Eu estava completamente triste pelo que ocorrerá ontem, sem brincadeira no mesmo momento que vi Annie chorando eu peguei um táxi e fui embora, como eu pude? Eu sei fora Finnick que me beijou, mas eu deveria ter tido alguma reação e o pior de tudo eu acabei de magoar uma das minhas únicas amigas, e Katniss concordara com ela, eu tenho certeza.

Havia acabado de terminar minha prova, e eu não conseguira pensar em, mas nada a não ser o que tinha acontecido ontem, eu nem sei se consegui fazer uma boa prova, eu estou tão estressada e nervosa.

Levantei da cadeira e peguei minha bolsa para sair da sala e notei que Finnick fez a mesma coisa me dando um sorriso galanteador, merda! Fui o mais rápido que pude em direção a biblioteca e me sentei em uma mesa querendo chorar e que tudo terminasse ali, ia retirar meu caderno e começar a escrever, mas vi Finnick se sentar na minha frente.

–Por que fugiu ontem? –Como explicar?

–Finnick, Annie é completamente afim de você, ela é uma das minhas únicas e melhores amigas, e bem... Ela me odeia agora! –Ele arqueou a sobrancelha.

–Conheço Annie desde pequena, ela nunca pareceu gostar de mim, o que deu nela agora? –Encarei a mesa e depois os olhos intensos e verdes de Finnick.

–Acontece que ela gosta, e ela me odeia porque eu sabia que ela gostava de você, e bem... Nós nos beijamos. –Fiz uma carranca e entortei a boca.

–Olha me perdoe, mas eu não ligo para o que a Annie pensa, eu realmente gosto de você Clove, e eu não vou desistir de você! –Ele apontou o dedo para minha cara e levantou seguindo pelo corredor extenso da biblioteca.

O que eu faria? Eu preciso fala com a Katniss pelo menos, mas ela provavelmente deve estar com um ódio gigante de mim também. Me levantei assim que deu o sinal e fui para o mesmo lugar que sentava com Katniss e Annie.

Quando entrei lá vi Annie e Katniss me olharem e se virarem novamente para mesma direção, eu andei até elas com o coração pulando pela boca e parei em frente à mesa delas.

–O que quer? –Perguntou Katniss.

–Pedir perdão... –Comecei a fala, mas Annie me interrompeu.

–Clove faz um favor só... Sai daqui! –Eu assenti e sai andando, meu Deus! Eu preferia minha situação de antes, sem amigos, eu realmente não sei lidar com essas coisas.

Me sentei em uma mesa sozinha e fiquei encarando ela mesma, estava sem fome até.

Logo Cato se sentar na mesma mesa que eu, justo Cato? O irmão da Annie? Era para ele me odiar mais que o normal agora.

–Oi. –Falou Cato.

–Oi. –Murmurei.

–Se quiser eu explico a situação para Annie e para Katniss. -Eu neguei com a cabeça.

–Eu tenho que lidar com as conseqüências não é mesmo? –Encarei Cato.

–Clove, a culpa não foi sua, Finnick te agarrou eu vi! –Ele apontou para si mesmo. –Vou conversar com ela hoje... Mas... –Lá vem.

–O que quer? –Perguntei já sabendo que era algo, minha amizade e a das meninas de volta teria que ser comprada.

–Sai comigo essa noite para uma festa! –Sorte que meu pai fica fora até quarta que vem se não nem fodendo que eu ia.

–Que tipo de festa? –Quer dizer... Eu não iria para um lugar com um monte de maconheiro e gente desse tipo.

–É em uma boate, é tipo festinha normal, com bebida, e música, e depois eu te levo para casa. –Eu assenti.

–Eu aceito, mas você tem que me prometer que não vai ser nada fora isso. –Cato sorriu de canto.

–Eu juro pelo rio Estige! –Oh meus Deuses!

–Você leu? –Perguntei e ele riu.

–É eu tive que pesquisar quem era Percy e Luke para comprar o livro, sabe o que eu descobri? Que é mil vezes melhor que o filme. –Eu ri e ele me acompanhou.

–Sim, é mesmo... Mas estou impressionada de você ter lido. –Mas um sorriso de canto que ele de e eu morro. Que isso Clove endoidou? Ele é um babaca, ele é o mesmo Cato detestável e nada muda só por ele ler um livro que você goste.

–Hoje mesmo vou conversa com Annie, você quer que eu passe o endereço do lugar ou eu busco você? –Ele não era confiável.

–Me passa o endereço, alias minha mãe não pode sonhar que vou sair para um lugar desses acompanhada. –Ai quem dera minha mãe estivesse aqui!

–Sabe aquele bar que fica no centro da cidade? –Assenti. –Do lado. –Ele saiu e eu saio em seguida.

(...)

O resto da manhã passara normalmente e agora estava eu tentando decidir o que eu usava, odeio Cato, mas pela primeira vez na vida tive uma conversa descente com ele. O que provavelmente nunca mais vai se repetir.

Estava escolhendo minha roupa e acabei pegando uma blusa tomara que caia transparente nas costas e um short jeans, coloquei minha calça jeans escura justa e um salto azul marinho. Deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem bem fraca, odeio coisa muito marcada.

Desci as escadas e Lena me olhou estampando um sorriso no rosto, eu retribui.

–Sai com uma pessoa. –Ela abriu ainda mais o sorriso.

–Quem é esse cara misterioso? –Eu ri com a ansiedade dela.

–Lena ele é um babaca.

–Mas você gosta dele não é mesmo? –Obvio que não né pelo amor de Deus!

–Nunca! Nunca! Nem na morte Lena. –Abri a porta e bati com força.

Gostar dele? Nem fodendo! Ele é um idiota, babaca, eu o odeio isso é a verdade, estou saindo com ele porque é uma troca de favores. Alias por que ele quis que eu saísse com ele? Não faz sentido, realmente não faz sentido!

Estava andando pela rua em passos apressados, Cato me mandara uma mensagem falando para eu ir onze horas, e bem essa hora é um pouco perigosa nessa cidade, meu celular estava no bolso da calça e dinheiro em outra, sair com bolsa não e a coisa mais adequada.

Estava em frente do lugar que o Cato falara e o nome era bizarro, tipo “Monkey”, quem dá o nome de macaco para um lugar? Avistei Cato sentado em um banco e ele veio até mim.

–Falou com Annie? –Perguntei cruzando os braços.

–Sim! –Pelo menos ele fez uma coisa certa.

–Me diga o que ela falou.

–Amanhã ela vira fala com você, vamos aproveitar a noite. –Eu assenti de mal grado e ele me ofereceu a mão e eu simplesmente desprezei o gesto.

Fomos para dentro do lugar que pelo jeito só tinha putaria, gente praticamente se comendo em um canto, no outro gente fumando maconha, eu disse que não queria vir para um lugar assim Cato não me avisou isso. Estava escuro e eu tentava não me perder de Cato, a música tocava alto, era aquela música Boom Boom Pow do Black Eyed Peas.

Cato me puxou e começamos a dançar e nos envolver pelo ritmo da música, ele segurava minha cintura e me conduzia em seu ritmo de vez enquanto me apertava mais contra o corpo dele, mas logo afrouxava.

Uma moça passou oferecendo as bebidas e ele pegou um copo de vodca para mim e para ele, Cato continuou com a brincadeira provocadora de me apertar contra ele, ele abaixou até meu pescoço e meu ombro e deu leves beijos, eu tentei me esquivar, mas sua mão me prendia e ele era muito mais forte do que eu. Ele mordera o lóbulo da minha orelha e começou a me provocar com beijos revezados em minha orelha, meu pescoço e minha bochecha, Cato beijou o canto de minha boca e logo me deu um beijo intenso na boca.

Isso não podia estar acontecendo! Eu mordi sua língua e dei um chute em suas partes baixas e sai correndo, quem ele pensa que é? Joguei meu copo de vodca no chão e corri, mas logo esbarrei em alguém.

–O que uma menina tão bonita como você faz aqui sozinha? –Ele era alto com os olhos castanhos e moreno ele me olhava ameaçadoramente como se eu fosse à comida principal do banquete.

–Não estou sozinha! –Ele me puxou pelos cabelos e me arrastou para algum lugar, nessa hora eu senti uma dor de cabeça e minha visão escureceu.