BLIM BLIM BLIM BLIM.

O despertador disparou no Chalé das Conchas. Hoje era o meu dia, eu iria entrar pra tão esperada HOGWARTS. Aonde meus familiares se formaram e até mesmo se conheceram nessa instituição, pra mim Hogwarts agregava um grande valor simbólico.

Eu estava tão animada com o dia, que desci correndo de pijama mesmo para o primeiro andar. No primeiro ano de Victoire, meus pais fizeram um belo café da manhã, e ficaram tão orgulhosos de terem a primeira bruxinha na família. E Eu esperava o mesmo comigo.

Mas não foi esse cenário que eu encontrei, e sim uma Fleur dando beijinhos em Victoire, e um grande cartaz na sala escrito: VIVA A MONITORA CHEFE VICTOIRE WEASLEY.

– Monitora ? – perguntei com um desanimo na voz.

– Sim,irmãzinha. Ao contrário de alguns, eu tenho disciplina e sou reconhecida por isso.

– Victoire, você me dá tanto orgulho,filha. – minha mãe tomou um gole de chá, e continuou sua fala: - E Dominique, tome esse café da manha logo, ou se não irá se atrasar pro expresso.

– Ok, mamãe. – sentei na mesa cabisbaixa. Estava cansada de Victoire ser o centro das atenções em tudo, mesmo que esse deveria ser o meu dia para receber a atenção da minha mãe.Esperava um pouco de atenção agora que eu iria pra Hogwarts.

– Dominique Weasley, vá logo com esse café da manhã. Se você estivesse em Beauxbatons, voltaria uma lady pra Inglaterra.

O sonho da minha mãe sempre foi que uma das filhas dela fossem pra Beauxbatons, para poder continuar o legado que Fleur Delacour deixou. Quando Victoire completou 11 anos, meu pai Gui logo se pronunciou dizendo que Victoire deveria ser a primeira Weasley a ir a Hogwarts, já que era a neta mais velha. Então todo o peso e sonho da minha mãe foi passado para minhas costas, ela sonhava que quando eu completasse 11 anos, eu escolhesse Beauxbatons como instituição para estudar.Mas para o desgosto para minha mãe, eu neguei todas as possibilidades de me colocarem em Beauxbatons e fiz a maior birra quando ela forçou a minha entrada na escola francesa.

Após tomar o café, subi correndo em direção ao meu quarto, parando de frente ao espelho da minha penteadeira.

– Um dia receberei a atenção que eu mereço, e conquistarei da forma mais chamativa.Isso é uma promessa. Dominique Weasley vai ser melhor que Victoire Weasley. – Sussurrei pra mim mesma, dando um sorrisinho malicioso para o meu reflexo no espelho.

Dei de costas pro espelho, correndo pro meu armário e abrindo-o com um entusiasmo jamais visto. Peguei um short jeans transado e um blusa roxa colocando logo em seguida. Achei que estava um pouco simples ainda e peguei uma bota marrom magnifica com um cinto que daria ao look um toque perfeito.

Peguei meu batom favorito , passando na boca a qual ficou mais carnuda devido a presença veela no meu sangue.

TOC TOC TOC TOC.

Estava tão presa aos meus pensamentos, que dei um pulo ao escutar a porta batendo. Tomará que não seja Victoire.

– Entre! – Dei um grito, colocando a mão no coração ainda pelo susto.

– Filha!

– Olá pai! – Abri um sorriso verdadeiro a entrada de Gui. Ele e Louis eram os únicos que não faziam diferença entre mim e Victoire. Eles me tratavam como eu realmente deveria ser tratada.

– Nem acredito que você vai para Hogwarts. Minha filhinha vai para Hogwarts!

– Pois é, nem acredito que consegui escapar de entrar naquela academia de franceses ignorantes.

– Isso foi muito corajoso da sua parte,Dominique. – meu pai passo a mão no meu obro, em um gesto de afeto. – Quer dizer, enfrentar sua mãe, colocar suas vontades em primeiro lugar! Isso realmente é ação de uma Grifina...

Ele parou por um momento analisando o que ele iria falar, coçando a barba mal-feita.

– Ou de uma sonseriana... – Concluiu ele, engasgando com sua própria conclusão.

– Sonserina? Eu não vou pra Sonserina, nenhum dos meus familiares foram! – Falei um tanto assustada. Uma Weasley não vai pra Sonserina!

– A questão família conta, mas não conta tanto como a personalidade de cada um.Esqueceu que os Delacour foram de Beauxbatons e caíram em uma casa que tinha as mesmas qualidades da Sonserina.

– Pai, eu não vou cair na Sonserina! Eu não posso cair!

– Isso depende do Chapéu Seletor, não de mim, nem de você.

– Mas...

– Sem mas, Domi. Vamos aguardar e daqui uma horas você terá o resultado.

– Ok. – Abri um sorisso tordo, envolvendo as minhas mãos no quadril do meu pai, abraçando-o.

– Eu te amo, Domi. – Ele retribuiu o abraço, beijando o topo da minha cabeça.

– Eu também te amo, papai – Me separei dele aos pouquinhos.

– Olha, quero te dar uma coisa. – Ele disse retirando um objeto prateado e muito bonito do bolso da jaqueta.

– O que é isso?

– É um colar com uma pedrinha de diamante, que irá te dar sabedoria nas horas mais difíceis.

– Isso é da mamãe?

– Na verdade era. Mas sua avó Apolline mandou te dar, mas sua mãe ainda não sabe.

– Obrigada pai, muito obrigada! – Peguei o colar da mão dele, colocando no bolso do meu jeans, com o sorriso largo.

– Vamos descer. Eu levo sua mala.

–Ok.

A movimentação era enorme na plataforma 9 ¾, estava lotada de gente com malas e vassouras que entravam ofegantes no trem.

– Olhe lá! Teddy e nossa família. Vamos lá! – Victoire apontou para uma ‘’pequena-grande’’ família em um canto da plataforma. E lá estava Tiago, acenando desesperadamente pra mim.

– Oi!!- Disse gritando em sua direção. Ele também corria.

Meu sorriso estava de orelha em orelha, e Tiago corria mais ainda na minha direção...

Até que nós dois trombamos um no ombro, caindo cada um em um lado.

– Ai!! – Coloquei a mão na cabeça, olhando para Victoire e seus amigos que riam friamente da minha situação e de Tiago.

– Calem a boca seus otários! – Tiago disse, mostrando o dedo do meio para os amigos de Vic.

Os amigos de Vic se aproximaram, enchendo o peito, vindo em direção de Tiago com a mão fechada.

– Sabe de uma coisa? É melhor rir mesmo dessa situação, a Victoire está aqui, essa palhaça! – disse forçando uma risadinha.

– VICTOIRE PALHAÇA, VICTOIRE PALHAÇA, VICTOIRE PALHAÇA, VICTOIRE PALHAÇA!!! – Tiago começou a repetir em sintonia

– Cala boca, Tiago! – Uma Victoire vermelha como tomate começou a surgir, olhando para os lados igual uma louca.

Uma cabeleira ruiva apareceu no meu da multidão, chegando por de trás do Tiago e puxando levemente a orelha dele.

– Essa não foi a educação que eu te dei, Tiago! - Tia Gina falou em um tom furioso, cruzando os braços igual a vovó Molly quando estava brava.

– Ai mãe, desculpa, era uma brincadeira.

– Ok ok, mas agora vamos se não vocês vão perder o trem. – Tia Gina levantou nós dois e caminhou abraçado-nos.

Soltei levemente a Tia Gina e corri até meu pai, dando um apertado abraço nele.

–Vou sentir saudades, minha pequena. – Ele se abaixou e deu um beijo molhado na minha testa.

– Também papai.

Logo em seguida fui a minha mãe, que me deu um raro abraço apertado seguido de um beijo molhado na bochecha.

E por último fui a Rose e Alvo, que estavam de cara fechada.

– QUERO IR PRA HOGWARTS, AGORA! MEUS NÍVEIS DE CONHECIMENTO NÃO PODEM ESPERAR – disse Rose, batendo os pés no chão com uma cara emburrada que nunca vi na garota.

– Calma Rosinha, só mais um ano! – Disse tentando acalmar a prima, seguido de uma abraço caloroso.

– Mas meu irmão vai. TOMMY WEASLEY VAI! – Rose gritou novamente, apontando para o garoto pomposo de cabelos castanhos ao lado de Roxanne.

– Infelizmente ele vai – disse Tiago, coçando a cabeça.

Tommy Weasley era o filha mais velho do Tio Rony e da Tia Hermione,e ele tinha puxado totalmente a Tia Hermione, além de ser super inteligente e corajoso, ele tinha uma beleza clássica e fina como nenhum homem Weasley além de Louis tinha. Essa beleza foi devido ao fato de quando era pequeno, Hermione não tinha tempo para cuidar de seus filhos, contratando uma governanta veela para cuidar de Tommy. E vocês sabem como são as veelas né? Elas são ligadas na beleza como ninguém,então a cada dia que se passava, a governanta colocava gotas de seu sangue na mamadeira de Tommy. Isso fez com que ele ficasse muito belo perto dos garotos de sua idade, e quando Tia Hermione descobriu o que essa governanta fazia, ela logo demitiu ela e a jogou em Azkaban por fazer atos criminosos ilegais.

Acenei para Tommy com um sorriso no rosto, e ele retribuiu o aceno com a piscadinha de olho.

– Vamos logo Dominique, ou vamos perder o trem. – Tiago começou a me arrastar até dentro do trem.

– E minhas malas?

– Nossos pais já colocaram.

Ele continuou me arrastando até o fim do trem, abrindo uma cabine fazia para ficarmos.

– Tomará que aquele Tommy metido a gostosão não venha atrás de nós.

– O que você tem contra ele, Tiago?

– Ele se acha demais, Nique, ele é chato demais. – Tiago disse nervoso, abrindo um pacote de varinha de alcaçuz e comendo desesperadamente.

– Ele é legal.

– Não é não!

– É sim!

– Não é não!

– É sim!

– Não é não!

– É sim!

– Não é não!

– É sim!

– O que é e o que não é? – Um garoto de cabelos muito pretos e olhos bem castanhos se pronunciou, analisando a minha discussão e de Tiago.

– Mas o que? – Disse um pouco perdida. Como ele tinha aparecido.

– Desculpa não ter me pronunciado, vocês estavam tão entretidos nessa briga e nem viram eu chegar.

– Quando você chegou?

– A uns três minutos.

– Ah, que tenso.. – disse Tiago.

– Sou Jason Rwother, e vocês são...?

–Prazer, Dominique Weasley! – disse, esticando a mão para apertar a mão do garoto, em uma forma de cumprimento.

– E eu sou Tiago Potter.

– Meu deus, vocês são de uma família famosa!

– Ah, sim.. – Tiago disse sem entusiasmo. Ele sofria bastante por ser filho de Harry Potter, todo mundo esperava que Tiago seguisse os passos do pai.

– Um potter e uma weasley. O nascimento de cada um de vocês foi noticiado no Profeta Diário.

– Sim – eu e Tiago falamos em coro.

– E esse ano vários Weasley vão pra Hogwarts

– Sim! – repetimos novamente.

– Hm, fantástico... Mudando de assunto, vocês querem jogar Dragon Flames? – Jason retirou um tabuleiro de sua bagagem de mão. – Ou podemos falar se vamos ser santinhos ou bagunceiros em Hogwarts? Eu prefiro atormentar.

Tiago franziu a sobrancelha e deu um sorriso malicioso:

– Rwother, acho que vamos ser bons amigos