Just Friends escrita por Laia


Capítulo 49
Capitulo 49


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, não precisa me matar, não postei ontem, desculpa!
Era aniversario da minha irma então não deu pra postar, fiquei ocupada.
Enfim... Agradecer pela segunda recomendação liiiiinda que recebi da Lisbel *-* Até que enfim a recomendação chegou né? haha'
Tadinha, tava tentando há dias e nunca conseguia :/
Mas eu adorei, obrigada ^^
Sobre a imagem... Deu empate na primeira e na segunda ¬¬ e agora? O que farei? Vou decidir e conto procês...
Alguem ficou perdido na confusão dos capitulos? Espero que não '-'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/455448/chapter/49

Acordei com a tosse de alguém. Olhei ao redor sem reconhecer o lugar. Um pano azul cobria minha cama e eu ainda estava com as roupas que fui pra faculdade. O lugar estava com a iluminação fraca.

E então me lembrei.

Eu fui para o hospital. Tinha feito uns exames, mas não sabia o resultado.

Olhei para o lado e vi o Edu cochilando apoiado na mochila, ao lado do meu soro. Eu ainda estava com sono, mas sabia que era efeito do remédio.

Tentei não dormir, esperar alguém para saber do exame.

Me virei e a cama estalou, acordando o Edu com um susto.

–Ta tudo bem? – ele impulsionou o corpo para a frente, como se estivesse preparado para qualquer coisa.

–Ei calma – fiz um movimento com as mãos, pedindo pra ele não se preocupar.

–Ta acordada há muito tempo?

–Não, acabei de acordar... Que horas são?

Ele conferiu no celular.

–Pouco mais de uma da manha...

Se eu tivesse força, ia ter dado um pulo.

–Hoje é seu aniversario, e você ta em um hospital... Ótimo jeito de comemorar, desculpa.

Ele forçou um sorriso.

–Ta tudo bem, eu nem ia fazer nada mesmo. Como se sente?

–Fraca – disse soltando um suspiro – Inútil. Os exames já saíram?

Ele fechou a cara. Ops, pergunta errada.

–Você tava desnutrida Manu! Sabe o que isso quer dizer?

Isso soava engraçado, já que uma das coisas que eu amo é comer! Mas, devido ao estresse das ultimas semanas, meu estomago embrulhava só de pensar em comida.

–Edu, a estudante de medicina aqui sou eu tá?

–E de que adianta então, você saber e não botar em pratica!

Ele começou um discurso de que eu tinha que me alimentar, que agora ia me vigiar e bla bla bla.

–Acabou? Posso te dar parabéns agora?

A expressão suavizou, e me olhou como se me dissesse “você não tem jeito!”.

–Pode teimosa!

–Então vem cá marrento!

Estendi os braços pedindo abraço, já que não podia forçar o braço com o soro pra me levantar. Levantei o corpo o Maximo que pude quando ele se aproximou, sentando no canto da minha cama. Nos abraçamos. Ele puxou meu corpo e eu enfim consegui me sentar. Seu abraço era uma delicia, acolhedor e parecia que os corpos se encaixavam com facilidade.

–Obrigada por tudo – falei abaixando a voz – E feliz aniversario.

Dei um beijo na sua bochecha, mas ele queria mais. Ele virou meu rosto, segurando pelo queixo, e me beijou. Não foi um beeeeeijo, mas me pegou de surpresa.

Quando nos separamos, lhe lancei um olhar curioso.

–Fiquei preocupado – ele disse fechando os olhos.

–Desculpa.

Ele fez careta.

–Você ta com gosto de remédio.

Tive que abafar o riso para não acordar os outros do quarto.

–idiota!

***

Saímos do hospital com uma receita de vitamina para a Manu e direto pro mercado. Comprei tudo aquilo eu e ela não gostávamos, alem de fruta, verduras e mínimos congelados. Eu ia começar a ter que fazer uma espécie de dieta balanceada para ela.

Ia ser ruim? Ia! Mas eu não ia parar no hospital de novo.

Ela fazia careta para metade das coisas que eu botava no carrinho.

–Chuchu? ODEIO! Não tem gosto de nada.

Eu também não gostava mas...

–Melhor então, que você não pode reclamar que é ruim.

–Eu não tenho mais cinco anos Edu! – ela protestou, fazendo bico e cruzando os braços. Só faltou bater o pé e dar birra.

–Mas ta se comportando como se tivesse! Agora desfaz esse bico e vamos pro caixa.

Então esse foi meu aniversario de vinte e um anos: uma torta de legumes com suco com a Manu.

–AH – ela gritou entre uma garfada e outra – Comprei uma coisa pra você.

–Onde você arranja dinheiro?

Ela me olhou, como se eu tivesse ofendido ela.

–Já disse que tenho minhas fontes! Agora me serve mais um pedaço de torta enquanto busco seu presente!

Ela saiu e voltou com uma caixa colorida.

–Feliz aniversario – ela cantarolou sorridente – Abre abre abre!

Ela parecia uma criança feliz, inclinada sobre a mesa com os olhos arregalados. Abri a caixa. Era um quite de lápis. Meus olhos brilharam. Ela estava animada, sorridente e quase pulava na cadeira.

–E então?

–Eu amei, obrigada!

Ela pareceu aliviada, mas não parou de sorrir.

Era um estojo de veludo vermelho, que se enrolava, formando um bastão, tendo uma cordinha na ponta para amarrar em volta. Deviam ter uns duzentos lápis ali. Não era um quite profissional, mas era uma das melhores coisas que eu já tinha recebido na vida.

–Como conseguiu? Deve ter sido muito caro...

–Não, eu que fiz...

O sorriso não sumiu, mas os olhos foram desviados com vergonha.

–Montou isso?

–Comprei o tecido e levei em uma costureira, ela colocou a fita pra amarrar e os elásticos dos lápis. Comprei os lápis e coloquei. Queria que fosse algo... Único. Só você tem um desses.

–Nem acredito...

–Mas quero uma coisa!

Epa!

–O que?

–Eu nunca vi um desenho seu...

–Como não, tem um monte espalhado pela casa e... Você sempre me viu desenhando os projetos da faculdade.

–Eu sei, mas os que você larga pela casa são os rabiscos a toa, e os da faculdade não são bem do tipo que eu vá me interessar. Quero ver um desenho seu de verdade, dos que você guarda no seu quarto, que você...

Não precisou terminar. Ela queria ver os que eu mostrei pra Anne.

–Entendi... Bem, vamos fazer um trato ok? Eu faço um desenho com meu novo material e te dou!

–Fechado – ela respondeu, comendo mais um pedaço de torta.

***

O Edu passou o resto do dia recebendo ligações e visitas. Eu só apareci para os amigos que reconheci do dia do clube, dando um “oi” discreto. De noite, passou horas no telefone com a Suzy. Eu sei que meio que estraguei o dia dele, mas ele parecia não se importar.

E eu estava oficialmente de férias!

Passagens compradas, nós íamos mesmo viajar no fim do mês, pra minha casa, minha família. Deuses, isso era assustador. Era como apresentar um namorado para a família não é?

Mas se tinha alguém que valia apresentar, esse alguém era o Edu.

Deuses, o que eu to falando?

Segunda, coloquei uma roupa qualquer e já estava quase descendo quando o Edu apareceu. Ui.

Ele tinha acabado de acordar, o cabelo desgrenhado, os olhinhos meio fechados pelo sono, os pés descalços, o corpo a mostra. Ele só estava com uma calça de moletom cinza, folgada até demais, que mostrava a cueca box preta.

Ele não era fortão e musculoso. O Edu era mais do tipo só magro mesmo, mas tinha o corpo definido. Exatamente do jeito que eu gostava... Oh deuses!

–Onde você vai?

Ele apoiou a mão no pescoço, massageando e mexendo a cabeça. Ele parecia tão atrativo...

Foco Manu!

–Dançar.

Ele franziu o rosto, desaprovando a ideia.

–Já ta bem pra isso?

–Eu to sempre bem pra dançar.

–Ui pé de valsa... - deu de ombros - Me liga qualquer coisa.

Ele foi pra cozinha e abriu a geladeira. Sai praticamente correndo pra não fazer nada que não deveria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eeeita tentação pra Manu!
Então? Me digam o que acharam galera!
Beeijos da Laia :*