Tears of blood escrita por IS Maria


Capítulo 30
Mommy in home




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Pouco antes do sol nascer, não usando nada além de um vestido branco, caminhei em direção ao topo do palácio. Eu me lembrava de quando havia caído e mais ainda do que havia me feito cair... a lembrança... Muitas delas ainda me deixam inquieta, mas nada comparada a essa, pois não me recordo. Me lembro de sentir horríveis energias me sondarem, lembro-me de tentar fugir delas mas aos poucos elas tomaram forma, não me lembro de um rosto, me lembro de estar apavorada e de me jogar, para que não fosse pega. Ele era feito sombra para meus olhos, tão frio que me arrepiei, agora... já tenho certeza de que se tratava de um vampiro, um vampiro que poderia ser qualquer um.

– Emma..- Caius sussurrou se aproximando. Eu antes costumava me surpreender, mas agora, antes mesmo de pensar em vir em minha direção, eu já sabia que ele se aproximava.

– É incrível - Disse, ainda observando o horizonte escuro a minha frente.

– O que ? - Perguntou, depositando seus lábios sobre a pele despida de meu ombro. Era tão bom não mais o sentir tão frio.

– Essa vida... me sinto tão forte...

– E esse é o motivo de não poder mais ser apenas Makena - Pude o sentir sorrir contra minha pele.

– Da mesma maneira que não posso mais ser apenas Emma... eu fui criada para odiar tudo isso... eu odiei tudo isso, até que não tive mais forças - O lembrei de onde vinha.

– Contanto que continue sendo minha, não me importo que nome passe a usar - Brincou virando-me para si para que seus lábios pudessem tocar os meus. Puxei um profundo suspiro para dentro, como se estivesse assustada, senti um profundo arrepio. - O que foi ?

– Uma sensação estranha.. - Disse passando a fitar a direção de onde a brisa vinha. Caius fitou a escuridão, o olhar de preocupação já o tingindo por completo. - O que foi ? - Foi a minha vez de o perguntar.

– Não deve ser nada, mas sensações ruins nunca são boa coisa - Eu podia sentir o peso apenas por olhar para sua testa já enrugada.

– Tem sorte de não poder ter rugas - Brinquei, depositando um breve beijo em sua testa o fazendo aliviar a tenção por alguns momentos. Soltou-me rapidamente e tomou uma distância.. ele havia sentido o mesmo que eu.

– Ah, o encontrei - Aro apareceu rapidamente. Seu olhar se tornou desconfiado assim que notou que eu também estava presente. A maneira como me olhou, de um certo jeito acusatório, deixou-me constrangida... eu não sabia porque seria errado que Caius e eu fossemos vistos juntos. - Podemos trocar algumas palavras, irmão ? - Eu sabia que aquilo havia sido uma indireta para mim.

– Eu já vou, tenho que me trocar de qualquer maneira. - Disse abrindo um sorriso, cada vez mais envergonhada.

Caius

– No que posso o ajudar , irmão ? - Eu sabia que as condições em que havia sido encontrado não eram vantajosas, porém não era suficiente para que me acusasse de nada... se eu ao menos houvesse colocado minha camisa...

– O ritual de Makena, trouxe algo diferente... Adrei disse-me que trouxe energia indesejada, de dois cantos... um sabemos que vei de Lilith... mas o outro ... precisamos de cautela . - Disse, cruzando os braços.

– Nada nos atinge - Dei de ombros. Ele abriu um sorriso divertido.

– É o que esperamos, não desejamos que nos destronem como fizemos com o clã romeno - Aquilo o divertia, claro, havia sido divertido matar alguns vampiros. - Makena me é preciosa demais...

– Por que tocou no nome dela ? - Perguntei intrigado com a mudança de principios.

– Pois hora, ela estava ao meio de nós a pouco... - Disse-me como se fosse óbvio. - Quem diria que uma forasteira machucada encontrada na floresta, daria uma vampira tão extraordinária...

– De fato.

– Mas tenho notado uma ou outra coisa que nos pode ser preocupantes. - Continuou, preocupando-me . - Ela cortou o cabelo recentemente, tudo bem que já está como se ela nunca tivesse o feito, mas sabemos que isso para um de nós é impossível... - Começou. - E você também o fizera, uma aparadinha aqui ou ali... explique-me . - Como eu poderia se nem mesmo eu compreendia ?

– Algo ficou preso, fui raspar com meu gancho e quando notei, a mecha estava em minha mão... aparei o resto pela desigualdade. - Disse, ao menos era a verdade até onde eu sabia.

– Será que sua proximidade a ela está o contaminando de alguma forma ?

– Makena não possuí nenhuma doença, irmão. - Apenas a insinuação daquilo inflamava-me, ela não era o problema, ele era.

– Bem, depois do híbrido com os Cullen, nada mais me surpreende. - Deu de ombros.

– Agora se já não temos mais nada a tratar... - Disse, virando-me.

– Só mais uma coisa - Virei a cabeça para o escutar - Cuidado! Athenodora tende a ser um pouco... dramática. - Concluiu. Eu tinha um problema.

Emma/Makena

Me arrumava em frente ao espelho quando notei uma presença feminina atrás de mim. Virei-me rapidamente e não acreditei quando vi Lilith. Agora, ela usava um vestido ainda mais belo do que o vermelho, usava um longo vestido negro com dourado, cheio de pedrarias que o faziam reluzir intensamente. Uma verdadeira rainha. Seus olhos não mais eram rubros, mas de um verde iluminado, sua pele era morena como a minha e seus cabelos compridos, eram tão escuros quanto a noite. Seus seios e anca eram muito fartos e sua silhueta, era a pura descrição da perfeita idealização de uma criatura angelical... porém, a malicia em seu olhar, dedurava a criatura maligna que ela tendia a ser, isso e o massacre que ela havia realizado na noite anteriror.

– Filha - E pela primeira vez a vi mexer os lábios, perfeitamente contornados.

– A que devo a honra ? - Eu não sabia como deveria agir perto dela, só sabia que minha cautela deveria ser redobrada.

– Eu não a machucarei - Disse revirando os olhos. - Poderia fazer com qualquer um ... menos com você .

– E por que seria isso ? - Perguntei intrigada, cruzando os braços.

– Ora, por que sou sua mãe . - Disse como se me fosse óbvio.

– É mãe de qualquer um aqui ... qualquer um que seja vampiro. - Disse- Não justifica...

– Porém, diferente dos outros Emma... você veio do meu ventre.


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