Reflexo escrita por SavannahW


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Recebi só 2 comentários até agora :( Se vc lê, mas não comentou, comente apenas um "oi" ou algo assim, pra eu saber que tem gente r-e-a-l-m-e-n-t-e lendo essa bagaça hahahah
Fiz rapidinho esse capitulo, tô doente e sei lá se isso afeta criatividade, se estiver uma merda é culpa da febre que tive! hhahaha
Obs: roupa da Lena http://www.polyvore.com/cgi/set?id=109285441&.locale=pt-br



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Já era hora de me arrumar para o trabalho e eu me estava atrasada. Sozinha em casa, como de costume nessa hora do dia, eu me sentia aflita, ansiosa, nervosa e com medo. “Medo do que, Elena Gilbert Donovan?” Excelente pergunta, Inconsciente. Fiz uma lista mental do que eu precisava fazer antes de sair de casa: tomar banho; raspar pernas, axilas e virilha; lavar o cabelo; secar o cabelo; me maquiar; por uma roupa bonita; usar meu Louboutin salto 15 para dar um up na auto-estima; ir para o escritório e fingir que me vestia assim usualmente. E eu tinha apenas uma hora e meia para completa-la. Lá vamos nós.

*

Eu me sentia linda. Coisa que há tempos eu não sabia que era capaz de ser. Sendo mãe e advogada em tempo integral, não restava muito para mulherices. Mas não hoje, em tempo recorde me transformei e voltei a ser a Elena Gilbert que arrasava corações.

O elevador anunciou a chegada ao 7­º andar, Mikaelson’s e Company, respirei fundo e ergui a cabeça. Eu estava no meu melhor dia. Eu estava confiante e não deixaria Damon Salvatore me abalar. Eu permiti que sua aparição se tornasse um drama na minha cabeça, mas sua contratação não mudaria nada na minha rotina e nem na minha vida.

Caminhei com passos firmes distribuindo alguns “boa tarde” e “como foi seu fim de semana?” pelo caminho. Como costume apanhei meu café antes de seguir rumo a minha sala. Por fazer um trabalho alternativo eu tinha direito a uma sala só minha, não entendi o motivo no início, mas não questionei. Hoje agradeço diariamente por ter recebido esse presente, não sei como suportaria ver meus colegas “em ação” e eu apenas revisando contratos tolos e folhas de pagamento.

Abri minha porta, perdida em meus pensamentos não notei o obstáculo entre mim e minha mesa.

– Porra! – Damon gritou – Tá quente essa merda!

– D-desculpa, eu não te vi... – falei descrente que isso acabara de acontecer. Tudo o que eu queria era uma tarde tranquila no escritório e a primeira coisa que faço ao chegar é derrubar café escaldante na blusa de Damon Salvatore.

– Caralho, Elena... Eu tô todo sujo! – xingou.

– Usa o banheiro ali pra se limpar! – respondi em choque, não sabia o que dizer.

Damon assentiu e se trancou no banheiro da minha salinha. Finalmente me toquei para como ele tinha me chamado, “Elena”. Não fui apresentada por meu primeiro nome para ele... Como ele saberia? Descartei, mais uma vez, a possibilidade de ele se lembrar da nossa noite. Alguém da empresa deve ter lhe dito meu nome... Me voltei pra real questão, o que ele fazia na minha sala?

– É óbvio, eu preciso explicar a porra do trabalho pra ele! – praguejei baixo para que ele não escutasse... Em vão.

– Olha Elena, se você não quiser eu posso aprender sozinho... – falou jocoso abrindo a porta do banheiro com a camisa social semi-aberta.

– N-não é isso... – respondi desconcentrada.

– Ok, só não vale fugir depois da explicação. – Damon sorriu.

Finalmente voltei do mundo da Lua e me concentrei na atual conversa que estava tendo com Damon Salvatore. Primeiro ele disse meu primeiro nome, agora fez menção a quando eu fugi do seu quarto... Ele se lembra. Fudeu!

Decidi ignorar, e então fingir que eu não me lembrava.

– Vamos começar? Você já se limpou? – prática. Direta. Profissional.

– Sim, aonde eu vou trabalhar? – perguntou enquanto terminava de ajeitar sua gravata e fechar seu blazer, numa tentativa de esconder a mancha de café.

– Me siga.

Falei de propósito para andar na sua frente. Ajeitei minha postura e andei confiante, sentindo seus olhos meu comerem de cima a baixo. Seguimos desta maneira até a outra extremidade do andar, apresentei-lhe sua mesa, introduzi o básico dos seus deveres e o apresentei aos seus colegas de sala. Estava finalizando quando Klaus apareceu e deu dois toques na porta.

– Elena, posso falar com você aqui fora um momentinho?

– Claro. – sorri e segui para fora da sala. – Sou toda ouvidos, Klaus.

– Desculpe não ter avisado antes, mas houve uma mudança de planos, acabamos de receber um caso grande e vamos precisar do senhor Salvatore, então ele não vai ficar com esse braço por enquanto. Explique o ocorrido e mostre seu novo local de trabalho, junto ao Alaric, por favor. – cada “braço” seguia um ramo específico dentro dos crimes penais, geralmente tínhamos advogados em áreas específicas para serem mais habilidosos e bem-sucedidos.

– Pedofilia? Ele já vai chegar nessas condições? Meu Deus...

– É a vida... Notifique o senhor Salvatore, por favor. – disse se retirando.

– Gente – entrei, novamente, na sala e chamei a atenção de todos –, houve uma mudança de planos e por hora o senhor Salvatore se mudará para outro braço, desculpe o alvoroço.

Sai da sala junto a Damon e expliquei o ocorrido ditando as palavras de Klaus.

– E qual a área que vou trabalhar? – perguntou enquanto íamos até seu novo local de trabalho.

– Pedofilia. – disse seca. Para mim era um braço terrível, afinal me fazia pensar em Mariah e sua vulnerabilidade sendo exposta a um pervertido.

– Hm... Já trabalhei com dois casos de pedofilia, é... complicado. – parei de andar e olhei em seus olhos.

– Você tem filhos, Damon? – tomei a liberdade de chamá-lo pelo primeiro nome, assim como fez comigo.

– Não, e é melhor assim. Imagina se eu tivesse, não teria coragem de pegar casos assim e ganhá-los. – disse convencido.

– Realmente, emoção atrapalha. - percebi só depois a ambiguidade da frase.

Seguimos sem falar mais nada, repeti as instruções de trabalho e o apresentei ao seu novo time de advogados. Finalizadas as apresentações retornei a minha sala, que era em frente a de Damon, e fechei a porta e persiana. Sem chances de eu conseguir me concentrar em coisas chatas como planilhas de pagamento quando tinha Damon Salvatore e seu tanquinho dos deuses no meu campo de visão.

*

Faltavam dez minutos para as 19h. Dez minutos que não queriam passar. Eu deveria aproveitar e fazer pelo menos uma das quatro coisas que eu deveria ter feito hoje e não fiz. Passei a tarde sonhando acordada, desconcentrada, indo buscar café e suas variações de hora em hora. Meus colegas devem ter estranhado, nunca me viram tantas vezes perambulando pelos corredores da empresa. Mas fiz o possível para passar o tempo. Tudo o que eu queria era fugir de Damon Salvatore e meus pensamentos impuros incluindo ele, uma cama e seus gominhos definidos.

Decidi por fim procrastinar mais uma vez meus afazeres e fui arrumar minhas coisas para ir embora. Levantei, ajeitei minha saia justa ao corpo, desamassei minha camisa de seda e retoquei o batom. Conferi meu relógio de pulso, apenas dois minutos haviam se passado.

Ouvi dois toques leves na porta. Como minha persiana continuava fechada, não pude ver quem era. Suspirei. Caso fosse Klaus me pedindo pra ficar eu morreria. Prometi a Mariah leva-la pra jantar no shopping hoje.

Larguei minha bolsa na mesa e abri a porta. Para minha surpresa não era Klaus e sim Damon.

– Precisando de algo, senhor Salvatore?

– Sim, posso entrar?

Relutei por alguns instantes, mas cedi.

– Seja rápido, por favor, tenho um compromisso inadiável logo mais.

– Pode ter certeza que serei. – disse com um sorriso safado estampado no rosto.

Em questão de segundos Damon me tomou nos braços e me beijou ardentemente, como se precisasse disso pra viver. Meu primeiro impulso foi resistir, mas não durou muito. Logo eu estava entregue, respondendo aos seus toques.

Sua língua passeava pela minha boca ferozmente, suas mãos explorava cada canto do meu corpo, minha saia já estava na minha cintura, e minha camisa aberta pela metade.

Ao mesmo tempo eu correspondia, abri sua camisa e tirei, passei a mão por cada centímetro quadrado das suas costas, peito e barriga. Minhas mãos estavam atrapalhadas tentando abrir seu cinto quando um pouco de lucidez apareceu em minha cabeça. Parei o beijo e retomei o folego, Damon fez o mesmo.

– Alguma coisa de errado? – perguntou ofegante.

– Meu compromisso... – meu relógio indicava 19h13. Vinte minutos se passaram naquele beijo e eu mal pude perceber.

– Não dá pra remarcar?

– Não... É aniversário da minha avó, preciso estar lá! – menti, escondendo a real companhia que teria essa noite.

– Hm, ok. – disse com má vontade.

Ficamos em silêncio enquanto nos arrumávamos. Resolvi quebrar o silêncio.

– Você... – dissemos ao mesmo tempo. Nos calamos, mas então rimos.

– Fala você. – ele incentivou.

– Não, pode falar, vai... – instisti.

– Tá bom. Eu só ia dizer que... Elena, nossa! Eu nem sei por onde começar. - ele pareceu pensativo por alguns segundos – Quando Klaus comentou sobre você, eu fiquei curioso, lembrava vagamente do seu nome, imagina seu sobrenome! Mas “Gilbert” me soou tão... conhecido. E quando te vi... Sei lá! – enrubeci - Sei que aquela noite deve ser um grande borrão pra você...

– É! – interrompi.

– Mas eu só queria que você soubesse que depois de tantos anos eu ainda lembrava dia ou outro daquela viagem.

– Damon… - não estava gostando do rumo que a conversa levava.

– Calma, não ache que eu sou obcecado e passei todos esses anos atrás de você! Longe disso. É que você foi tão misteriosa, não disse nada a seu respeito, fugiu e sumiu... Isso nunca havia acontecido antes. – ele disse sem jeito. – Você foi minha primeira e única fujona. – gargalhei.

– Desculpe por isso então! – disse bem humorada. – Mas eu realmente não acho uma boa ideia isso. – disse me referindo a cena que acabara de acontecer. “Porque eu sou casada” tive vontade de acrescentar, mas me segurei.

– Eu sei, desculpe por isso. Eu só precisava... Sei lá o que passou pela minha cabeça, desculpe mesmo! Eu só queria saber mais sobre você, te conhecer...

– Para isso existem encontros, conversas... E não amassos no escritório! – rimos juntos.

– Bom, sua avó te espera! - disse quebrando mais uma vez o silêncio que havia se instalado.

– Minha... É, preciso ir. Marcamos alguma coisa depois. – “Não, Elena! Você é casada.” Meu inconsciente gritava repetidamente.

– Claro... Eu vou cobrar!

Apanhei minha bolsa e sai deixando Damon para trás por dois motivos: o primeiro é que estava envergonhada, o segundo é que estava muito atrasada! Chequei meu relógio de pulso enquanto esperava o elevador e decidi ligar na escolinha para avisar que atrasaria porque estava traindo o pai da minha filha, de novo.


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Notas finais do capítulo

Sei que o final ficou tosco, queria por mais uma cena da Lena com a Mariah, mas o remédio tá fazendo efeito e eu tô morrendo de sono, então ficou assim mesmo haha
C O M E N T E M e façam uma gripada feliz!!!



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