Reflexo escrita por SavannahW


Capítulo 18
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas! Capitulo novinho :)
Esqueci de agradecer, afinal a fic passou dos 100 comentários, isso me deixa muito feliz e empolgada a continuar.
Aviso que essa viagem promete! Beijos.



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Damon Salvatore

– Porra, Mikaelson, que foi? – atendi a ligação de Klaus.

– Estou tentando falar com você há meia hora, Damon.

– Então fala, que tô dormindo. – rosnei irritado.

– É bom o senhor acordar e melhorar esse humor, você tem trabalho.

Percebendo que Klaus não estava pra brincadeira, apesar da educação, me sentei na cama e cutuquei a ruiva que dormia ao meu lado.

– Diga, sou todo ouvidos.

– Estou te passando agora um email com as informações do caso, cyberbullying. – meu amigo, e chefe, resumia as informações para mim.

– Está certo. Quando viajo?

– Daqui pouco mais de uma hora um carro passará ai para te pegar. Esteja pronto.

– Pode deixar, nos vemos quando eu voltar. Até.

Levantei, ignorando Juliet, a mulher com quem passei a noite. E fui tomar um banho gelado para eliminar os últimos traços de bebedeira do meu corpo.

Ontem, após o confronto com Elena, sai do shopping atordoado. Eu queria me bater por ter dito tudo aquilo para minha morena, esse não era eu. Eu queria ter a abraçado, ouvido suas desculpas, e a beijado, ali mesmo. Mas eu não podia, isso não era certo. Minha conversa com Caroline martelava em minha cabeça.

Damon! Você vai sair agora desse quarto! – Caroline batia insistentemente em minha porta.

A ignorei, e coloquei meus fones de ouvido. Eu estava na fossa e não sentia vergonha de estar assim. Quem estaria bem se tivesse passado pelo o que eu passei? Primeiro descobri que era um amante, o outro, seja lá como se chama quando se encontra nessa situação, e então desisti do amor da minha vida por causa de uma criança de cinco anos, que eu mal conheço, apenas para que ela tenha uma boa criação. Lágrimas rolavam o meu rosto.

If I could, then I would, I'll go wherever you will go. Way up high or down low, I'll go wherever you will go! – eu cantava junto com a música quando minha irmã apareceu abrindo a minha porta – Mas que caralho, Caroline?! Como você abriu? A porta estava trancada! – berrei com ódio.

Quem morava aqui antes, heim? – Carol exibia uma cópia da chave em sua mão.

O que você quer? – perguntei derrotado.

Te convencer de que o que aconteceu foi pra melhor! – minha irmã gritou – Eu quis dar a Elena o beneficio da dúvida, eu realmente quis! Ontem a noite eu fui até o apartamento dela e quis ouvir da boca dela o que aconteceu. Ela não está nem ai pra você, ela quer te usar como um cachorrinho sexual. Mas, Céus, ela tem uma filha, Damon! Uma filha! Ser casada já parecia demais para mim, mas eu pensei: a Lena deve amar o Damon, daqui a pouco ela se separa. Mas não, ela não vai se separar, ela tem uma filha e os três tem a família perfeita! E você, Damon? Você foi feito de otário! Ela te usou e te jogou fora quando bem quis! Agora você vai levantar, vai tomar um banho e vai me acompanhar ao aniversário da minha amiga Alison. Você precisa sair e conhecer gente nova! Desde que chegou na cidade só conheceu a galera do escritório! Vamos diversificar, irmão! Levanta!

Caroline não me deu muitas alternativas, então fui obrigado a obedece-la.

Acompanhei minha irmã ao aniversário da amiga num bar e logo Juliet estava, descaradamente, dando em cima de mim. Fingi não saber, mas havia visto Carol conversar com ela nos primeiros minutos após nossa chegada no local. Se esse era o plano de Caroline para que eu tirasse Elena da cabeça, que fosse. “Você foi feito de otário”, essa frase ecoava em minha cabeça a todo momento que eu desejava ter Elena em meus braços e não Juliet.

Mas agora a diversão já acabou, e diferente de Elena, eu não queria que Juliet ficasse e tomasse café da manhã ou algo romântico do tipo. Desliguei o chuveiro torcendo para que a ruiva já tivesse partido, e agradeci ao encontrar o quarto vazio. Realmente ela não era nada parecida com Elena.

Rapidamente coloquei algumas roupas numa mala e finalmente me sentei para tomar café e ler o arquivo do caso. Me entreti tanto, até pelo fato de esquecer Elena por alguns minutos, que perdi a noção do tempo.

– Damon Salvatore falando. – atendi o interfone no segundo toque.

– Senhor Salvatore, gostaria de informar que existe um carro a sua espera.

– Obrigado, já vou descer. – olhei em meu relógio percebendo estar atrasado – Merda.

Por sorte tudo já estava separado. Calcei meus sapatos, peguei minha jaqueta e mala e desci. Ao sair do elevador já pude ver um carro preto de vidros bem escuros a minha espera. Do lado de fora, em pé, se encontrava o motorista, supus.

– Bom dia, senhor Salvatore, posso pegar sua mala? – ofereceu.

– Obrigado.

Entreguei, agradecendo, e abri a porta do carro. Ao me abaixar uma surpresa: Elena Gilbert. Klaus, aquele filho da puta!

Sentei-me, fingindo estar confortável e indiferente diante daquela situação e evitei contato visual com minha morena. Cada pelo do meu corpo se eletrizou ao sentir a proximidade entre nós. Senti Elena inquieta.

– Oi. – soltou me pegando desprevenido. A olhei pela primeira vez, ela estava linda. Mesmo sentada pude notar que suas roupas eram novas, seu cabelo e sua maquiagem estavam impecáveis e seu cheiro me embriagava como sempre.

– Oi Elena. – respondi tentando não soar simpático e sim bravo, respondendo por pura educação. Eu tentava me convencer de que assim seria melhor.

Por algum tempo me perdi em meus pensamentos. De que adiantaria todo esse meu sofrimento? Tudo por Mariah? Ela valia tanto a pena assim? Claro que sim, seu imbecil. Ela não tem culpa de nada, você não pode acabar com a família dela sem mais nem menos.

Só então me toquei que se Elena estava no carro provavelmente estaria indo para o mesmo lugar que eu. Quis xingar Klaus de todos os nomes possíveis! Eu desabafei com ele, ele sabia de toda a minha raiva inicial e minha decisão de me mantar longe, mas mesmo assim nos pôs no mesmo caso, na mesma viagem! Caroline sabia disso? Duvido, mas decidi perguntar.

Saquei meu celular do bolso e digitei rapidamente uma mensagem para minha irmã. “Klaus me pôs no mesmo caso que Elena, estamos viajando durante alguns dias para St. Petersburg. Você sabia disso?” Logo recebi a resposta “Meu namorado é um homem morto! Anote minhas palavras.”. Ia responder quando Elena preencheu o espaço com sua doce voz.

– Caso interessante né? – perguntou numa tentativa falha de criar uma conversa.

– Uhum. – Respondi, mordendo a língua para não prolongar o assunto. Para evitar possíveis diálogos pus meu fone de ouvido, mesmo sem estar tocando música alguma. Continuei focado em meu celular, digitando uma resposta tola para Caroline “Não precisa, eu vou me virar. Logo estarei de volta. Se cuide!”

O resto do caminho foi um silêncio quase constrangedor. Permaneci com os fones em meus ouvidos, mas não sentia vontade alguma de ouvir música, apenas a respiração de Elena. Somente por saber que ela se encontrava a pouco mais de quarenta centímetros de mim uma paz interior já me tomava. Essa proximidade me alegrava, sua presença me completava, seu calor me confortava.

Esses dias juntos seriam dificílimos, não sei quanto tempo mais conseguirei fingir que não a quero para mim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do pov Damon? Próximo capitulo no fim de semana que vem (ou dependendo da qtd de comentários até antes ;)



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