzman, o editor chefe do NY Times. - Ele é gente legal, não tanto como eu, mas é. Pode parecer um babaca no começo, no meio ele continua parecendo e no final ainda é um... Mas tem bom coração.

– Vocês tem várias coisas em comum então. - dou uma risada, e ele me acompanha, mas logo fica sério.

– Ric também perdeu a mulher dele quando era mais novo, acho que o nome dela era Isobel, ela sofreu um aborto espontâneo, como perdeu muito sangue acabou falecendo junto com o bebê. A nossa única diferença é que ele superou a morte da esposa.

– Como... Como a Katherine, bem, ela...

– Morreu? - interrompeu-me, eu assenti. Sabia que era um assunto delicado para se falar com Damon, mas ele estava desabafando e parecia que isso fazia bem a ele. Ele suspirou, e olhou para o nada, provavelmente se lembrando dela. - Acidente de carro, ela estava voltando toda feliz falando no celular comigo, dizendo que tinha conseguido um novo emprego, até que um caminhão atingiu o carro dela. E bom, não prestou ajuda, quando cheguei ao hospital... Tinha deixado April na casa do Stefan, recebi a grande notícia: "Sinto te informar, a senhorita Salvatore chegou já sem vida nesse hospital."

Ele falou, quase chorando, mas conseguiu se conter. O abracei, falando que ia ficar tudo bem... Mas estava querendo enganar quem? Damon realmente amava o túmulo, ou melhor, Katherine.

– Sei que outra coisa te levou a se encontrar comigo, Elena. Então diga ou cale-se para sempre. - falou com um sorriso no rosto.

Com certeza era um sorriso falso porque ninguém quase chora e depois sorri como se não tivesse acontecido nada. Conheço muito bem esse tipo de gente porque sou uma das pessoas.

– Você se lembra do que aconteceu na festa da April? Só me lembro de estar dançando com você e o resto é tudo um borrão na minha mente. - suspiro e ele ri.

– Sabia que uma hora iria me perguntar isso. - botou as mãos nos bolsos de seu casaco. - Foi uma noite bem divertida sabia?

Flashback (teremos um mini POV Damon)

Você estava dançando bem colada em mim, estava mais bêbada do que eu... No começo, achava impossível alguém beber mais do que o gostosão aqui, mas tudo bem. Do nada, você se dirigiu ao palco, começando a tirar sua roupa... Eu, como um bom cavalheiro, te peguei como um saco de batatas.

– Me deixa em paz. - resmungou com raiva, enquanto batia nas minhas costas, que mais pareciam massagens.

– Você está bêbada, nem vai se lembrar do que aconteceu hoje, então para de resmungar.

A pequena Gilbert, no caso você, não satisfeita do showzinho que deu, vomitou em mim e consequentemente na sua roupa. Como já passei por isso, estava pouco me importando pra minha roupa. Boto você no chuveiro, enquanto reclamava da água estar fria, tirei sua roupa colocando uma camisa minha para não ficar com cheiro de vômito pelo quarto... Mandei Rubie, minha empregada, lavar as roupas antes de você ir embora. Quando ficou pronto, mandei April te entregar as roupas, e foi isso o que rolou na festa.

Fim do Flashback.

Eu não sou de abusar de pessoas completamente bêbadas, Elena... Sou chato, insuportável, convencido, mas não sou capaz de fazer isso.

Dou um sorriso ao saber que não havia transado com Damon, e que também ele não seria capaz de fazer uma escrotisse dessas... É, ele é totalmente diferente de Matt em todos os aspectos.

– O que quer saber sobre mim? - pergunto, cruzando os braços, esperando sua resposta.

– Porque acha que eu quero saber alguma coisa sua? - retrucou.

– Você falou praticamente toda sua vida pra mim... E eu não falei um "ai." da minha. Pergunte o que quiser que eu respondo tranquilamente.

– Sem xingamentos?

– Sem xingamentos. - confirmo sua pergunta.

Ele bota a mão no queixo, fingindo pensar, passado alguns minutos, Damon sorri e me pergunta:

– Se não quiser, não precisa responder... Mas, como seu pai morreu? Parece que você era bem apegada a ele assim como eu era a minha mãe.

Engoli em seco, sempre que falo do meu pai, geralmente acabo chorando. Maldita hora em que falei que podia perguntar o que quisesse. Suspiro, lembrando da imagem de meu pai sorrindo pra mim, minutos antes de morrer.

– Ele teve uma parada cardíaca, ficou alguns dias internado no hospital de Mystic Falls... Fui visitá-lo, ele sorriu pra mim, me perguntando como foi meu dia. Contei pra ele tudo segurando sua mão, eu confiava mais nele do que em qualquer outra pessoa. Vê-lo sofrer foi a pior coisa que eu já vi na minha vida, ele sorriu novamente, e aos poucos, sua mão foi caindo. Quando percebi, Grayson, meu pai morreu... Minha mãe fala que ele morreu feliz, porém eu sempre sinto como se fosse minha culpa. Porque eu tinha ido pra uma festa sem avisar pra ele na noite anterior.

Lágrimas caíam pelo meu rosto, Damon as limpou, acariciando meu rosto. Ele se aproximou mais de mim, tirando uma mecha de meu cabelo, a colocando atrás da orelha, e me beijou. No começo, tentei relutar, mas acabei cedendo com o passar dos minutos, nossas línguas dançavam em perfeita sincronia... Como se estivesse dançando valsa. Afastei-me dele por falta de ar, eu e ele estávamos ofegantes, só que ele parecia mais. Merda, como eu pude esquecer que meu chefe tem asma? Ele pegou a bombinha, colocando na boca, voltando a respirar normalmente.

– Desculpa, eu esqueci que você tinha asma, você poderia ter morrido e...

– Calma, eu to bem. - falou, guardando a bombinha de ar no bolso, me dando um selinho. - Quer ir pra outro lugar?

Ele sussurrou em meu ouvido. Assenti, mordendo os meus lábios, sem pensar na besteira que eu estava prestes a fazer. Mas parecia que parte do meu cérebro não estava correspondendo a coordenada de abortar a missão... Estava me dando um empurrão, me incentivando a terminar o que eu comecei.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu vou me mudar domingo de manhã, infelizmente... Vou dizer adeus ao Canadá - pra quem não sabe, moro no Canadá desde os sete anos, tenho dezesseis e meio atualmente, façam as contas e verão quanto tempo convivo com os canadenses - E dizer olá ao Brasil novamente c:. E minha internet não está uma das melhores, meu notebook estragou, então eu vejo se entro numa lan house e posto... Ou faço uma postagem programada. Sei lá, mas precisava avisar isso. Spoiler: ~Vai ter hot próximo capítulo.