Just Friends escrita por Laia


Capítulo 31
Capitulo 31


Notas iniciais do capítulo

Heey amores, vim agradecer pelas sugestões, me deram ótimas ideias u.u
Um pouco de fofice pra vocês voltarem a amar o Edu :)



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“Meu amor, essa é a ultima oração

Pra salvar seu coração

Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa

Cabe o meu amor

Cabem três vidas inteiras

Cabe uma penteadeira

Cabe nós dois

Cabe até o meu amor essa é a ultima oração...”.

Não me incomodei de acordar ouvindo ela cantar no banho. Ela cantava bem... Não era uma Adele da vida, mas era agradável aos ouvidos. Levantei e comecei a me trocar enquanto ela repetia sempre a mesma parte, já que a musica tem seis minutos de duração...

Então começou a cantar outra musica. Era de uma banda que ela tinha me apresentado, Soulstripper. As letras eram bem loucas, mas ao mesmo tempo, eu podia ver que arrancavam suspiros da garota.

“Ela mal acordou

Nem se levantou

Já me perguntou se era amor

Calma meu bem, nem me conheceu

Um café primeiro”.

Continuei a me vestir. O chuveiro fechou, ela não parou de cantar. Tava chegando a melhor parte. Fui para o corredor, podia ouvir ela ainda cantando dentro do quarto.

“Como é que eu vou dizer pra uma garota com o sorriso como o dela

Que ainda é noite lá fora?

Por isso eu não disse...

Por isso eu nunca digo”.

Bati na porta do quarto. Ela parou, silencio, alguns passos, silencio.

–Pode entrar.

–Bom dia – abri a porta devargazinho.

–Bom dia Edu – ela parecia meio constrangida com a situação. Não estava só de toalha, havia vestido um roupão por cima e estava terminando de amarrar a fita da cintura – Tudo bem?

–Pra vida inteira é muito tempo – imitei a voz do cantor e ela reconheceu a frase da musica na hora. Seu rosto se iluminou – Faz assim...

Minha voz era horrível, mas ela nem se importou. O sorriso de ponta a ponta da orelha. Continuou a musica para mim, cantando baixinho.

–Vamos tentar até amanha

Depois até quarta e deixa a vontade mostrar até quando – ela revirou os olhos, como se pensasse “que merda” – Não me pede pra gostar de você

Gostar tem que ser sem pedir

Mesmo que seja sem querer – e ai, começou a rir sem parar de me olhar – Deuses, me senti em Glee agora!

Tive que rir também.

–Por que fez isso?

–Manu, não to pedindo pra gostar de mim mas... Não pode me proibir de gostar de você.

–Eu sei – o tom não parecia muito feliz ao aceitar isso.

–Mas mesmo assim, obrigada.

Levantei e fechei a porta atrás de mim. Ela não respondeu, e nem continuou a cantar.

***

Eu tinha tido uma das piores noite da minha vida. Assim que deitei a cabeça no travesseiro, tive um sonho completamente confuso e tumultuoso. Acordei com o telefone berrando. Meu corpo inteiro gelado, o pijama de tecido fino molhado de suor. Minha respiração desregular.

O que tinha acontecido? Eu não conseguia me lembrar de nenhum minuto do sonho, só continuava a sentir aquele pavor.

Liguei o chuveiro e deixei a água ir descendo pelo ralo, molhando meus cabelos. Algo que me acalme...

Comecei a cantar a primeira musica que veio na cabeça, e depois outra... Sai do banho muito mais relaxada. Até que... Ele veio no meu quarto, fez com que eu me sentisse a Rachel de Glee e depois disse algo que eu entendi como “não se sinta obrigada a gostar de mim, mas obrigada por me deixar gostar de você e não me vetar logo de cara”.

Ele é um fofo.

E eu odeio fofices. Ta ai! Tenho um problema.

–Não arranja compromisso pra sexta!

Dei um pulo da cadeira quando a Laura disse isso, no meio da aula de Anatomia. O professor explicava a matéria com os slides e eu não parava de fazer anotações sobre o sistema cardiovascular.

–Ta falando do que? – sussurrei inclinando um pouco a cabeça.

–Vai sair comigo.

–Como é que?

–Por favor Manu... Tenho um casamento de família, evento meeega chato, e como minha prima já me conhece o suficiente pra saber que eu odiaria ficar lá com todo mundo da família me enchendo o saco – acho que deu pra perceber que ela não tem uma boa relação com a família né? Bem, ela saiu de casa com tipo, dezessete anos então... – então tenho um convite sobrando e você vai comigo.

–Quem disse que eu vou?

–Não quero saber! Você vai, e eu já tenho seu vestido.

Depois a maluca sou eu né?

Sexta chegou, e a Laura não foi pra aula. Quando cheguei em casa, o Edu estava sentado no sofá, mexendo no computador e comendo uma maça. Tinha um embrulho enorme ao seu lado.

–Entrega pra senhorita.

Peguei o pacote e desembrulhei no meu quarto. Deuses, o que a Laura tava pensando? Eu nunca que ia entrar naquilo! Alem de que aquele tipo de decote, ia fazer meus peitos saltarem praticamente, e eu não precisava disso!

Pensei um milhão de vezes em ligar e desmarcar, mas sabia do chilique que ia ter que aguentar...

“O vestido é bonito, deixa de frescura e veste logo!”.

Estava para dar 6:00 da tarde já... Ela ia me pegar as 8:00 horas e eu nem tinha tomado banho ainda. Dei mais uma olhada no vestido. Respirei e fui para o chuveiro.

Sequei os cabelos de qualquer jeito, deixando amassado mesmo. Meu cabelo já tinha crescido desde que cortei antes de me mudar, estavam abaixo do ombro. Peguei alguns grampos, prendendo todos os fios, deixando ele só de um lado. Penteado normal... Franja lisa. Pronto. Cabelo feito.

Não fiz nada muito elaborado. Meu rosto já não doía tanto, mas eu sabia que entre os beijinho de “Oi, prazer” na bochecha, ela voltaria a ficar dolorida. Apresentava um tom amarelado muito feio. Depois de meio vidro de base e meio potinho de corretivo, consegui normalizar o tom da minha pele. Quase nada de cor na sombra, um branco no fundo, mil camadas de rimel... Meus cílios pareciam postiços. Um batom de leve, não muito forte, em um tom de vermelho rosado, mas já era o suficiente para evidenciar os lábios. Só faltava o vestido.

Abri o embrulho de novo. O tecido vermelho saltava pra fora da embalagem. Comecei a vestir , já sabendo como ficaria. Tentei fechar o zíper, mas não conseguia. Prendi a respiração. Subiu um pouco. Peguei as duas pontas e fechei só com as mãos mesmo. O tecido não estava tão apertado. Então percebi, era daquele tipo de zíper invisível, bem fininho que nunca fecha com facilidade. Eu ia precisar de ajuda...

Isso Manu, divida apartamento com um menino, fique semi nua enquanto se veste e bote um decote. Chama ele pra te ajudar vai! Depois não reclama se for atacada.

Tentei ao Maximo que conseguia. Estava na metade do zíper, não dava mais, meus dedos já estavam esfolados.

–Edu – chamei com a voz arrastada.

Ele não demorou pra aparecer na porta do meu quarto.

–Preciso de ajuda, fecha pra mim?

Ele não disse uma palavra sequer. Caminhou até mim e começou a fechar o zíper, lentamente.


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Notas finais do capítulo

Antes que pensem besteira - vocês tem uma mente muito maliciosa - aviso: esperem até amanha!
Sou do mal u.u
Então, me digam o que acharam? Quais as expectativas?
Beijos :*